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História My Academy of Heroes in United States of America - Interativa - Início pt1


Escrita por: EJ-Star

Notas do Autor


Gente, avisinhos aqui:

1- Agora é a história pra valer tanto a estrutura ta até diferente;

2- Desfrutem bem, esse capítulo foi rescrito, no mínimo, 3 vezes até chegar no que hoje;

3- Fiquem atentos aos detalhes;

4- Para não haver personagens desnecessários, eu vou focar só nos que interessam para a história mas fixem na cabeça de que existe mais pessoas em na sala só de figuração;

5- Tenham em mente que passou muito desde o enredo do capítulo anterior.


Até lá embaixo! ^^

Capítulo 7 - Início pt1


"Entra dia, sai dia e essa sociedade arruma um jeito de decair ainda mais. Vivendo a base de migalhas, desejando para si mesmos coisas fúteis e bárbaras que não a leva a lugar nenhum. Adorando a seres aproveitadores como cegos.

 

Tolos. 

 

Como não vêm o sensacionalismo em sua frente? Como não vêm que lhe dão uma vã segurança e uma vã esperança de que tudo vai estar bem? Como não vêem que as pessoas que colocaram no topo, por puro supérfluo, aproveitam de sua sede de submissão?

 

Querem um espetáculo?

 

Assim seja.

 

Então eu serei o maestro."

 

01/08/2029 07:03

 

"Quarta-feira. Quem começa as aulas numa quarta-feira?!" James pensava enquanto abotoava a camisa do uniforme. 

 

Não que as "férias" não tenham sido aproveitadas, James só teve que terminar a burocracia na escola antiga e assistir o resto das aulas da cota mas após completar pode ficar em casa até agosto. 

 

Essa lembrança fez o rapaz rir. 

 

Antes do exame de admissão, ele era apenas um esquisitão incapaz de fazer o exame. Depois do exame, ele virou a estrela da escola, o centro das atenções, o cara legal…

 

"Besteira, besteira, besteira" 

 

"Você podia ter se vingado" Umbro disse "Estilo Carrie mas sendo você a jogar o sangue" 

 

"De que ia servir? Eu nunca mais vou ver eles" James disse pegando a gravata do uniforme "e eu não gosto de mexer com sangue" 

 

Esse comentário fez Umbro rir tanto que não pode mais falar só em pensamento. 

 

— Eu lembro de quando você ralou o joelho e ficou chorando enquanto o sangue escorria, aí você desmaiou! — Umbro se revirava de rir — Ai quando acordou e viu o sangue, desmaiou de novo! 

 

— Vai rindo mas se eu perder um pedaço de mim, você perde também — o rapaz tentou colocar a gravata mas mal começou o nó e já a retirou — Eu não vou usar esse treco. 

 

James partiu para o guarda-roupa procurando sua peça favorita: seu moletom preto. 

 

— Coloca o blazer, ele é tão elegante! — Umbro disse oferecendo a peça de roupa também do uniforme escolar. 

 

— Eu só uso blazer e gravata em enterros ou casamentos — O moreno explicou — Mas que… 

 

O moletom favorito de James não estava no guarda-roupa. O que é estranho porque era a roupa que James mais gostava então tinha prioridade na hora de lavar e secar, nem que ele mesmo tivesse que fazer isso. 

 

— Mãe! — ele gritou saindo do quarto — Cadê meu mole… tom… 

 

Anne estava em pé sorrindo, em uma mão estava uma saco de papel e na outra um moletom ainda no cabide. 

 

Era preto com capuz, bolso na frente e tinha o nome "One Ok Rock" em branco de um jeito estiloso e rock. A banda favorita de James. 

 

— Mãe… — ele disse se aproximando do moletom o tocando para ter certeza que não era uma miragem.

 

— Um presentinho de primeiro dia de aula — ela disse entregando o moletom. 

 

— Mas e o outro?

 

— Eu não ia deixar meu filho ir com aquele trapo pra melhor escola de heróis do país! — Anne disse mantendo o sorriso — Experimente! 

 

James tirou o cabide e vestiu o moletom que serviu perfeitamente combinando com a calça preta do uniforme e o all star preto - esse era posse de James realmente - 

 

— O outro não tava tão ruim… — Ele disse querendo conter a vondate de gritar por estar feliz com aquele moletom. 

 

— Tá doido? As mangas estavam desgastadas, já estava ficando pequeno e o bolso tinha tantos buracos que parecia uma peneira! — Umbro disse — Abalou, Mama! 

 

Anne riu, Umbro sempre dizia a verdade não importando qual fosse, isso ajudava pois James costumava esconder a verdade para não magoar ninguém. 

 

— Ficou ótimo — ela disse arrumando os ombros do moletom — Agora, você tem que ir! — Anne entregou o saco de papel para o filho, este percebendo que o conteúdo no saco de papel cheirava muito bem. 

 

— Mãe… — James a chamou antes que ela voltasse a rotina de trabalho. 

 

O mais novo pegou a mão de Anne e segurou 4 dedos, excluindo o polegar. A mãe sorriu para o filho e pôs o polegar excluído sobre o de James. 

 

Esse era o jeito de James dizer "Obrigado" e o jeito de Anne dizer "De nada". 

 

— Não esqueça isso — Umbro disse, entregando o broche com o brasão da A.H.U.S.A. 

 

— Valeu — James disse pegando o broche. 

 

Não tinha um lugar bom para colocar o broche, não queria estragar o nome da banda então o colocou no vão dentro do "O" de "One". Estava ok.

 

James pegou a mochila traga também por Umbro e após colocar as duas alças sobre um só ombro, suspirou. 

 

— Como estou? — ele perguntou para a mãe. 

 

Anne sorriu olhando para o filho pronto para a escola.

 

— Como um herói… 

 

A mais velha conseguir arrancar um sorriso ladino de James. 

 

— Ainda vou ser um, eu acho. — Ele disse. 

 

— Eu tenho certeza — ela disse — Tome cuidado. 

 

— Claro, claro, eu só vou pra uma escola aprender a lutar, me defender e como agir em situações de risco! — James forçou um falso otimismo.

 

— Vai ser incrível! — Umbro disse vibrando de emoção. 

 

James suspirou novamente e olhou para sua mãe. 

 

— Eu já vou… — Ele disse se aproximando da matriarca. 

 

O rapaz ergueu o dedo indicador até a mão da mais velha que fez o mesmo fazendo uma espécie de gancho com ambos os dedos e os unindo. 

 

Era o jeito D'Lucca de dizer "eu te amo". 

 

James suspirou saindo de casa sentindo o sol da manhã sobre seu rosto. 

 

— Alguém abaixa a luminosidade! — Umbro gritou ficando na posição original de uma sombra, atrás do dono. 

 

O jovem amigo das sombras riu e começou seu caminho. 

 

A A.H.U.S.A. não era muito longe de sua casa, no máximo 5 quarteirões descendo para a esquerda. Após virar o último, James já podia ver o topo do prédio da escola. 

 

— Eu ainda acho esse prédio mal pensado — Ele comentou. 

 

— De que importa o prédio? Você conseguiu! Você está na melhor turma da melhor escola de heróis do país! — Umbro comentou em toda sua euforia. 

 

— Mas quem conseguiu um lugar na A1 foi eu — James disse lembrando de que quase foi para a turma B1 se não tivesse analisado o ambiente, algo importante mas que poucos faziam. 

 

— É mas quem derrubou o Zero? — A sombra perguntou querendo glória pelo feito. 

 

— A tal da Meloly, você impediu que ele caísse e depois amassou o robô. — James explicou. 

 

— Tanto faz! Quem levou o crédito foi você! 

 

— E isso é uma coisa boa? Eu não quero levar crédito pelo que não fiz… 

 

James havia chegado na entrada da escola e tinha lembrado como ficou nervoso no Exame de Admissão.

 

— Bem, não tem mais jeito — ele disse avançando em direção a escola. 

 

— Aposto que você vai ser aplaudido! 

 

— Duvido que alguém se lembre daquilo. 

 

Foram meses desde do Exame de Admissão, quem lembraria da cara de um indivíduo quieto que "derrubou" um robô? 

 

Mal James entrara no prédio e percebeu que todos pararam para olhá-lo. Ele definitivamente não gostava de receber tanta atenção. 

 

"Começou bem" Umbro comentou dentro da mente do jovem. 

 

James tinha pensando que essa escola seria como qualquer outra. Como estava enganado. 

 

Ele respirou fundo, ergueu o capuz e começou a andar. Não tinha tempo pra ficar envergonhado, tinha que ir na secretária e buscar seu horário. 

 

Mas Umbro estava de ouvidos bem abertos para os comentários. 

 

— Ele não é garoto que derrubou o Zero? 

 

— Eu esperava mais. 

 

— Ele parece ser tão arrogante! Nem olha pra ninguém. 

 

"Meu garoto já tá causando!" A voz sombria ecoava na mente de James, a filosofia de Umbro dizia que podiam falar mal ou bem mas enquanto falassem, estava tudo bem. 

 

James suspirou. 

 

A secretaria estava na sua frente. 

 

— Com licença… — Ele disse batendo no vidro. 

 

O rapaz esperava ser atendido por uma secretária de óculos ou um homem mais velho e calvo ou simplesmente um adulto. Não esperava que do outro lado do vidro estaria um rapaz ruivo bonito e forte só um pouco mais velho que ele. 

 

— Oi — O ruivo disse — Novato, certo?

 

James assentiu. 

 

— Qual turma? 

 

— A1. 

 

— Oh! Nível máximo! — o ruivo sorriu — Se prepara pras encaradas, eu sei como é, sou da A2. 

 

Isso explicava porque ele ser tão jovem, estava só ajudando e não trabalhando. O estudante da A2 entregou um papel para o novato. 

 

— Obrigado… — James procurava algo que dissesse o nome do rapaz ruivo. 

 

— Sebastian — Ele se apresentou e sorriu. 

 

— Prazer, sou James. 

 

— Boa sorte, James — Sebastian disse — Ah! Eu sugiro pegar o elevador, a menos que queira subir mais de 10 lances de escadas. 

 

— Valeu — O novato se despediu e foi até o elevador. 

 

Sorte que havia um vago, James analisou os andares. Invés de números tinham letras, o jovem apertou o botão com as letras AB. 

 

Enquanto esperava, ele analisou o horário que lhe foi dado. Os portões fechavam as 07:30 e aparentemente tinha uma tolerância de 10 minutos porque a primeira aula só começava às 07:40. As aulas tinham 40 minutos de duração e a cada duas aulas havia um intervalo ou horário do almoço. Os portões eram abertos às 16:30. 

 

"Nove horas na escola…" James pensou já cansado sem nem ter começado. 

 

"O que são nove horas na escola pra quem derrubou um robô gigante?" 

 

"O robô parece até amigável comparado a essa rotina e eu NÃO derrubei ele" 

 

"Mas acreditam que foi você e o que pensam não pode ser mudado" 

 

James revirou os olhos e finalmente havia chegado no andar AB, não era diferente do andar anterior, só a luz que vinha das janelas era melhor. O moreno que controla as sombras foi andando procurando a placa que indicasse a sala da turma A1. 

 

Finalmente encontrando a placa, James abriu a porta e logo na frente viu um rosto conhecido. Na primeira fileira, com postura ereta e mãos sobre a mesa estava uma jovem loira e bonita aparentando ser muito educada. 

 

Era Mary-Gem Holl, a garota que podia se teletransportar. James não ficou surpreso em vê-la, ele mesmo tinha visto o potencial da moça na Prova Prática. A loira derrotou 4 robôs de uma vez! 

 

Visto que as mesas eram em dupla e o espaço ao lado dela estava vago, parecia válido fazer companhia a ela. 

 

— Oi… — Ele disse se acomodando na cadeira a direita de Mary-Gem. 

 

A loira suspirou e olhou para ele. 

 

— Olá, James — ela disse querendo ser amigável. 

 

— Como foram suas férias? — Ele perguntou. 

 

— Normais. E as suas? 

 

— Normais. — Ele respondeu. 

 

E o silêncio permaneceu entre os dois.

 

"Que puta diálogo!" Umbro comentou rindo do próprio dono. 

 

"Vá a merda!" James rebateu indignado consigo mesmo. 

 

Havia passado tanto tempo recluso com sua sombra que nem se lembrava da última vez que teve uma interação com outra pessoa que não fosse sua mãe. 

 

O rapaz não teve tanto tempo pra se culpar pois foi assustado, igual a Mary-Gem, com uma mochila sendo jogada brutalmente na mesa ao lado. 

 

James engoliu seco vendo quem era. Com as mangas do blazer preto e da camisa elevadas até os cotovelos e a gravata preta frouxa, vizinho a James e Mary-Gem estava Ignos Scalam, aquele que gritou com um dos professores e exalava fogo pela boca. 

 

O portador da individualidade Umbra se lembrava de como o deixara bravo com um comentário engraçadinho e pela cara de Ignos, ele lembrava disso também. 

 

Felizmente, o jovem cuspidor de fogo não falou nada e sentou na mesa vizinha a de James mas com uma cadeira vazia os separando. O moreno suspirou de alívio. 

 

— Você fez algo pra desagradar ele? — Mary-Gem perguntou baixinho para James. 

 

— Talvez… — Ele respondeu ainda se recuperando pelo alívio. 

 

Pouco a pouco, os alunos foram entrando e se acomodando nas mesas. Mesmo estando vago, ninguém teve coragem de sentar ao lado de Ignos Scalam, as lembranças de como o garoto tinha pavio curto parecia ter sobrevivido as férias que tiveram. 

 

— Hey! — Um garoto apareceu na frente de Ignos com as mãos apoiadas sobre a mesa — Você deve ser o dragão de quem falaram! Eu sou o Simon! — E estendeu uma das mãos —

 

Simon era um rapaz de pele pálida, cabelo castanho e olhos castanhos. Ele falava tão rápido que era difícil acompanhar. Ignos ia estender para comprimenta-lo quando Simon levantou a dele e repentinamente apareceu do lado de Ignos. 

 

— Hum! Muito lento! Não parece ser grande coisa! Como chegou aqui? — O garoto em piscar de olhos apareceu ao lado de James — Esse aqui eu sei! Ele derrubou aquele robô, o Zero só levantando a mão. 

 

James estava pronto para corrigir esse comentário mas Simon deu a volta na mesa e ficou ao lado de Mary-Gem. 

 

— E de quebra ainda salvou a loirinha aqui! — Ele apoiou o rosto nas mãos e ficou olhando para a loira — Você desmaiou e foi resgatada não é? Como chegou até aqui? Donzelas em perigo costumam serem salvas por heróis, não serem os heróis! — Simon comentou rindo. 

 

— O que?! — Uma garota ruiva exclamou atrás da mesa de Mary-Gem e James batendo a mão na mesa — O conceito de "donzela em perigo" é algo antiquado que só serve para demonstrar como a sociedade vê as mulheres como frágeis e indefesas! 

 

Alguns questionaram-se quem era aquela ruiva intensa e impulsiva que não podia ficar calada diante daquela afirmação idiota.

 

— Se você é tão bom, como chegou aqui? — Ela perguntou. 

 

— Eu sou veloz, os vilões nem tiveram tempo de me capturar visualmente — Simon disse aparecendo rapidamente ao lado da ruiva. 

 

— Você não deveria usar sua individualidade como bem entender. — Mary-Gem comentou vendo que ele conseguia correr de um ponto a outro em milésimos de segundos. 

 

— Qual é? Estamos em uma escola para treinar nossos poderes! — Simon disse como se estivesse entendido — Esperei a vida toda pra poder ter essa liberdade e agora ninguém me segura! 

 

O rapaz-veloz correu como se quisesse mostrar sua rapidez para toda a turma, Simon iria dar a volta na sala mas quando passou perto da porta alguém o fez tropeçar. 

 

— Não na minha sala. — Disse uma voz masculina séria e apática. 

 

Diante da classe estava um homem adulto que aparentava severidade, usava um terno cinza completo com uma gravata preta e camisa branca, seus cabelos tinham essas mesmas tonalidades e a única coisa que destoava daquele homem monocromático era uma flor vermelha no bolso do paletó. 

 

Simon engoliu seco quando sentiu o olhar severo do mais velho sobre si. 

 

— Sente-se. — Ele disse e o mais novo rapidamente obedeceu. 

 

O homem de terno seguiu para a mesa na frente da turma com uma maleta nas mãos, pôs o objeto sobre a mesa e olhou para os jovens sentados assustados por sua presença rígida. 

 

"17 lugares ocupados para 9 mesas duplas,  3 fileiras horizontais e 3 filas…" Ele pensou suspirando. 

 

O 18° estudante que faltava chegou como se quisesse não ser notado, completamente encapuzado com calças negras e de cabeça baixa se dirigindo diretamente aos fundos da sala. 

 

— Anch — O homem mais velho disse — Porque chegou nesse horário? 

 

Meloly, ouvindo seu sobrenome sendo chamado, não teve escolha a não ser se aproximar do - aparentemente - professor. 

 

— Vim pela escada, senhor… — Ela respondeu baixinho. 

 

Ele havia sido informado do caso de Meloly e de que deveria ter cuidado com a menina. 

 

— Porque está com o uniforme masculino? — Ele perguntou de novo. 

 

James olhou para Mary-Gem que estava com o uniforme impecável com a blusa social branca, o blazer e gravata preta e a saia da mesma cor, depois olhou para Meloly que estava com uma calça preta igual a que ele mesmo usava. 

 

A encapuzada tirou um papel do bolso do moletom e mostrou ao professor. 

 

— "O estudante, obrigatoriamente, deve usar uma das blusas sociais oferecidas, a parte inferior do uniforme dado pela escola e o broche com o brasão da A.H.U.S.A. Itens como o blazer, gravata e sapatos ficam a escolha do estudante." — Meloly leu a parte que sublinhou das regras — Não diz que tenho que usar a saia ou o uniforme feminino. 

 

Muito esperto, ele tinha que admitir. O homem de terno devolveu o papel para a jovem de calça. 

 

— Sente-se. — Ele disse. 

 

Agora analisando, Meloly não podia ficar no fundo da sala como planejava, todos os lugares estavam ocupados, exceto um… 

 

Ignos não acreditou quando teve que tirar sua mochila da caldeira ao lado para dividir a mesa com aquela maldita menina. 

 

Com todos os estudantes presentes, o mais velho pode finalmente começar. 

 

— Bom dia — Ele disse — Meu nome é Hamilton Wolra e serei o Supervisor desta turma. Um Supervisor é mais que só um professor, eu serei responsável por vocês até que se formem então tudo o que fazem ou não fazem acaba sendo culpa minha e digamos que eu não goste de me sentir culpado atoa. 

 

Alguns engoliram seco, ter alguém cuidando de você durante todos os 3 anos acadêmicos poderia ser muito bom ou muito ruim. 

 

— Vocês tem uma vantagem esse ano, começamos as aulas no meio de uma semana o que lhes dá o tempo perfeito para se habituaram a escola antes do verdadeiro treinamento começar. — Hamilton abriu a maleta polida sem deixar que os alunos a vissem — A A.H.U.S.A. tem um jeito "especial" de dar notas: o método TAINER, isso faz com que tenhamos uma noção de todas as áreas necessárias para serem um herói mas não pensem que só usamos esse método no Exame de Admissão. 

 

Ignos sentiu Meloly dar um pulinho de susto, a garota se lembrava que não tinha conseguido um boletim de notas de dar inveja, se fosse muito ruim, ela seria expulsa? 

 

— Eu chamarei os nomes por ordem do sobrenome e quem eu chamar deve vir até aqui. — Hamilton analisou o conteúdo da maleta antes de chamar o primeiro nome — Anch. 

 

Meloly engoliu seco e se levantou indo até o professor. 

 

— Pulso. — Ele disse. 

 

Hesitante, ela ofereceu o pulso direito. Hamiton pegou algo da maleta e pós no pulso da garota que sentindo uma rápida pressão. 

 

— Pronto. 

 

Anch voltou ao seu lugar curiosa com o que tinha no pulso. Era uma fita, melhor, uma pulseira que parecia uma fita, tinha a cor verde forte e era presa por um fecho dourado com o brasão da A.H.U.S.A. incrustado nele. 

 

James ficou olhando para o pulso da garota enquanto Hamilton chamava o próximo nome. 

 

— D'Lucca. 

 

O moreno se assustou com seu nome sendo chamado mas logo foi até o professor e ofereceu o pulso direito. James voltou para a mesa com uma pulseira igual a de Meloly porém a dele era azul ciano. 

 

Vendo a diferença das cores, Mary-Gem se perguntava o que cada uma significava e qual seria a sua. 

 

Teria que esperar mais alguns nomes serem chamados antes de responder essa dúvida.

 

— Hoffmann. 

 

Ela, a ruiva impulsiva que bateu de frente com o comentário do ligeirinho Simon, se levantou indo até Hamilton. 

 

Hoffmann sorriu ao ver seu pulso com a fita azul ciano, era uma cor bonita. 

 

— Holl. 

 

Mary-Gem respirou fundo antes de se levantar. Fechou os olhos enquanto o professor colocava a fita em seu pulso e quando abriu, viu que era da mesma cor que a de James. 

 

O que isso significava? 

 

— Mahud. 

 

Ao ouvir esse nome, o dono bufou. Em seguida todos puderam ver um rapaz bonito de olhos cinzentos e um pouco baixo para o padrão masculino se levantar do meio da sala. 

 

Mahud estranhou ao voltar para a mesa com uma fita diferente no pulso, ele tinha sido o único a ter aquela cor até aquele momento. 

 

— Müller. — Hamilton prosseguiu. 

 

Do fundo da sala, pode-se ouvir o barulho do salto. Müller era uma garota magra de cabelo azul que andava de braços cruzados e com óculos escuros mesmo em ambiente fechado. O som de sua bota era bem audível e só parou quando chegou na frente do senhor Wolra. 

 

Ela ganhou uma fita verde.

 

Mais nomes foram chamados.

 

— Scalam. 

 

"Finalmente!" Ignos pensou. 

 

Havia escolhido um lugar na frente e central justamente porque se precisasse ir até o professor, não seria mais que 3 passos. 

 

Hamilton pos no pulso do rapaz uma fita verde que Ignos estranhou muito. Era da mesma cor da Anch, aquela que ele mesmo viu escondida em um beco com medo na Prova Prática. Se isso significava que eles estavam no mesmo nível então só tinha mais motivos pra se esforçar naquela escola. 

 

— Skótadi. 

 

De uma das mesas da frente, uma linda loira de cabelos curtos se levantou elegantemente indo em direção ao professor. 

 

— Obrigada — ela disse voltando para sua mesa com uma pulseira azul ciano. 

 

— Stoneheart. 

 

— Stoneheart? Stoneheart Inc.? — Simon exclamou — Não é aquela empresa milionária gerenciada por uma loirona gata? 

 

— Ei! É minha mãe! — Uma voz masculina afirmou. 

 

Era uma rapaz pálido e assim como a dita mãe loiro. 

 

— Stoneheart. — Hamilton repetiu não querendo ver onde aquela conversa ia terminar. 

 

O rapaz loiro se dirigiu a frente do professor. Sr. Wolra pode sentir Stoneheart tremer enquanto tentava colocar a fita no pulso do jovem, no fim, ele ganhou uma pulseira azul ciano para combinar com seus olhos. 

 

Finalmente, chegou o último nome da lista. 

 

— Talles. 

 

— Pronto! — Simon apareceu na frente do professor em um piscar com o pulso pronto para receber a pulseira. 

 

Hamilton ficou olhando para o rapaz e Simon sem entender, balançou o braço freneticamente pedindo em silêncio pela pulseira. 

 

Finalmente, o professor se moveu pegando a última fita e segurando o pulso de Talles para que ele pudesse colocá-la. 

 

— Azul Ciano?! — Simon exclamou vendo a cor da pulseira e achando muito forte para seus olhos — Não tem como trocar? 

 

— Tem — Hamilton fechou a maleta — Mas não agora. 

 

Simon murmurou algo e voltou para sua mesa. 

 

O professor Wolra encarou novamente a turma que ia cuidar. 

 

— Skótadi — Ele chamou tendo a atenção da moça loira — Ao lado de Mahud. 

 

Ela caçou o garoto com o olhar, encontrando-o na segunda horizontal atrás do rapaz estressado e da garota encapuzada. Não entendo, obedeceu o professor trocando de lugar com a pessoa ao lado de Mahud. 

 

Ele acenou gentil para a nova companheira. 

 

— Müller — Ele disse olhando para a menina de cabelo azul — Ao lado de Talles. 

 

Sem dizer nada, Müller foi de braços cruzados para o lado de Simon. 

 

— Stoneheart ao lado de Hoffmann. — Hamilton disse. 

 

O rapaz loiro se levantou e foi para a mesa com a garota ruiva ficando atrás da mesa de James e Mary-Gem e vizinho a mesa de Mahud e Skótadi. 

 

O professor continuou a fazer alterações nas duplas com exceção em alguns casos como D'Lucca e Holl e Anch e Scalam que continuaram a dividir a mesa. 

 

— Melhor. — O mais velho comentou vendo a turma rearrumada — Apesar de serem pulseiras, o que vocês tem no pulso é chamado de Faixa e se refere a qual faixa de médias vocês se encontram. 

 

Mary-Gem se lembrou de algo que o professor Morgan falou depois de anunciar as notas da garota e também que a sua média final havia ficado dentro de um quadrado azul ciano, a mesma cor da pulseira. 

 

— Para entrar na turma A é preciso ter, no mínimo, uma Média Adequada no Exame de Admissão. A Faixa Verde. — Hamilton esclareceu. 

 

Ignos olhou incrédulo para o próprio pulso. "Mínimo"? Ele havia conseguido a nota mínima para entrar na turma? 

 

— A maioria aqui tem a Faixa Ciano, referente a Média Boa. Particularmente é a que eu mais aprecio. 

 

James olhou pata o próprio pulso e depois para o de Mary-Gem. Ele tinha ficado na mesma média que ela? Podia ter jurar de que ela merecia alguma nota maior. 

 

— E tem a Média Excelente, a Faixa Azul, é difícil de conseguir e pior ainda de manter. Não gosto dessa média. — o professor ao terminar de falar olhou para Mahud.

 

Ele olhou para a pulseira de Skótadi, se assemelhavam mas a dele era mais escura, ele deduziu então que ele estava com aquela fita.

 

Mahud levantou a mão mostrando seu pulso com a pulseira azul petróleo. 

 

— Porque? — Ele perguntou. 

 

— Estudantes com Média Excelente tendem a cair muito rápido. — Hamilton respondeu friamente.

 

Mahud abaixou a mão assustado com a frieza, aparentemente ele era o único da sala com a Faixa Azul. 

 

— Mas — o professor continuou — ninguém é imune. A média pode aumentar ou diminuir, isso só depende do estudante. Uma nova média significa uma nova Faixa ou uma nova turma. 

 

A informação chocou a turma, eles poderiam ir para outra sala se não fossem mais bons o bastante? Isso era tão duro. 

 

— Alguma pergunta? — O professor questionou. 

 

Skótadi levantou a mão. 

 

— Porque nos trocou de lugar, senhor Wolra? — Ela perguntou educadamente. 

 

— A A.H.U.S.A. usa um modo cooperativo para evitar muita competitividade e fazer os estudantes, vulgarmente falando, se tocarem de que não são melhores do que ninguém. A pessoa com quem estão dividindo é seu parceiro ou parceira. 

 

As duplas se entre olharam imediatamente. 

 

— Parceiros? — Ignos questionou — Até quando? 

 

— A formatura. — O professor respondeu. 

 

— Tem como trocar? — Meloly perguntou. 

 

— Não. 

 

Ali estava um exemplo de dupla que não queria ficar junta. Meloly lembrava de como ele foi grosseiro e de como a irritou e Ignos lembrava de como ela era medrosa e de quando se meteu no caminho dele. 

 

A cooperação entre ambos parecia impossível. 

 

— Qual o critério usado? — Simon perguntou elevando a mão — Tipo, nome, sorteio porque nota claramente não é! 

 

Simon pegou a mão de Müller mostrando que suas Faixas eram diferentes, a dele sendo Ciano e a dela Verde. 

 

Müller puxou a mão de volta tão bruscamente como quando foi puxado. 

 

— Desculpe, é que eu não quero ficar com quem me atrase — Simon explicou. 

 

— Considerando seus poderes, um atraso é mais que necessário, Talles. — Hamilton falou — O critério é segredo mas se quiserem ter uma noção, podemos ir para o campo de treino. 

 

Essa idéia animou a muitos. 

 

— É um protocolo comum que a primeira atividade prática seja uma luta entre a dupla, então… — A explicação do sr. Wolra foi interrompida com algo chocando na janela. 

 

O professor se aproximou da janela com o vidro intacto e viu que o campo de treino já estava ocupado reconhecendo a Supervisora da turma B1. 

 

— Tão cedo… — ele comentou — Terão que esperar para poder ir até o campo. 

 

Hamilton foi andando até a porta. 

 

— Bom, até lá… Conheçam-se. — Ele disse antes de sair da sala. 

 

James finalmente soltou a respiração, aquele homem tinha uma presença muito tensa, como se visse tudo que eles faziam sem deixar nada para trás. 

 

Ele olhou para sua colega que agora era sua parceira de escola até a formatura. Procurando algo para iniciar uma conversa, ele percebeu que destoando do uniforme e postura perfeita, abaixo da gravata estava uma pedra azul queria escapar daquele mar de preto e branco. 

 

— Seu colar combina com a sua faixa — ele comentou. 

 

Mary-Gem levou a mão ao colar segurando a pedra bruta com carinho. 

 

— É de família. — Ela disse — Azul é quase uma tradição. 

 

— Ah é? — James disse querendo que aquele diálogo fosse mais produtivo que o anterior. 

 

Atrás deles, a dupla Hoffmann e Stoneheart ainda não tinha conseguido começar um assunto. 

 

— Você é mesmo filho da dona da Stoneheart Inc.? — Ela perguntou a primeira coisa que veio a mente. 

 

— Sim, a menos que ela tenha mentido pra mim. — ele comentou querendo fazer a parceira rir. 

 

E conseguiu.

 

— Meu nome é Raphael — Ele se apresentou devidamente. 

 

— Magda — A ruiva disse — Minhas amigas me chamam de Mag, pode chamar também se quiser. 

 

Raphael sorriu. 

 

Mahud batia dos dedos na mesa, ele podia conversar com a colega mas não havia prestado muita atenção quanto ao nome dela. 

 

— Então… Skó… Skót… — Ele tentou mas sua memória não ajudava. 

 

— Alice. — Ela disse — Meu nome é Alice, é mais fácil que Skótadi imagino — Comentou sorrindo. 

 

— Claro, Alice. 

 

Mahud se sentiu aliviado por ela não ter se irritado. 

 

— Seu sotaque é… diferente. — Ele comentou. 

 

— Britânico. — Alice disse — Você também tem um sotaque, hm, eu acho. — A garota mordeu o lábio parecendo pensar — Ma-Hud… Parece… árabe 

 

— Israelense. — Ele explicou — Ah e pode me chamar de Netanya. 

 

— Ne-Ta-Nya… — A loira repetiu nome pausadamente.

 

— É um nome unissex! — Afirmou. 

 

Já havia recebido certas piadas por seu nome parecer "de menina". Alice riu com a agitação do parceiro. 

 

— É um nome bonito. — Ela disse. 

 

Netanya ficou envergonhado por ter se exaltado. 

 

— Obrigado… 

 

As duplas foram tentando esforços para se conhecer mas uma ainda não tinha sequer dito algo. 

 

Suspirando, Meloly deu o braço a torcer. 

 

Meloly… — ela disse baixo.

 

— Que? — Ignos questionou. 

 

A garota limpou a garganta e falou.

 

— Se iremos ser uma dupla, quero que me chame pelo nome, meu nome é Meloly. 

 

Era justo, ele realmente não sabia o nome da menina e com certeza não podia chama-la de maldita. Pelo menos não de cara. 

 

— Ok, Meloly. — Ele disse. 

 

Após falar, o rapaz riu nasalado.

 

Meloly Anch. 

 

Que nome estranho. 

 

— Meu nome é Ignos. 

 

— Prazer. — Ela disse olhando para ele rapidamente e depois desviando — É latim? 

 

— É. E o seu? — O rapaz questionou a origem daquele incomum. 

 

— Eu… não sei dizer… — Ela disse encerrando qualquer possibilidade de conversar.

 

Quando os dois integrantes da dupla não queriam falar era um incômodo cômodo mas quando só uma falava era só um incômodo. 

 

— Müller! Qual seu primeiro nome? Seu cabelo é assim mesmo? Qual seu poder? Porque você tá de óculos escuros? Sabia que faz mal? — Simon não parava de tagarelar sem deixar espaço para a garota responder ou até para respirar. 

 

Quando o ligeirinho teve que respirar, a garota se pos a falar. 

 

— Sarah. Não. Dedução. Para controle. É uma superstição. — Ela falou pausadamente. 

 

Simon não gostou de como ela era calma. 

 

— Porque você é tão lenta?

 

— Espere. — Sarah disse sem interesse.

 

As duplas começaram a interagir - ou não - até que Hamilton voltou com um copo térmico metálico de onde saía vapor. 

 

— 4 duplas por vez no elevador comigo, o restante deve esperar no corredor até que todos estejam no mesmo andar e seguir para o vestiário. — Ele disse antes de dar um gole no líquido quente. 

 

A turma A1 se entreolhou ainda formulando as instruções. 

 

"Só me diz se essa cara respira!" Umbro questionou dentro da cabeça de James, o professor falava tão rápido que era complicado de entender.

 

Alice levantou a mão timidamente. 

 

— Pode repetir, senhor? — Ela pediu envergonhada. 

 

Hamilton olhou para ela, não parecia uma repreensão mas sim que ele havia lembrado de algo com relação a Skótadi.

 

— Vamos pegar o elevador para ir ao campo de treino. — Ele disse com mais calma e simplicidade.

 

— Eu posso ir pelas escadas? — Ela perguntou — Eu encontro com minha dupla no térreo. 

 

— A dupla sempre fica unida. — Hamilton disse seriamente. 

 

A loira olhou para Netanya e ele entendeu que ir no elevador não era uma opção para a garota. 

 

— Nós podemos ir pela escada? — Ele refez a pergunta. 

 

Hamilton suspirou. 

 

— Podem. E agora são 3 duplas por vez. 

 

O professor se afastou da porta para que os alunos pudessem sair. 

 

— Obrigada. — Alice disse para seu parceiro. 

 

— De nada — Ele disse. 

 

Ambos seguiram na frente para chegarem ao térreo logo. 

 

Hamilton olhou severamente para sua turma dispersa no corredor. Como se entendesse, James se pos ao lado de Mary-Gem, Meloly entendendo ficou atrás da loira e Ignos foi para o lado dela. 

 

Assim a turma A1 foi se organizando em uma fila em duplas. O professor olhou para os estudantes satisfeito por não ter dito nada e seguiu para o corredor. 

 

Se aproximando do elevador, ele abriu espaço para as primeiras 3 duplas entrarem e foram elas: D'Lucca e Holl, Anch e Scalam e Talles e Müller. 

 

— Esperem aqui. — Hamilton disse para os que estavam no corredor e entrou no elevador para levar os primeiros estudantes para o térreo. 


Notas Finais


O que acharam? Podem dizer, sem medo ^^

Não esquecendo claro...

https://docs.google.com/document/d/1Rkt69xwPOain5BgbceASEG3-3LtvogQfjVl_oDHoafc/edit?usp=drivesdk


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