História My Only Exception (EM REVISÃO) - De manhã cedo II

— O quê? Não deveria ter dito o quê?

As feições de Piper uma vez macias se tornaram frenéticas e entraram em pânico, Alex mordeu seu lábio e mentalmente deu-lhe um tapa por fazê-la pensar isso.

— Que você não me ama o suficiente.

Os olhos de Piper suavizaram e ela soltou um suspiro que ela segurando e balançou a cabeça um pouco.

— Eu pensei... Eu, embora você não...

— Você achou que eu não sentia o mesmo?

— Então você sente? Você sente o mesmo?

Alex pegou a mão da loira junto da dela.

— Eu sinto. — Lentamente, um sorriso aproximou-se de seus lábios e ela fungou. Então perceberam que a loira estava chorando. — Não chore, Piper

Piper olhava-a através das lágrimas. Tentando dar um sorriso zombeteiro e levemente socou o ombro de Alex com o punho.

— Você me assustou!

Alex riu e pegou seu punho. Ela depositou um beijo na junta da loira enquanto tirava as lágrimas com a outra mão.

— Sério, querida, não chore. As pessoas dizem que isso é fofo, mas na verdade não é.

Alex puxou-a para ela e envolveu seus braços ao redor da fotógrafa.

— Eu te amo, porra. — Piper soluçou no ombro dela e envolveu firmemente os braços em volta do pescoço da morena.

— Eu também te amo, shh não chore. — Alex disse suavemente enquanto alisava os cabelos loirinhos da namorada. Elas ficaram assim enquanto o sol nascia na frente delas.

E ali mesmo, Alex desejou que ela só a segurasse para sempre. Ela nunca queria deixá-la ir.

— Pipes?

— Sim?

— Você quer se casar um dia?

A loira endureceu em seus braços e Alex prendeu a respiração enquanto esperava por sua resposta. Lentamente, ela afrouxou o aperto e inclinou-se para trás para olhar para Alex. Suas bochechas tinham manchas de vermelhos pelo choro.

— Sim.

E Alex sentiu algo nela mudar. Algo vital. Sentiu-se como se pudesse fazer qualquer coisa; voar; pular de um prédio para outro, respirar embaixo d’água, porque a mulher por quem ela estava apaixonada queria passar o resto da vida dela com ela.

— Você quer se casar um dia? — Foi a vez de Piper questionar.

— Sim, se for com você.

— Oh, então está tudo bem. — Ela disse e ambas sorriram.

Olharam-se, absorvendo o que acabaram de concordar.

— Eu estou muito feliz agora.

Piper sorriu e acenou com a cabeça.

— Eu também.

Alex inclinou-se e depositou um beijo na testa de Piper.

— Você quer voltar?

— Yep. — Ela respondeu, beijando-a antes de levantar-se e buscar os dedos de Alex.

Alex puxou Piper para beijá-la assim que estavam de volta em seu apartamento, empurrando suas mãos para dentro da camiseta da loira e acariciando suas costas. Ela cantarolou no beijo e emaranhou as mãos nos cabelos pretinhos de Alex. A morena continuou beijando-a, empurrando sua língua dentro da boca dela. Ela alcançou a bainha de suas roupas e tirou seu suéter e camisa em um movimento rápido, voltando a atacar os lábios da loira novamente, beijando, mordendo e sugando.

Alex só queria dar uma mordida nela, queria que Piper a aceitasse, que ela sentisse-a de todas as formas possíveis.

Ela manobrou-as em direção ao sofá, empurrando-a até a parte de trás dos joelhos dela baterem e ambas encostarem.

— Então eu vejo que esta é a parte em que podemos fazer o que eu quiser?

— Sim. — A fotógrafa respirou e impacientemente puxou a parte de trás da cabeça de Alex para que ela voltasse a beijá-la.

A morena agilmente levou o amor de sua vida ao longo prazer em poucos minutos, fazendo Piper vir gritando e arranhando suas costas quando ela atingiu o orgasmo. Elas fizeram o caminho para o quarto onde murmuraram palavras de amor sobre a pele uma da outra enquanto faziam amor pela segunda vez, muito mais devagar e sem pressa, mas ambas vindo com o mesmo nível de intensidade que a primeira.

Alex sussurrava para si mesma enquanto preparava as fatias de pão que ela pegou para fazer uma torrada francesa. Ela ofereceu-se para fazer o café da manhã enquanto Piper iria para o chuveiro. É claro que ela queria que a morena entrasse com ela, mas elas estavam com tanta fome que Alex decidiu que alguém teria que fazer algo para comer, então ela foi.

Transferiu as fatias de pão para a frigideira, esperando que o fundo ficasse dourado e depois virou-o. A chaleira começou a assobiar e ela desligou o fogo, e colocou o chá na caneca cômica de Piper.

Ela fez tudo com um sorriso largo no rosto. Não só porque ela teve uma noite de sexo com sua namorada, mas porque ela sentia-se a mulher mais sortuda e feliz por ter uma pessoa em sua vida como a loira.

Ela terminou o terceiro lote de torradas francesas, já que sua namorada tinha um grande apetite depois do sexo. Quando ela depositou sobre o prato, ouviu a campainha tocar.

Estranhou. Piper estava esperando alguém?

Vause lavou suas mãos, secando-as nos shorts que Piper havia lhe emprestado e vestiu a blusa que estava solta sobre seus ombros, indo atender a porta.

A pessoa ergueu os olhos para ela com ar de julgamento e Alex conseguiu ver o desprezo quando olhou-a de cima a baixo.

— Quem é você? — O homem perguntou. Ele era baixinho e a lembrava muito o ator Adam Sandler. Ela riria com a comparação se não estivesse curiosa o bastante com a presença do homem.

— Quem sou eu? — Alex quase sorriu. Quase. — Quem é você, cara?

— Eu sou Larry Bloom. — Larry respondeu firmemente, ele queria mostrar quem era. Ele estendeu a mão para que a morena apertasse. Mas ela não o fez.  Alex sabia quem ele era.

O irmão de Alice abaixou a mão, sem jeito. Mas não se afetou.

— Onde está Piper?

— Minha namorada está ocupada. — Alex frisou com o tom de voz. Ela queria mostrar ao homem quem ela era ali.

— Desculpe, e você quem é?

— Alex. — Ela limpou a garganta. — Vause.

— Eu quero falar com Piper. — Ele tentou atravessar a porta, como se Alex não significasse nada. — Onde ela está?

— Opa, cara! — Ela ficou entre o caminho da porta, empurrando-o para trás. — Já disse que Piper está ocupada. O que você quer com ela e por que acha que pode ir entrando assim?

— Eu sou amigo dela. — Ele olhou para a morena com deboche. Mas não se atreveu a tentar entrar novamente. — Eu vou esperá-la. Diga que eu estou aqui na porta.

— Eu direi. — Alex praticamente bateu a porta na cara do homem.

Quem ele achava que era para aparecer daquela forma e querendo falar com Piper a todo custo? Parecia que ela tinha recebido um balde de água gelada na cabeça. Ela sabia muito bem quem aquele homem era, o que ele representava e toda a trajetória que afetou sua namorada envolvendo os Bloom.

Alex respirou. Ela tentaria manter a calma. Ela tinha que saber primeiro o que o passado de Piper fazia parado ali atrás da porta dela.

A fotógrafa saiu do quarto pouco depois. Ela deu uma olhada para a jornalista, estranhando sua feição.

— Alex? — Ela aproximou-se da morena, tocando-a preocupada. — Amor, o que houve? Você está pálida e gelada. Parece até que viu um fantasma. — Ela sorriu, brincando na tentativa de tirar o que incomodava-a.

— Sim, Piper. Eu acabei de ver um. — Alex ficou meio dura ao toque dela.

— O quê? — Piper observou o rosto de sua namorada, ela só poderia estar brincando.

— Do seu passado.

— Alex, você bebeu?  Do que você está falando?

— Por que Larry Bloom está parado atrás de sua porta neste exato momento?

O nome de Larry foi como um gatilho para Piper. Dessa vez, quem agora parecia ter visto um fantasma era ela.

A loira se afastou calada, caminhando em passos lentos até a porta, tremendo. Alex observava tudo, com estranheza e medo. Para Piper, caminhar até lá foi uma eternidade. Quando ela colocou a mão sobre a maçaneta e girou, foi como se todo os seu passado entrasse pela porta atropelando-a com tudo. Larry estava encostado com um braço apoiado na parede, próximo a porta, parecia cansado por esperá-la, mas quando viu a porta sendo aberta, logo ajeitou-se sorrindo.

— La-Larry? — Piper cochichou.

— Olá, Piper!