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História .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 21 - Unacceptable Coincidences


Escrita por: chanisteles

Notas do Autor


Attention: Jisung POV

Capítulo 22 - Chapter 21 - Unacceptable Coincidences


Fanfic / Fanfiction .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 21 - Unacceptable Coincidences

O suave balanço do carro dirigindo pelo asfalto trazia vibrações gostosas ao estômago cheio de Han assim que voltavam para casa. Estava no banco de trás com Jihye e Eunchan, que se acomodaram em seus braços e assistiam a um vídeo de bonecas no seu celular. O menor sentia que, após aquele pesadelo que havia passado nas noites anteriores, não queria perder um momento sem estar perto das filhas. Apenas de sentir seus coraçõezinhos batendo tranquilamente junto ao seu num momento tão breve como aquele já o trazia uma paz interior indescritível, como se nada pudesse estragar aquilo. Apenas aquele sentimento fazia todos os machucados que tinha no corpo pararem de doer e até mesmo sarar com mais rapidez.

Minho ia na frente dirigindo, vez ou outra lhe lançando sorrisos doces do retrovisor. Assim que havia chegado na confeitaria com uma Eunchan simplesmente eufórica e com fome de torta e chocolate quente, contou sobre o bullying na escola das meninas. Han não entendia bem aquele termo, mas pela maneira que o maior havia dito, coisa boa não poderia ser. No entanto, ele disse que aquilo não seria mais um problema e a pequena híbrida ainda acrescentou a fala do pai com os lábios cheios de calda de pêssego, contando que ele simplesmente fez alguns garotos se acabarem nas calças de medo. O menor ficou um pouco surpreso, mas não duvidava de Minho quando o assunto se tratava de proteger aqueles que amava. Talvez aquela seja uma das principais coisas que Han amava em Minho.

- Oh, Jihye – O maior chamou de repente, chamando a atenção de Woojin e Kevin no banco da frente. A pequena jogou a cabeça para ele, deixando o celular para Eunchan. – Desculpe, esqueci que queria dizer algo para nós noite passada.

- Ah, sim. – Ela disse baixinho, olhando para os pés. – Não é nada muito importante.

Ela poderia ter dito aquilo, mas apenas fez nossa atenção se voltar para ela. Kevin colocou o rosto na divisória dos assentos no carros, fazendo suas bochechas se comprimirem e alguns cachos longos caírem em seu rosto.

- É sobre o quê, Ji? Tem a ver com o que o “esquilão” disse? – Ele perguntou e ela concordou hesitante. Mesmo que o apelido fosse no mínimo cômico, a citação ao seu pai fez Han sentir um arrepio percorrer suas feridas. Talvez enfrentar o próprio pai fora um dos momentos em que mais sentiu medo em sua vida, mas ao mesmo tempo, fora um dos momentos que mais antecipou. Todos aqueles anos de negligência sem razão aparente pareceram voltar à tona de uma vez naquela noite e ele pôde encontrar forças suficientes para que pudesse pará-lo naquele momento crítico. Quando se juntou aos outros para dar um fim na geladeira, não pôde evitar visualizar todas aquelas cenas e esmagá-las com o taco de beisebol até que se tornassem pedacinhos miúdos demais para que se pudesse deduzir o que formavam em primeiro lugar. No entanto, se ele havia dito algo às duas, elas teriam que dizer.

Han passou a mão pelos ombros da filha, lhe dando um sorriso encorajador.

- Tudo o que você diz é muito importante para o papai, não importa o que seja.

- Exatamente, anjinho. – Woojin complementou com um sorriso, puxando Kevin de volta para uma posição mais segura em seu colo. – Quando chegarmos em casa, pode nos contar.

- Eu te ajudo se você esquecer algo, mana. – Eunchan se juntou à conversa, olhando para a gêmea. – Sei que a sua memória é igual a de um elefante, então não se preocupe.

- Como se a sua fosse boa também! Se eu perguntasse o que comeu ontem, nem vai se lembrar. – Jihye provocou de volta, mas definitivamente se sentindo melhor. Sorri para as duas, percebendo em quão forte era o laço entre as duas, e como sabiam quando uma precisava da outra. Tal visão fazia o coração de Han se sentir mais leve, que já começava a ficar nervoso novamente com o que quer que ele tivesse revelado a elas.

Em pouco tempo, chegaram ao prédio e, assim que estacionaram, perceberam um certo carro estacionado logo à frente. Todos sorriram um para os outros e as crianças foras as primeiras a sair do carro, correndo com animação para a portaria. Han e os outros saíram também com largos sorrisos estampados no rosto, subindo as escadas para encontrar os recém-chegados.

- Sr. e sra. Park! – As crianças gritaram em uníssono, imediatamente abraçando o casal que havia acabado de voltar de sua viagem. Os dois pareciam mais jovens do que nunca, e igualmente felizes com a recepção de boas-vindas: sr. Park tinha um belo bronzeado no corpo, com exceção de uma marca bem demarcada sobre os olhos onde deveriam ter ficado seus óculos de sol. A sra. Park parecia rejuvenescida em no mínimo dez anos, os cabelos grisalhos trançados para o lado e um belo sorriso no rosto.

- Mas que recepção maravilhosa! Quanto tempo nos os vemos, queridos. – A sra. Park disse, abraçando cada uma das crianças com ternura. – Han, querido, como está bonito!

- Sempre foi, claro. – Sr. Park e Minho acrescentaram, o casal dando abraços carinhosos no menor, que retribuiu com entusiasmo. – Lembramos muito de vocês durante a viagem, pode ter certeza!

- Como é o Havaí?

- Oh, maravilhoso! Perfeito para casais, crianças, todo mundo! Só fiquei um pouco desapontado pois queria muito ter encontrado aqueles dois personagens... como se chamam mesmo?

- Lilo e Stitch! – Han e as crianças disseram ao mesmo tempo, e o casal deu uma risada gostosa, rindo com o timing perfeito dos quatro.

- Então o Min-ah vai voltar para casa? – Woojin perguntou, e os pequenos fizeram um biquinho entristecido.

- Depois do período de férias, sim. Mas ele já disse que deseja voltar todas as férias. Me surpreendi, pois minha irmã disse que era para ser um castigo, mas ele acabou se divertindo aqui. – Ele contou, e todos nós sorrimos. Min-ah era um garoto muito legal, e era uma pena vê-lo ir embora depois de tanta coisa pela qual ele passou com todos, mas os confortava saber que nas férias de fim de ano ele estaria ali para comemorarmos mais um natal e um ano-novo.

Os seis se despediram após o casal entrar com as malas no próprio apartamento, prometendo fazer algum quitute mais tarde e chamá-los para comer junto. Han realmente se sentia melhor com a presença dos dois de volta ao prédio. Sua forma de tratá-los apenas queria fazer o menor viver por mais e mais anos junto de Minho e das meninas, as duas crescendo e os dois ainda juntos, mesmo que velhinhos. Ainda iriam rir, compartilhar histórias e proteger um ao outro, como faziam naqueles primeiros anos de convivência.

Enfim, todos subiram para o apartamento e se dirigiram para a sala de estar. Jihye e Eunchan se sentaram na poltrona, a gêmea mais nova cutucando o curativo nos joelhos durante algum tempo antes de falar. Parecia um pouco hesitante, olhando constantemente para Han, que repetia que estava tudo bem e que poderia falar. Mas ele também escondia que estava nervoso, o coração disparando algumas vezes, se recusando a ficar calmo.

- Bem... quando aquele esquilão pegou a gente, ele acabou dizendo algumas coisas sobre o papai Han. Foi um pouco confuso, acho que é porque estávamos com medo.

- Ele fez algo com vocês? – Minho perguntou, com o olhar preocupado. Felizmente, as duas negaram.

- Ele só ficou nos colocando medo até chegarmos naquele casinha de madeira. Ele começou a falar mal do papai, dizer muitas palavras ruins. – Ela disse, mostrando uma expressão entristecida por lembrar tais palavras. – Mas a gente sabe que o papai não era nada daquilo.

- Aí, ele começou a contar sobre a mãe do papai Han. – Eunchan voltou ao assunto principal, olhando para o menor. Subitamente, ele se lembrou da Sra. Ji, e de como ele ainda não havia ido procurá-la depois daquele encontro em sua casa. Han se aproximou para ouvir melhor, o coração a mil. Eunchan limpou a garganta para continuar, como se as palavras daquele homem fossem difíceis de digerir. – Acho que aquele homem não é o pai do senhor.

- Como assim? – Woojin questionou, os olhos arregalados, assim como os do filho.

- Ele disse que você e a Eun têm essa marca de nascença nas orelhas que não é dele, aí quando o papai Han nasceu ele descobriu. – Jihye explicou, puxando a boina que cobria as orelhas felpudas de Eunchan, e a pequena híbrida apontou para a marca de nascença que Han sabia que também tinha. Seus olhos baixaram para as mãos, demorando alguns segundos para a ficha cair. A mão de Minho passou por seu ombro o puxando para mais perto. No entanto, o menor não estava triste; estava aliviado. Mesmo que ele tenha sido sua única figura masculina durante toda a sua infância, ficava abrandecido de saber que não compartilhava realmente nada com ele.

- Papai, quer que a gente pare? – Jihye saiu da poltrona e se agachou em frente a Han, segurando sua mão entre seus pequeninos dedos, lhe lançando um olhar culpado por ter entristecido o pai. Mas Han preferia ouvir das duas do que daquele homem que não poderia nem mais chamar de pai, que faria questão de colocar a culpa nele por tudo. Ele sorriu e se aproximou para abraçar a pequena e lhe dar vários beijinhos nas bochechas da pequena, Eunchan sendo chamada para receber o mesmo carinho. As duas se acomodaram junto dos dois pais no sofá, todos esperando a resposta do menor. Ele respirou fundo antes de dizer.

- O papai está bem, queridas. Podem continuar, estão indo bem. – Han disse, e então elas concordaram, se entreolhando rapidamente.

- Bem... a sua mamãe sempre saía para trabalhar em outros reinos, não era?

- Eram apenas vilas, mas sim.

- Aí ela... morreu em uma delas. Só que parece que teve uma pessoa que começou a cuidar do papai.

- Acho que não. Depois que minha mãe morreu, fiquei sozinho.

- Não, não, o senhor não percebia na hora porque... ai, não lembro! – Jihye cutucou a cabeça com o dedinho, fechando os olhos com força para tentar se lembrar. De repente, Eunchan estalou os dedos.

- Porque ela era igual a sua mãe! Por isso o senhor nunca percebeu.

- Espera... então ela tinha uma sósia ou algo assim? – Minho questionou, o cenho franzido. Han baixou o olhar, também tentando encontrar em sua mente já cheia uma solução para aquela revelação.

Ele então olhou para as gêmeas.

- M-meninas... será que ele disse que ela era irmã da minha mãe?

- Ah, sim! Elas eram iguais, como nós! – Eunchan disse, ao passo que a irmã concordava, também se lembrando. Foi como um baque para o Han. Agora tudo se encaixava perfeitamente; a sra. Ji não era ninguém mais além de sua tia.

- Espera, sua mãe também tinha uma irmã gêmea!? – Minho exclamou, quase se levantando da cadeira de tanta surpresa.

- Faz até mais sentido o Han ter tido gêmeas logo de primeira. Ter gêmeos na família aumenta a probabilidade, ainda mais com um grau de parentesco tão próximo. – Woojin acrescentou, não menos alarmado.

- Aí o esquilão mandou a tia do papai ir embora com ele depois de um tempo, mas acabou deixando o papai na vila mesmo.

- Então a sra. Ji... – Minho começou, mas Han não concordou; não conseguia encontrar forças para fazer nada, além de deixar lágrimas fluírem pelos olhos já marejados há minutos. Então, durante anos, sua mãe já estava morta e a irmã tomou seu lugar para que ele não sofresse logo a uma idade tão jovem. Fingiu ser sua mãe tão perfeitamente que Han não conseguia mais imaginar a sra. Ji como apenas sua tia. Seu sorriso doce que sempre dava durante as aulas práticas de botânica era caloroso e reconfortante de uma maneira especial, e agora ele entendia o porquê, assim como as palavras que havia dito a ele alguns dias atrás, a estranha familiaridade, a fotografia, absolutamente tudo. Coincidências eram simplesmente improváveis. Ele continuava chorando, mesmo que suas filhas o abraçassem pedindo que não o fizesse, consequentemente chorando com ele também. Ele precisava encontrá-la, precisava ouvir de sua boca sua explicação e, mais que tudo, precisava ver seu sorriso novamente.

Ele limpou as lágrimas com certa brutalidade, fungando mais algumas vezes. As filhas que estavam ajoelhadas em seu colo olharam para ele com os olhos úmidos e os narizes vermelhinhos. Ele passou o dedão sobre seus rostos, os limpando com ternura.

- Obrigado por contar isso para o papai. Tenho muito, muito orgulho das duas. – Ele disse, e foi quase como um sinal para que todos se juntassem num abraço coletivo. Kevin conseguiu passar pelas duas irmãs e dar um abraço especial em Han, colocando as pernas ao redor de seu torso como se fosse um coala preso à sua mãe, esfregando a cabeça carinhosamente em seu peito. O menor se levantou, carregando o garoto daquela maneira por alguns passos antes de devolvê-lo ao chão, lhe dando um beijo no topo da cabeça em agradecimento. – O Han precisa ir até a sra. Ji agora.

- Ei, espera um pouco, Han. Você não almoçou ainda e está cansado. A sra. Ji não vai sumir.  – Minho interviu, segurando seu ombro. – Sei como se sente, mas espere um pouco.

- Sim, nós também queremos ir junto! – As três crianças disseram com convicção, mas Kevin foi subitamente puxado por Woojin.

- Nós não, Kevin. Temos que conversar sobre algumas coisinhas. – O mais velho disse, indo para a cozinha e puxando o celular. – Vou preparar algo rápido, e vocês já vão poder ir.

E então, Han apenas aguardou quase impacientemente as crianças e Minho comerem seu almoço, que foi gimbap. A perna do menor balançava embaixo da mesa freneticamente, enquanto não tentava fazer cara feia para os que estavam comendo. Ele apenas não conseguia ficar calmo ao saber que ainda havia alguém a quer recorrer quando se tratava de sua família do outro lado do portal, e que não estava completamente sozinho.

Quando os três deram a última mordida no rolinho de algas, o menor se levantou e já pegava em cima da mesa as chaves e o celular. Minho e as meninas se despediram de Woojin e Kevin, prometendo não demorar. Quando estavam colocando os sapatos para sair, Han correu para o quarto. Puxou a mochila que estava em cima da cama e tirou lá de dentro o livro de contos, rapidamente voltando e seguindo com os outros para fora do prédio.

O percurso foi rápido, não demorando mais que cinco minutos até chegar em frente à casa que mais se assemelhava à estufa do centro de cursos, recheada de plantas e flores muito bem cuidadas. Quando estacionaram, o menor saiu rapidamente, auxiliando Minho a tirar as meninas de suas cadeirinhas.

- Quer ir sozinho? – Minho perguntou assim que atravessou o carro para segurar as mãos das filhas. Han olhou para eles, concordando com a cabeça mesmo sabendo que os três tinham vindo para acompanhá-lo. Minho segurou sua nuca com delicadeza, o trazendo para um beijo nos lábios e logo depois um no topo de sua testa. – Estaremos aqui. Boa sorte.

- Obrigado, Minho. – Han sorriu, lhe dando um segundo selar rápido, e então um beijinho na bochecha de cada uma das filhas, que fizeram careta quando os dois se beijaram.

Dadas as breves despedidas, o pequeno colocou o livro de contos embaixo do braço, se virando para a casa. Chegou à porta bem pintada de um tom mineral e respirou diversas vezes antes de bater na porta três vezes, os baques fracos condizendo com a velocidade que seu coração batia nas costelas.


Notas Finais


a partir daq a gente vai lentamente resolvendo os pobreminhas que iam surgindo pela fic, assim como a parada woochan e o tal do jackson wang também. um cap bem humilde, mas de coração <3
eu tinha até perguntado antes, mas vcs gostariam de um fic sereia!au? me veio a ideia na cabeça dps de assistir h2o meninas sereias e achei que seria interessante! não para agora, mas em breve,, digam oq acham!
muito obrigada por ler e até o próximo capítulo <3


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