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História My Only Exception (EM REVISÃO) - Diane Vause


Escrita por: dirtypaws

Notas do Autor


Hey, voltei! Desculpem a demora.


Definitivamente não me senti bem com o resultado desse capítulo. Mas espero o feedback de vocês. Obrigada pelos comentários lindos. <3

Desculpem quaisquer erros, vou corrigir dps.

Capítulo 16 - Diane Vause


And I've always lived like this

(E eu sempre vivi assim)

Keeping a comfortable, distance

(Mantendo uma distância confortável)

And up until now

(Até agora)

I had sworn to myself that I'm content with loneliness

(Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente com a solidão)

Because none of it was ever worth the risk, but

(Porque nada disso algum dia valeu o risco, mas)

You are the only exception

(Você é a única exceção)

You are the only exception

(Você é a única exceção)

 

Piper buscou relaxar enquanto cantarolava as músicas que passam na rádio até Alex estacionar na entrada da casa de sua mãe. Ela suspirou. Agora não tinha como fugir. Era a primeira vez que ela conheceria a família de alguém que ela se relacionava e - jugando pelo que ela passou em relação a família de Alice - ela tinha medo sobre todas as consequências que isso poderia ter, mesmo que nem tivesse consequência nenhuma além de integrar-se ainda mais na família da mulher que ela amava. Apesar do nervosismo e medo, ela queria dar esse passo na relação não só por Alex, mas também por si mesma.

— Eu estou nervosa.

— Por quê?

— É a sua mãe, Alex.

— Você vai ficar bem, eu prometo.

— Mas e se ela não gostar de mim?

— O que há para não gostar? Você é simplesmente encantadora em tudo, Piper.— Alex ajeitou-se no banco do motorista para que pudesse olhar para Piper a tempo de ver sua namorada sorrir timidamente. Alex só conseguia amá-la cada vez mais.

— Mas e se ela não gostar do meu jeito de ser, do meu trabalho e ver que eu não sou suficiente para o seu bebê? — Piper agitou as mãos nervosamente no final da frase.

Alex fez uma careta e riu.

— Não ria! — Piper reclamou.

— Desculpe. — Alex desculpou-se e segurou o riso, sua namorada era tão bobamente linda! — Olhe, você está se preocupando com nada, Piper. Diane não dá a mínima para essas coisas. Ela praticamente festejou quando eu disse a ela que você iria jantar conosco. Então pare de se preocupar, certo? — Piper assentiu, mas Alex pôde ver que ela ainda estava nervosa. — Eu disse para não se preocupar.

— Tudo bem, tudo bem, eu não vou. — Ela cedeu e suspirou.

— Vai dar tudo certo, meu amor. — Alex aproximou de Piper e deu um beijo suave em seus lábios. — Eu estou aqui com você. — Outro beijo. — Nicky e Lorna também estarão.

Piper afastou-se para fitar Alex.

— Nicky e Lorna?

— Sim, querida. Nicky também está sempre nos jantares em família. Além disso, hoje elas darão a grande notícia para Diane.

— E se a Nicky começar a fazer piadinhas sobre mim? Ou se ela começar a dizer sobre o que aconteceu na casa de praia? Sua mãe verá que eu sou uma má influência. — Ela apertou os olhos com os dedos.

— Acho mais fácil minha mãe achar que a má influência vem da Nicky e de mim, Pipes.

Ela riu.

— É sério...

— Ela não fará. Lorna não deixará. — Alex riu. E Piper cerrou os olhos. — Eu não deixarei, amor meu.

Piper suspirou, olhou em direção a casa e beijou Alex brevemente.

— Tudo bem, vamos...

Alex segurou a mão de Piper firmemente quando saíram do carro e caminharam até a porta principal.

— Você está maravilhosa. — Alex disse para ela, dando-lhe um beijo em sua bochecha antes de tocar a campainha. Ela estava dentro de um vestido preto e saltos pontudos, os cabelos loiros levemente ondulados sobre os ombros e uma maquiagem básica. Suas bochechas rosadas denunciavam seu nervosismo.

— Você está arrebatadora, Al. — Respondeu Piper e Alex sorriu com sua escolha de palavra. Ela deu olhada rápida sobre o vestido preto com um contorno branco entre os seios e ombros que Alex usava. Seus saltos a deixa ainda mais alta. Os cabelos estavam presos somente em um lado e a morena usava uma maquiagem igualmente básica. Piper mordeu o lábio em contemplação.  

A porta foi aberta segundos depois por uma mulher de cabelos vermelhos e expressão fechada. A mulher olhou-as por alguns segundos e suavizou sua expressão quando notou quem estava à porta. Piper agitou-se, nervosa. Por um momento ela achou que fosse Diane, mas Alex logo tomou sua frente, soltando sua mão e indo abraçar a mulher.

— Red! — Alex cumprimentou-a dando-lhe um abraço e um beijo no rosto. Red era como uma segunda mãe para Alex e Nicky. — É tão bom vê-la.

— É bom vê-la também, minha menina. — Red respondeu com o seu nítido sotaque russo, meio a um sorriso.

— Pipes. — Alex colocou a mão nas costas de Piper, puxando-a para perto de Red para que fossem apresentadas. — Esta é Galina Reznikov, ela é a minha segunda mãe. — Alex sorriu. — Red, esta é Piper Chapman, minha namorada. — Ela depositou um beijo na bochecha vermelha de Piper.

— Oh querida, é um prazer em conhecer a mulher que tem feito minha menina feliz. — Red a puxou para um abraço apertado. Piper retribuiu. 

— É um prazer conhecê-la, Sra. Reznikov.

— Por favor querida, me chame de Red. Você é da família agora. — Ela piscou. Piper já adorava aquele sotaque carregado dela.

— Você jantará conosco?

— Eu adoraria, Alex, mas tenho um jantar com os meus outros filhos. Você sabe... — Ela balançou a cabeça em descrença. — Eu amo meus filhos como uma mãe deve amar, mas eu estou aos nervos com tanta estupidez vindo daqueles idiotas. — Ela ergueu as mãos para o alto. — Esse jantar será preciso para lembrá-los quem é que manda.

Alex riu.

— Manda ver, mama bear. — Red riu. — Gostaria que ficasse, mas tudo bem, espero outra oportunidade para que conheça melhor esta mulher maravilhosa aqui. — Apertou a cintura de Piper que sorriu. Red balançou a cabeça e sorriu também. — Creio que Nicky já lhe disse a grande notícia?

— Oh sim, estou muito feliz por aquelas danadas. — Red olhou ao redor... sem sinal de Diane. — Confesso que chorei com a grande notícia, nem acredito que de alguma forma também serei avó, sua mãe vai ficar doidinha. Nicole finalmente encontrou alguém que a colocasse nos trilhos.

— Devemos muito a Lorna.

— Se devemos... — Red riu. — Bom, ela pediu para que eu não contasse a Diane, elas o farão neste jantar. — Red fez menção de sair da casa, mas puxou Piper e Alex para um abraço. — É um prazer mesmo, Piper. Marcaremos um jantar. Sinto muito por não poder ficar com vocês hoje, mas teremos outras oportunidades. Alex, já me despedi de sua mãe, ela está na cozinha. Eu já estava de saída quando vocês tocaram a campainha. Até mais meninas.

— Até mais Red. É um prazer. — Piper respondeu.

— Tchau, mama bear.

Red jogou um beijo no ar e fechou a porta. Piper que, até então, não havia observado todo o ambiente da casa notou em toda a extensão o ambiente aconchegante do lar da família de Alex. Ela imaginou sua jornalista crescendo ali, dando os seus primeiros passos, falando sua primeira palavra, chorando, brincando e sendo amada. E quanto mais Alex puxava sua mão movendo-a entre os cômodos até a cozinha, ela aprofundou-se ainda mais nesses pensamentos.

Ela observou toda a cozinha bem modelada e aconchegante, até pousar os olhos no perfil da mãe de Alex, concentrada em frente ao balcão, cortando algumas maçãs. Sua fisionomia tranquila fez com que a fotógrafa quase relaxasse. Quase. Logo a palma de sua mão que segurava a de Alex começou a suar, denunciando seu nervosismo, e ela apertou firme a mão da outra. Essa que notando, sorriu, beijando a bochecha de Piper em um pedido silencioso para que se acalmasse. Ela suspirou. 

— Estamos aqui mãe. — Diane ergue a cabeça para elas e sorriu.

Piper não pôde deixar de observar a beleza devastadora dela. Tinha os cabelos negros como à noite. Os olhos eram de um azul esverdeado que ela jamais havia visto, sentiu um arrepio ao perceber o quanto Alex parecia-se com ela.

— Oh meu Deus, oi! Desculpe amor, eu estava ocupada cortando algumas maçãs.

Ela limpou as mãos em uma toalha e caminhou apressadamente até elas, puxando Piper para um abraço, o que surpreendeu a fotógrafa por um segundo antes de abraçar Diane de volta.

— Deixe Piper respirar, mãe.

— Certo, desculpe querida. — Diane soltou-a e olhou para Piper no comprimento de um braço. — Você é linda, Piper! Eu já a achava belíssima em fotos, mas pessoalmente... — Ela assobiou. — Uau!

Piper sorriu timidamente.

— Obrigada, Sra. Vause. Eu posso lhe dizer o mesmo, sei agora de onde vem a beleza de Alex.

— Ah meu Deus Alex. — Diane colocou a mão no peito em admiração. — Case-se com essa mulher. — Alex riu e Piper ruborizou-se. — Obrigada, querida. E por favor, me chame apenas de Diane. Eu ainda sou muito nova e graças a Deus não sou mais casada com o traste do pai de Alex.

Alex sacudiu a cabeça. Piper sorriu.

— Obrigada, Diane.

Diane olhou para o cabelo de Piper, acariciando-o em seguida.

— Eu amo seu cabelo. O que você acha de eu ter os meus assim, Alex? — Ela perguntou, olhando para Alex com um sorriso.

— Claro Diane, se um dia começar a nascer cabelos naturalmente loiros nessa cabeça maluquinha. — Diane riu, em seguida deu língua a sua filha e puxou-a para um abraço.

— Obrigada por se juntar a nós esta noite querida, estava realmente ansiosa em conhecê-la.

— Obrigada por me receber, espero que não seja um problema.

— Oh definitivamente não! Eu simplesmente amo que esteja conhecendo a sua sogra. — Ela piscou para Piper. — Além disso, o jantar dos Vause consiste principalmente em Nicole falando asneiras e Alex sibilando para nós, fico feliz em ter alguém com quem conversar. Por sorte Lorna vem em alguns jantares e me salva também.

Alex olhou para sua mãe sem acreditar no que ela falava.

— Vocês encontraram Red?

— Sim, um pena que estivesse de saída.

— Ela precisa dar um jeito naquelas pestes. Ela está de cabelos em pé por conta deles, daqui a pouco ela estará parecendo aqueles bonecos... Como chamam? Os de cabelinhos em pé... 

— Trolls? — Piper indagou. 

Diane balançou a cabeça.

— Isso, esses mesmos. Aquele que tem o cabelo vermelho. — Diane riu. — Embora Red me pareça mais o Chucky quando está brava...

Elas riram.  

— Bom, vamos lá, vamos para a sala de estar, as meninas descerão em breve. Elas estão no quarto antigo de Nicky, Lorna não estava se sentindo bem e foi descansar um pouco.

Piper e Alex entreolharam-se, cúmplices. Elas foram para a sala de estar e acomodaram-se.

— Então Piper, Alex disse que você é fotógrafa?

Piper acenou com a cabeça.

— Sim eu sou.

— Sobre quais assuntos você gosta de fotografar?

— Basicamente sobre tudo. Documentários, comerciais, viagens, qualquer coisa realmente, eu não me limito com um escopo.

Diane acenou com a cabeça, realmente interessada.

— Qual é o seu assunto favorito, posso perguntar?

— Uhm bem, Alex. — Piper respondeu.

Alex olhou-a enquanto ajeitava os óculos no rosto, corando ligeiramente.

Ok Alex, tente não pular em cima dela enquanto sua mãe estiver na mesma sala.

— Mesmo? — Alex perguntou e Piper confirmou. — Obrigada...

Piper sorriu. Claro que ela era o seu melhor e favorito assunto.

— Lembro-me de Alex quando criança, ela não queria que eu tirasse fotos dela. Nicky sempre tirava às escondidas. Especialmente quando ela se juntou a esses concursos de canto no ensino médio. — Lembrou Diane. — Ela era uma criança tão rabugenta quanto é hoje.

Alex fez uma careta para ela.

— Obrigada mãe, Piper precisava saber disso, é claro.

— Claro que ela precisava, Piper é sua namorada. Você quer ver as fotos dela? Eu tenho umas e muitas de Nicky. Aquela sim amava tirar fotos. — Diane perguntou a Piper, ignorando o olhar mortal de Alex e foi até um armário de madeira onde ela guardava as fotos de família.

— Diane, você vai assustar Piper, eu juro.

— Eu quero vê-las. — Piper disse a Alex, sorrindo descaradamente.

Diane tirou um álbum azul familiar que continha as fotos tiradas de Alex e Nicky durante o ensino médio. 

— Afaste-se Alex. — Disse Diane e Alex afastou-se para a direita do sofá para que sua mãe pudesse sentar-se ao lado de Piper. Ela abriu o álbum e começou a apontar as fotos, contando a Piper sobre elas.

Alex assistiu Piper observando as fotos e como ela escutava atentamente os contos bobos de sua mãe, sorrindo toda vez que Diane dizia algo engraçado ou novo sobre Alex. Era isso que ela ansiava, esse grande passo com Piper para que ela fosse ainda mais parte de sua vida como ninguém jamais fora. Naquele momento, observando-as, ela entendeu como Piper amava registrar os momentos em fotos, porque aquele definitivamente era um momento em que ela queria eternizar. Tirou o celular do bolso, encostando-se no sofá como quem checava suas notificações. Sorrateira, fotografou-as. Sorrindo quando viu o resultado. 

Elas terminaram de revisar o álbum pouco tempo depois.

— Alex traga a Piper uma taça de vinho que eu sei que ela amará. — Diane deu um tapinha no joelho de Piper e levantou-se. — Eu verei se as meninas estão bem.

— Eu espero mesmo que não seja uma empata foda de novo, mãe. — Alex riu.

— Por Deus, será que... Eu não acredito que essas danadas estão dando uma rapidinha. — Diane balançou a cabeça. — Eu baterei na porta de qualquer forma, não se preocupe.

Diane deixou-as e foi em busca de Lorna e Nicky. Piper riu, não crendo que Alex fora capaz de dizer aquilo para sua mãe. Era divertido e maravilhoso ver o quão unidas elas eram. Ela aproximou-se de sua namorada.

— Como assim de novo?

— Uma vez, elas deram uma desculpa para subirem e darem uma rapidinha. Mas não se deram conta que essa rapidinha havia sido muito longa. Diane preocupada como sempre, subiu e pegou-as no quarto antigo de Nicky, porque ela simplesmente abriu a porta ao invés de bater antes. — Alex riu. — Lorna passou um mês sem vir aos jantares porque ela mal conseguia olhar para minha mãe.

Piper gargalhou.

— Sua família é completamente divertida, Al. — Ela olhou para a Alex a tempo de vê-la concordar e sorrir.

— Eu amo essas fotos. — Piper sorriu, passando a mão sobre o álbum e beijando a bochecha de Alex em seguida. — Você era tão fofa! Nicky também parecia ser ainda mais louca do que já é.  

— Ela era mesmo. Mas eu era medonha, isso sim. — Fez beicinho.

— Seja como for, eu acho que você é linda.

— Eu tinha cabelos ruivos no ensino médio e já usava óculos. — Alex revirou os olhos. 

— Eu gosto de cabelos ruivos, mas os seus cabelos pretos é realmente um nocaute na minha primeira opinião. — Ela sorriu. — E você sempre ficou sexy de óculos. Se eu a encontrasse no ensino médio, certamente me apaixonaria. 

— Obrigada. — Alex sorriu de volta e deu-lhe um beijo rápido. — Quer vinho?

— Eu aceitaria uma taça.

Alex deixou Piper e foi até a cozinha. Ela pegou uma garrafa de vinho branco na geladeira e duas taças no armário, voltando para Piper. Serviu-as.

— O que você acha? — Alex perguntou a ela, meio gole de sua bebida.

— O que eu acho sobre o quê? — Piper perguntou confusamente. — O vinho?

— Não, minha mãe. O que você acha dela?

—  Oh, certo. — Então ela sorriu. — Eu acho que ela é adorável e que ela te ama muito.

Alex mordeu seu lábio.

— Você gostou dela?

— Muito, Al.

— Ela pode ser muito irritante.

— Ela não é. Eu gosto dela de verdade, e gostei muito de conhecer Red também. — Piper a garantiu, sorrindo.

Alex sorriu, aquecida.

— E o vinho?

— O vinho é perfeito. Ajuda a soltar meus nervos um pouco. — Ela sorriu, tomando um gole útil. Alex acompanhou o gesto, lambendo os lábios inconscientemente.

— Ótimo, saiba que eu não a levarei para carro se desmaiar. — Ela brincou.

— Acho que terei mais probabilidade de desmaiar de nervosismo do que estando alcoólica.

— Eu te disse para relaxar, querida. Diane já gosta de você.

 

Diane, Nicky e Lorna chegaram pouco tempo depois.

— Sinto muito por não ter descido imediatamente. — Lorna as cumprimentou com um abraço apertado. — É tão bom ver você de novo, Piper. Oi Alex.

— Ei cunhada. Que bom que veio. — Alex respondeu.

— Eu digo o mesmo, Lorna. Como você está? — Piper perguntou.

— Eu estou ótima, querida. — Ela respondeu e em seguida cochichou. — Só um pouco enjoada, vocês sabem...

— Alex! — Nicky deu um pulo em Alex, que a balançou no alto. Em seguida puxou Piper para um abraço aperto. — Oi cunhadinha!

— Oi Nicky. — Piper respondeu.

— Veja só, Diane, meu shipper favorito depois de Nichorello, é claro. — Nicky disse, apontando para Alex e Piper. Diane olhou-as sorrindo. Ela estava tão feliz pela filha. Piper era um amor de pessoa. 

— Diane não empatou vocês novamente? — Alex não podia deixar passar. Nicky riu, negando. Lorna ficou vermelha.

— Jesus, Alex! Não entre mais nesse assunto, pelo amor de Deus.

— Tão religiosa... — Alex disse e Lorna deu um leve tapa no braço dela.

— Eu estava mostrando a Piper as fotos de vocês no ensino médio, Nicole. — Disse Diane. — Eu fiz o mesmo quando Lorna veio aqui a primeira vez. 

— Verdade. — Lorna concordou, sorrindo. 

— Eu mesma tirei boa parte dessas fotos. — Disse Nicky com orgulho. — Eu tenho vídeos também se você quiser vê-los.

—  Não! Vamos jantar logo. — Alex resmungou, cobrindo seus olhos com a mão. — Podemos apenas fazer isso agora?

— Você está pronta para o infame jantar das Vause-Nichols, Pipes? — Nicole perguntou e Piper sorriu.

— Eu suponho que estou.

— Ótimo, vamos! — Diane disse animada.

Diane serviu-lhes salmão grelhado com espargos e sopa de cogumelos para o jantar.

— Então querida, soube que Suzanne lhe ofereceu um emprego? — Diane perguntou a Piper enquanto elas estavam comendo.

— Sim. Ela o fez durante a festa de casamento. Eu recusei.

— É uma pena que o tenha feito, Alex me mostrou algumas fotos, são brilhantes na minha opinião.

Piper sorriu.

— A oferta de emprego foi realmente lisonjeira, mas eu tinha compromisso com outras partes, não a longo prazo, mas apenas um projeto e eu não queria descartar o nosso acordo, meu e de uma amiga também fotógrafa. — Explicou ela. — Foi muito difícil rejeitar a oferta, mas acho que ser freelancer é tudo o que eu sou.

— Ela vai ter uma exposição aqui em NY em um mês. — Alex disse orgulhosa e Piper sorriu timidamente.

— Oh, que adorável Piper, você acha que poderei ir quando a exposição estiver aberta? — Diane perguntou, juntando as mãos.

 — Sim Diane, eu ficaria feliz em vê-la por lá.

— Então pode contar comigo, querida. — Diane sorriu, calorosa. — Então, há quanto tempo vocês estão juntas?

Piper mastigou o espargo antes de responder.

— Cerca de dois meses.

— E você a conheceu no casamento de Nicole, não é mesmo?

— Sim, nos conhecemos.

Nicky que estava em silêncio buscando uma maneira em contar para sua mãe a grande novidade, não havia falado, até então.

— Me diga uma coisa, vale a pena ficar com Alex por tanto tempo? — Ela perguntou. Alex fez uma careta, Lorna deu-lhe um tapa no braço e, Diane e Piper riram.

— Obrigada Nicole, eu não fiquei ofendida com isso. — Alex disse secamente.

— Eu te amo Alzinha. — Nicky formou um coração com as mãos mostrando para Alex, que revirou os olhos.

— Para o registro, cada segundo vale a pena. — Piper gracejou e a irritação que Alex sentiu, evaporou. — Alex é maravilhosa.

— Estou contente que você concorde comigo, Piper. Alex é maravilhosa, apesar de ser um pouco ranzinza. — Diane disse.

— Vocês são inacreditáveis. — Alex suspirou. Ela sentiu a mão de Piper apertar seu joelho, ela baixou o olhar e levantou-o até o rosto dela, registrando seu doce sorriso. Ela sorriu de volta. 

Antes da sobremesa ser servida, Nicky resolveu contar a grande novidade. Ela olhou para Lorna que lhe sorriu, incentivando-a ir em frente. Ela estava nervosa, queria que Marka estivesse ali, presente com a família que a acolheu e amou-a, de todas as formas. Queria sua mãe com a família que ela pretendia formar dali para frente. Era um grande passo para ela também, ela sabia disso. Tudo em sua vida havia mudado desde que Lorna aparecera e ela só se sentia eternamente grata.

Ela levantou-se da cadeira, suspirou.

— Diane... — Ela quase sussurrou. — Mãe... — Diane que estava mantendo um diálogo com Piper, a olhou. — Eu tenho algo importante a dizer, embora Alex e Piper já saibam. — Ela revirou os olhos.

— Por Deus querida, o que você aprontou Nicole? Não me diga que você e Lorna já irão se separar? — Diane perguntava ansiosamente. Lorna riu dizendo que não. Nicky balançou a cabeça.

— Poxa vida, a senhora mal me deixa terminar e já acha que eu fiz algo de errado. — Ela colocou a mão no peito, fingindo-se ofendida.

— Continue Nicole. — Diane esperou que ela continuasse e pegou a taça de vinho que estava ao lado de seu prato, bebendo.

— Estamos grávidas. — Nicole simplesmente disse.

Diane quase cuspiu o vinho sobre à mesa, engasgando-se.

— Desculpe?... O que disse? — Ela tossia. — Acho que entendi errado.

— Estamos grávidas! — Ela ergueu as mãos para cima. Diane levou alguns segundos para entender que entendera certo. — Quero dizer... — Ela pediu para que Lorna levantasse, e assim o fez. Ela colocou uma mão sobre a cintura da futura mamãe e a outra sobre a barriga ainda plana dela. — Lorna está grávida, Diane.

— Ai meu Deus! — Diane levantou-se. Ela levara alguns segundos até digerir a notícia.— Ainda bem... — Ela riu. — Não imaginaria você carregando um filho Nicole... —  Nicky fez uma careta e Alex gargalhou. —  Eu serei avó... Estou radiante! Quando isso aconteceu?

— Conversamos muito a respeito, Diane. Decidimos que era um bom momento, apesar de Nicky ter apavorando-se. Mas eu estou muito feliz em como ela vem lidando e cuidando de mim... Ou melhor, de nós. —  Lorna disse um pouco tímida, acariciando a barriga plana. — Decidimos isso há poucas semanas. Íamos anunciar a vocês três hoje, de qualquer forma.

 Diane deixou-se chorar de felicidade. Deus! Quando foi que Nicole crescera tanto? Ela queria que sua amiga estivesse ali para presenciar esse momento. Ela já queria dar todo o amor do mundo para esse serzinho, por ambas. 

—  E eu achando que vocês apenas tinham dado-me uma desculpa para uma rapidinha hoje. —  Diane balançou a cabeça, limpando as lágrimas.

Todas riram.

— Vocês já sabiam disso? — Perguntou para Piper e Alex que estavam sentadas, prestigiando a cena. Elas afirmaram.

— Alex é uma enxerida, ela soube quando fomos à casa de praia. 

Alex soltou um sorriso amarelo para sua irmã. Diane rapidamente caminhou até as novas mamães, abraçando-as apertadamente.

— Meus parabéns! Eu estou tão feliz, minhas meninas. Eu serei uma avó tão nova! Embora eu achasse que Alex seria quem me daria o primeiro neto.

Alex ficou vermelha. Piper riu e olhou para ela. Sua namorada envergonhada era maravilhosa.

— Mãe...

— Ok querida, desculpe. Eu sei que um dia você terá. — Ela deu piscadela para Piper, que foi quem ficou vermelha desta vez.

 

 

Quando a sobremesa fora finalmente servida, Piper já não estava mais nervosa e todas caíram em uma conversa fácil e feliz. Elas comiam frutas com chocolate derretido na sobremesa e, Alex e Piper fizeram uma bagunça ao comê-los. Eram os seus favoritos.

— Você tem um pouco de chocolate aqui. — Disse Piper, limpando o canto da boca de Alex com o polegar, recuperando-o com um pouco de chocolate e levando a sua boca em seguida.

— Obrigada. — Alex levou uma fatia de banana com chocolate a boca de Piper, que mastigou sem pressa.

— Querem mais? — Diane perguntou e todas negaram. — Nicole, pegue para Lorna, ela precisa se alimentar.

— Obrigada Diane, eu realmente estou cheia.

— Só mais um, querida, você precisa comer por dois agora.

Lorna riu, sua sogra era maluquinha.

— Tudo bem. — Ela resolveu aceitar.

Nicky levantou-se e pegou um pouco mais de sobremesa a sua esposa, deixando sobre a mesa e dando um leve beijo em sua testa. Avisando-a que logo voltava.

— Alex, preciso conversar com você. Podemos subir rapidinho?

— Uma rapidinha comigo, Nicole? — Alex fingiu espanto. Ela revirou os olhos. — Amor, eu já volto. — Ela deu um beijo na bochecha de Piper e retirou-se da mesa.

Subiram até o quarto antigo de Nicky. Ela vasculhou os papéis sobre a bolsa até encontrar o que estava procurando.

— O que é isso?

— Isso chegou ao escritório hoje. — Ela disse, passando o papel a ela. — Lorna pediu para entrega-la, na verdade.

Os olhos de Alex se arregalaram enquanto ela lia a folha. Ela terminou rapidamente e olhou para sua irmã-amiga, que estava observando-a atentamente.

— Como diabos eu recebo isso logo agora? — Ela perguntou incrédula.

— Você não está feliz com isso?

— Eu... eu não sei. — Ela disse hesitante, examinando a página novamente. — Eu acho que estou? — Perguntou mais para si mesma do que para a irmã.

— Não faz mal se você experimentar, Alex. — Ela acenou lentamente, mordendo seu lábio.

— Você acha que eu deveria?

— Sim.

— Ok, eu vou pensar sobre isso. — Ela finalmente disse.

— Isso é o que eu quero ouvir.


Notas Finais


Tive alguns contra-tempos, além de uma crise de ansiedade que me deixou um pouco desnorteada, com vontade de escrever, mas sem saber como fazê-lo exatamente.
Bom, ainda vou continuar escrevendo, de qualquer forma. Só espero que vocês tenham um pouco de paciência. rs

Qualquer coisa, falem comigo: @litchfieldpipes
Até o próximo! <3


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