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História My Only One - Sovereign


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


E VAMOS DE MUITO TUMULTO, BARRACO E GRITARIA!
Nosso capítulo 18 tá do jeitinho que a gente gosta, com muita surpresa, emoção e aquele deboche... KAKAKAKAKAKA
Espero que todos tenham uma leitura fabulosa e nós nos vemos nas notas finais, amores!

Beijinhossss!
<33333

Capítulo 18 - Sovereign


Fanfic / Fanfiction My Only One - Sovereign

- Harper White. Pov. On. –

- Primeiro dia de estágio. –

 

Não era como se este fosse o dia mais importante de toda a minha vida até agora, mas...

ESTE É O DIA MAIS IMPORTANTE DE TODA A MINHA VIDA ATÉ AGORA, MEU DEUS!

Eu ainda não acredito que isso aconteceu, juro. É o meu estágio tão sonhado, cara! E, mesmo envolvendo todo aquele mistério sem lógica sobre a minha pontuação, eu sinto uma alegria enorme dentro do meu peito. Justin conseguiu me convencer à deixar isso quieto e só seguir em frente. Certo ou errado, é o que trouxe o meu sonho pra mim e eu não vou jogar fora não!

Vesti um jeans básico, tênis branco e liso e uma camisa social. Botão fechado...ou aberto? Fechado. Não, tô parecendo uma freira, então, vamos de aberto....Não, tô achando melhor com ele aberto. Ou...CARALHO. Deixei logo os dois botões abertos, pra dar uma arejadinha de leve, né não? Fiz um rabo de cavalo bem alto e peguei minha mochila, revirando tudo que estava dentro dela e contando todos os matérias outra vez.

O meu corpo todo estava em êxtase, gente!

- Greg, meu estômago tá todo revirado. Misericórdia. – Engoli em seco, encarando o Pinscher.

Gregory tombou a cabecinha dele pro lado e colocou a língua pra fora, todo fofinho. Sorri diante daquela cena graciosa e dei um beijinho na testa dele, na tentativa de me acalmar. Limpei os óculos pela milésima vez e respirei fundo.

É AGORA, PORRA. OU VAI OU RACHA!

 

XXX

Estacionei meu carro em uma das primeiras vagas do estacionamento do edifício e fechei a porta, arrumando a mochila nas costas. Peguei o elevador e cliquei no botão térreo, que era aonde eu, Amanda e Eric nos encontraríamos hoje. Deus na frente que atrás vem gente!

Fui andando e mentalmente repetindo as dicas dos professores da faculdade. Sem chamar a atenção, estar sempre disposta à ajudar e não se meter no que não fui chamada. Eu consigo.

Atravessei as grandes portas de vidro e dei de cara com um hall maravilhosamente decorado. Estava escrito o nome do jornal, em letras douradas, logo na entrada. Observei um entra e sai de pessoas com cadernetas, celulares, pontos no ouvido e alguns engravatados também.

Andei até uma das recepcionistas, com um sorriso amarelo no rosto.

- Oi! Meu nome é Harper e eu estou na lista de estagiários da Universidade de Seattle. – Falei.

- Ah, claro. Preencha esse formulário de confirmação e depois, uma das secretárias vai te levar para o terceiro andar. – A mulher respondeu, amigável.

Peguei a folha e a preenchi, revisando todos os pontos. Quando terminei, entreguei para a secretária e outra garota me guiou para o elevador. Nós entramos e eu respirei fundo.

- Está nervosa? – Ela me encarou.

- Não. – Menti, na cara dura.

- Relaxa, é tranquilo. Quase todos os jornalistas são legais. – A garota sorriu. – Sou Tracy, Tracy Chamberlain.

- Harper White. – Apertamos as mãos.

- Pelo que nós vimos, você foi escalada para a redação final, Harper. É um lugar incrível. Você pode ver eles trabalhando bem de pertinho. – Tracy contou. – A chefe é meio linha dura, mas é uma boa pessoa.

- Só espero não fazer nenhuma idiotice logo no primeiro dia! – Nós duas rimos.

- Não vai. Fica tranquila. Vai ser divertido. – Ela sorriu outra vez.

Paramos no terceiro andar e foi aí que as minhas pernas amoleceram de vez. Puta que pariu! MAS QUE LUGAR É ESSE?! Várias escrivaninhas espalhadas por todo o cômodo, grandes muros de vidro que separavam as salas de diretores e redatores, e muita gente andando de um lado para o outro. Alguns estavam no telefone, outros em seus computadores e eu avistei até mesmo uma reunião acontecendo em uma das salas. É. Isso está acontecendo. Eu estou aqui.

E esse lugar é ainda mais incrível do que eu imaginei!

- Venha comigo. – Tracy me chamou, contente.

Ela me apresentou alguns de seus colegas de trabalho, depois fomos para a área de novatos e estágios em período de treinamento. Tracy me apontou uma das escrivaninhas. Ficava perto de uma grande janela, com uma vista privilegiada, eu diria.

- Essa aqui é a sua, Harper. Aquela ali do lado é a do seu parceiro Eric e a outra de trás, da Amanda. – Eu observei as outras escrivaninhas, também vazias. – O resto do pessoal vai chegar mais tarde, aí vocês vão poder conversar e se entender melhor. – Completou.

Depois disso, fomos juntas até a área de redação. Eles eram rápidos, precisos e realmente não perdiam as oportunidades de conseguir uma boa matéria! Alguns passavam e me cumprimentavam, enquanto outros nem sequer olhavam pra minha cara. Coisas da vida, né?

Logo após, fomos para a área de revisão. Alguns jornalistas estavam sentados em suas mesas, ao passo que um homem, em pé, circulava por todos eles. Ele estava palpitando, criticando ou elogiando os rumos de seus retoques e opiniões sobre a matéria. O observei atentamente.

- Luke! Essa aqui é a Harper! – Tracy disse, quando o rapaz se virou em nossa direção.

Ai, puta que me pariu!

É...esse aí não é o...

- Vejamos, se não é a garota esquentadinha do bar? – Ele abriu um sorriso ao me ver. A vontade de ter um buraco pra eu me jogar foi grande, viu? Ô, meu Deus! – Harper White.

Por que eu, meu pai?

- Não acredito que se lembra de mim... – Sorri, sem nem saber aonde enfiar minha cara.

- Eu nunca esqueço um nome. – Luke me deu uma bela medida. – É uma das estagiárias?

- Isso.

- Bem-vinda ao time, Harper! – Nós dois sorrimos. – Em que área você está?

- Por enquanto eu estou na redação. – Respondi.

- Que pena.... Acho que não vamos nos ver tanto quanto eu gostaria, infelizmente. – O homem disse, sem vergonha nenhuma!

- Eu tô sobrando aqui, não tô não? – Tracy alternou seus olhares entre mim e Luke, rindo.

- Não. Não está. – Já fui dizendo. – Eu tenho um namorado, Luke. Mas, agradeço pela sua hospitalidade. Vai ser incrível trabalhar e aprender com você! – Terminei, o encarando.

- Namorados não são empecilho pra mim, Harper. Eu não faço o tipo ciumento. – Arregalei meus olhos. Gente, que cara mais safado! – E eu também vou adorar trabalhar com você. Agora, se as belas senhoritas me dão licença, agora preciso entrar em uma reunião. Bom dia para as duas. E até logo pra você... – Ele piscou pra mim.

Luke passou os dedos entre o cabelo castanho e saiu andando, como se não fosse nada demais. Tracy estava de boca aberta e eu revirei os olhos, mas que cara mais metido, gente!

- Acho que alguém vai ter problemas aqui. – Ela brincou, chocada com a situação.

- Espero que não. Realmente espero, garota! – Ri, negando com a cabeça.

 

XXX

Amanda, Eric e eu agora estávamos quebrando o pau para decidirmos o melhor jeito de reduzir uma matéria de TRÊS PÁGINAS à apenas TRINTA LINHAS, tudo isso sem tirar à essência da notícia.

Ninguém aqui concordava com droga nenhuma e nós estávamos quase nos atracando, isso sim!

- Não vai ter jeito, vamos ter que cortar o terceiro parágrafo da segunda página. – Eric avisou.

- Se fizer isso, eu juro que te corto com uma navalha. – Rosnei, indignada.

- Gente, deixem de ser burros! Eliminem a última página e pronto. Resolvido! – Amanda disse.

- É o relato de um dos declarantes da denúncia, Amanda. Se nós fizermos isso, a porra toda vai ficar sem sentido. Pra se ter uma denúncia, precisa se ter o relato do declarante! – Rebati.

- Puta merda. Vocês duas vão me matar... – Eric suspirou, fechando os olhos.

- Tira a última página. – Amanda voltou à me irritar com essa ideia imbecil.

- Ou tira o segundo parágrafo! – Eric disse, de olhos arregalados. – Gente, eu só quero ir almoçar, pelo amor de Deus!

- Querem saber?! Vocês são dois descansados! Querem fazer isso de qualquer jeito só pra ir comer. Seus mortos de fome! Nem sequer se importam se a matéria sair daqui e chegar em um dos diretores em forma de lixo mal escrito e sem substância nenhuma! – Ataquei, irritada.

- Que bom que adivinhou. Agora vamos. – Eric disse, se levantando. Eu não creio nisso.

- Tô com o gostosinho aí. – Amanda pegou sua carteira, em cima da escrivaninha.

- Eu faço sozinha! Não preciso de vocês! SAFADOS! – Gritei, assustando metade dos outros estagiários. E vocês acreditam que os dois palhaços nem sentiram peso na consciência? Foram saindo como se meus gritos nem fossem com eles.

Judas, traidores!

Bufei alto e me joguei na cadeira. Respira fundo, dona Harper White. Fui cortando detalhes irrelevantes, partes repetitivas do texto, parágrafos redundantes e alguns repertórios desnecessários também. E vamos de surto. Caralho, isso aqui vai levar uma vida pra acabar!

- Tô com fome. – Reclamei.

Peguei o cartão de crédito e saí, logo que deu 1h da tarde. Peguei o elevador e acabei encontrando Tracy no primeiro andar, por pura coincidência, ela também estava indo almoçar. A garota insistiu em me levar para um restaurante conhecido da rua, aonde ela e a galera do trabalho almoçam bastante. Nós atravessamos a rua e fomos conversando pelo caminho.

- Tem irmãos? – Ela puxou conversa.

- Graças à Deus não. E pretendo seguir assim, bem solitária. – Respondi, a fazendo rir.

- Mulher, eu tenho quatro! – Tracy riu, nasalar.

- Caramba! Seus pais são animadinhos, hein? – Brinquei, a encarando. Ela sorriu também.

- Pessoal do interior. Sabe como é. – Nós duas rimos. – Chegamos, é aqui.

Era um restaurante super fofo. Era repleto de flores e com um ar bem tradicional mesmo. Vi alguns executivos, gente com traje esportivo, meros mortais como eu, estudantes, de tudo! Tracy e eu fomos direto para uma mesa cheia de jornalistas e ela me apresentou de novo.

- Vem, senta aqui. – Ela me puxou para uma cadeira ao seu lado. Sorri e fui.

- Harper, você é toda estilosa. Só confio em quem usa all star! – Uma garota chamada Missy disse, simpática.

- Eu te vi se matando naquela matéria, hoje mais cedo. E aí? Como você e seu grupo estão? – Quentin, um dos rapazes de camisa social, me perguntou.

- Bom, o meu grupo traíra me largou pra ir comer crepe. – Disse e todo mundo riu. – Mas, acho que até hoje à tarde eu consigo acabar. Com um bom energético, eu consigo sim. – Completei.

- Você é do tipo esforçada até demais. A soberana vai gostar de você... – Missy sorriu.

- Quem é a “soberana”? – Franzi a testa.

- Ela é a nossa diretora, ela comanda todas as áreas, e nada escapa dos olhos dela. A mulher é uma fera, Harper. Dessas que briga feio pra ter uma notícia exclusiva no jornal e tem contatos com todas as pessoas importantes do estado. – Tracy me explicou.

- E ela é uma cobra venenosa, maligna e totalmente sem coração também. – Quentin acrescentou, fazendo todo mundo cair na risada.

Já me arrepiei toda. Uma mulher que é poderosa, segura de si, super bem-sucedida e temida? QUER INSIPIRAÇÃO MELHOR E MAIOR QUE ESSA?! Amei, amei, amei! Eu já sou fã de carteirinha, gente.

E vamos de capacho da patroa, com toda a certeza.

- Não se anima não, gata. – Cole, outro dos rapazes, pareceu ler minha mente. – Ela não é do tipo amigável e muito menos simpática. Então, nem tenta se entrosar não. Ela é assustadora!

E, até como se fosse uma brincadeirinha do universo, vi todos os olhares se arregalarem para quem quer que que tivesse entrado no restaurante, naquele instante. Era o Luke, um outro homem que eu não conhecia e também uma mulher, bem no meio deles. Ela usava saltos altos e brilhantes, que valorizavam as pernas cumpridas e bonitas dela, era magra. Tipo modelete. Cabelos loiros e platinados, na altura do pescoço, com um grande sobretudo cor de caramelo por cima de seu vestido preto. Usava óculos escuros que estampavam o símbolo da Versace nas laterais e estava com batom vermelho nos lábios desenhados dela. Vermelho vivo. Não tinha quem não olhasse para aquela mulher. Santo Deus.

Ela devia ter uns 40 anos, mais ou menos. Mas, eu daria tudo para ser aquela mulher. Tudinho.

- Essa aí, Harper White, é a nossa soberana. – Tracy disse, perto do meu ouvido.

É. Acho que acabei de encontrar o meu grande símbolo feminista, belíssimo e incrível à ser apreciado.

 

XXX

Para o primeiro dia em grande jornal, eu até que não fui um completo desastre, né?

Amanda, Eric e eu estávamos nesse momento no elevador, conversando sobre nossas experiências nesse dia. Eles chegaram perto dos 3h da tarde, com os rabos cheios de crepe e Coca-Cola, mas me ajudaram à terminar a edição da nossa matéria. Claro que não ficou perfeito, até porque nós nem temos tanta capacidade quanto jornalistas formados, mas não ficou ruim. Não mesmo! Estava louca pra chegar logo em casa e contar tudo para o Greg, depois para o meu pai (e esfregar o meu projeto de sucesso na cara dele), aí contar pra Holly, pra avó Nancy e, é claro, para o meu loiro que me convenceu à não surtar feito doida e desistir do estágio, o Bieber.

- Gente, vocês precisavam ver! Ela era...magnífica. – Até suspirei pra falar, fazendo ambos rirem. Estou apaixonada. – Elegante, culta, estudada, assustadora. Enfim, tudo de bom. Aiai!

- Já tô com o cú na mão, garotas. Essa mulher aí deve ser o cão. – Eric rebateu, desconfiado.

- Ah deve. Com certeza! – Amanda riu. – Mas, vamos deixar pra morrer de medo amanhã, né?

Eric e eu rimos e concordamos. Nós saímos do elevador e seguimos caminho até o estacionamento. Me despedi dos dois e fui direto para o carro, destravei as portas e entrei. Dei partida e peguei meu celular. Eu não vou aguentar esperar pra contar tudo, meu pai! Disquei logo o número já conhecido e esperei o bonitão atender, o que aconteceu no quinto ou sexto toque.

- Chora.

- JUSTIN! HOJE FOI TOTALMENTE INCRÍVEL!

- Porra, Harper. Qualquer dia tu vai me deixar surdo, sabia?! – Bieber reclamou, todo irritado.

- Você precisava ver, homem! Eles são super legais, e é claro que aqui tem um povo bem do narizinho empinado, mas a maioria até que é gente boa. Conheci uma garota fofíssima chamada Tracy, outra chamada Missy, um outro chamado Quentin e outro... – Ele me cortou.

- Mulher, eu tava indo pro banho. Tu pode esperar cinco minutos e ligar de novo?

Cliquei em chamada de vídeo na mesma hora e pude ouvir a gargalhada do Justin à quilômetros! Não vou perder a maravilha que é esse loiro tomando banho, né? Não sou boba!

Ele colocou seu Iphone em uma das prateleiras de vidro do banheiro chique dele e até esqueci de falar o que eu queria tanto falar! Ai, meu pai do céu, qual é meu nome mesmo? Justin fazia questão de se ensaboar sem nenhuma pressa, aí a câmera dele baixou um pouquinho mais e eu tive a visão gloriosa do seu...

- Eu vou desligar ou vou bater esse carro. – Avisei, escutando mais uma vez ele rir. – Sinto sua falta, seu babaca metido. Pena que só vou te ver no final da semana. – Suspirei.

- Tu sabe que não pode se apaixonar, Harperzinha. E sentir saudade é o primeiro estágio disso. Cuidado. – Bieber falou, de costas pra câmera.

- E desde quando eu tô apaixonada por você, filhão?! Acorda! – Retruquei, como se fosse óbvio.

- Acho bom mesmo. Pro seu próprio bem, Harperzinha... – Ele disse, em tom de divertimento.

Mas, no fundo eu sabia que era sério. E é lógico que eu não vou me apaixonar! Tenho cara de burra por acaso, gente? Gostar de alguém tão egocêntrico como o Justin é dar um tiro no pé. A garota vai acabar sozinha, com o coração partido e se perguntando internamente quando foi que as coisas ficaram tão horríveis assim. Um completo caos.

Cheguei no meu apartamento e estacionei na garagem interna. Fui rápido até o elevador e depois, andando com pressa para o meu apê. Abri a porta e sorri para o meu Pinscher branquinho, que já veio todo faceiro me cumprimentar. Me joguei na cama e Greg foi para a sua caminha. Meu apartamento estava uma catástrofe da natureza e eu não estava nenhum pouco disposta à arrumar! Ele que lute!

Senti meu celular vibrar e...eita porra. Havia um baita Samantha Murray estampado na tela. Era uma mensagem da própria. Curta, simples e bem, BEM direta.

“ - Obrigada pelas dicas que você deu para o Benson. Eu adorei as surpresas que ele me fez”.

Mesmo sem perceber, sorri com a mensagem.

“ – Imagina! Eu fico muito feliz que tenha corrido tudo bem. Ele é um bom garoto”.

Respirei fundo e esperei por mais um tempinho, mas como nenhuma de nós duas mandou mais nenhuma mensagem, bloqueei a tela. E vamos de frustração. Pois é, amigos. Não vai ser hoje que uma reconciliação bonita e emocionante vai rolar entre nós duas. Não mesmo...

Tirei a camisa social e minha calça jeans. Ah, que preguiça.

- Tô com saudade daquela desgraça de homem. – Murmurei comigo mesma. – Inferno!

Como se fosse mágica, ouvi meu celular vibrar de novo. Jurava que fosse a Samantha outra vez, mas adivinhem? Era o Justin, me ligando novamente em formato de vídeo. Ele quer é me destruir, tá na cara...

- Fala de uma vez, seu traste. – Disse, com o meu celular enfiado no rosto, ao atende-lo.

- Sua desgraçada, que feitiço tu me jogou, hein caralho?! – Sempre muito educado, Bieber me perguntou. Eu mereço.

- Não tô entendendo, meu príncipe. – Respondi, irônica. – O que foi que eu fiz agora?

- Eu tô sentindo aquilo. Tu sabe. – Bieber disse, com a câmera colada no rosto. Eu ri.

- Aquilo o que, meu Deus? – Indaguei. – Tá com dor? – O encarei, risonha. Justin revirou os olhos cor de mel dele.

- Eu tô carente de ti, Harper. E, já que eu não posso ficar com mais ninguém enquanto o nosso acordo não terminar, tu vai ter que me ajudar com isso. – Justin deu seu clássico sorriso malicioso pra mim. Tenho até medo de saber o que está se passando na cabeça dele!

Lá vem...

- E você quer que eu faça o que? Viaje até Atlanta pra te dar um abracinho, é? – Zombei.

- Não é abracinho que eu quero não, gata. Tô querendo uma coisa mais interessante, saca? Uma coisa muito mais quente, gostosa, apertada... - Ele falava, sem nenhum pudor. Misericórdia.

- Justin, sabe o limite? Então, você passou dele. – O encarei, morta de vergonha.

- Você gosta, Harper White.

Errado esse cachorro não está. Eu adoro. Mas, não admito nem depois de morta.

- E o que vamos fazer em relação à isso, hein? – Sorri, mordendo meu lábio inferior.

- Essa é a próxima etapa da nossa mentoria, princesa. Eu vou te ensinar à fazer sexo de um jeito diferente. Tu vai se amarrar. – O loiro passou a língua entre os lábios. Pronto, morri.

- Estou ouvindo. Continue... – Joguei meus cabelos pra trás e ajeitei meus óculos no rosto.

Bieber se ajeitou na cama dele e vi pela tela a sua mão direita descer pelo abdômen tatuado. Socorro. Eu sei muito bem o que esse cafajeste aí está fazendo! Me deitei na cama no mesmo segundo, toda atrapalhada, e Bieber suspirou mais alto, acelerando o movimento de sua mão.

Eu vou pro inferno. Ah, se eu vou!

- Tira o sutiã. – Ele respirou entrecortado, olhando fixamente pra mim.

- Mas não rola nem um jantarzinho antes? Poxa... – Sorri, vendo ele sorrir também.

Fiz o que ele mandou e joguei a peça num canto qualquer. Meu rosto começou à queimar de vergonha, santo Deus. Eu não presto pra fazer essas coisas não! O encarei, criando mais coragem. E antes eu não tivesse encarado. Justin estava me devorando com os olhos.

- Linda. Toda linda, puta merda. – Bieber mordeu seu lábio, me secando.

- Não me olha assim, homem! Você sabe que eu fico sem jeito! – Rosnei, envergonhada.

- Como se eu nunca tivesse visto a santinha aí pelada, né? – Bieber rebateu, todo safado.

Depois disso, Justin me pediu pra tirar a minha calcinha e, como ele já estava nu, começamos a nossa brincadeira. Provocações de um lado, gemidos de outro e muita tensão sexual no ar. Ah, isso aqui tá acabando comigo!

- Tô te querendo tanto. – Justin murmurou, de olhos cerrados. Sorri que nem uma idiota.

- É impossível não sentir saudade de mim. - Falei, convencida. – Só não vai se apaixonar, viu?!

Receba, Justin Bieber. Receba o coice que você merece, seu palhaço.

- Relaxa, gata. Isso aí eu posso te assegurar que não vai acontecer. – Ele sorriu, seguro de si.

E a nossa brincadeirinha durou por mais algumas tortuosas e prazerosas horas.

 

XXX

- Quatro dias depois. –

 

E vamos de mais caos e desespero, meus amores! Eu corria de um lado para o outro do andar feito uma barata tonta, tudo pra conseguir anotar dicas de todas as áreas possíveis! Se eu conseguir arranjar um emprego aqui, preciso estar preparada pra estar em qualquer lugar, né?

Meu grupo estava indo muito bem com as tarefas. Éramos organizados, rápidos e quase silenciosos. A maior parte dos outros estagiários era bacana, com exceção de uma. A Amber. A garota chata com a boca de preenchimento e que veio da Universidade de Washington para Seattle APENAS para participar desse estágio. Tem aquela clássica cara de gente rica, com jeito de rica, espírito de rica e a falta de educação de uma verdadeira rica também, sangue e fogo.

Loira, olhos verdes, toda gostosona e insuportável. O que tem de bonita, tem de cretina!

- Pra que tanta pressa, Harper White? – Falando no diabo...

Acabei trombando sem querer com Zara Larsson de Chernobyl, bem no meio da área de revisão. Respirei fundo e sorri, como a típica falsa que eu sou.

- Muito trabalho, Amber. Só isso! – A encarei, arrumando meus óculos.

- Não tem nem uma semana de estágio e já está se cansando, é? Cuidado. Nesse ritmo você desiste e cai fora até o final do mês... – Ela riu, me medindo por inteira com o olhar. Ah pronto.

- Gata, vai cuidar do seu trabalho, vai. – Sorri, com o resto de educação que me restava. Amber deu um sorriso satisfeito ao ver que tinha me atingido.

Mas é uma vaca mesmo!

Passei pela idiota com bunda de Iggy Azalea e fui reto até o Luke. Precisava da aprovação dele à respeito de uma das matérias que seriam postas no jornal impresso até hoje à tarde. Esperei ele acabar de falar no telefone com alguém e lhe dei um leve toque no braço. Ele se virou, com um sorriso leviano nos lábios. Deus, e lá vamos nós pra mais uma sessão de constrangimento.

- Oi. Então...eu preciso que autorize a minha equipe à levar essa matéria para o pessoal da publicação. – Disse e entreguei o tablet pra ele, que correu os olhos pelo material. Suspirei.

Segura esse nervosismo todo aí, mulher!

- Garota, isso está bom. – Luke dizia, sem tirar os olhos da tela. – Bom de verdade. Parabéns!

- Obrigada, Luke! De verdade mesmo! – Sorri, super molenga de nervoso. – Mas, foi um trabalho em equipe. Eric e Amanda merecem esse crédito também. – Completei.

- Eu estou te observando já faz um tempinho, Harper. Eu vejo a maneira como você escreve. O seu jeito de corrigir e aperfeiçoar. Você tem um diferencial. – O homem me encarou. – Sei que pode parecer cedo demais, mas eu acho que você deveria mostrar essa preciosidade literária pra quem realmente pode te mestrear. E se tem alguém que tem moral pra fazer isso, esse alguém é ela.

Aleluia, arrepiei.

- Ela?! – Franzi a testa.

- Ela. – Luke sorriu, com cara de quem estava prestes à aprontar uma comigo. – Quero que você suba essas escadas, bata na grande porta branca que fica lá em cima e espere o “entre” da mulher mais sábia que você vai encontrar na vida. – Terminou, me entregando o tablet.

- Cara, eu acho que eu não tô preparada pra mostrar isso pra chefe e eu não... – Ele me cortou.

- Garota, você tem a oportunidade de se destacar. Aproveita. – Luke piscou.

- Luke, me escuta! – Arregalei os olhos. Gente, eu tô morta!

Nem consegui falar mais nada e o infeliz já tinha se virado e voltado à conversar com o pessoal do quadrante dele. É isso, meu povo. Vou cavar minha cova e me jogar dentro. Puta que pariu.

 

XXX

Sabe quando as pessoas falam que, em uma situação de perigo iminente, você vê toda a sua vida passando diante dos seus olhos como se fosse um filme dramático do Nicolas Cage?

Então, é exatamente isso que tá rolando na minha mente agora.

Respirei e ensaiei minha fala. Não, tá ruim. Dei dois passos pra trás e ensaiei de novo. Pior ainda. Vai e volta. E nada. Deus, me leva daqui, por favor.... Eu não vou sobreviver se aquela mulher não gostar de mim! E se eu causar uma má impressão? Falar a coisa errada? Gaguejar?! Merda! Arrumei minha camisa social pela milésima vez e respirei fundo. Bora lá!

No um, no dois e...

- Quem está aí? Que barulho todo é esse? – Ouvi a voz feminina do outro lado da porta.

Começou bem, sua otária. Agora vai lá e termina de se matar, anda.

Dei duas batidas miseravelmente simbólicas na porta e entrei no escritório, sem nem pensar muito. Engoli em seco e a fechei, sem fazer barulho. Meu pai, eu nem consigo olhar pra soberana direito. Tô é derrotada. Eu não tirava os olhos do chão, enquanto mexia compulsivamente no meu tablet. MEU DEUS DO CÉU, HARPER! ACORDA PRA VIDA, MULHER!

- Garota, você é muda? – O tom de arrogância e sarcasmo dela era nítido.

Subi meu olhar e fixei no rosto dela. O cabelo loiro e curto, os olhos presos no celular e as unhas grandes, pintadas de branco. Ela estava com as pernas cruzadas, sentada na cadeira giratória e cor de areia. Ela usava óculos de grau, com certeza eram de marca. É a própria Anna Wintour do jornalismo, sentada na minha frente de uma maneira totalmente majestosa.

- Não. Eu não sou. – Tomei coragem pra responder. – Estou aqui porque Luke insistiu que eu te mostrasse a matéria do meu grupo, sobre a atual cena econômica de Seattle e os escândalos envolvendo o nosso gabinete. – Expliquei, com uma calma até então desconhecida.

A mulher ergueu seus grandes olhos pra mim e foi nesse momento que o meu corpo todo entrou em um estado profundo de paralisia. Minha boca ficou mais seca que o Saara e eu juro que senti meus pés perderem a firmeza do chão. Ela olhou pra mim e nunca mais desviou. Nós ficamos simplesmente um século nos encarando, as duas de olhos arregalados, chocadas.

- Har...Harper?! Oh...e-eu... – A cortei.

- Emily Marshall. – Engoli toda a raiva que subiu pela minha garganta. – Você não imagina o desprazer que é rever você.

Depois de quase uma década, aqui estamos nós. Essa foi a piada mais cruel que o universo já me contou.

 

 

 

 


Notas Finais


GENTE. AI MEU DEUS!
É isso mesmo, producão?! Harper White FINALMENTE reencontrou a MÃE?! Não creio!
É meu povo, a baderna tá garantida.
O que vocês acham? Quais são as teorias?
Façam suas apostas e deixem tudinho aqui nos comentários pra mim, feshow??

Beijinhos e até o próximo cap!
<3.


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