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História My mission - Imagine Nozel Silva - Nine: Regado a bebida


Escrita por: SenhoritaKuchiki

Notas do Autor


Oi geeente, tudo bem?
Preciso combater urgentemente minha preguiça para arrumar a casa e colocar em dia velhas histórias, então pode ser que logo mais coisas novas de outros animes surjam por aqui.
Mas quero muito muito agradecer vocês por seguirem comigo.
Este capítulo foi um dos mais difíceis que já escrevi porque travei uma ótima disputa com a minha personagem e acabei perdendo - garanto para vocês que o que eu tinha imaginado era beeem diferente do que saiu aqui, então torço para que gostem das escolhas dela.

Bora lá então?

Capítulo 9 - Nine: Regado a bebida


Fanfic / Fanfiction My mission - Imagine Nozel Silva - Nine: Regado a bebida

Desde cedo, Solid havia aprendido a suprimir muitos de seus sentimentos, vivendo sob os desígnios de seu irmão mais velho, assim como aguardando pacientemente para obter reconhecimento e atenção deste. Com o tempo, descobriu-se que tais desejos lhe eram caríssimos em excesso, motivo pela qual tornara-se um rebelde sem causa, pois sabia que se não fossem pelos próprios poderes a obter o desejado, seria pelo desejo árduo de Nozel por manter a ordem.

E descobrira-se desejando algo.

Que parecia não poder ter.

Graças novamente a cegueira do irmão, ou de sua esperteza de assim o parecer.

E enquanto buscava incansavelmente o que viera procurar no meio de toda aquela vegetação, dera-se conta de que a inveja era um dos únicos sentimentos lhe não eram compatíveis com seu ser, de modo que, ao empurrar uma ou outra folhagem de árvores baixas, soube que precisava corrigir o curso daqueles acontecimentos, nem que para isso precisasse ferir um ou outro no processo.

 

A estadia imediata no vilarejo havia se provado uma perda de tempo; era óbvio que os documentos geográficos portados por eles não eram atualizados e de algum modo estar ali e descobrir a atualização parecia ser o desígnio do Rei Mago – um macabro desígnio, por requeria concentração, esforço e trabalho árduo que somente um do esquadrão de elite parecia ter.

O Capitão do Esquadrão, incansável, era o único motivado para aquela tentativa. Ao que tudo indicava Nozel temia o fracasso, e era esse temor desvairado que haviam-no forçado a esgotar suas reservas de mana em cada nova conjuração de mapa geográfico, em busca de algum indício de irregularidades naquele local.

Embora o pequeno vilarejo tenha-os recebido como forasteiros desconhecidos, o Capitão havia se esforçado para parecer útil, guardando para si qualquer aparente hostilidade com o status social daquelas pessoas – prevalecia a necessidade do Rei Mago e ele, como portador de sua esperança, não a esmoreceria, mesmo quando as críticas constantes de Solid tornaram-se cansativas aos seus ouvidos.

O fato era um único: pessoas desapareciam naquele local, pessoas cujos corpos não eram encontrados e cujos familiares enlutados aguardavam pacientemente seus retornos. E Nozel encontrava-se dividido entre seguir a risca o plano de busca ao tesouro e auxiliar o vilarejo a fim de cumprir o poderio de Clover nos arredores.

“Devem se aliar a Diamond a fim de conquistar um prato de comida. Já notou que eles não tem absolutamente nada? Sequer talento, pelo visto” – era o escárnio de Solid.

E embora Nozel nada tenha lhe dito, pois aquele comentário havia arrancado uma risada da irmão mais nova e uma carranca feia de (S/N), sabia que não podia simplesmente dar as costas ao povo.

Afinal, Fuegoleon jamais o faria, e ele não queria macular o próprio nome ao ser considerado covarde pelo Capitão do outro Esquadrão, que poderia ser designado – e ele sabia que assim o seria – para arrumar a bagunça que ele próprio havia deixado para trás.

E por este impasse momentâneo, Nozel dispensou seus companheiros. Dia livre, havia lhes dito, recusando veemente o auxilio de (S/N) quando este finalmente lhe havia sido ofertado – e a recusa apenas ocorreu porque a garota era inexperiente e, de certa forma, atrapalhada, embora aquelas desqualificadoras amenizassem a seriedade da missão ao fazê-lo inspirar profundamente e manter a postura irritadiça que havia assumido.

(S/N) havia a todo custo lhe ofertado a própria mana na empreitada após vê-lo arfar em canseira, a qual havia sido dispensada com um gesto de mãos.

Compaixão?

Quem saberia.

 

Seus pés foram baixados a água cristalina do córrego que abastecia a cidade. Sem se importar com um ou outro olhar recebido pelos cidadãos, à garota balançou as pernas, deleitando-se com o esforço necessário para mover os membros na água refrescante. O dia estava propenso a este tipo de refrescamento e isso era visível pelo grande número de crianças que pulavam na água, ocupadas demais para nota-la em brincadeiras imaginárias.

(S/N) havia tomado o total cuidado de livrar-se dos sapatos e, especialmente, de retirar o manto do Capitão de seus ombros – o que o fez contra sua vontade, mais por receio de molhá-lo e ter de lidar com os olhos frios do rapaz que segundos antes havia lhe sido deveras gentil em ceder o agasalho.

Seus dedos, de forma quase hesitante, percorreram a vestimenta, permitindo-se assim que o tateasse em busca de alguma lembrança do corpo do outro homem. Por mais tolo que aquilo pudesse lhe parecer, (S/N) começava a se sentir confusa com a gentileza do homem, bem como mortalmente tola por ter se permitido a uma fantasia como aquela.

Maneou negativamente a cabeça, afastando os dedos do manto. Tolinha, tolinha, a mentora teria lhe dito, em reprimenda, se agora a visse. Viu-se, por fim, mordiscando o lábio inferior antes de erguer sua face ao alto, contemplando a vastidão azul do céu que lhe cercava.

—  Hei plebeia.

Um suspiro longo escapou de seus lábios semiabertos. Ela reconheceria o timbre daquela voz em qualquer lugar que estivesse e tinha aprendido que quando ele a chamava, raramente significava boa coisa.

Ainda furiosa pelas diversas brigas ocorridas ao longo do caminho até o vilarejo distante, (S/N) revirou as orbes, voltando minimamente sua face em direção ao chamado.

—  O que é ago...?

Algo foi jogado em direção ao seu colo e a pergunta mal educada iniciada como forma de repreendê-lo perdeu-se no espaço-tempo. (S/N) observou o próprio manto, perdido graças a Solid no meio da viagem, repousar ao próprio colo. Incrédula, a garota tocou com certo receio o tecido que o fazia, como se a qualquer momento alguma armadilha do platinado pudesse saltar e lhe atacar.

De soslaio, voltou seus olhos claros em direção ao garoto que estava prostrado próximo a si, analisando suas feições em busca de alguma reação condizente com o “presente” que lhe era entregue; era óbvio que o platinado jamais havia feito ou dito algo gentil para alguém, visto que encontrava-se deveras embaraçado a sua frente.

Sua mão destra foi guiada a nuca, os dígitos entrelaçando-se as madeixas e as bagunçando assim que ambos os olhares se cruzaram – (S/N) vislumbrou um leve tom róseo brotar as bochechas do garoto antes que este desviasse o olhar, interessado repentinamente pelas crianças brincalhonas do ambiente.

—  Tenho certeza que deveria me agradecer, então “não há de que”.

Disparou, com sua natural arrogância de sempre, para a mais completa descrença de (S/N).

—  O que?! Vale salientar que eu perdi ele por sua culpa, está lembrado? Então não me venha com essa de “agradecimento”, seu...

Ela sequer conseguia crer na impertinência e ousadia do platinado. E o rol de palavrões que pretendia utilizar para ofender o nobre era deveras gigantesco que ela viu-se envergonhada simplesmente por pensar neles, o único motivo pela qual tornou a fechar os lábios entreabertos; seu peito aqueceu-se ao voltar os olhos ao próprio manto novamente – era óbvio que aquele gesto era pequeno, mas era visto a seus olhos como um mudo pedido de desculpas pelo garoto, o qual, certamente, era aceito de bom grado por ela.  

Tocou o tecido do manto com a ponta dos dedos, acariciando-o antes de simplesmente repousar a mão livre ao espaço vazio ao seu lado, às margens do córrego.

—  Senta ai, me faz companhia. Nozel disse que deveríamos aguardar suas ordens então...

O convite inesperado surpreendeu até mesmo a garota após ter sido proferido, de modo que não lhe causou espanto a reação desconfiada de Solid; seus olhos voltaram-se de imediato a ela, perscrutando alguma artimanha maldosa que lhe rendesse vexame posterior.

Ele inspirou profundamente, desviando novamente o olhar do dela. Chutou, distraidamente, uma pequena pedrinha em direção ao córrego, dando de ombros em seguida.

—  Tsc, por que eu faria isso?

(S/N) deixou que um suspiro longo escapasse de seus lábios novamente antes de comprimir os olhos; ambos encontravam-se em finta naquele momento: ela como se estivesse incomodada com sua resistência e ele, como se não se importasse com o pedido dela, um pedido tão simplista que não lhe era comum.

—  Senta logo! Não me faça te fazer sentar.

(S/N) exprimiu, revirando os olhos antes de inflar as bochechas com ar.

Como era esperado, Solid deu-se por vencido ao dar de ombros, um gemido baixo de preguiça escapando por seus lábios entreabertos antes de sentar-se pesadamente e de forma desengonçada ao lado da garota, como se há muito tempo não experimentasse o descanso devido. Ou apenas desejasse que ela assim pensasse.

—  Viu? Ninguém mordeu você por isso. Ser tão mal-humorado vai acabar envelhecendo você mais rápido. Oh, eu até já vejo algumas marcas de expressão.

Por hábito, seu semblante encontrava-se sério e ele aparentava péssimo humor, embora (S/N) sequer desse importância a isso. Aliás, longe dela estava importar-se com a birra dele, visto que um sorrisinho brotou em seus lábios, cuja leitura era de vitória naquela disputa infundada entre eles.

E (S/N) jamais perderia a oportunidade de provoca-lo, prática esta que já havia se mostrado comum.

Contrário à garota, Solid permaneceu com seus pés fora da água serena, deixando que um muxoxo de escárnio escapasse de seus lábios fartos e entreabertos.

—  Então Nozel irá treinar você.

Não era uma pergunta e, exatamente por este motivo, (S/N) viu-se sobressaltar, voltando sua atenção ao platinado prostrado ao seu lado, cuja atenção estava concentrada na margem oposta do córrego, cujos atrativos fugiam aos seus olhos; sua voz tremeu quando o nome do irmão foi proferido, deixando transbordar nela o misto de emoções conflitantes experimentadas, sendo eles frustração e incredulidade – e (S/N), acostumada a leitura postural dos companheiros, franziu o cenho, reservando-se ao silêncio na expectativa de uma continuidade de suas palavras.

Era óbvio, entretanto, que Solid sabia do olhar de (S/N) cravado sobre si e talvez naquele instante, pela primeira vez em toda a sua vida, sentiu o poder ocasionado pela timidez e temeu transparecer a ela uma tolice de irmão mais novo ressentido pela atenção, embora aquele não fosse o aspecto fundamental de seu ressentimento pelo mais velho. Incomodado pelo pensamento, pendeu o corpo para trás, sustentando-o pelos braços ligeiramente entreabertos e posicionados ao gramado verde que compunha a costa do córrego.

A garota formou um bico aos lábios antes de desviar o olhar do dele; buscava algum indício de perversidade do platinado, alguma zombaria, porém vislumbra-lo em sua fragilidade, descobriu ela, era algo inovador e desgostoso ao extremo.

—  Parece que sim. Mas a gente nunca sabe quando ele vai mudar de humor então...

Um riso soprado escapou de Solid. Era como o vento, passageiro e tão inusitado que (S/N) quase duvidou de sua sanidade ao questioná-lo sobre sua existência ou não, somente convencendo-se de que se tratava de algo real quando este se repetiu, um tom mais alto do que o anterior.

—  Nozel não muda de opinião com facilidade, achei que soubesse, visto que parece que você procura a companhia dele com frequência.

E desta vez foi à vez de (S/N) rir; seu riso era suave e continha incerteza e um tom de incredulidade quando de seus lábios escapou, o que finalmente conquistou a atenção de Solid, que voltou-se a ela, reconhecendo em suas belas feições a dúvida sobre suas palavras serem reais ou outra armadilha que a colocariam em uma posição de defesa.

E a intensidade de seu olhar em conjunto com o silêncio que se seguiu fez com que a garota cessasse o humor mórbido, franzindo o cenho. Estaria ele louco?

Sentia suas bochechas aquecerem-se, embora se recusasse a crer que corava por conta da imaginação do semelhante.

—  Não seja tolo, Solid. Todas as pessoas possuem ambição, é isso o que nos torna vivos. E eu, como pessoa ambiciosa que sou, quero mais e da melhor forma. E a melhor forma...

—  É ele.

Simplificou o platinado, assentindo com um movimento simplista de cabeça. Ele elevou a mão destra, mantendo-a suspensa em meio ao espaço considerável entre ambos os corpos, o que a calou de imediato.

—  Claro. Quem seria se não fosse o Nozel, hn?

Os lábios de (S/N) imediatamente tornaram-se secos enquanto engolia a própria saliva diante das palavras ácidas. Tentou assumir um tom divertido e descontraído ao empurrar as madeixas escuras de seu cabelo para trás, jogando-os de forma a lhe caírem pelas costas.

—  Bom, ele é o Capitão, não é mesmo? Então isso o torna poderoso. E é esse o motivo pela qual insisto nele.

Solid trincou o maxilar, desviando seu olhar do da jovem. Seus lábios partiram-se e por instantes ela aguardou aquele sorriso zombeteiro a qual estava acostumada que sempre precedia uma discussão desmotivada, porém um suspiro por entre eles escapou, simplista, como se estivesse decepcionado. Suas pálpebras foram baixadas lentamente e ele empinou ao alto o queixo, desfrutando da brisa que revoltava seus fios platinados.

(S/N), não convencida com o silêncio desconfortável do platinado, porém incapaz de acessar seus pensamentos, confortou-se em apenas observa-lo; era surpreendente a forma como Solid era um homem belo, de feições harmoniosas e ombros largos que denotavam segurança. E ao notar que o observava atentamente, compeliu-se a tocar seu ombro ao dele em um encontrão amigável, que finalmente o resgatou de seu momento pensativo, forçando-o a entreabrir os olhos e a finalmente lhe encarar.

—  Uma moeda por seus pensamentos, Solid. Qual é o problema? Eu também acho você incrível, mas se um dia disser a alguém que eu falei isso, negarei.

Continuou (S/N), embora o garoto ao seu lado apenas dera de ombros, como se sequer se importasse com a opinião dela – embora, é claro, se importasse. Qual era o problema então? Era o que Solid perguntou-se quando as orbes claras da garota fixaram-se as dele, um sorriso travesso e infantil, genuíno, conquistando aqueles carnudos. Um sentimento de desconforto crescia sobre ele, avassaladoramente, ao deparar-se com a verdade nua e crua – em algum momento teria ela que ser comunicada que o destino lhes pregava uma peça ao coloca-los entrelaçados por desejo único do irmão mais velho de corrigir uma imperfeição ao Esquadrão.

E ele era o veículo daquela correção.

Pigarreou antes que seus olhos fossem de encontro à água que se agitava a cada novo embalo das pernas da garota ao seu lado.

—  Você se diz esperta, mas não creio que seja (S/N).

As pernas da garota que antes balançavam-se lentamente cessaram o embalo e Solid forçou-se a manter os olhos cravados a água, embebedando-se com o reflexo de seu rosto distorcido a lhe encarar de igual intensidade – em sua mente, travessa como era, ele conseguia enxergar um vislumbre de sorriso naquela imagem, como se a perversão e a brutalidade sempre encarnadas fossem uma segunda pessoa a lhe ditar as palavras a serem repetidas a jovem.

E ele, interiormente, convencera-se de que era honrável seu desejo de proteção, o que parecia justificar seus atos.

—  Se assim fosse e também fosse detentora de imenso poder, teria se esforçado para o Esquadrão Alvorecer Dourado, conhecido por somente aceitar os melhores, o que não foi o meu e o seu caso, não é? Com a diferença que eu jamais poderia optar por algum outro para não cair em desgraça.

(S/N) piscou os olhos algumas vezes. Não sabia se o garoto discorria sobre seus próprios fracassos, dos quais ela tinha interesse em conhecer, ou se apenas a considerava tola e fracassada e exprimia seus pensamentos sobre isto com ela.

—  Você gostaria que eu me unisse ao Alvorecer Dourado? Você gostaria de estar em outro Esquadrão? Olha Solid, vai ter que ser mais claro, agora você está se assemelhando ao Nozel que fala coisas em enig...

—  Não sou semelhante a ele.

Soou ele ríspido, rápido a corta-la, suprimindo assim o sorriso travesso e de humor que estava posicionado aos lábios dela.

—  Que bicho mordeu você? Estou quase sentindo falta das suas piadas horríveis e sua zombaria.

Ela deu de ombros, gesto este que foi repetido pelo jovem ao seu lado antes de permitir que uma lufada de ar escapasse de seus lábios, como se considerasse enfadonho a ideia de explicar.

—  Só acho que se o que você deseja é poder, deveria repensar nos seus planos, (S/N). E não fique esperando que o Nozel seja complacente com você nesta busca; nenhum Capitão permitiria que alguém de seu Esquadrão superasse sua magia. E se ele concordou com você, concordou em lhe auxiliar...

Um riso baixo e sem humor escapou dos seus lábios, preenchendo o silêncio.

—  Tenha certeza que o faz apenas para controlar seu poder e retardar sua força. Ora, nenhum de nós tem o interesse em ver você superando o Nozel e tomando seu lugar.

Talvez por ingenuidade, a garota jamais tivesse pensado naquela possibilidade antes, o que fez seus olhos se arregalarem. Embora houvesse brutalidade nas palavras dele, até mesmo acidez, seu peito comprimiu-se em um ardor incomum ao novamente sentir-se manipulada – como se sua vida dependesse de terceiros e fosse lapidada a bel prazer de qualquer um.

Seus dedos esticaram-se em direção ao manto de Nozel, dobrado cuidadosamente e repousado ao seu lado; tocou-o com certo receio de que pudesse ser mal interpretada por Solid naquele ato, permitindo que seus dedos afundassem na plumagem que o recobria. Seria Nozel tão cruel? Ela lembrou-se dos profundos olhos roxos, do pequeno vislumbre de sorriso em seus lábios e os olhos desviaram-se, incapacitada de responder a própria pergunta – ou por medo de equivocar-se e menosprezar a bondade alheia ou por medo de sentir-se ainda mais usada por crer nesta mesma bondade que na verdade se tratava de manipulação.

—  Eu sei que é incapaz de me ver como uma igual Solid. E eu em momento algum quis que me visse assim, até porque eu agradeço por não fazer parte da nobreza, pois sou livre para decidir quem quero ser sem precisar me importar com o que terceiros pensam.

Confessou.

Solid franziu o cenho, entreabrindo os lábios, como se fizesse menção de interrompê-la, porém ela não deu brecha.

—  Só que eu acho que você na verdade está descontando em mim suas frustrações por sempre curvar a cabeça ao seu irmão, sem nunca confrontá-lo. E isso é tão...

Ela comprimiu os lábios.

—  ... Egoísta. Já me acostumei com seu lado cruel, mas o lado egoísta é tão diferente daquele bondoso de quando você me ajudou a dobrar as roupas ou de buscar meu manto.

Envergonhou-se após as palavras saltarem facilmente de seus lábios, de modo que baixou a cabeça, evitando encarar seus olhos roxos carregados de sarcasmo – deixou ela assim de ver que naquele instante o platinado arregalou-os em surpresa, bem como em desconforto, por não saber lidar com aquela sinceridade nunca antes recebida.

—  E, sabe, eu gosto do seu lado bondoso, assim como gosto do seu lado sarcástico. Mas não me tome por tola ou mimada, não quero participar de seus jogos de poder e não tenho interesse em ser superior a nenhum de vocês, até porque eu sei que jamais serei.

Havia modéstia naquelas palavras e fragilidade.

O platinado, que até então havia absorvido aquelas palavras silenciosamente, voltou a entreabrir os lábios e, diferente de antes, as palavras não puderam ser formuladas, pois ele não as tinha. Com um suspiro longo, nada discreto, hesitou ao elevar a mão de encontro a bochecha clara da jovem, tocando-a com a ponta de seus dígitos, fazendo assim com que ela elevasse o rosto, encarando-o; sua pele era macia, imaculada, um contraste gritante com os dedos desajeitados que agora empurravam os fios de cabelo escuros dela para trás de sua orelha, prendendo-os apenas para que ele pudesse ter uma boa visão de sua face.

Observou-a por alguns instantes, permitindo que a expressão de surpresa perdurasse naquele rosto antes que a palma de sua mão viesse a tocar-lhe a maça do rosto em completo, envolvendo-a como envolveria a cabeça de um recém-nascido diante de sua fragilidade – havia hesitação naquele contato, porém pureza e simplicidade suficiente para que (S/N) não fosse capaz de afastar-se, perscrutando em suas feições e na profundidade de seus olhos alguma explicação para o gesto.

—  Eu não quis dizer...

—   (S/N).

A voz era autoritária, soberba e impregnada de resignação, como se estivesse a lhe desaprovar de uma forma sutil que somente ela, por ser acostumada com a desaprovação constante, conseguisse compreendê-la.

E movida unicamente pela sua visão periférica de Nozel a lhes observar, surpresa, a garota que até então não havia se importado com o contato inesperado, recuou, fazendo com que a mão de Solid permanecesse suspensa e vazia ao ar.

Voltou-se imediatamente ao Capitão do Esquadrão, cujo semblante era uma incógnita: nenhuma expressão aparente estava delineada em seus traços, somente os olhos comumente gélidos estavam injetados de desaprovação e curiosidade quando passaram da garota para o irmão mais novo. Este, por sua vez, baixou a mão ao próprio colo antes de inspirar profundamente, capturando o olhar do mais velho, o qual o sustentou por instantes antes de desviar; se (S/N) tivesse lhe observado, saberia que aquele olhar era o de um animal dominado em seu habitat, de longe não representando qualquer espécie de respeito algum – apenas o mais profundo temor de não corresponder às expectativas delimitadas.

—  Noze... Capitão. Oi! Veio juntar-se a nós?

A garota atrapalhou-se, elevando a mão destra ao alto apenas para que o platinado mais velho voltasse sua atenção a ela. Um sorriso simples voltou a modelar seus lábios como se nada de estranho pudesse ter ocorrido ou estar ocorrendo; (S/N) estava constrangida, era óbvio, como se pega furtando pertences do homem em pé a sua frente. A pele de seu rosto tocada por Solid ainda continha resquícios da quentura de sua mão, motivo pela qual sentia o local formigar de uma forma estranha, porém prazerosa, o que a desconcertava ainda mais.

—  Creio que tenhamos encontrado um modo zona de magia que será explorada amanhã. Desta forma, por termos o restante do dia de folga, quero conhecer mais sobre seus poderes, até mesmo para saber se você está à altura da empreitada que estou designando a você. Caso contrário, terei de pedir que retorne a Clover o mais rápido possível. Não serei responsável por mais mortes desnecessárias.

Comunicou e diante do silêncio que se formou ao local, arqueou a sobrancelha esquerda.

E aquilo foi o que bastou para que ela se pusesse de pé de um salto, afastando os pés da água; com delicadeza, apanhou o manto recebido do Capitão, mantendo-o próximo ao próprio corpo após vestir o entregue por Solid, seu próprio manto recuperado.

—  Obrigado...

Murmurou ela ao platinado mais novo, lhe lançando uma olhadela de soslaio antes de seguir em direção ao mais velho, cuja espera era paciente.

O sol já havia sido afugentado pela lua cheia e brilhante quando a garota caiu ao chão, ajoelhada. Ambas as mãos apoiaram-se a suas coxas enquanto ela inspirava profundamente, preenchendo seus pulmões com o ar puro que permeava o vilarejo.

Embora ela se encontrasse em frangalhos pelo uso constante de sua mana, o homem a sua frente sequer fraquejou em algum momento, seu poder provando-se superior ao dela. O poder de um Capitão... Concluiu ela, surpresa, conforme seu olhar voltava-se a figura altiva de Nozel que cerrava o Grimório, uma expressão de desagrado formulada a face.

—  Se esta fosse uma batalha de verdade, você seria morta.

Concluiu ele, diminuindo a distância que os separava com passadas rápidas. O platinado estendeu a mão destra em direção a jovem, ofertando-lhe auxílio para pôr-se de pé.

Em diversas oportunidades, ao proferir um encantamento, surpreendera-se por este sair com menos potência do que o esperado, situação esta que em momento algum havia sido vislumbrada pela jovem a sua frente, concentrada em demasia em desviar-se deles e rebate-los com ferocidades, ferocidade esta por ele apreciada. Era bem verdade, entretanto, que no transcorrer das horas daquele dia ao seu lado, Nozel viu-se impaciente a cada novo encantamento proferido, cujo proferimento este lhe causava um desconforto ao centro do peito e ele via-se compelido a torcer pelo rebate da garota.

Era algo tão tolo vindo de alguém como ele que vez ou outra hesitou, com a desculpa de que ela era desajeitada em demasia, forçando-a a recuar passos ou refazer seu encantamento. Frente a frente com ela agora, viu-se compelido a agachar-se, tocar seu ombro, força-la a encará-lo de forma... Semelhante a que ela havia encarado seu irmão. Mordiscou o Capitão com força excessiva a parede da bochecha dentro da boca, experimentando a dor do ato, assim como o gosto férreo do sangue. Tolo...

E enquanto o homem travava aquela disputa interna, (S/N) demorou alguns instantes para crer no auxilio que estava lhe sendo disposto, uma vez que a represália lhe parecia clara o suficiente acerca do descontentamento do Capitão; sua mão apoiou-se a gélida dele e antes que se desse conta, o jovem capitão a pusera de pé com facilidade, tendo ela tempo apenas para arfar em surpresa. Seus dedos demoraram-se aos dele e somente o contato entre as mãos fora desfeito quando sentiu a quentura em seu rosto a lhe indicar que provavelmente corava a frente dele.

—  Precisa se concentrar mais antes de lançar seu poder, caso contrário esgotará sua fonte de mana com rapidez. Você se tornará poderosa com bastante treino.

Continuou ele, desta vez atento as expressões que formavam-se as faces dela – deleitou-se, de imediato, a vermelhidão que brotou em seu rosto e de uma forma quase cômica, sentiu regozijo por aquilo, por saber a sensação que podia causar a alguém, afinal aquilo também era uma forma de poder.

Antes que a sensação continuasse a dominar seu corpo e qualquer outra ação desmedida pudesse vir a ser tomada, Nozel lhe dera as costas, afastando-se do olhar profundo e sereno como a noite que ela carregava, embora soubesse que o afastamento ocorrera unicamente por sua própria força, que lhe deixara aos lábios uma contrariedade – sentia-se bem com a garota, embora temesse passar por tolo ao demonstrar sua verdadeira faceta a ela.

A irritação sentida pela hesitação ao longo do treinamento fez com que Nozel apressasse os passos, abandona-a a própria sorte; (S/N), mais do que depressa, envolveu seus dedos ao punho de Nozel, impedindo-o de continuar.

—  Tenho... Uma pergunta.

Ousou, embora não tenha aguardado receber o olhar contrariado do Capitão quando as palavras escorreram de seus lábios. De uma forma humilde, a jovem baixou a cabeça em subserviência conforme o homem voltava-se a ela, embora nenhum dos dois tenha ousado desfazer o contato que os ligava no momento – os dedos e a palma da mão de (S/N) permaneceram a segurar com certa força o punho do platinado, e este servia-se da quentura proveniente da mão dela a fim de aquecer, a transferência de calor entre os corpos mantida quase inconscientemente.

Nozel assentiu uma vez com a cabeça e ao dar-se conta de que a garota não o via, murmurou palavras assertivas a ela após limpar a garganta com um pigarreio.

—  Disse-me que o Grimório de sua mãe era poderoso. Por que você jamais o utilizou?

Com o restinho de coragem que possuía, os olhos de (S/N) elevaram-se a linha de visão de Nozel apenas para vê-lo arregala-los, surpreendido com a guarda baixa pela pergunta.

—  Eu... Sou um Capitão. Não preciso de um Grimório antigo para asseverar meu poder.

Sem se dar conta e temendo tê-lo ofendido, a garota afrouxou o aperto de seus dedos do punho do mais velho; seus dedos despencaram do punho dele e, antes que o braço dela viesse a retornar a lateral de seu corpo, o platinado quem tomou a iniciativa de segurar o punho dela, como se a impedindo de recuar de si.

Embasbacada, sustentou seu olhar ao baixar o tom de voz a um sussurro.

—  Então... Por que o teme?

Insistiu ela.

Nozel desviou o olhar do dela.

—  O que possui naquele Grimório não é algo a ser manuseado por outras pessoas, muito menos por mim. Não o temo, pois já o vi em ação. Simplesmente... Há coisas que estão distante do nosso alcance, independente do quanto queremos.

Seus dedos afrouxaram o contato com a garota, permitindo agora que ela desse um passo para trás enquanto Nozel, desta vez incomodado com a pergunta, lhe dava as costas.

(S/N) elevou o punho ao centro do peito, massageando-o com a mão liberta ao observá-lo partir.

O que possui naquele Grimório não é algo a ser manuseado por outras pessoas, muito menos por mim”, então porque ela o queria?

E por mais que quisesse continuar ponderando sobre aquilo, seus olhos continuavam grudados as costas do belo homem e somente quando este se tornara um ponto a distância, ela viu-se mordiscando o lábio inferior, suprimindo um sorriso tolo.

 

 

Tomou um banho merecido após o treino árduo do dia, permitindo que seus longos fios de cabelo molhados molhassem a blusa branca e folgada utilizada enquanto passeava pelo pequeno quarto do segundo andar da casa que havia sido dispensado para si.

De pés descalços, (S/N) caminhava pelo ambiente, decorando as inúmeras faces que compunham os quadros de pessoas queridas aos velhos senhores que cederam-lhe abrigo naquele local. Vez ou outra, permitiu-se comentários sobre estes antes de passar para outro retrato.

E somente após cansar-se daquela brincadeira, caminhou a sacada, empurrando as pesadas cortinas para o lado. E a figura prostrada a sacada fez com que recuasse em susto, um grito de pavor preso a garganta ao tropeçar aos próprios sapatos abandonados à sorte sob o tapete das proximidades.

Solid a encarava, um sorriso zombeteiro modelando os lábios. E se não fosse o sorriso, ouvira-o cair em gargalhadas enquanto (S/N), frustrada pelo susto e queda, punha-se de pé, marchando em direção à sacada de vidro.

—  SEU IDIOTA!

Esbravejou ela, abrindo a sacada enquanto o som do riso do rapaz lhe chegava em alto e bom som aos ouvidos. Bateu o pé ao chão de forma ritmada enquanto Solid apoiava a mão ao centro do estomago, incapaz de conter a diversão diante da reação exasperada dela; (S/N) tinha certeza de que o papelão havia sido feito, afinal estava (a) falando sozinha e (b) havia caído de susto, de modo que assim que sentira as bochechas aquecidas, voltou a face para o lado, o queixo empinado ao alto em forma de protesto e de modo a demonstrar a irritação sentida.

—  Ah, plebeia. Você é efetivamente muito divertida. Espere até Nebra saber que você gosta de falar sozinha. Aliás, não somente falar, você responde as próprias perguntas e teme o bicho-papão.

De forma ficta, ele elevou o dedo indicador ao olho, enxugando uma lágrima invisível.

—  O que você acha que está fazendo aqui? Sabe que horas são? Você... Você...

(S/N), diante da diversão aparente dele, cerrou em punho as mãos ao lado do corpo, ignorando o decoro ao bater com força o pé ao chão, ignorando o sorriso travesso que mantinha-se aos lábios dele.

Solid, mesmo divertindo-se com as reações da jovem novata e com piadas prontas na ponta de sua língua para ofendê-la ou asseverar o vermelho de suas bochechas, optou por elevar ambas as mãos ao alto, em sinal claro de rendição – embora no futuro amanhã certamente viesse a lhe aplicar cada uma de suas piadas maldosas.

Ele recuou um passo, permitindo que a garota saísse ao ar livre da noite, passando por ele como um furação, sem lhe dar chance de uma explicação mais detalhada.

—  Nossa conversa de mais cedo não foi finalizada e acho que, como era esperado de alguém como você, não compreendeu o que eu queria dizer.

Havia zombaria, era claro, em suas palavras, e ele não sabia se raciocinava direito ou aquela coragem era resultado do saquê bebericado instantes antes na companhia da irmã. Mas naquele instante, em sua parcial faculdade de consciência, as coisas lhe pareciam... Claras o suficiente.

—  Eu não estou descontando minha frustração em você. Muito menos a minha frustração com relação à Nozel.

Um riso baixo escapou de seus lábios. Seus pensamentos e palavras pareciam cobertos por uma névoa e (S/N) viu-se franzir o cenho, confusa, enquanto o platinado se aproximava, desfazendo pouco a pouco a distância existente entre eles.

E antes que um protesto se fizesse presente, ambas as mãos de Solid seguraram o rosto da garota, impedindo-a. O nariz do platinado tocou o da garota e ele sequer demonstrou hesitação ou vergonha enquanto os olhos claros de (S/N) arregalavam-se em surpresa; seus dedos hesitaram antes de tocarem os dele sobre seu rosto, envolvendo-os, sem conseguir decidir se livrava-se daquele contato ou o impedia de igual forma de se afastar.

—  Só que não é certo você despejar tanta confiança e tanta admiração nele. Gostaria que olhasse para mim da mesma forma como você olha para ele e desmorona em deleite quando ele te olha. Não é pedir muito, é? Porque se vamos fazer isso, aceitar que ele dite nossa vida, não vou saber lidar com isso...

Uma exclamação de surpresa escapou dos lábios de (S/N) ao finalmente compreender do que o garoto falava e ela ficou desarmada diante da fragilidade e da sinceridade de suas palavras; o hálito de Solid exalava o característico odor de bebida barata, talvez nunca antes experimentada de forma tão deliberada, e ela tinha certeza de que aquela mera confissão jamais seria expressa por ele sem o incentivo inicial.

E o mundo de (S/N), em segundos, mudou de cor: os lábios de Solid tocaram os dela. Era um beijo gentil, suave, tão diferente de tudo o que ela poderia imaginar provindo dele e a sua única reação a ele foi apertar seus dedos contra os dele, como se temesse derreter no lugar diante de sua delicadeza ou simplesmente ser aquilo parte de uma fantasia de sua mente para envergonhá-la posteriormente.

De modo algum o platinado avançou aquele contato sem que ela estivesse relaxada, pois mesmo sob o efeito do álcool, ansiava por não ofendê-la ou de alguma forma desagradá-la no primeiro contato entre eles.

De uma forma gentil nunca antes utilizada em outros relacionamentos e experiente, Solid viu-se aguardando a reação da jovem, embora em momento algum tenha feito menção de afastar os lábios do dela, surpreendendo-se com a maciez destes e a forma trêmula com que retribuíam aos seus. (S/N), eis que pega de surpresa, viu-se relaxando os dedos dos dele, surpresa de igual forma ao constatar que o corpo encontrara uma calmaria que segundos antes não havia experimentado – os pensamentos aquietaram-se e as pernas, por ventura, não a sustentavam como deveriam.

E, ao que tudo indicava, era a deixa de Solid, o simples sinal de que estava autorizado a manter o beijo; o platinado envolveu a cintura esguia daquela garota a sua frente com determinação, sustentando todo o seu parco peso ao trazê-la de encontro ao centro de seu peito, desta vez ciente de que não era mais necessário imprimir força a fim de impedi-la de se afastar de si.

(S/N) viu-se suspirar contra seus lábios, as mãos encontrando a plumagem do manto do Esquadrão e afundando-se nele apenas para segurá-lo de igual forma, ignorando a cortesia ou qualquer pudor que pudesse ter; suas bochechas encontravam-se rubras e Solid optou por cerrar as pálpebras em deleite daquela visão, os lábios roçando-se aos dela, convidativamente, como o roçar de uma pétala de flor ao braço.

A urgência fez-se presente no instante seguinte. Os lábios de Solid deixaram para trás a gentileza inicial para investir com urgência sobre os calmos da garota. (S/N) entreabriu minimamente os lábios, e o choque inicial entre as línguas a fez gemer baixo, em satisfação, guiando seus dedos aos fios de cabelo do platinado, repuxando-os ao apoiar sua nuca à palma de sua mão.

Perdidos estavam ambos em um deleite natural de sensações e sentimentos sem pressa alguma de encerrar o contato entre eles naquela noite.

 

 

Acuidade visual é uma das características das aves de rapina, grupo composto pelas Águias.

E como uma boa águia, Nozel, que espreitava a noite calma do vilarejo, viu-se obcecado com a cena que se desenrolava na sacada do quarto da garota; sem que se desse conta o ambicioso Capitão do Esquadrão Águias de Prata havia cerrado as mãos em punho, incapaz de afastar seus olhos do corajoso irmão mais novo.

Aquele velho ditado provou-se verídico naquele momento: inveja é um dos sentimentos mais perigosos e capaz de deteriorar pessoas.


Notas Finais


E ai, o que acharam?
Super ansiosa para finalizar o próximo capítulo e muito deliciada fiquei com o final deste.


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