História My Best Friend Lover - JJK - Capítulo 83 - Jung Dae

Pov’s Autora

Três meses se passaram desde a viagem em família, todos já haviam voltado a sua rotina normal. Jungkook ainda estavam trabalhando na empresa e treinando Mino, ele não conseguia decidir o que deveria largar, ele amava lutar, mas também se apegou a empresa.

Jun já havia voltado a trabalhar no jornal também, mas ainda assim seu coração palpitava rápido demais quando estava sozinha na rua. Infelizmente nesses três meses Yuna ainda não foi encontrada, ou seja, não havia sido presa e Jun temia ser alvo mais uma vez.

Jung Yerin – esposa de Hoseok – já estava no seu último mês de gravidez, o rapaz estava cada dia mais ansioso para a chegada de seu primogênito Jung Dae. Estava cada vez mais babão pela esposa, não que ele nunca fosse, pois Hoseok sempre foi um marido extremamente doce e carinhoso.

Ele sempre fazia coisas românticas para sua esposa, a chamava por apelidos doces e tirava risadas de sua amada mulher. Yerin já no final de sua gravidez não estava mais tão ranzinza. Ela agora estava voltando a ser a mulher que sempre foi. Um grande alivio para seu marido, que já não aguentava mais levar esporro.

O rapaz estava em sua cama, em um sono profundo. Estava completamente exausto, com seus 31 anos ser dono de uma boate era extremamente cansativo. Ele não ia até ela sempre, gostava de administra-la de longe, assim podendo passar mais tempo com sua família.

Mas trabalhar de noite conseguia ser mais cansativo do que trabalhar durante o dia.

Hoseok acordou em um pulo caindo de sua cama, ao ouvir o barulho de algo quebrando. Ele rapidamente se levantou do chão e correu até a porta da sala. Observou Yerin o olhando com uma cara de pavor.

Ao fitar o chão notou muita água e seu desespero conseguiu aumentar ainda mais.

– Está na hora. – Ela disse soltando um grande gemido de dor.

– O QUE EU FAÇO? – Gritou desesperado.

O rapaz correu até ela com uma euforia em seu peito, tão animado e assustado que acabou escorregando naquela poça e suas costas foram direto ao chão. Yerin começou a gargalhar tão alto que ele se sentou e a fitou sério.

– De novo Yerin? – Ele perguntou furioso.

– Ah, você precisa ver a sua cara. – Ela disse acariciando sua barriga.

– Essa é a quinta vez. – Se levantou com dor nas costas. – Eu não acredito que fez isso de novo. – Suspirou. – Sabe como eu fiquei preocupado?

– Me desculpe. – Ela disse rindo. – Mas eu prometi a Sohui que mandaria um vídeo seu desesperado. – Balançou seu celular.

– Estou com saco cheio de você. – Ele suspirou e ela apertou seus lábios.

– Amor, me desculpa. – O olhou com um pequeno bico. – Se machucou? – Se aproximou dele.

– Não me toca Yerin. – Se afastou e ela o olhou surpresa. – Eu cansei, ok? – O rapaz se virou de costas para a esposa e caminhou até o quarto.

– Hobi-ah, desculpa. – Disse indo atrás dele.

– Não! – Ele se virou para ela furioso. – Sabe o quão ansioso eu estou para segurar o meu garotinho nos braços? É a quinta vez que você brinca comigo Yerin-ah, eu estou cansado de verdade. Confesso que na primeira vez eu achei graça, mas agora você passou dos limites.

– Eu sei. – Abaixou sua cabeça. – Me desculpe, não farei isso outra vez.

– Estou cansado de você Yerin. – Ela o olhou com seus olhos marejados. – Só me deixa dormir, estou cansado e eu ainda tenho que ir trabalhar mais tarde.

Ele adentrou o quarto e bateu a porta na cara da jovem. Yerin sentiu um pequeno aperto no coração. Ela nunca pensou que ouviria isso do seu marido. Hoseok era um rapaz tão doce, era raro vê-lo irritado, mas dessa vez ela realmente passou dos limites.

A jovem soltou um breve suspiro, engolindo seu choro e se virou indo até a lavanderia. Pegou o rodo e um pano e limpou a água que ela havia jogado no chão para a pequena brincadeira.

Sem fazer muito esforço limpou tudo e foi em direção a cozinha. Ela preparou um suco de laranja para beber e se sentou em uma das cadeiras afagando sua barriga, enquanto bebia seu suco.

– Acho que dessa vez eu irritei o papai meu pequeno Dae. – Afagou sua barriga, sentindo seu pequenino chutar e não evitou sorrir.

[...]

Hoseok saiu do banho e foi logo trocando de roupa. Vestiu uma calça jeans escura, uma camiseta branca e uma jaqueta preta de couro. Deu uma leve batida em seus cabelos em frente ao espelho, que já se encontravam quase secos.

Passou seu perfume e o desodorante, logo se sentando na cama vestindo um de seus tênis coloridos e estranhos. Não combinava nada com suas roupas, mas ele adorava aqueles tênis confortáveis.

Pegou sua mochila jogando sobre as costas e saiu do quarto pela primeira vez durante o dia. Sim, ele evitou sua esposa o dia todo, nem mesmo saiu para comer alguma coisa antes de ir trabalhar.

Caminhou encontrando sua esposa dormindo no sofá com a televisão ligada. Foi até a cozinha e pegou uma maça logo dando uma mordida. Aquilo teria que dar por hora.

Foi até sua esposa e se abaixou a olhando atentamente. Hoseok se sentia mal por ter se estressado com sua mulher, mesmo que não estivesse errado em estar chateado pelas brincadeiras incansáveis. Ele odiava gritar ou discutir, isso não era de seu feitio.

Ele se curvou deixando um pequeno selar nos cabelos negros de sua esposa, de pele tão clara quando papel. Ela vestia uma espécie de vestido moletom fino azul, que estava bem apertado devido sua grande barriga.

Como sempre fazia antes de sair de casa – para qualquer lugar que fosse – levou sua mão a barrida de sua esposa, deixando um breve afago, seguido por um selar no local.

Se levantou e se virou para ir embora, mas antes que pudesse, as mãos de sua esposa seguraram seu pulso e ele se virou a olhando de cima, mas não o olhar apaixonado de sempre, um olhar de tristeza e decepção que fez o coração da moça vacilar.

– Você tem que ir hoje? – Perguntou com sua voz sussurrada.

– Não está se sentindo bem? – Mesmo chateado ele ainda se preocupava.

– Eu estou bem. – Ela se sentou com um pouco de dificuldade e o fitou. – Eu só queria sua companhia, você passou o dia no quarto e....

– Porque eu não quero falar com você Yerin. – A interrompeu e na mesma hora ela se calou.

– Me desculpe, sei que peguei pesado, podemos conversar? Por favor. – Segurou a manga da jaqueta dele.

– Preciso ir. – Disse desviando seu olhar do dela.

– Precisa mesmo ir hoje?

– Não. – Respondeu voltando a olha-la, um sorriso discreto começou a surgir nos lábios dela. – Mas eu quero ir. – Puxou seu braço um tanto bruto e o sorriso dela se apagou.

– Hobi-ah....

– Não sei que hora eu volto. – Caminhou até a porta e a abriu.

Ela o olhou como se implorasse para ele ficar, mas Hoseok apenas a fitou por alguns segundos e fechou a porta sem mesmo dizer tchau. Então Yerin ali mesmo desabou, era primeira vez que seu marido a tratava tão friamente e ela se sentiu culpada.

Hoseok ao sair de casa daquela maneira, sentiu um aperto gigantesco em seu peito, mas não estava mais conseguindo lidar com sua esposa lhe pregando peças que o deixavam ansioso e preocupado.

[...]

O moreno estacionou seu carro em frente à boate, não tardando a entrar. Ouvindo aquele barulho alto e irritante da música. Hoseok sempre foi um amante de música, mas estava irritado demais para suportar aquelas músicas.

Caminhou até o bar, vendo que a casa já estava cheia, como sempre estava. Sua boate tinha cores em azul, rosa e roxo. Era um lugar bem bonito e as pessoas frequentavam muito.

Seu barista chefe o olhou, assim que ele se sentou, já franzindo o cenho e se aproximando com uma garrafa de whisky. Colocou em um copo e entregou ao moreno que virou em um só tapa.

– Brigaram novamente senhor Jung? – Perguntou o rapaz mais novo.

– Ela me enganou mais uma vez Bin. – O fitou com tristeza.

– De novo? – Perguntou surpreso.

– Pois é. – Suspirou. – Eu acabei sendo grosso demais com ela e agora estou me sentindo culpado por deixa-la sozinha em casa.

– Senhor Jung, se é que me permite dizer.... – Hoseok assentiu o olhando calmamente. – Não acho que esteja errado. É claro que eu não sou casado e não posso dar opinião, mas eu sei que ficaria tão chateado quanto o senhor, então, não se culpe. – O moreno assentiu.

Hoseok adorava conversar com Moon Bin, por mais que o rapaz fosse alguns bons anos mais novos que si, ele era um ótimo ouvinte.

– Com licença. – Uma moça bonita chamou a atenção dos dois.

– Pois não? – Hoseok perguntou com seu jeito educado e simpático de sempre.

– Pode me indicar onde fica o banheiro.

O moreno sentiu seu coração acelerar ao se lembrar das mesmas palavras ditas pela sua esposa quando ele a conheceu. Ele se virou e apontou o banheiro, a garota sorriu de maneira tímida e fofa, mas ficou parada no sofá.

– Na verdade eu.... – Ela apertou os lábios. – Queria saber se você... é que você é muito bonito e eu....

Hoseok estendeu sua mão para a garota que o olhou confusa. Ele virou a mão mostrando sua aliança e garota paralisou o olhando sem graça.

– Casado e esperando um filho. – Ele disse soltando uma risada para amenizar o clima. – Mas obrigado pelo elogio.

– Me desculpe. – Ela disse sem graça, soltou uma risada e se afastou rapidamente.

– Outro shot? – Perguntou Moon Bin rindo.

– Por favor. – Riu e virou a bebida novamente. – Estarei no escritório caso precise de mim.

O moreno se levantou indo até o mesmo, assim que adentrou o local fechando a porta, sentiu paz ao que a música sumiu e apenas o silêncio pereceu. Apenas o som da sua respiração era ouvido.

Seu celular tocou e ele o pegou sem pressa, viu ser uma ligação de Yerin assim que seu nome brilhou na tela. Caminhou até sua mesa e se sentou na poltrona jogando o celular em cima da mesa e ignorando a ligação.

Suspirou alto e jogou seus pés em cima da mesa. Seu celular tocou mais uma vez, mas ele nem ousou se mexer para pega-lo.

– Me desculpe Yerin.... – Ciciou para si mesmo. – Mas estou cansado.

[...]

Passou-se uma hora em que o rapaz ficou ali sentado em sua cadeira, apenas resolvendo algumas papeladas da boate. Ele já estava exausto, por mais que gostasse muito de administrar a boate, ele estava de saco cheio de tudo aquilo, ele só queria estar em casa com a sua esposa, dormindo abraçado com ela e vendo ela sorrir todas as vezes que ele a chamava de coração.

Seu celular havia parado de tocar e ela não ligou novamente para ele. No entanto ele deu um pulo ao que o telefone fixo em cima de sua mesa começou a tocar. Ele suspirou e atendeu, talvez fosse algum de seus investidores.

– Alô, Jung Hoseok falando.

– Senhor Jung? – Uma voz masculina disse ao outro lado. – Poderia comparecer ao hospital central de Seul?

Na mesma hora o coração de Hoseok disparou e ele se pôs em pé um tanto assustado.

– Aconteceu alguma coisa?

– É o marido de Jung Yerin, correto?

– Sim, sou. – Sua respiração vacilou e ele começou a vestir sua jaqueta sem desgrudar do telefone. – Ela está bem? O que houve?

– Sim ela está bem. – O moreno suspirou aliviado. – Mas ela disse que não estava conseguindo entrar em contato com o senhor.

– M-Meu filho.... – Ele gaguejou.

– Está forte e saudável. – Os olhos de Hoseok marejaram. – Se o senhor puder comparecer ao hospital, acho que sua esposa ficará feliz.

Hoseok não disse mais nada, desligou o celular às pressas e saiu correndo até seu carro. Ele nunca havia dirigido tão rápido em sua vida, tão rápido que já estava saindo de seu carro e adentrando o hospital. Ele correu até a recepção de maneira desesperada.

– Jung Yerin. – Ele disse afobado com sua respiração oscilando.

– É algum parente ou....

– Sou o marido dela. – Interrompeu. – Em que quarto a minha esposa está?

A mulher olhou para o computador por alguns segundos e voltou a fita-lo.

– No quarto 37. – Ela disse. – Fica neste mesmo andar, siga esse corredor e no final é só virar a direta, é o último quarto a esquerda.

Ele agradeceu brevemente e correu desesperado até o quarto. Virou à direita como foi mandado e acelerou os passos, esbarrando em alguns médicos e enfermeiros que passavam por ali.

Abriu a porta do quarto eufórico e preocupado, logo vendo sua esposa sentada na cama, fitando suas mãos em silêncio. Ele fechou a posta e se aproximou dela agora mais calmo ao vê-la bem.

Yerin levantou seu olhar assim que o viu e começou a chorar, causando um choque em Hoseok. O rapaz rapidamente se sentou na beirada da cama e abraçou com força, ela não demorou para corresponder a aquele abraço que dando amava, contornando seus braços pela cintura do rapaz, notando que sua camiseta estava molhada – talvez pela corrida.

– Me desculpe, por favor. – Ela disse em desespero. – Não fique mais bravo comigo.

Hoseok afagou os cabelos de sua mulher deixando um selar no topo de sua cabeça.

– Me desculpe não ter atendido a sua ligação. – Suspirou e se afastou dela, segurando o rosto dela entre suas mãos. – Você está bem? Jung Dae... ele está bem? Me desculpe. – Deixou um selar na testa dela.

– Não foi culpa sua, foi minha. – Ela limpou seu rosto. – Não tinha porque você acreditar em mim depois das mentiras que contei com aquelas brincadeiras, eu juro que não fiz por mal Hobi-ah.

– Está tudo bem coração. – Ele sorriu e ela fez o mesmo com seu coração aquecido.

Dois toques foram dados na porta e Hoseok se colocou em pé com o coração ainda mais acelerado. Assim que a enfermeira adentrou o quarto com um pequeno embrulho nos braços, não houve outra reação a não ser lagrimas descendo pelo seu rosto.

Hoseok rapidamente pegou aquele embrulhinho dos braços da moça e o olhou com paixão. Notando que os olhos dele eram idênticos aos seus, assim como seu pequeno narizinho, até mesmo aqueles cabelinhos pareciam os seus. Mas a boca era definitivamente igual a de sua esposa.

O moreno se virou para sua esposa que o olhava com suas pernas abraçadas e com um lindo sorriso no rosto.

– Ele é lindo, não é? – Ela disse com alegria.

– Ele é lindo. – Afirmou se aproximando e se sentando ao lado dela, a abraçando de lado. – Obrigado pelo presente coração. – Ele disse a olhando com carinho deixando um selar demorado em seus lábios. – Esse é o melhor presente que você poderia me dar. – Ela sorriu largo e deitou sua cabeça no ombro dele.

Passaram o resto da madrugada, apenas olhando aquele lindo bebê, que não fazia nenhum barulho a não ser, aqueles barulhos fofos que aqueciam o coração de ambos. Jung Dae olhava para seus pais atentamente, sem nem mesmo piscar. Mais uma família completa.