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História My Only Exception (EM REVISÃO) - Fantasma


Escrita por: dirtypaws

Notas do Autor


Oláaaa! Adivinhem quem ressurgiu das cinzas??? Eu mesma! Bom, e a fic tb! KKKK

Pessoas pacientes e amadas, obrigada por todos os comentários, pelas broncas em relação ao sumiço e pelos elogios. Enfim, por tudo.
Eu já desenvolvi todo um enredo para a história que está finalmente em andamento. Eu quero poder atualizar com mais frequência e trazer mais conteúdo para vocês. Espero que eu consiga!

Mas sem delongas; espero que continuem por aqui!

Perdoem os erros.

Boa leitura! <3

Capítulo 23 - Fantasma


Fanfic / Fanfiction My Only Exception (EM REVISÃO) - Fantasma

— Alex? — Ela aproximou-se da morena, tocando-a preocupada. — Amor, o que houve? Você está pálida e gelada. Parece até que viu um fantasma. — Ela sorriu, brincando na tentativa de tirar o que incomodava-a.

— Sim, Piper. Eu acabei de ver um. — Alex ficou meio dura ao toque dela.

— O quê? — Piper observou o rosto de sua namorada, ela só poderia estar brincando.

— Do seu passado.

— Alex, você bebeu? Do que você está falando?

— Por que Larry Bloom está parado atrás de sua porta neste exato momento?

O nome de Larry foi como um gatilho para Piper. Dessa vez, quem agora parecia ter visto um fantasma era ela.

A loira afastou-se calada, caminhando em passos lentos até a porta, tremendo. Alex observava tudo, com estranheza e medo. Para Piper, caminhar até lá foi uma eternidade. Quando ela colocou a mão sobre a maçaneta e girou, foi como se todo os seu passado entrasse pela porta atropelando-a com tudo. Larry estava encostado com um braço apoiado na parede, próximo a porta, parecia cansado por esperá-la, mas quando viu a porta sendo aberta, logo ajeitou-se sorrindo.

— La-Larry? — Piper cochichou.

— Olá, Piper! 

 

De repente, Piper sentiu-se caindo. Tudo parecia fora do lugar, até mesmo o seu corpo que não lhe obedecia. Ela sentia-se afundando dentro de si. É um pesadelo! Só pode ser, ela pensava.

— Piper? — Ela ouvia Alex chamar, sua voz parecia distante, ia e vinha. — Pelo amor de Deus, Piper querida, me responda.

— Eu vou buscar água! Onde é a cozinha? — Ela conhecia aquela voz. Só poderia estar enlouquecendo. O que diabos estava acontecendo?

— Vá! É por aquela entrada. — Ela ouviu Alex gritar estridente. Parecia um eco de vozes na sua cabeça. — E depois eu quero que caia fora daqui, porra!

— A-alex... O que houve? — Piper foi abrindo os olhos lentamente.

— Oi meu amor, estou aqui. — Alex puxou-a para si, querendo protege-la de tudo. — Eu estava preocupada, você desmaiou. Por pouco não bateu com a cabeça, eu consegui pega-la a tempo. — Alex ia examinando suas feições. — Está tudo bem? Sente-se melhor?

— Sinto, desculpe-me. — Alex continuava a analisar as feições da loira. — Desculpe por preocupa-la.

— Não precisa pedir desculpas, Pipes. Conversamos sobre isso depois. Tem certeza que está tudo bem?

Piper balançou a cabeça em positivo.

— Aqui! — Larry foi chegando com o copo cheio de água. — Tive a liberdade de pegar um pouco de açúcar.

Alex pegou da mão dele. Suas feições fechadas, só mostravam que ela queria que aquele homem evaporasse dali. Piper sentou-se abruptamente no sofá. Era real.

— O que você está fazendo aqui, Larry? — Ela fuzilava o irmão de sua ex-namorada.

Ele olhou para Alex como se uma pergunta fosse feita em direção à morena, essa que balançou a cabeça em negativo.

— Creio que não seja a melhor hora para conversarmos sobre o que eu quero lhe dizer, Piper... — Ele coçou a cabeça. — Você desmaiou só em ver-me. Como minha presença não é bem-vinda proponho que você... — Ele olhou novamente para Alex, essa que tinha uma das sobrancelhas erguidas. Ele completou: — E Alex possam ir até minha casa.

— Porra nenhuma! Eu quero explicações agora, Larry. Você aparece na porta da minha casa depois de anos, de ANOS! — Piper agora gritava. — E ainda sem que eu saiba se quer da sua existência ao longo desse tempo. Eu exijo que me diga agora! E depois quero que vá embora, que você evapore.

Elas perceberam hesitação vindo dele. Larry parecia pensar se deveria desembuchar de uma vez ou não. Alex fez um som cansado e irritado, como se tivesse passado por isso um milhão de vezes antes.

— Quer saber, porra? Diga logo de uma vez o que você quer com a Piper e caia fora daqui o mais breve possível! Estávamos em paz antes de você aparecer. — Foi a vez de Alex perder a paciência. Era melhor saber de uma vez do que ficar dando corda para o que quer que fosse.

 — Tudo bem... — Larry sentou-se em uma poltrona próximo do sofá. — Piper, eu não sei como começar isso, sei que não nos víamos desde o velório de Alice. Mas acredito que já estava em tempo de que eu lhe conte algo. Bem, é por isso que eu apareci aqui...

Larry passava a mão sobre os cabelos negros, era estranho aparecer ali, e mais ainda ver a mulher por quem sempre fora apaixonado com outra. Outra.

— Desembucha, Larry. — Alex já estava perdendo toda a paciência. Elas estavam atentas às hesitações dele.

Larry puxou um alto suspiro. Do nada, tudo pareceu absurdo. Piper e Alex por ouvirem o que ouviram e Larry por proferir aquilo.

 

 

Tudo ficou no mais absoluto silêncio. Alex tremia, tão pálida quanto sua namorada. Piper mal sabia o que dizer. Só podia ser uma sacanagem tremenda Larry aparecer em sua porta para fazer uma piada que não tinha a mínima graça.

— Está de brincadeira comigo??? — Piper levantou-se abruptamente, voando em direção ao seu ex-cunhado. — Que tipo de brincadeira sem graça é essa?! Você está absolutamente enganado, Larry Bloom, se acha que pode vir em minha casa, tirar o meu sossego e o de minha namorada para infernizar-me com isso!

Alex estava paralisada no sofá. Não conseguia mover um músculo. E se tudo fosse verdade?

— Piper... — Larry começou falar.

— Eu quero que você vá para o raio que o parta! Só não pise nunca mais em minha residência e muito menos direcione um “a” para minha namorada ou para mim, está ouvindo? — Piper apontava um dedo no rosto dele, seu rosto tinha um tom avermelhado, Larry viu fúria em seus olhos azuis e lágrimas também. Ele sabia que a história poderia ser absurda aquela altura. — Ouse o fazer e eu mandarei o prender por qualquer coisa que aconteça. Vá! Vá antes que eu já o faça neste exato momento! Seu desgraçado!

Piper agora gritava, chorava e puxava Larry pelos braços. Alex despertando-se ao ver aquela cena, levantou-se com rapidez.

— Vá embora de uma vez, Larry! — A voz da morena estava rouca. Ela não sabia se era por ter ficado calada ou pela raiva.

Larry caminhou até a saída. Quando ia falar algo, Piper bateu a porta em sua cara.

— Você irá querer saber, Piper! E saberá a verdade. Caso queira me ouvir, estarei amanhã às 16hrs na cafeteria Hank's há uma quadra daqui. — Elas ouviram a voz abafada vindo do outro lado da porta. — Existe um vídeo...

Piper naquele exato momento chorava como uma criança. Alex caminhou até sua frágil namorada e abraçou-a apertado. Ela protegeria Piper de tudo e todos. Ela amava- com tudo o que existia nesse mundo e muito além.

Piper retribuía o abraço. Tudo o que ela precisava era do amor de sua namorada, sua proteção, de seus braços, de contato.

— Que tipo de brincadeira é essa, Al? — Sua voz estava abafada. Piper falava e chorava com o rosto afundado no pescoço de Alex. —Isso é impossível!

Alex separou-se dela um pouco a para ver o rosto de quem tanto amava. Muitas coisas se passavam pela cabeça dela. E se fosse verdade? Esse tipo de coisa poderia ocorrer...  Não poderia?

Bom, se fosse em alguma história ou filme. Ou quem sabe, por alguém que quisesse forjar a sua própria morte.

Mas a troco de quê?

— Eu sei, meu amor... Eu sei... 

— Isso é tão absurdo... — Mais lágrimas desciam em seu rosto. — Por anos cogitei essa hipótese, desejei que fosse verdade. Por anos chorei a sua morte. Se isso fosse verdade, Alice já teria me procurado, Al.

— Você gostaria que ela a procurasse nesse caso se fosse verdade?

— O quê? — Piper separou-se de Alex com um ponto de interrogação pairando sobre ela. Ela gostaria? Na vida que ela tem agora com sua Alex, se Alice estivesse realmente viva ela gostaria que a procurasse?

— Se Alice estivesse viva e escondesse isso por anos, eu iria querer saber os motivos.

Alex limitou-se em apenas assentir. Ela esperou sua namorada acalmar-se. Piper chorou um pouco mais e parou. Aquela história toda era tão absurda que ouvi-la trouxe a dor que ela mantinha quando desejava que aquela história de fato fosse verdade.

Alex não sabia muito o que pensar. Era óbvio que ela teria medo. A morena esperou que sua namorada ficasse relaxada, recuperasse a força. E quando ocorreu, ela caminhou-se calada até a cama, descansando as costas contra a estrutura da cama.

— Al? — Piper a chamou em tom de preocupação, também apoiando as costas na estrutura da cama. — Diga-me o que está pensando.

— Alice. — Apenas o nome da ex de Piper. A loira teria que esforça-se mais que isso. — E Larry.

— O que a preocupa? Que ela esteja viva? — Piper foi soltando tudo de uma vez. — Eu te amo. Não há nada e nem ninguém que me tirará de você, Alex. Se fosse uma hipótese de Alice estar viva, ou seja lá o que aquele doente do Larry esteja armando... mesmo que ela aparecesse em minha frente com todas as explicações e desculpas possíveis, eu jamais deixaria você.

Alex olhou-a. Eram tantas coisas passando em sua cabeça...

— Eu te amo, Piper. — A morena continuava olhando-a. Ela moveria meio mundo por aquela loira. — Mas eu quero saber os reais motivos de Larry aparecer aqui desta forma. E nos contar toda aquela história... Como isso seria possível?

— Larry é doente, Alex. Ele sempre quis ficar comigo. Alice sempre brigava com ele, porque minha mãe sempre bolava algo entre ele e eu. Depois que Alice faleceu, eu apenas o vi em seu velório. Nunca mais tive notícias dele, bom, até agora. Seja lá o que ele queira, o quero distante de nossas vidas. Ele sabia um jeito de me abalar e o fez. E eu não quero que ele faça nada a seu respeito também.

— Você não acha melhor investigarmos o seus reais motivos? 

Piper mordeu o lábio. Quanto mais cava algo, mais encontra-se o que não quer. Não é isso?

— Não sei, Al... Eu não quero mais trazer tantas turbulências da família de Alice para a minha. — Piper apontou para ela e depois para Alex. — Para a nossa.

— Pipes, não é somente isso. Você mesma disse que não o via há muito tempo, que além disso, Larry sempre foi obcecado por você. Então por quê ele apareceria assim nos contando algo absurdo? Tem algo aí.  — Alex levou os óculos até o topo da cabeça. — Eu vou em busca do que Larry quer. Vou providenciar isso com a Nicky. Assim como você, não quero aquele homem intrometendo-se em nossas vidas. Eu conheço aquele tipo, ele vai continuar voltando... Veja só o que ele fez com você só de pisar aqui! — Alex tocou o rosto de Piper, que estava inchado pelo choro. — Minha vontade é de ir caçá-lo só para matá-lo!

— Promete que se formos em busca da verdade, você não irá fazer nada impensado? Eu jamais suportaria, Alex.

— Prometo.

Piper beijou sua namorada. Elas permaneceram em silêncio, pensando.

— Ele disse que estaria amanhã por aqui perto, naquela cafeteria... Acha melhor irmos? — Piper questionou depois de um tempo.

— Acho que seja melhor que eu compareça. Sozinha.

— Al...

— Confia em mim?

— Sempre. Mas...

— Mas, eu irei ver Larry amanhã na cafeteria. Pedirei para Nicky ficar por perto.  — Ela iria saber que história aquele malandro estava bolando para cima de sua namorada. Como uma boa jornalista que Alex era, ela descobriria seus podres.

Piper concordou. 

Havia algo que ficava martelando na cabeça de Alex que precisava ser perguntado. E ela o fez: — Você nunca me disse como ela era. Quero dizer, você meio que me contou, mas não realmente.

— Sim. — Piper concordou. Depois de terem visitado o túmulo dela há muitas semanas, elas não tinham conversado realmente sobre ela.

— Por quê?

— Por que o quê?

Piper olhava para Alex.

— Por que você não me contou mais sobre ela antes?

Piper deu de ombros. Não é que ela não queria contar a Alex sobre ela. Isso nunca lhe ocorreu. E Alex e ela estavam ocupadas fazendo suas próprias memórias que ela não sabia que isso era algo que ela realmente deveria divulgar ou que Alex quisesse saber.

— Eu não sei, eu nunca pensei sobre isso. E eu posso falar sobre ela, já que esse assunto veio hoje.

— Só se você quiser.

Piper esticou suas pernas sobre os lençóis amassados e jogou sua perna direita sobre a outra, entrelaçando-as.

— Ela era engraçada. Ela sempre me fazia rir até o meu estômago doer. Ela não levava a vida e as outras coisas muito a sério, o que era bom, ela dizia, porque eu sim levava tudo a sério. Quando discutíamos, ela bagunçava os meus cabelos sempre que eu perdia a briga. Ela sabia que eu era uma maldita perdedora nos argumentos e sempre prometia-me ganhar das próximas vezes. Às vezes isso me irritava mais, mas na maioria das vezes não, porque essa era a maneira dela de me mostrar que o nosso relacionamento era mais importante do que ganhar um argumento.

— O que acontecia se você ganhasse?

— Alice me deixava escolher tudo o que iriamos fazer no dia. Era como um dia de sorte para o que eu quisesse fazer. — Piper suspirou. Foi doloroso falar sobre ela antes, como se a simples menção de seu nome a rasgasse. Mas agora, a única coisa que ela estava perto de sentir era nostalgia. — Ela era cheia de surpresas. Como uma vez, era meu aniversário e ela estava em Lisboa para o trabalho, ou eu pensava que estava. Já eram quatro da tarde e ela não havia me telefonado para me cumprimentar. Eu estava muito chateada. Embora eu achasse que comemorar aniversário da minha idade é um tanto ridículo. Fiquei tão ferida que, se alguém me tocasse, poderia explodir em chamas. Eu saí da minha aula e ela estava lá. Então ela me disse que estava com a tia dela por quatro dias e pediu-me para passar dois dias com ela. É onde estava a foto com ela que você encontrou uma vez.

— Vocês pareciam-me perfeitas uma para a outra. — Alex quis transparecer calma. Piper não a respondeu, deu apenas a ela um olhar duro. O olhar já lhe dizia para Alex jamais duvidar delas, do que tinham. — Desculpe, isso não foi justo. — A morena desculpou-se enquanto abaixava os olhos.

Piper sabia que ela se sentiria insegura, ainda mais do que Larry disse, mas era um absurdo. A loira colocou a mão sob o queixo de Alex, levantando a cabeça dela para que ela a olhasse. Seus olhos verdes dispararam da esquerda para a direita, avaliando a reação da loira.

Quando Alex abriu a boca para falar, Piper cortou-a com um beijo. Pega de surpresa, a morena soltou um suspiro. Suas mãos viajaram por suas costas, por baixo da blusa, e agarraram a pele macia, enquanto a mão de Alex enterrava-se entre os cabelos loiros. Enrolando-o, puxando-o e enrolando-o novamente. Piper pressionou seu corpo com força contra ela até que ela estivesse deitada sobre o colchão e a loira estivesse por cima. Seus beijos desciam por seu pescoço e Piper chupou-o com tanta força que Alex cravou as unhas em seu couro cabeludo.

— Pipes...

— O quê? — Ela percebeu o tom em sua voz quando abandonou o pescoço de Alex e olhou-a. A morena respirava com dificuldade e olhava-a com ansiedade. Piper saiu de cima dela e a mão de Alex que estava em seu cabelo caiu frouxamente para o seu lado. Ela tentava recuperar o fôlego enquanto recostava-se na cabeceira da cama novamente. Piper voltou para o seu lado na cama e sentou-se lá, meditando.

— Você está brava.

— Não Alex, eu não estou.

— Sim, você está.

— Eu estou é fodidamente irritada, é isso que eu estou.

— Desculpe-me Pipes, eu não quis dizer-

— Eu não entendo. Eu realmente não entendo. Alice é o meu passado. Ela já se foi. Não é porque aquele estúpido do Larry aparece aqui com uma história absurda que você deve ficar insegura, Alex. — Ela passou a mão sobre os cabelos loiros. — E mesmo que Alice aparecesse viva, não mudaria absolutamente nada. Não em relação ao que eu sinto por você.

— É estúpido, eu sei. — Piper deu outro olhar que dizia: sim, é. — Mas quando aquele cara apareceu na porta, trazendo o seu passado com ele, nos contando tudo o que ouvimos... É um puta absurdo! Mas não mentirei, Piper. Pensar na hipótese dela viva... Escutar sua história com ela hoje também me fez ficar muito abalada.

— Eu já disse o que te disse, Alex. Eu jamais a deixaria. — Piper insistiu.

— Sim.. — Sua voz rouca caiu em um sussurro. — Sinto muito. Eu amo tanto você! Tanto...

Seu aborrecimento começava a dissolver-se e Piper pensou no quão brava estava com a pessoa que ela mais amava no mundo.

— Me desculpe, Al. Mas você precisa acreditar quando eu digo que eu sou sua da cabeça aos pés. Meu coração, o meu amor... Tudo.

Alex puxou-a para seus braços.

— Eu também sou tua, meu amor. Sempre fui. — Depositou um breve beijo nos lábios da loira.

Elas ficaram conversando por mais alguns minutos, até permanecerem-se em silêncio. Sentiam-se seguras dentro do abraço uma da outra. Piper também sentia que sua cabeça iria explodir a qualquer momento, ela pesava e seus olhos ardiam pelo choro. A confusão das informações do dia dentro da cabeça dela era tanta que seu corpo precisava-se desligar. E de fato não demorou muito até que ela adormecesse segura nos braços de sua namorada.

Alex havia ficado acordada. A jornalista não conseguiria dormir naquele momento sem antes tomar algum remédio, sua cabeça latejava, seus pensamentos fervilhavam... Era uma loucura.

A morena então esperou até que a loira estivesse dormindo completamente e foi ajeitando-se para que Piper pudesse deitar-se confortavelmente na cama. Levantou-se lentamente, cobriu sua loira com o edredom e partiu para a cozinha. Ela precisaria tomar uma aspirina e também fazer uma ligação.

Caminhou em passos arrastados pelo cômodo, buscou sua água na geladeira e o medicamento em uma gaveta que Piper havia colocado. Ela suspirou, tomando a aspirina em seguida. Deixou o copo sobre o balcão da pia e apoiou os dois braços lá. Alex ergueu sua cabeça e encarou o teto da cozinha de Piper. Ficou imóvel por um minuto, sentindo-se meio perdida. Seu coração batia descompassado. Eram tantas coisas na cabeça dela que parecia que seu cérebro não tinha tempo para mandar as coordenações necessárias para mover seu corpo direito.

Torcia para que as coisas não mudassem bruscamente... E se mudassem? E se de fato fosse possível aquela possibilidade? Piper ficaria dividida? Confusa?

A morena então sacudiu levemente a cabeça, eram pensamentos que ela deveria tirar da cabeça. Ela ajudaria Piper a resolver isso, elas ficariam bem.

Decidida de por vez descobrir o que tinha por trás dessa história toda e agarrada na força incontrolável dentro dela de que Piper a amava, Alex moveu-se até a sala de encontro com o seu celular. Procurou pelo numero de sua irmã e ligou.

Esperou alguns segundos até a ligação ser atendida.

Oi, Alex! Tudo na boa?

— Nicky, pode me encontrar no apartamento da Piper agora, por favor?

Claro! Aconteceu algo?

— Eu te explico quando chegar. Aguardo você!

Estou a caminho, irmã!

Desligaram.

Ela agradecia aos céus. Ela sabia que poderia contar com Nicky para tudo, assim como ela também sabia que poderia contar com Alex. Piper e Nicky eram a sua família mais próxima, ela moveria o mundo por elas.

A jornalista sentou-se no sofá, com o celular – agora desligado - em mãos. Ela olhou para o retrato em cima da parede de Piper. Era uma foto delas duas juntas no primeiro encontro.

Alex iria fundo. Ela iria descobrir tudo sobre Larry Bloom. Ela faria absolutamente tudo. Estava mais do que decidido.


Notas Finais


Qualquer coisa, estou no tt: @pmorevauseman


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