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História My Hunter Academia - Capítulo 2: Sangue


Escrita por: Azuzur

Capítulo 2 - Capítulo 2: Sangue


 Observei cada detalhe do meu adversário enquanto procurava uma fraqueza. Ele estava numa grande desvantagem, disso eu tenho certeza. Quer dizer, sua Individualidade era baseada em Eletromagnetismo e não havia nenhum metal em quilômetros, então eu devo ter alguma vantagem, né?

Não era só isso. Eu concentrei minha Aura nos olhos e pude observar a ausência de treino que meu adversário tinha. Não era iniciado na arte do Nen.

Só preciso acertar um soco…

— Então? Vai vir contra mim? Ou será que devo ir até você? — perguntou enquanto apontava a mão para meu peito. Em seguida, desviei de um flash de raios. Ótimo, incrível.

Ele pode atacar a longa distância de forma tão casual assim… Como eu pensei…

— Conseguiu desviar? Ora, parece que o interesse do Rei em você é justificado…

— Rei?

— Opa, falei demais… Bem, de qualquer forma, caia! — Desviei de mais choques elétricos. O cheiro de ozônio eriçava meu cabelo e me fazia perceber o perigo que era ser atingido por um daqueles.

Decidido a acabar com isso, concentrei aura nos meus pés e corri mais rápido que nunca. Vendo meu avanço, o adversário arregalou os olhos e bloqueou meu soco, carregado com um Nen forte.

Ele foi lançado para trás, seu braço estava quebrado, quase destruído. Assim que o viu, soltou um grito de dor enquanto permitia que fios de eletricidade fossem disparados em todas as direções.

Desviei da melhor forma que podia enquanto observava o meu oponente. O corpo inteiro dele sofria espasmos e as duas placas de metal na cabeça emitiam choques. Será que é um transmissor?

Seguido disso, uma enorme onda de eletricidade foi disparada. Tive de pular o mais alto possível para me esquivar, mas um dos raios acertou meu peito e me atirou direto numa árvore.

Senti o impacto em minhas costas e, seguido disso, fui ao chão. Meu corpo inteiro doía mas não podia ficar parado. Olhei para o criminoso, que parecia ensandecido. Era justificado, quer dizer, eu quase arranquei o braço direito dele com aquele golpe.

Sorri com isso e desviei de outra saraivada de raios enquanto me aproximava. Isso é bom, ele está perdendo a paciência… Quando estava perto o suficiente, usei meu Hatsu, Carbon Base, para desligar os receptores de dor e aumentar a minha resistência muscular, assim como fortalecer minha força bruta.

Num instante, meu punho impactou no rosto dele. Tive certeza de segurar o nível de Aura que coloquei no ataque. Queria desacordá-lo, não tirar uma vida.

Foi efetivo. Meu oponente não conseguiu se levantar depois do golpe.

Suspirei e olhei na direção em que vim. Hora de voltar…

Uma forte dor assaltou meus nervos. Gritei, ou acho que foi isso. Não consegui ouvir nada, tudo parecia nublado. Os choques continuavam abalando meu corpo, forçando-me em posições desconfortáveis.

Olhei para o homem quando ele parou com a descarga elétrica. Ainda que não conseguisse pensar, notei, quando os choques voltaram, que ele estava desacordado e que era outra coisa que o controlava.

Foco… Foco, Midoriya. Tem que sair daqui!

Gritei de dor enquanto tentava me levantar. Meus membros estavam rígidos, ao ponto que os mover doía. O mero ato de respirar já era uma tortura, mas perseverei. A dor só aumentaria se eu continuasse ali, deitado.

Com um grito de dor e raiva, usei o Ken, avancei em direção a fonte infinita de raios e, com o máximo de força e Aura que eu consegui juntar em meu punho, dei um forte soco no rosto dele.

A dor parou, mas vi que ele continuou a se levantar… Merda. O que o faz tão resistente? Ele está inconsciente… Usar essa individualidade não devia ser possível… Olhei atentamente para ele e notei algo peculiar.

Os dois dispositivos na cabeça davam pequenos choques, estimulando o criminoso.

Então é isso?

Num instante, usando a Carbon Base para crescer garras, rompi os pedaços de metal. O corpo dele parou de se mexer, assim como respirar. Engoli em seco…

Ele está morto?

Senti uma forte pontada de dor nos músculos e lembrei da situação em que estava… Tenho que ir.

Não fui eu que matei ele, isso é claro. Provavelmente, ele era só um fantoche controlado a distância. Contudo, a situação atual abre muita marcha para interpretações que eu gostaria de evitar.

Corri para longe enquanto pensava no porque de tentarem me sequestrar. Algo estava errado. Aquilo não foi uma tentativa de sequestro normal. Meu oponente podia muito bem me deixar desacordado, mas não o fez.

Não… não era um sequestro. Era mais uma tentativa de me manter ocupado, acho… Mas por quê? Qual o intuito? Eu irritei muita gente na minha curta vida, mas tenho certeza que, se fosse esse o caso, tentariam me matar…

Adentrei na cidade e estava correndo na direção do meu local de trabalho enquanto divagava se queriam ou não roubar algo meu… Não… eu não tenho quase nenhuma possessão… O que raios poderia ser então?

Será que…

Parei e olhei na direção da mansão. Isso… isso é mal… Corri de novo, o nervosismo começou a me corroer por dentro enquanto tentava negar aquele pensamento.

Por que alguém iria atrás dela? Certamente tem alvos melhores! A não ser que o objetivo seja me atingir em específico, não tem porque alguém fazer algo assim.

Quando cheguei no portão, senti um aperto no peito quando vi as viaturas e a cerca amarela. Um dos policiais veio até mim, mandando que eu não me aproximasse.

Não obedeci, apenas corri direto para lá usando uma velocidade muito maior do que eles poderiam acompanhar. Passei por vários investigadores, alguns heróis também, mas pouco me importei.

Quando entrei, olhei fundo na casa. O tio Yato estava lá, conversando com um herói que mais parecia um mendigo. Ambos notaram minha presença, o dono da mansão desviou o olhar.

Não… não pode ser…

Fui até a cozinha, quieto. Não sabia o que dizer, nem conseguia respirar direito. Quando entrei lá, senti um frio diferente de todos os outros ao ver aquela cena. Um vazio entrou no meu peito enquanto olhava, incrédulo, para o cadáver da única pessoa que eu amava nesse mundo…

Assim como a mensagem cravada no peito nu dela…

Em meio a todo aquele sangue, ela parecia tão tranquila. Tão calma.

A dor do vazio me preencheu. Nunca mais a veria sorrir, nunca mais falaria com ela… minha mãe de criação… Sella estava morta.

Junto desse pensamento, senti uma chama se acender, tanto no meu peito quanto atrás de meus olhos. Era tão quente que senti uma enorme dor, como se eles fossem arrancados pela raiz.

Dói. Dói demais!

Senti uma mão ser colocada no meu ombro e me virar. O herói, o chamado Eraser Head, olhava para mim com pena e, então, choque.

— Esses olhos…

— Quem fez isso? — perguntei, minha voz saiu calma, mas carregava um perigo absoluto. Ele aparentemente recobrou a postura e se colocou entre eu e a porta.

— Uma das empregadas viu um dos novos funcionários, Illuki, saindo com a mão coberta de sangue… Agora, sei que ela provavelmente era importante para você, mas preciso que se acalme…

Antes que ele pudesse continuar, empurrei ele para longe. Não usei muita força, mas consegui ouvir o som de madeira e concreto quebrando. Caminhei na direção da porta, deixando minha Aura escapar para ter certeza que ninguém entraria no meu caminho.

Antes que eu pudesse ir muito longe, senti amarras me prendendo. Olhando para baixo, vi que se tratava do tecido que Eraser normalmente usava em suas lutas. Virei meu olhar para ele, a raiva e ódio se transbordaram em uma explosão de Aura, que foi contida pelo Shu do homem.

Seguido disso, apareceu bem em minha frente e, com um forte soco no estômago, deixou-me desacordado.

 

Abri os olhos enquanto o luar iluminava meu rosto. Demorou uns segundos para lembrar do que aconteceu e, com um salto, senti a mesma raiva de antes, contudo, não veio acompanhada da dor nos olhos.

— Izuku… está acordado? — Ouvi Momo perguntar ao abrir a porta. De relance, vi o cabelo negro solto e os olhos ônix me fitavam com preocupação. Ela vestia um roupão rosa que realçava suas curvas, ainda que pouco. — Eu soube o que aconteceu…

Ignorei o que ela tinha a dizer e abri a janela. Aquela mensagem que foi deixada era algo que só eu entenderia. Illuki e eu partilhávamos do gosto pela literatura de suspense. Enquanto muitos não saberiam o que aquelas palavras significavam, eu entendia bem o significado da fala de um dos personagens, que foi cravada no corpo morto da pessoa mais importante na minha vida.

— Izuku, espera!

Novamente, eu ignorei e pulei pela janela, usando da minha Habilidade para correr mais rápido do que nunca. Corri mais e mais enquanto pensava no porquê disso ter acontecido. Illuki era novo no trabalho, eu ajudei ele com muita coisa, Sella também…

Passei por várias ruas, até sair da cidade e chegar numa estrada. Havia uma floresta ao redor e o céu nublado, junto dos ventos, davam um sentimento opressivo para a área.

No meio de tudo isso, apenas um ponto era iluminado pelo luar. Aquela imagem poderia muito bem ser considerada angelical. Desde o cabelo branco, até o rosto calmo e belo, com olhos azuis que refletiam a luz.

— Vejo que apareceu… — disse, sua voz quieta como era de costume. Não havia uma imperfeição nas roupas e Illuki portava um sorriso sereno. — Está atrasado. Achei que viria me enfrentar uma hora depois de ver o corpo.

— Não vou perguntar o porquê — comecei, a dor atrás dos olhos voltou brevemente. — Sinceramente… eu não quero saber… Tudo que me importa é onde vou te enterrar depois disso.

O desgraçado riu enquanto eu caminhava até ele.

— Mostre-me o que sabe fazer…


Notas Finais


Bem, mais um capítulo concluído. Peço que deem uma olhada nos servers:
https://discord.gg/novelbrasil
https://discord.gg/mh2EwKpX
O primeiro é um que me ajudou muito na escrita. O segundo é o meu servidor próprio, onde tem anúncios das minhas obras, assim como uma ou outra função.

Té mais...


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