Piper acordou quando Alex moveu-se para o lado dela na cama, levando o cobertor inteiro com ela, fazendo a loira tremer quando o seu corpo nu ficou exposto no ar frio do quarto. Ela esfregou seus olhos e tentou puxar um pouco de volta para o seu lado, mas Alex segurou firme.
— Jesus, Alex! — Ela suspirou e virou-se com um bufar para pegar a camisa descartada no chão para pelo menos proteger-se do frio. Ainda era cedo demais; Ainda estava escuro lá fora.
Ela tentou outro puxão no cobertor, mas Alex mais uma vez não moveu-se. Ela não queria, só que teria que acordá-la. Mas Piper adiou para estudá-la por um tempo. Ela teve que apoiar-se em um cotovelo para olhar corretamente para ela.
Ela pensou sobre o que sua namorada disse antes de adormecer na noite passada, que é impossível que ela pudesse amar mais do que Alex amava-a. Piper ficou surpresa quando ela disse isso, porque era uma falácia. Palavras não podiam expressar o quanto ela amava aquela mulher. Mesmo ela mesma não conseguindo controlar suas emoções ao seu redor, Alex dizer que ela não podia amá-la tanto quanto ela? Piper queria discutir com ela, mas estava totalmente exausta, então deixou escapar. Mas estava acordada agora e seu cérebro começou a pensar em como ela poderia mostrar que Alex estava errada.
Sorriu quando pensou em um jeito. Ela verificou as horas: 04:40. Era perfeito!
Colocou sua mão no ombro de Alex, sacudindo-a.
— Alex. — Ela grunhiu e deitou de costas. — Al, acorde. — A loira disse um pouco mais alto e ela cautelosamente abriu os olhos.
— Por que você está acordada? — Ela questionou, grogue, piscando rapidamente para ajustar os olhos no escuro.
— Você tirou o coberto inteiro, amor.
— Merda, desculpe. Aqui, vem cá. — Ela puxou o cobertor e cobriu o corpo de Piper. Puxando-a para ela deitar-se em seu peito. — Melhor?
— Sim, meu amor. Obrigada. — Piper agradeceu depositando um beijo em seus lábios. — Mas eu te acordei para outra coisa.
No escuro, ela viu as sobrancelhas de Alex unidas em confusão, então levantando-se com diversão.
— Oh?
Piper bufou.
— Não, isso não estava realmente na minha mente.
Alex riu.
— Desculpe. — Piper mordeu o lábio, realmente tentada a ceder. — Então para o que é que você me acordou às... — Ela esticou um braço para checar as horas no celular. — Cristo! Quatro da porra da manhã e não tem haver com sexo?!
— Eu não posso te dizer, mas nós temos que ir a um lugar.
— Huh? Para quê?
— Eu disse que não posso te dizer.
— Você está falando sério? — Alex perguntou irritada.
Piper sorriu, ela era adorável quando estava mal humorada.
— Sim.
— Não pode esperar?
— Não.
— Mas eu gostaria de ficar nesta cama quente com você. — Ela gemeu, enterrando o rosto nos cabelos loiros de Piper, sentindo todo o cheirinho bom de sua namorada. — De preferência sem roupa e fazendo amor. — Então ela passou a mão livre no contorno do corpo da loira livre de roupas.
Como resistir a isso? Piper não sabia, mas conseguiu.
— Bem, que tal irmos agora e faremos o que quiser quando voltarmos?
Alex parou sua ação e considerou a oferta.
— Qualquer coisa?
— Qualquer coisa.
— Por quanto tempo vamos ficar fora?
— Talvez uma hora e meia, no máximo.
— Bem, acho que eu consigo esperar por tanto tempo...
Piper sorriu, levantando a cabeça para beijar o pescoço dela.
— Boa menina, agora eu preciso que você coloque suas roupas para que possamos sair da cama.
— Com uma condição.
— Qual?
— Beije-me.
Ok, esse pedido ela não negaria. Ela levantou-se um pouco, olhou nos olhos que tanto amava e Alex inclinou-se para beijá-la. Elas se beijaram e disseram sem palavras o quanto se amavam.
Quando separaram-se, Alex ficou com uma expressão aturdida no rosto.
— Que foi?
— Você é a melhor beijadora do mundo.
— Eu sei, como você acha que eu recebo todas as garotas para as fotos? — Ela provocou, rindo e saiu rapidamente da cama para livrar-se do travesseiro que Alex jogou nela. A loira pegou suas roupas descartadas do chão e jogou as roupas de Alex nela enquanto vestia-se.
— Eu estou começando a não gostar do seu plano. — Ela disse enquanto observava Piper verti-se. — Eu nunca gostei disso, em primeiro lugar.
— Eu disse a você que poderíamos fazer o que você quisesse quando terminarmos isso.
— Sim, mas eu aposto que poderia fazer você mesma sem eu concordar com isso.
Bem, ela estava certa, mas Piper não queria dar a ela essa satisfação. Ela realmente precisava que ela fosse com ela para provar um ponto.
— Shiu! Ande logo, fale depois.
— Eu amo a dominatrix Piper... — Ela murmurou, pegando suas roupas e colocando-as, muito lentamente e a loira teve que ficar lá, completamente vestida, esperando por ela. Caminhou até o seu armário e pegou seus dois casacos, um para cada.
— Aqui, estará frio lá fora. — Piper sorriu apesar de tudo, por conta daquela carranca no rosto de Alex enquanto ela ajudava-a a colocar a blusa; ela lembrava Piper quando era criança e forçava-se a ir para escola cedo, onde ela tinha que aturar todas aquelas crianças.
Alex levou quinze minutos para ficar completamente vestida e mais dez minutos para encontrar os sapatos e calçá-los. No momento em que estavam fora, já se passavam das cinco e dez. Ainda estava escuro; os postes de luz ainda estavam acesos e havia um pouco de neblina ao redor das ruas, o ar estava frio.
— Onde estamos indo? — Alex perguntou pela sétima vez enquanto entrava no carro com Piper.
— Você saberá quando chegarmos lá. Coloque o cinto e não vá dormir.
A morena grunhiu em resposta.
Quando ela certificou-se que ela havia colocado o cinto, Piper começou a dirigir. Ela sabia que estava frio, mas não tão frio quanto aquilo. Não havia tráfego durante esse tempo, obviamente, e logo parou onde queria. Ela desligou e desceram do carro.
— Vamos tomar café uma hora dessas ou algo assim? — Alex olhava descontroladamente em torno do ambiente vazio à frente delas, dando a visão do East River.
— Não.
— Você não vai me matar e jogar o meu corpo no East River, vai?
— Um pouco melodramático, não acha? — Piper sorriu e esticou um braço para que ela segurasse a sua mão.
— Eu só estou dizendo que você poderia fazer isso à tarde e não me acordar nesta hora ímpia. — Ela franziu a testa e cruzou os braços na frente dela. Piper riu de sua teimosia.
— Venha, eu prometo que não vou matar você. — Ela mexeu sua mão ainda para do ar estendida a sua namorada emburrada. Alex descruzou os braços e finalmente segurou sua mão. Piper entrelaçou seus dedos e levou a mão dela para cima, beijando as costas de sua palma quando começaram a andar, um pouco da grama molhada derramando um pouco sob seus pés. — Você não lembra onde estamos?
Alex olhou em volta novamente, balançando a cabeça, mas ela não viu muito, apenas o rio e vários prédios, eles pareciam todos iguais para ela.
— Já estivemos aqui antes? — Segundos depois dela questionar, ela viu o banco.
— Aqui foi onde eu te conheci. — Piper disse e pararam no banco solitário que sentaram na noite durante o casamento de Nicky e Lorna.
— Oh, esta era a área da recepção.
— Sim. — Piper puxou a sua mão. — Venha, sente-se comigo. — Elas sentaram na madeira desgastada, as partes metálicas do banco cavando sua frieza através de suas roupas. Piper sentou-se perto de Alex e segurou suas mãos entrelaçadas em seu colo.
— Então, o que estamos fazendo neste momento? — Alex sussurrou, como se tivesse medo de interromper o silêncio pacífico ao redor delas.
— Eu quero assistir o nascer do sol. — Ela sorriu. — Parece impressionante daqui.
— Oh... — Ela soltou, balançando a cabeça um pouco.
— Não vai demorar muito. — Ela olhou seu relógio. — Mais nove minutos, eu acho. — Alex balançou a cabeça novamente e esfregou seu polegar na palma da mão de Piper. Elas ficaram em silêncio por um momento. A loira aproximou seu corpo, deixando o calor do corpo de Alex diminuir o frio. Alex retirou a mão da dela e envolveu um braço em suas costas, o outro em sua frente. Piper estava envolvida em um abraço caloroso que era tão bom quanto chocolate quente com marshmallows. Não, na verdade, era muito melhor que isso.
— Você sabe o que eu achei na primeira vez que falei com você? — Alex sussurou, beijando a parte de trás da orelha de Piper.
— Não, o quê?
— Esta mulher é extremamente maravilhosa.
— Não extremamente gay?
— Não, esse foi o terceiro.
Piper riu.
— Qual foi o segundo?
— Que você tem a voz mais sexy que eu já ouvi. — Piper sorriu abertamente, virando-se para beijá-la. — Eu não sabia, então, que seria mais sexy até que você estivesse dizendo meu nome enquanto fazemos amor.
Piper beijou-a mais forte. Alex cantarolou e beijou-a de volta tão forte quanto começou a esfregar levemente as palmas das mãos nos braços da loira. Piper beijava-a sem parar, até senti-la afastar-se. Ela estava confusa e tentou capturar seus lábios nos dela novamente.
— Pipes.
— O que foi?
— O sol está nascendo.
Piper olhou para frente; o céu escuro agora tinha uma mancha de brilho rosado, vindo de onde o sol estava nascendo. Elas se sentaram e assistiram o desdobramento diante delas.
— É lindo, não é?
— Sim, muito. — Alex concordou.
Os braços de Alex seguraram-na mais apertado. O sol espreitava agora e o brilho rosado era substituído por raios laranja, engolindo os traços remanescentes das estrelas com seu brilho.
— Desde que estamos juntas, cada coisa linda que eu experimento, eu sempre desejei que você estivesse lá comigo, então teríamos essas memórias juntas. E eu quero ter mais momentos lindos para serem compartilhados com você. — Piper disse baixinho.
Alex tirou os olhos do nascer do sol e olhou para ela. Seus olhos levemente chocados eram de tirar o fôlego com o brilho suave do início da manhã.
— Quando eu notei isso, fiquei com medo porque foi a primeira vez que eu vi o meu futuro com alguém. Eu não me sentia assim, mesmo quando eu estava com a Alice. Mas eu disse a mim mesma que não deveria ter medo de algo tão maravilhoso... Foi quando eu percebi o quão loucamente apaixonada estou por você. O quão loucamente apaixonada sempre estive por você.
Suas pupilas dilataram e eram a coisa favorita no mundo de Piper.
— Eu te amo tanto Alex, mais do que a minha própria vida e eu quero passar o resto da minha vida com você, ver o nascer do sol com você tanto quanto possível. Viver todos os momentos ao teu lado tanto quanto possível.
Alex continuou a olhá-la e o silêncio que se seguiu ao final do que Piper disse se tornou ensurdecedor.
— Fale algo, por favor?
— Eu não deveria ter dito aquilo.
— O quê? Não deveria ter dito o quê?
Piper questionou, aflita, temendo que tivesse ido longe demais e assustado-a.
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