História My Little Marionette... - The 7th Letter: The Car

SunHee acordou realizada. Estava de bom humor, estava alegre.
Ela tomou um longo banho, vestiu uma bela roupa alegre e aplicou uma das suas injeções em seus olhos. Colocou a seringa de volta na sua mochila, a escondeu em baixo da cama e saiu para o seu trabalho apenas com seu celular, notebook, pendrive e o pacote que chegou pela manhã quando ela saía. Foi direto pro trabalho, sem nem comer, pois sentia que hoje era o seu dia.
Ela gravou todas as músicas do seu álbum de debut e ela mesma os editou como queria. Mostrou pro seu chefe e, por pura sorte, ele aceitou o seu belo trabalho. Naquele dia, a empresa divulgou na internet uma parte da faixa da música do MV, afirmando que em breve, uma nova artista iria debutar. Ela foi muito bem aceita pela mídia por seu grandioso talento, o que fez o seu ego inflar.
Sim, ela adorou saber que todos a achavam muito talentosa. E isso a deixou ainda mais confiante.
Voltou para casa, com seu nariz empinado, rebolando e pulando pelos cômodos, assim que descobriu que estava sozinha.
Sozinha nada, ela nunca está sozinha naquela casa quando precisa de privacidade.
Duas figuras apareceram na sala logo quando ela estava pulando feito louca. Os dois riram, e riram muito.

ㅡ Parem com isso, senão eu bato em vocês. ㅡ Ela falou, mais emburrada do que nunca.

ㅡ Desculpa, é que... ㅡ V não conseguiu terminar sua frase e voltou a rir freneticamente.

ㅡ Você tava tão... ㅡ Jimin completou, mas também não consegiu terminar. Caiu em uma crise de risos que parecia que algo havia o possuído.

Desta vez, eu sou inocente. Prometi que nunca mais me manifestaria no mundo real desta forma, apesar de ainda querer bastante.

ㅡ Parem já com isso! Estou feliz, não posso? ㅡ Ela bateu o pé no chão e cruzou os braços.

Eles não paravam de rir, então ela teve de esperar que se acalmassem. Quando já estavam calmos, ambos levaram um belo tapa na nuca, o que os fizeram choramingar.

ㅡ Eu vi nos sites de notícia. Parabéns pelo trabalho, espero que faça sucesso. ㅡ Jimin falou, passando suas mãos na parte dolorida que sofreu com o contato da mão da garota.

ㅡ Obrigada~ ㅡ Ela voltou a saltitar por aí, mas diferente de antes, eles passaram a saltitar com ela.

Enquanto se divertiam na sala rindo e brincando que nem 3 bebês, J-hope aparece na porta com uma sacola de presentes. Os três pararam de uma vez e V correu para os braços do amado, fazendo o garoto derrubar os pacotes no chão. Riram levemente e J-hope o soltou, como se estivesse bravo ou até mesmo... Triste?
V foi ao chão e fez um bico choroso. J-hope foi ao encontro dos outros dois com um sorriso enorme, fazendo os mesmos sorrirem também. J-hope era... Contagioso.

ㅡ Trouxe presentes. Pega, pra você e pra você. ㅡ J-hope jogou animadamente os pacotes para seus respectivos donos e foi para o seu quarto.

Ela ficou um tanto preocupada com o tratamento frio de J-hope com V, então, como uma boa amiga, resolveu se meter. Ela não sabia que a culpa era totalmente dela, pelo menos não ainda.
Ajudou V a se levantar e conversou com ele. Perguntou o que estava acontecendo entre os dois e ele sussurrou em resposta que contou sobre o "sexo" na cozinha.
Logo, ela entendeu.
E se sentiu péssima, apesar da culpa não ter sido sua.
Acariciou os cabelos de V e bagunçou os de Jimin, depois foi para o quarto de J-hope para irritá-lo até que o mesmo perdoasse V.

ㅡ Hoseok oppa? Posso entrar? ㅡ Ela falou após bater na porta.

ㅡ Por favor, não entre aqui. Não quero lhe ouvir. ㅡ Ele falou, meio amargurado.

Ela pensou como que ele conseguia mudar de humor tão rápido e/ou fingir tão bem.
Não era a primeira vez que viu J-hope mostrando para todos que estava tudo bem, mas na verdade, não estava.
Ele era um ótimo ator, deveria pensar em atuar em alguma novela ou drama.

ㅡ Aigo, não seja assim. Estou entrando e iremos falar sobre isso, Taehyung oppa me contou tudo. ㅡ Ela entrou, sem se importar com a resposta negativa que recebeu, e trancou a porta atrás de si.

ㅡ Já que quer tanto falar, fale. ㅡ Ele se jogou para trás e se deitou direito em sua cama.

ㅡ Não teve nenhum comprimisso naquilo. Eu não sinto nada, lembra? Estou morta. Taehyung oppa também não sentiu. Ele só queria participar de uma coisa estranha, eu pensei que seria uma forma de agradecê-los por serem tão legais comigo, naquela época eu não sabia que eles eram comprometidos. Você poderia esquecer? Por favor? Pleeeeease, Hobi~ ㅡ Ela passou a fazer aegyo, arrancando um belo sorriso de um dos seus oppas.

ㅡ Tudo bem. Falarei com o TaeTae, poderia chamá-lo aqui? ㅡ Ele se sentou melhor em sua cama.

Ela deu um beijinho na bochecha do garoto e saiu saltitante, deixando-o para trás. SunHee empurrou V para dentro do quarto sem falar absolutamente nada e deixou os dois se resolverem em paz. Agora ela precisava falar sobre isso com Jimin, era feio esconder essas coisas dos seus amigos, então contaria logo tudo.
E foi exatamente o que ela fez.
Foi um choque para Jimin no início, mas ele também entendeu o que realmente estava acontecendo.
Ele foi assistir um filme e ela foi conversar com uns amigos que fez virtualmente.
No meio da tarde, ela tomou um banho e vestiu apenas uma camisa de Suga por pura birra. Quando o garoto chegou e a encontrou daquele jeito, deu meia volta e decidiu ficar na sala, até porque era contra o que ele acreditava transar com um morto-vivo.
Mas ela estava tão sexy...
Mesmo morta, ela sabia enlouquecer quem quisesse.
Ela estava apenas com uma camisa e os hormônios de Suga estavam à flor da pele.
Ele estava sedento por sexo e ela também, então ele deixou tudo de lado e voltou para o quarto.
Eles se trancaram ali e ele exigiu uma oral, já ela, como não era boba nem nada, deu o que ele pediu.
Aquilo os aproximou. Não como "namorados", de forma alguma. Se aproximaram como amigos, amigos que se pegavam de vez em quando.
O que uma simples carta de tarot não faz, né?
Os dois se deitaram na cama, abraçados, rindo da situação e fazendo piadas um do outro.

ㅡ Você é boa, mas ainda está morta. Como que isso vai funcionar? ㅡ Suga falou, risonho.

ㅡ Aigo, não se prenda a isso. Estou morta, mas estou consciente, né? ㅡ Ela ria enquanto brincava com seus dedos nos fios de cabelo do maior ㅡ Mas deve ser meio assustador, né? Só... Aigo, esqueça isso. Eu sou legal, não sou?

ㅡ Você é doida, isso sim.

ㅡ Oras... Eu, doida? Cala a boca, idiota. Você viu? Eles aceitaram minhas músicas. Quer dizer, minhas não, nossas, você também ajudou.

Ela sorriu feito uma idiota e deitou sua cabeça no peito dele. Ele, por outro lado, apenas a abraçou e repetiu "meus parabéns" por bastante tempo.
Aquela carta, às vezes, fazia milagres e bagunçava a vida das pessoas para melhor.
Mas outras vezes, apenas confundem tudo.
Nem tudo é o que parece.
Para ver melhor, precisamos ver de perto.
Bem, bem de perto...