História My Only One - Confident

- Harper White. Pov. On. –

Assim que nós chegamos ao Hotel, passamos pela recepção e seguimos para o elevador, nós dois ficamos conversando sobre algumas bobagens, num clima bem descontraído. É gostoso vê-lo tão relaxado assim...Justin está até mais leve!

Bieber pegou o cartão do nosso quarto e o passou pela porta, a abrindo. Era um quarto no estilo bem tradicional de Stratford, uma decoração super fofa e intimista. Sorri, observando tudo, e tirei meus óculos, colocando-os na mesinha de centro. Pendurei meu casaco no guarda-roupas e me joguei naquela cama quentinha e perfeita, com tudo!

- Ah...que delícia, meu Deus! – Rolei pelas cobertas, fechando meus olhos. Aiai...

Senti um peso ao meu lado e dei mais um sorriso, sabendo quem era. Deitei no peito dele e abri os olhos, sentindo o cheiro forte e amadeirado que o moletom dele exalava.

- Senti sua falta. – Suspirei.

- Eu também senti, Harper White. – Ele respondeu, rouco.

- Promete que nunca mas faz isso comigo?! Que nunca mais vai sumir assim? – Dei um tapa em seu peito, escutando sua risada alta. – Me promete, caramba!

- Eu prometo.

Me virei e subi em cima dele, colocando uma perna de cada lado do seu corpo. Espalmei minhas mãos em seu peito e começamos um beijo quente, cheiro de saudade! Justin mordeu meu lábio inferior, dando uma provocadinha. Suas mãos subiram vagarosamente para a minha bunda e ele me apertou forte. Senhor. Aprofundei nosso beijo, pedindo uma passagem tímida com a língua. Justin cedeu vagarosamente, sem parar de me apertar com vontade! Ele foi subindo minha camiseta, até tira-la do meu corpo. Meu sutiã era branco, de algodão e todo lisinho. Me arrependi de não colocado uma coisa mais...sensual, mas também! Como que eu ia saber, né?!

- Você é um borrão bem bonito daqui de cima. – Brinquei, olhando pra ele.

Nessas horas que eu percebo o quanto sou cega, meu Deus. Mas, mesmo enxergando pavorosamente, ainda consigo saber que ele é o homem mais bonito que eu já vi.

- E tu fica mais gostosa ainda em cima de mim, sabia? – Justin piscou, malicioso.

Ele desabotoou meu short jeans, conforme se sentava na cama e se escorava confortavelmente na cabeceira dela, me puxando pra mais um beijo. Bieber começou à me apertar cada vez mais forte, de um jeito que me dava vontade de grunhir de dor e prazer. Nem ele mesmo estava percebendo a força que estava colocando em mim. Tirei minha peça debaixo e fiquei apenas de lingerie, em cima dele. Justin me deu alguns chupões no pescoço, mordendo e beijando a pele sensível. Meu corpo todo tremia sob os toques dele, eu precisava tanto disso, mas tanto!

Desci minha mão direita por seu tórax, barriga, cintura, sem pressa, até chegar justo aonde eu queria. Apertei seu membro duro por cima do jeans e senti ele bem animadinho pra mim. Fiz pressão sobre a área e Justin arfou, me deixando mais excitada do que eu já estava. Continuei com o mesmo movimento, sentindo ele ficar cada vez mais duro e quente, Bieber continuava beijando meu maxilar e apertando minha cintura, que pegada boa que esse homem tem...

Não que eu entenda muito sobre pegadas, porém, com certeza isso o Bieber tem!

- Já chega, Bieber. Vamos logo com isso, vai? – Supliquei, mordendo meu lábio.

- Sem preliminar? Que pressa toda é essa, gata? – Ele sorriu, erguendo meu queixo com o seu indicador.

- É que eu tô com saudade... – Confessei, rindo.

Foi só eu dizer isso que o homem praticamente me arremessou contra a cama, numa velocidade inacreditável! Arregalei os olhos e vi a expressão de pura satisfação que ele tinha no rosto quando sabia que tinha o controle absoluto. Bieber tirou seu moletom e em seguida, a camiseta. Ele desabotoou sua calça e a tirou, tudo numa rapidez invejável. Tombei o loiro pra trás e admirei sua boxer branca, transparecendo aquele volume maravilhoso pra mim.

Abaixei sua peça e o vi pular pra mim, pulsando e totalmente viril e ereto. Quando eu dei por mim, já estava chupando aquilo tudo como nunca! Justin agarrou meu cabelo e o segurou, com a boca entreaberta, ofegando de prazer. Eu ia e voltava, sugando toda a sua extensão, chupando até onde eu conseguia, com vontade. O loiro gemia baixo, me deixando ainda mais louca de vontade dele! Engoli até onde pude e Bieber me fez engasgar e propósito, empurrando mais minha a cabeça contra seu pau. Senti meus olhos lacrimejarem, mas consegui disfarçar!

Eu me recuso à dar esse gostinho pra esse idiota aí!

- Não vou gozar nessa tua boquinha linda, Harper. Não agora. – Justin sorriu, me tirando de lá.

Deitei na cama e o senti por cima de mim de novo. Bieber colocou uma das minhas pernas em seu ombro e afastou minha calcinha para o lado, penetrando um de seus dedos em mim. Tombei minha cabeça pra trás e gemi, totalmente em êxtase. Depois, senti outro, que me levou ao céu!

- Oh! – Franzi a testa, conforme ele aumentava a velocidade de seus dedos.

- Tão linda. – Justin beijou meu pescoço. – Tão gostosa...tão quente. Caralho, Harper!

Com a sua mão livre, ele abaixou as alças do meu sutiã, descendo beijos quentes e excitantes para o colo dos meus seios. Seu polegar acariciava meu clitóris, atingindo o ponto exato do meu prazer, indo cada vez mais rápido!

Comecei à tremer e mordi o ombro dele pra abafar o gemido gutural que saiu pela minha garganta. Foi nesse momento que eu esqueci até meu nome, Jesus Cristo!

- Já gozou, é? – Ele perguntou e eu concordei, ainda meio atordoada. – Ah não, gatinha. Tu não podia ter gozado agora. Você estragou a nossa brincadeira, sabia?

Justin zombou, me olhando com aquele tom de maldade dele.

- Desculpa, amor. – Sussurrei, mas não contive um riso baixo.

Justin continuou me beijando, apertando a minha cintura com uma mão e segurando a minha nuca com a outra. Senti meu corpo todo vacilar quando ele se encaixou na minha entrada. Olhei direto nos olhos dele, ansiosa! Ele foi me penetrando vagarosamente, até entrar por inteiro. Prendi minhas pernas em torno de sua cintura e ele deu a primeira estocada, forte. Abri minha boca, mas não consegui emitir nenhum som. Porra. Bieber continuou segurando a minha nuca, agora estava olhando pra mim e metendo sem piedade. Não consegui mais me aguentar e gemi pra ele, libertando a tensão. Comecei à escutar a cama batendo contra a parede, num som ritmado. Eu gemia no ouvido dele, franzindo a testa de prazer. Eu quero morar nesse momento.

Meu Deus, por que isso é tão, tão gostoso?! Deveria ser um pecado, de tão bom que é!

- Is-sso! Continua! Awn... – Pedi, ainda de olhos fechados.

Justin estocava cada vez mais rápido, fazendo aquele barulho ecoar por todo o cômodo. Arranhei suas costas, quase tendo um infarto! Era uma sensação indescritível transar com esse homem. Era algo que eu jamais iria me cansar, não nessa vida, pelo menos! E o loiro continuou investindo em mim, ainda mais forte e bruto. É gostoso demais. Já estava prestes à gozar de novo, meu corpo já dava grandes sinais. Me arrepiei por inteira e fui simplesmente desfalecendo naquela cama. Eu estava ofegando como se estivesse corrido uma verdadeira maratona, com os olhos arregalados e sem ar, mas me sentindo maravilhosamente relaxada...

Ele me fez gozar mais uma vez, Deus do céu. Que raio de homem é esse?!

Joguei Justin para o lado e subi em cima dele, no susto mesmo. O loiro se surpreendeu com a minha atitude, mas me deixou fazer o que quisesse com ele. Sentei nele e fui vagarosamente me encaixando, sentindo seu membro me preencher até o final. Puta que pariu...Bieber colocou meu cabelo todo para trás e segurou a minha cintura, me ajudando nos movimentos.

Uma de suas mãos subiu até os meus seios e ele o apertou entre seus dedos, me fazendo gemer.

- Senta bem gostoso pra mim, babe? Urh? – Justin perguntou, no meu ouvido.

Reuni todas as minhas forças pra me acabar de vez naquele homem maravilhoso e atingi um ritmo frenético! Eu subia e descia, rápido, ouvindo o barulho alto das estocadas e admirando aquela boca linda e sexy dele tão pertinho da minha...não aguentei e beijei ele de novo! Bieber segurou minha cintura, marcando seus dedos na minha pele. Ele enterrou o rosto no meu pescoço e o segurei seus fios curtos de cabelo, sentindo seu corpo todo se enrijecer contra o meu. Ele tinha gozado.

Eu nem sentia minhas pernas mais, cara. Trilhei beijos lentos por seu rosto avermelhado e quente e escutei sua respiração descompassada.

Passei os dedos por seus cabelos loiros, levemente. Ele é tão bonito...

- Porra, Harper White. – Ele falou, rindo em meio à respiração ofegante. – Eu te mentoriei tão bem que agora sou eu que tô rendido. Você tá acabando comigo, cacete. Que transa foi essa?

- Não me culpe por isso! Foi você quem inventou essa ideia idiota de namoro falso e me forçou à ficar juntinho com você. Praticamente me obrigou à te ajudar! – Me defendi, rindo.

- Até parece que tu não queria, madre Tereza. – Justin disse.

Ele não se cansa de debochar de mim, incrível.

- Não queria mesmo! Te achava um doido. Correção aí, eu ainda te acho doido! – Respondi.

Estou completamente apaixonada por esse homem. O jeito que ele olha pra mim, me toca, me faz rir e deixa tudo tão melhor é algo de outro mundo. Não sei se já senti isso algum dia. É louco!

- Você gosta mesmo de mim, Justin? – Perguntei, sem pensar. Ele franziu a testa.

- Acha que eu estaria aqui se não gostasse, Harper? – Rebateu, na lata.

- Não é isso... – Respirei fundo. – Eu só...não tenho experiência com essas coisas, sabe? Tenho medo de você estar muito confuso ou animado demais com essa história de mentirinha e ter confundido tudo! Vai que você acaba pulando fora ou... – Ele me cortou.

- Parou aí. Eu já tenho idade o suficiente pra entender o que eu quero da vida, Harper White. E eu te quero pra caralho agora. Preciso de você. Já tô cansado de parecer um otário aqui, então para de me fazer falar essas coisas melosas pra ti, porra. Chega. – Ele riu. – E tu? Gosta mesmo de mim? Porque até agora não recebi declaração nenhuma. Só pedrada tua. – Reclamou.

- Eu gosto sim, sua praga. Infelizmente, eu adoro você. – Mordi o lábio inferior, sem jeito.

- Eu sou o teu primeiro namorado, não sou?

- Isso já não tá óbvio não, Justin Bieber?! – O encarei, bem-humorada.

- Óbvio sempre foi. Mas, eu gosto de te ver falar o quão ingênua você era antes de mim. Me excita saber que fui eu quem te mostrou como é gostoso meter com força, bebê. E me excita mais ainda saber que você só vai foder comigo... – Justin não tinha a mínima vergonha na cara.

- Eu te odeio, sabia? – Sai de cima dele, toda sem graça!

Aí que Bieber gargalhou mesmo.

- Até uma hora atrás tu disse até que me amava, Harper. – O loiro provocou, na cara dura.

- EU NÃO TE DISSE ISSO! – Gritei, num misto de raiva e vergonha. Pai amado. – Para de mentir!

- Falou sim, boneca. Tu disse que me amava, eu lembro muito bem... – Continuou provocando.

- Mentiroso!

Fui para o banheiro pra dar uma passada de água nessa minha cara espatifada e escutei alguém bater na porta do nosso quarto. Justin me avisou que iria abrir e, pouco tempo depois, eu já sai do banheiro. Vesti um roupão de banho que estava no quarto e observei que Bieber tinha pedido champanhe e algumas frutas pra gente degustar com a bebida. Todo romântico...

- Eita...isso que é vida, gente! – Pulei na cama, roubando um cacho de uvas roxas. – Nem é meu aniversário pra estar sendo tão mimada assim...você já está começando à me assustar! – Ele riu.

- Não faz eu me arrepender Harper White, não faz. – Bieber suspirou, me fazendo rir.

- Não te prometo nada. Você tá por sua conta e risco, gato. – Brinquei. – Ei?

- Fala, chorona.

- Então, quer dizer que o senhor não liga mais pra esse casamento? Nem nada disso? Porque, vai ter um conserto incrível essa semana, lá em Seattle, e eu ia amar ir com você! Mas, é na noite do casamento da Helena e do Nathan... – Joguei essa, como quem não queria nada.

- Se tu quiser mesmo, a gente vai. – Bieber pagou um dos morangos, mordendo.

- Você faria isso por mim, Justin? Abriria mão de fazer sua cena histórica no casamento do século apenas pra ir num conserto de música comigo? É sério?! – Cruzei nossos olhares, surpresa.

- Tu não acredita mesmo que eu tô disposto à fazer nosso namoro dar certo, né? – Ele riu.

- Eu acredito, claro que acredito! – Ri. – Só estou tentando entender a nossa situação...

Deixei o cacho de uvas em cima da bandeja de prata e olhei direto nos olhos dele. Justin encheu uma das taças de champanhe e me deu, depois, pegou outra pra ele. Fizemos um brinde e deitei no peito dele, tomando um pouquinho do meu champanhe. Era uma delícia...meu Deus.

Certeza que isso aí deve ser caro pra caralho, pra ser gostoso desse jeito!

Quando eu tomo champanhe (uma ou duas vezes por ano) eu compro só aqueles de no máximo uns 20 dólares, e olha já acho muito bom, viu?!

- Eu confio em você, Justin. – Falei, depois de deixar minha taça de lado.

- Eu sei que tu confia. –Ele sorriu. – E eu agradeço por isso. Você é a única com quem eu me importo, Harper White. A tua opinião é a que mais conta pra mim. Só quero que tu saiba que eu tô fechado com isso aqui, com a gente. 300% focado nisso, tá? – Completou, parecia sincero.

Puxei ele pra um beijo calmo, mas bem gostoso...

Ficamos assim por mais algum tempinho, só curtindo a companhia boa um do outro. Foi ali que eu tive a mais absoluta certeza: nenhum lugar no mundo era tão bom quanto estar com Justin.

XXX

- Dia seguinte. –

-  BOM DIA, BELA ADORMECIDA! – Escutei o berro de Samantha lá da porta.

- Oi, Samantha. – Suspirei, escutando sua risada.

- Curtiu bastante a sua...noite de amor? Hein? – Seus movimentos obscenos com as mãos fizeram Justin rir alto. Dois idiotas! – Aproveitaram, né queridos? Eu espero que sim...

- Eu tô quase desistindo e indo embora daqui. Não torra. – Rosnei, mas acabei rindo também.

Entramos para o café da manhã e a família Bieber estava todinha reunida na sala de jantar do Jeremy. Eram vozes pra todos os lados e vi Chaz enfiando metade de um pão italiano na boca, Jesus Cristo. Nolan estava ao lado do Ryan e Chris acenou pra mim, me dando bom dia. Retribui o gesto e me sentei ao lado do Justin, nas últimas cadeiras. Samantha se sentou do meu lado.

- Bom dia, amores! – Pattie sorriu pra mim e para seu filho. – Como estão?

- Bem. – Sorri, olhando pro loiro de rabo de olho.

- Muito bem. – Ele respondeu, me encarando também.

- Quanto amor! Ai, essa juventude...que época boa, gente! – Pattie disse, fazendo todo mundo rir.

Foi quando eu notei Nathan e Helena, na outra ponta da mesa. Estava tão extasiada que esqueci por alguns minutos dos dois ali. Nossos olhares se cruzaram e Helena sorriu pra mim, sem graça. Nathan me encarou por alguns segundos, antes de desviar seu olhar para outra pessoa.

É. Ele não é dos mais amigáveis não...

- Me passa a geleia? – A voz de Justin me fez acordar.

- Claro! – Peguei a geleia de morango e entreguei pra ele.

- Obrigado, bebê. – Ele beijou minha bochecha, num gesto totalmente espontâneo, foi impossível eu não sorrir igual uma retardada depois disso, né?!

Vi Helena nos encarando, num misto de surpresa com o gesto repentino do ex-marido dela. Tanto ela, quanto a Pattie já haviam me dito sobre o fato de Justin não ser lá muito afetuoso, por isso eu entendo a surpresa dela. Isso aqui é novidade até pra mim, gente!

Samantha logo entrou numa discussão com o Nolan sobre quem ia ficar com a última fatia de pão caseiro e não teve quem não riu, dois adultos brigando por pão, cara. Eu amo essas pessoas! Conversamos sobre muita coisa naquela mesa, um pouco sobre o casamento do Nathan e da Helena, um pouco sobre o clima aqui de Stratford e mais um pouco sobre os Estados Unidos. Pattie queria saber absolutamente tudo sobre Seattle e fez quase um interrogatório comigo!

- E quando o Justin viaja pra lá? Todo fim de semana? – Ela perguntou.

Bieber e eu nos entreolhamos rapidamente, antes de eu responder.

- Bem, nem sempre ele consegue.... O Justin é muito ocupado, mas no máximo de duas em duas semanas a gente acaba se vendo. – Fui sincera.

- Me diga que meu filho te leva apenas pra restaurantes bonitos e não naquelas baladas horrorosas e pecaminosas que ele frequenta com esses outros perdidos aí! – Pattie apontou para os amigos de Justin.

- Não! Graças à Deus não! – Ri, arrumando meus óculos no rosto. – O Bieber me leva pra lugares bem mais calmos que esses, pode ficar tranquila, Pattie! – Sorri pra ela.

E a conversa seguiu. Quando o café da manhã terminou, ajudei Chelsey com os pratos e guardei a louça pra ela. Justin estava jogando videogame com Jaxon e Chaz e Samantha estava lá no jardim, falando com o Benson no telefone.

- Você está diferente... – Pattie chegou atrás de mim, sorrindo. – O que aconteceu, hein?

Harper White e sua dificuldade de disfarçar sua alegria genuína.

- Ah...não foi nada! É só que o...o Justin fez uma surpresa pra mim ontem à noite. Ele alugou um quarto de Hotel bem bonito pra gente, tudo porque estava se sentindo culpado por sumir e me largar sem nenhuma explicação! – Nós duas rimos.

- Ainda não consigo acreditar no que você fez com o meu filho. Você é um milagre, Harper! Em que mundo o Justin é tão romântico e atencioso assim?! Eu preciso ir na novena de amanhã pra agradecer por isso. Ah, meu Deus! – Pattie ergueu as mãos para o céu, em forma de agradecimento.

Minha sogra (que agora é sogra de verdade! Obrigada, Jesus) se afastou de mim e observei a maluca da Samantha se aproximando, enquanto tomava um Heineken. A loira colocou um dos braços em meu ombro, com um risinho nada bom! Eu conheço essa cara!

- Lá vem. – Suspirei.

- Hoje a gente vai sair pra curtir, gatinha. Já combinei. Vou eu, você, os garotos e mais uma galera aqui de Stratford. Você vai amar! – Ela sorriu, toda animadinha. – Vamos pra Toronto hoje à noite!

- E aonde exatamente...a gente vai? – Franzi a testa.

- É uma balada muito incrível. É mais reservada, por isso acho bom a bonita aí caprichar na roupa! Só vão os ricassos de Toronto, gente bem de grana mesmo. Modelos, gente famosa.... Você vai ver de tudo! O dono é um amigo de longa data do Bieber, seu amado. – Sam zombou.

- E por que a gente vai pra lá? Estamos comemorando alguma coisa? – Indaguei, rindo.

- Mas é claro que sim! Um acontecimento histórico, maravilhoso, algo inacreditável! – Ela gesticulava com as mãos. – Vamos comemorar a geleira que foi derretida entre Justin e o amor. Se isso não é motivo o suficiente pra se comemorar, eu não sei o que mais pode ser! – Piscou.

- Vocês são ridículos! – Revirei os olhos, com um sorriso de canto. – Que besteira, gente!

- Você conquistou o coração daquele babaca, amiga. Se orgulhe disso. – Samantha sorriu de novo. – Vou dar uma saidinha com o Nolan agora, vamos ver a tia Karla. E, quando eu voltar, nós duas vamos os produzir feito duas drag queens, você tá me entendendo?! Tô ansiosa pra cacete!

- Mas...mas...O garota! Espera aí, caramba! – Falei, mas já era tarde.

A puta tinha saído pela porta da cozinha, me mandando beijos imaginários. Caralho, viu?!

- Ei.

Ouvi a voz de Helena e me virei, a encarando. Sempre bem vestida. Essa mulher aí destrói qualquer resquício de autoestima que eu tenha, cara. Ela deveria ser presa por ser tão bonita assim!

- Oi! – Nos abraçamos, de um jeito amigável. – Como você está?

- Aposto que você está melhor do que eu. – Ela sorriu, de lado.

- Por que? O que aconteceu?

- Nem eu sei, pra ser bem sincera. Algo com o Nathan, ele está estranho. Não sei se é comigo, com o casamento, com tudo junto...sei lá! – Ela cruzou os braços, com o semblante preocupado.

“Problemas no paraíso”, pensei.

- Vocês brigaram ou algo do tipo? – A curiosidade falou mais alto no meu ser.

- Não exatamente. É só essa coisa entre ele e o Justin. Certo! Eu entendo que é uma situação difícil e bem esquisita, mas...eu e você lidamos tão bem com isso, sabe? Por que eles também não conseguem lidar?! É ridículo! Uma imaturidade sem tamanho! – Helena revirou seus olhos.

- Eu sei que é difícil. E o Justin também não ajuda! Sem querer ofender, Helena, de verdade. Mas olha, essa história de nós dois sermos padrinhos do casamento de vocês foi a maior palhaçada! Eu sabia que isso ia causar um baita desconforto, porém, falar com o Bieber e falar com uma porta é basicamente a mesma coisa, né? – Ela riu, concordando. – De qualquer forma, sinto muito por isso.

- Que isso, imagina. A culpa não é sua, é dos dois. Não consigo entender porque não deixam isso pra trás e só...ajam feito pessoas normais. Justin é o padrinho do Nathan, é uma posição extremamente importante em um casamento. Eu não sei como duas pessoas que se odeiam tanto podem estar tão enlaçadas agora. Só tenho medo de eles estragarem isso... – Ela disse.

- Não se preocupe, eu vou tentar controlar a fera loira. – Rimos. – E você tenta dar um jeito no Nathan. Contanto que eles estejam sob controle, nada vai dar errado.

- Eu espero. – Helena sorriu. – Obrigada, Harper. Você é incrível.

- Não por isso. Nos vemos amanhã, no seu jantar de ensaio, né? – Perguntei e ela concordou.

- Até amanhã! – Ela me abraçou de novo, carinhosa.

Era o ensaio final. Para todos se certificarem de seus lugares e terem a certeza de que nada vai dar errado. Helena está 200% focada nisso há dias. E, agora que tudo está quase chegando à sua reta final, acho que não sinto mais a preocupação que sentia antes.

É real. Justin e eu não vamos terminar depois disso. Não é mais mentira. É real!

Quer saber?! Eu quero mais é que acabe logo, pra gente voltar pra casa e finalmente poder aproveitar o que é real! Fazer o que namorados de verdade fazem.

Eu quero viver tudo isso com ele! Cada centímetro.

XXX

- Mais tarde. –

Já era o quarto vestido que eu experimentava naquele quarto! E a Samantha Murray, insuportável como nunca, não se contentava com nenhum. Justin tinha saído com os garotos pra matarem a saudade da cidade e sabe-se lá o que eles devem estar aprontando por aí agora!

- Não, não, não! Caramba, mulher. Eu queria uma coisa que destacasse essa bunda linda que você tem aí! Uma coisa mais...sexy, mais chamativa! – Ela reclamou, indo em direção à sua mala.

Sam começou à revirar suas roupas, inquieta. Suspirei, à ponto de esganar essa doida! Voltei pra minha mala e passei à revirar também. Foi nesse momento que achei um vestido, escondidinho no fundo da minha mala. Era preto, com lantejoulas e bem...fora do meu estilo! Pra variar, tinha sido um dos vários presentes da Holly, daqueles que eu nunca usei, entendem? Minha madrasta até hoje não entendeu que a enteada dela não é nem um pouco...do tipo desse vestido aí. Aiai.

- É ESSE! ESSE É PERFEITO! – Sam gritou, me fazendo dar um salto de susto! – Amiga, que lindo!

- Não acha...exagerado demais não?! – Não estava nenhum pouco segura desse absurdo.

- Quando você vir o lugar que a gente vai, vai achar até contido, Harper. – Ela riu.

Coloquei o vestido em frente à mim, no espelho. Era uma coisa impensável. A Harper de um mês atrás jamais usaria isso aqui, mas nem paga. Porém, a Harper de agora está...levemente curiosa.

O que Justin fez comigo, Deus?! Eu sequer me reconheço mais!

- Coloca ele logo, sua lesada. Tá travadona aí tem quase um século. Eu hein! Nem pense em atrasar a gente hoje, viu Harper White? Você é a rainha dos atrasos. – Samantha me zoou.

- Cala essa boca, garota. – Ri, a encarando pelo espelho.

Samantha saiu do quarto pra ir se trocar e eu fui me arrumar (ou tentar). Coloquei o abençoado do vestido e depois, os saltos que comprei no Shopping, antes de vir pra Stratford. Trançados no tornozelo, repletos de pequenas pedras brilhantes e lindíssimos.

E vamos de oração pra não cair com essa porcaria aqui!

Soltei o cabelo e desisti dele no mesmo minuto. Estava mais cacheado hoje, levemente incontrolável. Herança da querida Emily. Quem vê aquele cabelo loiro de farmácia dela e todo lisinho, feito uma tábua de passar, não imagina o que está armazenado naquele gele ali, né?!

Só de lembrar daquela palhaça o meu sangue já ferve...misericórdia!

Joguei as madeixas pra trás e entreguei pra Deus. Passei minha base, um bom rímel e batom vermelho, cor de cereja. Borrei como nunca na vida, mas até que não ficou ruim. Estava terminando de me arrumar quando o loiro abriu a porta do quarto.

Bieber parou e ficou me olhando por uns dez segundos, parado que nem um idiota!

- Tá tendo um derrame? – Ri, me virando pra ele. – E aí? Tá muito ruim? – Me referi ao vestido.

Estava bastante insegura, eu não nego. Mas, ver o olhar do loiro brilhando ao me ver vestida assim me faz querer nem sair mais. Queria mesmo era agarrar ele e ficar nesse quarto aqui...

Se controla, Harper White! Ou!

- Ruim? Tá brincando, porra? – Justin andou até mim, sem cortar nosso contato visual. – Você tá linda, Harperzinha. Maravilhosa. Gostosa. Puta que pariu. Tô sem palavras! – Nós dois rimos.

- Para com isso.... – Fingi modéstia.

- Tu é a garota mais bonita do mundo. – Bieber me puxou pra si. – A mais bonita do meu mundo.

- Se continuar carinhoso assim, eu vou morrer de paixão. Então, por favor, menos. – Sorri.

Ele me beijou, sem esperar. Coloquei minhas mãos em seus ombros e as suas apertaram minha cintura. Senti a tensão aumentando assim que iniciamos um beijo de língua fantástico. O beijo dele é...de outra realidade. Eu tô quase pedindo arrego, quase!

- Chega. Vai borrar o meu batom! – Me afastei, rindo sem jeito.

- Já borrei. Foi mal, bebê. – Justin apontou para o espelho, rindo.

Bieber foi para o banheiro e eu consertei meu batom, escutando o barulho do chuveiro. Quando terminei, peguei minha bolsa e desci as escadas, encontrando todo mundo nos esperando. Chaz arregalou os olhos quando me viu e Nolan não ficou muito diferente. Christian me deu uma bela medida e o Ryan...bem, eu prefiro não comentar sobre o sorriso todo perverso que esboçou!

- Meu Deus, Harperzinha. Agora eu tô entendendo tudo... – Chaz falou. – O Justin de otário só tem aquela cara dele mesmo, porque olha....que bom gosto. – Sorriu, malicioso.

- Cala essa boca, vai Charles. Espera só até o Justin escutar você de gracinha com a minha amiga! Você é o primeiro que se borra feito uma mocinha! – Samantha riu.

- Errado o mano não tá. Caralho, hein Harper?! Se tu enjoar daquele insuportável do Drew um dia, lembra de mim aqui, fechou? Você já tem meu número, linda. – Nolan piscou, todo cafajeste.

- Tão de esculacho. Cantando a mina do Justin, cês tão é pedindo pra morrer! – Christian riu.

Ouvimos barulhos de alguém descendo as escadas da casa dos Bieber’s e era o primogênito da família, vulgo, o meu namorado. Fica tão bom quando eu chamo ele de meu namorado, né gente?

Pois eu também adoro!

- Tô perdendo alguma coisa?

Ele perguntou, arrumando seu relógio Rolex no pulso. Todo mundo riu.

- Nadinha, meu querido. Apenas assuntos triviais. Nós estávamos falando sobre o clima ameno de Stratford hoje...tá marcando chuva! Tu viu? – Nolan sorriu, sem a mínima vergonha na cara.

Até eu ri daquilo!

- Talarico morre bem cedo na minha mão, seu merda. Tu fica ligado aí. Na escola que tu se formou, eu já dou aula tem eras. – Justin cerrou seus dentes brancos, fazendo Nolan gargalhar.

- Ok. Já chega dessa palhaçada. A gente vai ou não?! – Samantha nos encarou. – Bora, povo!

Foi só ela falar aqui e nós saímos da casa à todo vapor. Entrelacei minhas mãos nas de Justin e fomos para o conversível dele. Eu já fui logo procurando uma boa estação de rádio e deixei numa eletrônica qualquer que tocava ali. Bieber ligou o carro e nós fomos na frente. Eu estava estranhamente ansiosa pra hoje à noite, até porque, essa vai ser a nossa primeira noite como um casal. Um casal de verdade. Puta merda!

Eu não tô sabendo lidar, Jesus!

- Tu vai conhecer um pessoal da minha época de capital do time da escola hoje. Um monte de mulher gata que eu peguei, uns caras bem imbecis, fora os que continuaram morando aqui e hoje em dia são só uns caipiras casados e com filhos. Tu vai adorar. – Ele me sacaneou, sorrindo.

- Você é bem escroto, sabia disso? – Sorri, falsa.

- Tu me diz isso com uma certa frequência, Harperzinha. – Justin deu de ombros. Eu ri.

Esse homem é um palhaço mesmo.

XXX

Quando Justin estacionou o carro em frente à um luxuoso Hotel de Toronto, fiquei boquiaberta. Normalmente, de Stratford até Toronto, nós levaríamos em torno de 1h30min para chegarmos. Mas, considerando o Bieber que não se importa com multas de trânsito e seu pé firme no acelerador, chegamos em quarenta e cinco minutos. Era um edifício iluminado, cercado por grandes janelas de vidro e uma fachada de deixar qualquer um sem ar.

Eu nunca pisei num lugar tão luxuoso assim na minha vida, sério mesmo!

Nós saímos do carro e encontramos uma movimentação de pessoas logo na entrada do Hotel. Todos eles aparentavam ter mais ou menos a nossa idade, entre 20 e 30 anos, no máximo. Eram umas vinte pessoas ali, algumas garotas, bem gatas por sinal, que quase empatavam com o número de homens. Justin me apresentou à todos eles, um por um. Eu conheci seus amigos do colégio, alguns parceiros do time, e todo mundo foi bem simpático comigo.

- Finamente se amarrou, hein cachorrão? – Um dos rapazes brincando, sorrindo. – Parabéns aí pra vocês dois. Tava mais que na hora de você sossegar na vida. – Piscou.

- É foda, mano. A gente pode até correr, mas não consegue fugir. Essa garota me pegou de jeito mesmo. Tô laçado. – Justin respondeu, bem-humorado. Eu e Monk, o rapaz da conversa, rimos.

- Qual é? A festa é lá dentro, porra! A gente tá esperando o quê? Vamos logo, antes que as músicas boas acabem! – Uma das garotas, uma morena que se apresentou como Daniela, falou.

Todo mundo se agitou e fomos porta à dentro, feito uma verdadeira gangue. Bieber me puxou pela cintura e nós fomos juntos, um pouco mais afastados do pessoal. Passamos pelo belíssimo hall daquele Hotel e eu juro que me senti num palácio. Isso é muito fora do meu mundo, gente.

Justin ria da minha cara de idiota, mas eu não conseguia evitar!

Eu ainda estava tentando entender aonde iríamos parar nessa andança toda aqui, até ver quatro seguranças enormes que guardavam uma porta. Nolan e Ryan foram na frente e disseram algo que fez com que eles abrissem as portas quase que no mesmo instante.

Quando meus olhos viram aquilo, aí sim eu fiquei em choque.

Em que outra hipótese eu poderia estar num lugar tão incrível como esse?!

É assim que gente rica se sente? Tipo, todo dia?!

Agora eu entendo porque ser rico é tão legal!

Era uma boate totalmente exclusiva, com luzes coloridas por todo o salão, que chegavam até na área privada. As pessoas daqui claramente tem um poder aquisitivo bem diferente, à começar pelas roupas que usam. Todo mundo de roupa de marca, vestidos brilhantes e chamativos, são tão bonitos e bem vestidos! Cacete, tô me sentindo num baile da Vogue!

Se não fosse o Bieber me puxando pelo braço, eu iria ficar um milênio admirando tudo aquilo ali. Uma parte do pessoal se acumulou no bar e o restante subiu para a área privada, incluindo eu, Justin, Samantha, Chaz e Christian.

- Viu só, Harper White? Eu te falei que esse lugar era de outro mundo, garota!

Samantha parou do meu lado, me puxando pela mão. Nós duas rimos.

- Nunca me senti mais pobre, Samantha. Meu Deus do céu. – Gargalhei.

- Pois é, meu bem...essa é a parte boa de ser a namorada de Justin Bieber. As portas VIP vão ser infinitas pra você. Seja aqui, em Atlanta, lá em Seattle, você pode escolher o lugar. – Ela sorriu.

- Mesmo não sendo o meu local ideal, uma balada dessas eu não dispensaria nunca! – Falei.

- Tá vendo esse povo todo aqui? Pois foi o teu macho que bancou a entrada deles. Justin voltou em grande estilo pro Canadá e eles deviam te agradecer por isso. Tá tão animadinho com o chá que tomou ontem à noite que até generoso tá sendo! A carteira do Drew nunca foi tão aberta na vida, minha amiga. – Sam debochou na cara dura, me encarando com sua expressão maliciosa. Eu mereço...

- Mentira que é ele quem tá bancando essa galera toda aqui?! – Arregalei os olhos, rindo.

- Já foi abrindo esse teu bico, né porra? Fofoqueira.

Justin chegou atrás de nós e Samantha riu como nunca na vida. Foi pega no pulo.

- Eu só falo a verdade, garoto! Tá torrando dinheiro aí, se achando o próprio Bill Gates, pois eu conto mesmo! Coloca ordem nele, Harper. Assim não dá! – Ela retrucou, fingindo indignação.

- Some daqui sua bocuda, anda logo. Passa fora. – Bieber rosnou, mas acabou rindo também.

Samantha mostrou o dedo do meio pra ele e depois mandou um beijinho, se afastando de nós. Eu ri, baixinho. A música estava explodindo no andar inteiro, deixando o clima mais propício ainda. Um mashup de Reggaeton maravilhoso ecoava pela boate, fazendo todo mundo se acabar por ali. Justin pegou uma dose de Whisky e eu fiquei com uma taça de Chandon que ele mesmo pediu pra mim. Nos enlaçamos e em pouco tempo já estávamos nos beijando, não num clima de maldade, mas de um jeito espontâneo que me fazia sorrir entre os nossos beijos. Aquilo virou uma bagunça quando todo mundo subiu pra área privada, era chuva de champanhe, as meninas se acabando de dançar, Samantha me puxando pra postar stories de 30 em 30 segundos no seu Instagram e Bieber se achando o todo poderoso dali.

Era incrível ver ele tão contente assim! Se divertindo com seus amigos, dançando e bebendo com eles, todo descontraído. Eu me sentia feliz por ver ele feliz. Justin merece umas férias da sua própria vida.

Então, começou à tocar Wild Ones, ícone atemporal do Flo Rida com a Sia, e nem eu resisti. Me juntei com a Samantha e nós descemos correndo aquelas escadas, doidas pra dançar na pista!

Eu simplesmente amo a sensação nostálgica que essa música boa me causa. Depois, nós dançamos numa sequência maravilhosa que variou de Travis Scott, Drake, até Dua Lipa, Clean Bandit e Doja Cat. Eu não poderia estar mais feliz, acho que nunca dancei tanto assim antes!

Tudo que eu não vivi em 20 anos, estava vivendo com Justin nesse último mês. Olhei pra ele, que estava segurando a grade de vidro da área privada e olhava fixamente pra mim, como se cuidasse pra que nada de ruim acontecesse comigo. Sorri pra ele, enquanto dançava com a Sam.

- Não sei como eu consegui ficar brigada tanto tempo contigo, amiga! EU NÃO SEI!

Samantha berrou, me sufocando num abraço apertado.

- Nunca mais quero brigar com você! Eu odiei! – Falei em seu ouvido, a abraçando de volta.

- Nem eu. Desculpa, mana. – Sam disse, meio sem jeito. – Você sabe se cuidar muito melhor do que eu, prometo que não me meto mais na sua vida. Agora eu vejo que Justin tem as melhores intenções com você e quero que você seja muito, mas muito feliz! – Completou.

É. Nós tínhamos chegado no ápice da bebida. Onde os bêbados começam à se declarar.

- Eu sei. E tá tudo bem. Você só queria me ajudar. – Respondi, a encarando. – Eu te amo, amiga.

- Te amo!

Aquele seria sem dúvida o momento mais fofo da nossa noite, sem dúvidas, isto é, se uma maldita mensagem disparando no meu celular não tivesse estragado absolutamente tudo.

“ – Chegou até mim que você está se envolvendo com Justin Bieber. Um empresário com uma ficha criminal um tanto quanto suspeita e que agora está no meio de um assassinato envolvendo um carro queimado e três pessoas mortas, em Atlanta. Eu vi no seu Instagram que você está com ele, no Canadá. Então, já que chegamos nesse empasse complicado, e é você que está correndo riscos ao se envolver com alguém como ele, eu te pergunto: O que devo fazer? Deixar a notícia passar? Acoberta-lo? Não quero tornar a nossa situação ainda pior do que ela já é, porém, meu instinto jornalístico não me permite tomar essa decisão sozinha. Você, como uma jornalista em breve formada, consegue me entender, não é? Por isso, preciso me diga, Harper”.

“ – O que quer que eu faça agora”?

- Emily.