1. Spirit Fanfics >
  2. My Antichrist (HIATUS) >
  3. Bianca

História My Antichrist (HIATUS) - Bianca


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Gostaram da capa nova?

Capítulo 52 - Bianca


Durante a queda Nico desmaiou, o susto, o cansaço e a pressão do vento o fizera apagar. Quando voltou a acordar não caia mais, nem morrera como esperara. A primeira coisa que viu depois que seus olhos desembaçaram foi o imenso céu azul acima, mas não havia nenhuma construção de pedra flutuando ou algo assim como esperava. O cheiro de onde estava deitado também não se assemelhava em nada ao cheiro de Nova York, era terra e  que fora de onde eles partiram para o céu. Nico moveu a cabeça devagar para olhar ao seu redor e viu que não reparara nos topos dos pinheiros que apontavam como pontas de lanças verdes para o céu. Preocupado com Percy, ele fez de tudo para se sentar mesmo com a cabeça latejando, foi então que reparou que suas asas pesavam nas suas costas, continuavam abertas e doíam um pouco. Se levantando viu que não tinha como às recolher ainda, continuava com a armadura. Estava no meio de uma floresta e essa era sua única certeza, voltando-se para o lugar que estava deitado viu que o seu formato ficara na terra escura, como um anjinho de neve mais profundo e verdadeiro, apesar da parte de ‘anjinho’, não se adequar. Estava uma pequena clareira, um tronco quebrado estava caído no chão, algumas pinhas espalhadas e florzinhas azuis cresciam entre algumas pedras que pareciam está no chão a muito tempo. Ficar ali olhando flores e as árvores não o ajudaria em nada, pensou Nico, tinha que procurar Percy. Sentia-se sujo e quebrado, andar lhe doía, mas olhando para a floresta escura ao seu redor só viu duas soluções, ou em frente ou para cima, e como aparentemente machucara a asa, para cima deixara de ser opção. Foi em direção ao escuro das árvores, tentou chamar o nome de Percy, mas na segunda tentativa sua garganta secou e arranhou como se tivesse engolido um punhado de areia, isso o causou um ataque de tosse e para se recompor, apoiou-se numa árvore e quando conseguiu parar de tossir e só respirava fundo, ouviu um sussurro leve. Tentou se convencer que nada mais era que às folhas dos pinheiros mexendo, voltou a caminhar entre as árvores, pulando vez ou outra uma raiz ou buracos no chão.

Não sabia quanto tempo andara, mas já estava cansado demais, voltou a parar e recostou-se em uma árvore, fechou os olhos e tentou se lembrar de quando usava armaduras a muitos anos atrás, apesar das memórias de seres imortais também serem imortais, Nico não lembrava de algum dia ter tirado a armadura sem ajuda, ou seja, teria que continuar com ela. Algo voltou a sussurrar e dessa vez ele tinha certeza que não fora às folhas, olhando ao seu redor, Nico surpreendeu-se ao ver uma mulher sentada no chão, os cabelos sedosos e ruivos, usando um vestido laranja preso por uma única argola dourada ao pescoço dela e um cinto também dourado prendia uma faca a sua cintura. Ela olhou para ele e sorriu, se levantou e sussurrou novamente:

-Venha.

-Por que está sussurrando? -ele perguntou com a voz normal, a mão sendo levada automaticamente ao cabo da espada. Porém não demorou muito para que ele voltasse a ter um acesso de tosse. Segurando a garganta ele sentia como se formigas picassem sua garganta por dentro.

-Menino tolo, esse é o Vale dos Sussurros. Aqui estão todos os sussurros, de todas as  pessoas ao redor do mundo, é assim que sabemos os segredos. -ela o respondeu com a voz tão fraca que seu som facilmente se misturaria ao vento e sumiria. -Não se pode falar alto.

-Percebi. -ele murmurou num sussurro.

-Venha. -repetiu passando por ele e seguindo para dentro da floresta.

-Não. Preciso achar alguém. -ele disse baixo a fazendo parar e se virar para ele.

-O outro menino está comigo. Venha. -Nico não sabia se deveria confiar, acabara de passar por uma traição. Pela primeira vez desde que acordara, ele lembrara de Lelahel e ódio inflou no seu peito, ela mentira aquele tempo todo. Ele ainda conseguia visualizar na sua mente o sorriso dela ao faze-los cair, ela estava completamente bem, só esperava que eles dessem a vida deles pela dela, mas ela podia te-los aprisionado lá, porque os fazer cair? Decidindo que se a mulher resolvesse atacar ele teria como se defender, ele a seguiu por entre às árvores. Às vezes ele a perdia quando um raio de luz de repente passava por entre às árvores e o cegava, mas fora isso, facilmente a seguiu para além das árvores, sendo substituídas por um grande espaço aberto e descampado, mas Nico o reconheceu com um aperto no peito, a grama seca e a casinha não muito longe dali o trazia a lembraça do dia chuvoso, no qual ele se escondera junto a Jason naquela casa após os cavalos fugirem.

-Ele está ali. -ela disse com a voz mais alta. -Saimos do limite da floresta.

-Não lembro de não poder gritar quando uma vez fui ai.  

-Claro que não, não é a mesma floresta. -ela sorriu e gesticulou para a casa. -Tem magica por cima dessa floresta, nada é igual para humanos e anjos e demônios. Consegue ver?

Nico estreitou os olhos na direção da casinha velha, feita de madeira que já se soltava, com pedaços quebrados e janelas sem vidros, como jogar um balde de água num vidro poeirento, a casa se transformou completamente. Alta, de paredes de pedra, com janelas e portas impecáveis, uma chaminé ao topo com fumaça saindo preguiçosamente.

-Consigo. -ele a respondeu e a menina assentiu com um sorriso enorme. -Ele está lá?

-Sim, dormindo. Ele sussurrou seu nome enquanto dormia, então eu soube que mais um estava perdido, não deixaria que os sussurros o enlouquecessem. Vou leva-lo até lá. -ela voltou a andar em direção a casa e ele a acompanhou.

Procurou pelo descampado o castelo que deveria está perto, segundo oque suas lembranças diziam. Mas oque viu não se assemelhava nada ao grandioso castelo que um dia morara, estava em ruinas. Sem perceber, já estava à porta da casa, a menina a abriu e fez sinal para que ele passasse, mas Nico negou e apontou com o queixo enquanto dizia:

-Você primeiro. -ela assentiu e entrou, ele logo depois. O espaço pequeno de antes havia sumido, agora, no lugar onde antes não tinha nada, uma sala estava montada. Dois sofás, carpete vermelho, uma mesinha de centro com um bule de chá branco e duas xícaras. Em um dos sofás, Percy estava apagado, sem a armadura e com curativos no rosto, Nico se aproximou e segurou sua mão aliviado por o ver aparentemente bem. -Estamos em casa. -ele sussurrou com um quase sorriso.

-Lembro-me de um dia, quando aqui chovia muito, o encontrei dentro dessa casa, obviamente na visão humana, não era com ele que estava aqui. -ela disse sentando-se no outro sofá de frente para os dois, Nico permaneceu de pé, surpreso, realmente a achou conhecida, mas não lembrava que era ela a camponesa que quase o flagara com Jason. -Estava com quem chamávamos de príncipe e hoje chamamos de demônio. -ela suspirou enquanto se inclinava e pegava o bule, derramando o líquido fumegante que estava dentro nas xícaras. -Naquele dia eu tentei o chamar, queria saber se já sabia quem era, mas como esperado, você não me ouviu, oque significou que o nome “Anticristo”, ainda não o afetava.

-Quem é você?

-Sou um anjo das potestades, responsável por como as coisas devem ser feitas.

-E você vive numa casinha no que um dia foi Épiro?

-Sim, sou responsável pelo oque vocês devem fazer, tenho que os ajudar quando for necessário. -ela tomou um gole da xícara e o analisou de cima a baixo, estalou os dedos e a armadura sumiu. Nico não gostava quando os anjos faziam isso, eles se sentiam muito superiores ao fazer, ao passo que demônios só tranformariam tudo em pó como de costume. -Lelahel assim como eu, era uma dos Condutores das Ordens Sagradas, mas ela se deixou levar pelo nosso irmão. Sei que ela os traiu. -ela apontou para o sofá onde Percy continuava a dormir, havia um espaço onde as pernas dele estavam mais afastadas e foi lá que ele sentou. Se sentindo mais confortável em suas roupas comuns e com suas asas retraidas para dentro das costas, Nico aceitou a outra xícara que ela lhe oferecia.

-Subimos para salva-la e ela descaradamente nos traiu. Não entendo, ela poderia ter nos trancado lá, mas ela simplesmente nos fez cair.

-Como eu disse, ela recebia as ordens e sabia oque e como as coisas deveriam acontecer, contando que tudo discutido era como acabar o exercito do inferno, não o seu. Mas quando vocês se uniram contra os dois lados, Miguel enlouqueceu e a mostrou como ele aparentemente estava certo, Lelahel acreditou e juntos eles montaram isso que está acontecendo. Vocês precisavam cair, mas ela acredita que só tenha um caminho. Que os fazendo cair, vocês voltarão e assim a guerra começa, eles muito mais preparados do que vocês pensam, atacariam sem problema algum e venceriam, mas não sabem que eu ainda permaneço aqui cuidando verdadeiramente de vocês. -Percy murmurou alguma coisa dormindo e se virou de lado, ela pousou a xícara na mesinha e sorriu para Nico. -Pode contar comigo.

-No momento, não consigo confiar em ninguém. -Nico respondeu desconfiado.

-Claro que não, mas mesmo assim vou os dá uma dica do que fazer. Primeiro, volte-se contra o inferno, consiga o exercito deles e suas táticas, você que devia os comandar, mate Jason.

-Eu já o fiz uma vez e quase não consegui, parece que todos que eu mato voltam. -disse olhando para Percy e segurando sua mão. -Só algumas exceções são boas.

-Você matou o Jason errado, tem que o matar na raiz, o Jason de verdade. Chegue até ele.

-Como eu faria isso?

-Leve a ele algo que o ligue a um sentimento antigo, como o anel que deixou para ele quando foi embora, antes do acidente.

-Não fui eu que deixei o anel -disse soltando a mão de Percy e deixando a xícara que ainda segurava com a outra mão, na mesinha. -... Foi o Nico. E como sabia do anel?

-Bem, eu fui a única pessoa a saber que o Nico deixou o anel. -ele franziu a testa e encarou o rosto feliz da menina, mas ela riu e de repente seus cabelos foram mudando de ruivo para preto, seus olhos verdes ficaram negros e a pele com sardas ficou apenas branca. E no lugar da camponesa que ele encontrara, lá estava Bianca. -Me sinto mal por ajudar quem matou meu irmão, mas eu ainda pretendo o encontrar e sei que pode me ajudar com isso.

-Me desculpe. -disse sem expressar muito. -Sabe que quando derrubei a carruagem, eu não…

-Não peça desculpas, só faça uma coisa por mim -Bianca se inclinou para frente e esticou a mão para os cabelos dele, os olhos se enchendo de lágrimas, Nico sabendo que era apenas pela sua forma externa, mas aquilo o doeu. -Por favor, não use o corpo do meu irmão para ser um monstro, nos salve.


Notas Finais


Comentem <#


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...