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História My Antichrist (HIATUS) - Paraíso (part 3)


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


ESPERO QUE GOSTEM❤️❤️

Capítulo 51 - Paraíso (part 3)


Nico olhava para onde Percy apontara, se esforçando conseguia ver que, no final da ponte que cruzava o Estige, havia uma torre alta de pedra cinza. Percy andava de um lado para o outro, seus olhos estavam negros e segurava Luz numa fúria que aparentemente mataria o primeiro que o tirasse dos pensamentos raivosos a Miguel. Nico não estava com tanto ódio assim, aliás não se importava tanto quanto Percy se mudariam o céu ou não. Só se preocupava com a distração, tinham que ir logo para a torre de Lelahel. 
Observando a raiva do meio-demónio à sua frente, Nico esperou um pouco antes de lhe dirigir a palavra. Ele foi até Percy, e quando ele o encarou, por um momento se sentiu fraco, como se Percy fosse um demônio maior que ele. Quando ia começar a falar, ignorando o fato de se sentir impotente, o outro prosseguiu antes dele esvaziando a raiva que prendia na garganta. 
-Vou atrás de Miguel, e se preciso ainda o mato hoje. -disse com determinação.
-Não, não vai. Viemos atrás de Lelahel nada mais que isso. Vamos. -Nico insistiu apontando para a torre, mas Percy pareceu não o ouvir. Este continuou a andar de um lado para o outro e a olhar todo o lugar novamente. 
-Ele vai se arrepender, ah como vai. -disse com um súbito sorriso. 
-Lelahel. -Nico tentou o lembrar segurando seu braço. -Não temos tempo. 
-Ela pode esperar, antes eu vou matar Miguel. -ele disse aquilo ainda sorrindo, o'que irritou Nico o suficiente para que conseguisse sentir ódio de Percy naquele momento.
Quem ele acha que é?, pensou com raiva Ainda o segurando, Nem um demônio inteiro é! Você tem que obedecer, aliás… 
Aquele pensamento sobre obediência fez com que ele apertasse o braço de Percy, seus olhos foram tomados pela escuridão e pelas veias vermelhas que apareciam quando se tornava quem realmente deveria ser. Não seria qualquer protótipo de demônio que mandaria nele, nem mesmo que esse fosse Percy. As asas que estavam encolhidas evitando se arrastar no chão, abriram-se e do rio três demônios apareceram, de formas animalescas como uma mistura de cachorro e jacaré. Percy olhou deles para Nico e tentou puxar o braço preso a mão do outro e sem êxito perguntou exasperado:
-Você também está vendo aquilo não está? -perguntou sobre os animais. -Então me solte. 
-Eles são meus. -a voz de Nico saiu profunda e quase abafada como se vinhesse do chão. -Me ouça! -os demônios se aproximaram respirando o ar puro do céu e fazendo caretas por ele, as caldas de jacaré peludas arrastavam no chão com um gancho na ponta. 
-Miguel está destruindo a minha casa, não vou deixar isso! -Percy respondeu com raiva, suas asas também se abriram com os poderosos símbolos dos reis.
-O objetivo sempre foi que eu e você acabássemos com ele e com Lúcifer. Eu sou um demônio, faço acordos, estes que não podem ser quebrados, principalmente comigo. -Nico disse em tom de ameaça. -Você está com a alma de um dos meus, então me obedeça! 
-Desde quando um anjo obedece a um demônio? -Percy questionou cheio de raiva que agora se direcionava toda para Nico. 
-Os meus estão lutando lá fora por causa da sua irmã! Os deixei vir porque eu queria lhe ajudar, por mim ela morria! -sua voz foi voltando ao normal, os demônios tinham parado a um metro deles, mas suas respirações ruidosas sempre lembravam que eles estavam ali. -Me obedece desde que eu tenha a razão, não irá conseguir matá-lo. 
-Os símbolos dos reis me dão os exércitos deles, posso encher isso aqui de demônios em três segundos. Posso matá-lo Nico, de uma vez e acabar com isso. -Ele falou em tom de súplica, as esmeraldas a que chamava de olhos, pediam mais que suas palavras. -Acabar a guerra, para ficarmos juntos, não é isso que queremos? -Nico permaneceu calado, percebendo que de repente os gritos haviam cessado, o tempo acabara. 
-É o'que queremos, mas para isso temos que continuar vivos. Eu vou atrás de Lelahel. -disse Nico o soltando e andando para trás. -Faça oque quiser. -Ele impulsionou com as pernas e abriu as asas planando até depois da ponte, os demônios os seguiram, correndo como cães rápidos demais.
Ao pousar na frente da torre, vislumbrou Percy em sua decisão e decidiu partir para a sua. Percorreu ao redor da torre, larga o suficiente para manter alguém dentro, mas também tinha a altura que poderia ser de vários andares. Não tinha portas ali embaixo, deduziu que a única entrada devia ser por cima. Ele voltou a impulsionar com as pernas e voou até em cima da torre que não era como as comuns, apenas um cilindro de pedra, sem nada que impedisse a queda lá de cima. Nico viu uma abertura quadrada no centro, sem porta nem nada, mostrando um vazio escuro lá dentro. Valia a pena se arriscar por Lelahel? Sem querer pensar muito sobre isso, ele recolheu as asas que não podiam voltar às suas costas por causa da armadura e pulou direto na escuridão. A queda era aberta e no escuro, mas o fim dela o surpreendeu, era água. Não era a do Estige, era normal, porém um zumbido começou a ecoar pelas paredes e não era mais nada normal. Nico não via nada, nem a entrada por onde caiu, algo gelado e pontudo lhe tocou as costas e vozes estranhas falaram entre si. 
-Passou direto, então não é anjo. 
-Pode ser um dos animaizinhos de Miguel que caiu aqui. -Nico revirou os olhos no escuro e agradeceu por eles não estarem vendo também. 
-Então matamos? -perguntou uma terceira voz irritadiça. -Eles não servem de nada. 
-Nada? -Perguntou o primeiro, Nico pretendia os ouvir o máximo, tentar ganhar informações. -Eles enganam os outros, são úteis. 
-Você é outro cachorrinho dele Jeliel. -a ponta o espetou mais. -Ele não se mexe.
-Oras, mate-o logo. -Não tinha ouvido nada demais e como a ponta saíra das suas costas em aviso de um ataque próximo, Nico não via razão para os manter vivos. Virou-se e agarrou o cabo da lança o puxando e levando o anjo para dentro d’agua. Lá com a espada do seu pai conseguiu o perfurar na barriga, as asas pesadas de água não ajudavam muito, mas Nico conseguiu sair da água e ouviu um barulho próximo, atacando sem pensar, ouviu a cabeça de um deles rolar no chão e o corpo cair para dentro da água também. Havia o terceiro, mas esse estava quieto, um barulho estrangulado e mais alguém caindo. 
-Achou que eu perderia a brincadeira? -com um sorriso Nico reconheceu a voz de Percy. -Vamos sair daqui.
Os dois passaram a bater nas paredes procurando uma saída, até que Nico achou uma maçaneta, quando a girou, uma porta se escancarou, iluminando o lugar que estavam antes. Agora Nico via os cadáveres dos anjos, os cortados pela lâmina de Nico tinham as veias sobressaltando sob a pele, numa coloração negra anormal, os deixando com aspectos doentis e monstruosos. Percy o seguiu para a sala após a porta, era um espaço arredondado é iluminado por tochas potentes demais. Uma escada em seu centro levava para baixo e assim eles dois desceram sem questionar nada. Se encontrarem num corredor, cheios de portas de madeira grossas com nomes de respectivos anjos ou demônios esculpidos. Os cabelos de Nico ainda pingavam no seu rosto e a armadura deixava um rastro de água enquanto andava, seu único pensamento era se alguém fosse lá e os seguisse. Depois de uma longa andada eles acharam a porta escrito Lelahel, Percy passou na frente de Nico e tentou primeiro só girando a maçaneta e é óbvio, estava trancada. Sendo assim pôs a mão na fechadura e está por sua vez explodiu e abriu a porta. Eles entraram, Nico vindo atrás, só reparou no que Percy olhava depois de observar o cômodo, era uma cela, mas muito bem iluminada e lá num canto, onde Percy mantinha seus olhos vidrados em choque. Lelahel estava sentada numa poltrona de veludo vermelho, nada abalada, parecendo saudável e plenamente livre, com um gato no colo e roupas limpas. Ela se levantou deixando o animal no chão e sorriu para os dois meninos chocados. Ela jogou os ombros e disse:
-Desculpem, meninos. Sem invasão hoje. -o chão tremeu e de repente estavam caindo. 

 


Notas Finais


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