1. Spirit Fanfics >
  2. My Skins >
  3. Aspie Parte 2

História My Skins - Aspie Parte 2


Escrita por: ajauregayalways

Notas do Autor


Primeiramente: Fora Temer!
Em segundo: Fora PEC 241!
E Terceiro: HEEEEY, GUYS! Eu tenho desculpas muito plausíveis para ter demorado tanto, espero que entendam. Leiam as notas finais.
Coloquem a música I Want to Know Love Is, do Foreigner, no Play.
ENJOY!

Capítulo 9 - Aspie Parte 2


P.O.V Narrador 
Flash Back On - 1999 
Nem tudo era perfeito, mas Clara e Michel estavam aprendendo como ser pais juntos e evoluindo a cada dia, até que o comportamento de Lauren ficou cada vez mais peculiar depois dos 2 anos e meio, aproximadamente. Eram ditas poucas palavras, movimentos repetitivos e quase não havia expressões faciais, isso podia ser só traços de uma criança diferente e foi só por isso que não se alarmaram, afinal não devia ser nada grave. Porém, talvez fosse. Talvez Michel soubesse disso mais do que a mãe de sua filha.  
Tudo ficou cada vez mais claro para eles, principalmente quando a pequena Jauregui aprendeu a ler. Sozinha. Lauren iria completar 3 anos e o casal esperava por mais um filho. No consultório indicado pela Dra. Cabello, naquela manhã, que podia ser um dia normal para muitas famílias, Michel e Clara receberam uma notícia que os deixaram atordoados de uma forma indescritível. 
— Autismo? — a voz de Clara saiu falha enquanto olhava sua filha que estava sentada no colo do italiano ao seu lado. 
— TEA, Senhora Jauregui. Transtorno do espectro do autismo. — respondeu com cuidado o psiquiatra do outro lado da mesa. 
— E o que significa, Dr. Cowell? — a mulher perguntou a Simon, visivelmente confusa. 
Michel sabia bem do que o doutor falava. E ali, sentado, passou um flash de memórias da sua infância, todas protagonizada pelo seu irmão mais velho. 
— A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento. Assim como o próprio autismo ela está incorporada ao TEA, que nada mais é que as déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos. De certa maneira, significa que é uma forma mais branda do autismo. — disse Simon lentamente, para que aquela mãe não se desesperasse mais que o necessário. — Em outras palavras, é um autismo menos grave. Precisa haver o tratamento, treinamento das habilidades sociais, acompanhamento com medicação e terapia. 
— Eu não acredito... — era perceptível em sua voz que Clara não estava bem. Não. Ela estava abalada. — Michel! Você não vai dizer nada? — perguntou ao italiano que ainda estava ali processando tudo o que acabará de escutar. 
— Mio fratello, Clara. Enzo. — com os olhos fechados a única coisa que Michel conseguia pensar era em seu irmão, que por sinal era autista, e em todas as dificuldades da sua vida diferente da maioria das pessoas. 
A mulher entendeu perfeitamente o que ele queria dizer. — É hereditário, Dr.? Quero dizer... O irmão dele é autista... Só não acho que minha filha seja assim. — abaixou a cabeça enquanto pensava nas vezes que esteve com seu cunhado. — Ela definitivamente não é assim! 
— Está associada a fatores hereditários. Porém, não existe um causa exata. Ela realmente não é se o caso dele houver retardo mental. Não é incomum achar pessoas com o QI acima da média entre os Aspies. Veja sua filha. Quantas crianças da idade dela você conhece que aprenderam a ler sozinhas? É claro que ainda assim o cuidado e a paciência precisam ser dobrados, mas a maior dificuldade de pessoas como Lauren é a aceitação e o compreensão, principalmente da sua família. Se estiverem dispostos eu mesmo posso conduzir o tratamento. 
Flash Back Off 
 — Mas me diga, Sinu. Já não nos conhecemos? — o italiano continuou apesar do comentário estranho da garota. 
— Sim, Michel. Lauren foi uma ou duas vezes no meu consultório. Eu já havia comentado com Clara sobre essa coincidência. Não lembrei de primeira porque faz bastante tempo, não é? Ela já está uma moça feita.  — disse a pediatra – Mas como autismo não é a minha área, eu a encaminhei para um amigo especialista. 
"O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social." 
"É um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo." 
"O espectro autista afeta o sistema nervoso." 
Só era preciso ouvir a palavra autismo para que várias frases de diagnósticos viessem em sua mente. E um turbilhão de sentimentos acumulados tinham que sair de alguma maneira. Lauren começou a balançar seu corpo para frente e para trás de forma repetitiva, do mesmo jeito que Camila já havia presenciado em seu quarto. Por falar em Camila, lá estava ela ainda sentada na mesa com uma cara esquisita tentando entender o que sua mãe tinha dito. Ela não fazia ideia do que "Mas como autismo não é minha área" significava. 
A garota italiana levantou-se da cadeira bruscamente, acompanhada de seus pais, enquanto cobria os ouvidos com as mãos. — "A síndrome de Asperger é um estado do espectro autista, geralmente com maior adaptação funcional..." — repetia em voz alta o que já havia ouvido ou lido incontáveis vezes. 
— Lauren, pare!  — disse Clara aproximando de sua filha. 
— "...pessoas com este problema são socialmente inábeis e possuem interesses obsessivos em certos assuntos..." — continuou. 
— Lauren! Bambina, guardami! — disse Michel atordoado com a situação e assim que ela o fez ele continuou – Cruze os braços sob os peito, per favore, sì? — Lauren fez o que seu pai pediu, mas ainda era difícil se concentrar e parar de se mexer, então ficou ali enquanto a família Cabello, principalmente Camila, continuavam observando sem saber o que fazer. 


P.O.V Camila 
Após que a cena do jantar, o qual passei a tarde me preparando para ficar atraente o suficiente a ponto que a Jauregui me notasse, fomos conduzidos por Michel à sala de estar. Estávamos todos sentados enquanto os adultos conversavam e tomavam vinho, que o italiano afirmou ser "Il miglior vino dei migliori vigneti d'Italia" que por sinal não sei que porra é. 
Eu só queria saber porque todo mundo estava falando e rindo depois do que aconteceu. Ver Lauren daquele jeito me deixou horrorizada e perplexa. Eu só queria saber que caralhos significava "síndrome de não sei quem". 
Lauren foi para o seu quarto, Sofia brincava no chão com o cachorro e Taylor e Chris ficavam cochichando e rindo com cara de tapados. Já que estavam tão entretidos em seus assuntos não achei que alguém fosse notar quando eu saísse, sou curiosa demais pra ficar sem saber o há de errado com o meu pãozinho. Nem sei direito o que é autismo, mas pensar que talvez a dona dos olhos verdes não fosse o que eu esperava estava acabando comigo. 
— Lauren? — perguntei ao bater na porta de seu quarto. Ouvi passos e então ela abriu a porta. 
A ultima coisa que eu esperava era ver a coisa pela qual eu babava oceanos vestida com um pijama de aviões. O que isso produção? 
— O que você quer, Cabello? — ela perguntou. 
— Ah... Vim ver se você queria companhia. — aposto que era perceptível um grande ponto de interrogação na minha cara olhando para aquele pijama. 
A garota pareceu pensar bastante antes de abrir totalmente a porta para que eu entrasse no quarto. Estava tudo como da última vez que estive ali, os pôsteres, os brinquedos, os livros, tudo organizado perfeitamente.  
Pude notar Lauren me observando enquanto eu analisava as coisas de seu quarto e isso estava me deixando um pouco nervosa. 
— Então, Lauren... Por que você, uh, meio que surtou lá embaixo? — perguntei, cuidadosamente. 
Ela cerrou os olhos, tombou a cabeça para a esquerda e apagou a luz, deixando apenas um abajur do Toy Story iluminando o quarto. 
— Gosta de música de outras décadas? Podemos ouvir uma e você pode escolher. — disse apontando para a mesa do computador, sobre ela havia um aparelho antigo ao lado de várias fitas K7. — Quanto estou estressada escuto minhas músicas nas fitas. 
Intercalei meu olhar entre Lauren e o aparelho tentando achar algum sentido no que ela havia acabado de dizer. 
— Ah, tá. — procurei nas fitas alguma banda ou cantor que eu conhecesse. 
Elvis, Beatles, AC/DC, Elvis, Michel Jackson, Bee Gees, Guns N'Roses, Elvis, Foreigner, eu já disse Elvis? 
Antes que eu pudesse escolher a morena bufou atrás de mim e pegou uma das fitas, colocando-a no aparelho. 
[Play] 
Lauren se aproximou e me puxou pela cintura para uma dança. 
I gotta take a little time, 
Eu preciso achar um tempo 
A little time to think things over 
Um tempo para pensar sobre as coisas 
I better read between the lines
É melhor eu ler nas entrelinhas 
In case I need it when I'm older 

Caso eu precise quando estiver mais velho 


Segui seus movimentos lentos pelo quarto. Com queixo em seu ombro, ali estava eu, não entendendo como acabamos naquele momento, mas mesmo assim aproveitando. 
— Eu gosto dessa música. — foi a única coisa que consegui dizer.
— Eu também. — ela respondeu. 
Na minha vida inteira a curiosidade de achar algo diferente e interssante sempre foi o meu maior desejo. Algo que me tirasse da mesmisse e impactasse minha vida. Algo como o "grande talvez" que Miles (um garoto de um livro que li) procurava para sua vida. 
In my life 
Na minha vida 
There's been heartache and pain 
Tem havido sofrimento e dor 
I don't know 
E eu não sei, 
If I can face it again 
Se eu posso encarar isso de novo 
Can't stop now, 
Não posso parar agora 
I've travelled so far, 
Eu já fui longe demais 
To change this lonely life 
Para mudar esta vida solitária 


Tudo estava muito intenso e eu podia sentir meu coração batendo rapidamente, quase que em desespero. Lauren me intrigava o suficiente para ser meu grande talvez?  
— Quem é você? — parei e olhei em seus olhos. 
— Você se excita facilmente, Camila? 
Eu ouvi direito? Se eu me excito facilmente? Garota, você tá brincando comigo?  
— Quero dizer, — continuou ainda segurando minha cintura. — tudo o que eu sinto acaba sendo muito intenso. Logo, se eu me excito, por exemplo, acabo dizendo. Mas as pessoas não são assim, nunca sei o que elas sentem se não me falarem. - ela falava olhando de um lado para o outro, evitando meus olhos. - Ultimamente uma palavra para definir o que eu sinto quando estou perto de você é: excitação. Um desejo que o meu corpo emana como se estivesse reagindo, através de estímulos sexuais, a sua presença.  
— Oi? — foi a única coisa que consegui dizer antes do que aconteceu depois. 
Um beijo. Foi a resposta que ela me deu. Um beijo lento, carinhoso e suave. Um beijo delicado, como de quem acabou de aprender a beijar, que me fez sentir além do que só um beijo faria normalmente. E foda-se se é clichê, foi diferente de qualquer outro que já tive. 
I wanna know what love is, 
Eu quero saber o que é o amor 
I want you to show me 
Eu quero que você me mostre 
I wanna feel what love is, 
Eu quero sentir o que é o amor 
I know you can show me 
E eu sei que você pode me mostrar 


Quando nossos lábios se separaram e eu abri os olhos pude ver, com a pouca luminosidade, aquelas maravilhosas esferas verdes me encarando. 
— Espera um pouco! — ela deu um pulo. — Eu vim para saber, sabe se lá o que é a síndrome do não sei quem, e você com esse pijama ridículo, totalmente diferente da Jauregui que ficou com a Demi na festa, coloca uma música linda, dança comigo, fala um monte de coisa que não entendi e me beija só pra dizer que me acha gostosa? — ela ficou calada alguns segundos e assentiu com a cabeça. — Por mim tudo bem. 
Me desculpe, Miley. 


Notas Finais


A última atualização já faz dois meses e peço desculpas por isso. Por que tanto tempo, né? Bom, depois que postei o último capítulo começou minhas aulas e, mesmo planejando não demorar pra atualizar, aconteceu várias situações que tornaram tudo complicado. Vou explicar:
Eu faço faculdade de História, entrei no 4 semestre e tal, aí começou meu estágio e daí pra frente é drama. Vai atrás de escola e não querem estagiário, vai em outra e ela quer mas tem uma puta papelada, vai pra lá e pra cá por causa dessa porra, até começar de fato. Tem texto pra crl pra ler, trabalho, seminário, debate, arranjar um dia pras brejas (porque se não eu morro nessa loucura). Ainda tem o "trabalho" alguns dias da semana pela manhã (6h30 da manhã). A vida amorosa. Mentira, não tenho vida amorosa, nem tenho tempo (só quero encher de desculpa aqui). Relatório do estágio. Ficar com o primo de 2 anos quando a mãe dele vai trabalhar (considero trabalho também). As provas, malditas, que fiz essa semana que passou. Sem falar no senário político que nosso país se encontra, isso tá acabando comigo, sériozão. Enfim isso é o resumo de porque eu demorei, me desculpem.
Aos que vem comentando: OBRIGADO, VOCÊS SÃO INCRÍVEIS! CONTINUEM ASSIM, SEUS LINDXS!
Me digam o que acharem do cap e falem comigo no tt, seus lindxs.
Amo vocês <3 @Geane1998
Ps: Eu tô dando uma arrumada nos caps, qualquer erro me avisem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...