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História My Sweet Berry - First Day


Escrita por: cutiepie123

Capítulo 3 - First Day


Fanfic / Fanfiction My Sweet Berry - First Day

Elizabeth's P.O.V

"Bom galera, hoje é a minha entrevista, me desejem sorte <3" 

Posto no Twitter e ligo o carro, respirando fundo. Você é uma figurinista maravilhosa. Você consegue, eu sei que consegue. Agora para de falar consigo mesma e só segue o fluxo, gata. Okay, vou tentar. 

Dirijo pelas ruas quentes de Indiana, colocando meu óculos de sol. É incrível como em tão pouco tempo eu me apaixonei tanto pela série. O Sr. Murphy é de fato um gênio, e é um prazer enorme poder fazer o figurino da próxima temporada. Aliás, não um prazer, uma honra. Evan não me respondeu mais, mas não é como se eu me sentisse TRISTONA por causa disso. Eu to bem. Pfff. Claro que eu não vou ficar na pracinha na frente da padaria esperando ele passar pra nos encontrarmos "ao acaso", só uma psicopata faria isso. 

Ligo o rádio que tocava uma música aleatória. Preciso me acalmar. 

Começo a dançar, até que sou obrigada a parar em um semáforo fechado. Uma moto para do meu lado. Batuco os dedos no volante, então olho pro lado, vendo o rapaz com um jeans, um all star e uma jaqueta de couro. É impossível ver seu rosto por causa do capacete vermelho, mas também não é como se eu ligasse. Volto a olhar pro semáforo, mas ainda sinto seu olhar queimando em mim, me fazendo franzir o cenho. Oi boicote, parece que eu posso ser sequestrada qualquer dia, mas hoje não, pelo amor de deus. Dou graças ao santo morango quando a luz vermelha se torna verde, e arranco o carro, acelerando. Não devo estar muito longe agora. 

Olho pelo retrovisor e vejo a mesma moto vindo atrás de mim, então junto as sobrancelhas e acelero mais o carro. Viro na rua indicada pelo GPS e assim também faz  a moto. Minha vontade é gritar em plenos pulmões pra esse psicopata parar de me seguir, mas não consigo. Apenas acelero mais e mais. Quando chego no estúdio, estaciono o carro, respirando aliviada. 

Hoje não.

Pego minha bolsa e desço do carro, ajeitando meu vestido. Cabelo e maquiagem estão okay, roupa também, sapato... Acho que posso entrar. Verifico o horário e vejo que estou adiantada, mas talvez seja até melhor. Pego um lápis na minha bolsa e termino uns esboços que eu fiz pros figurinos, quando a moto preta estaciona na frente do meu carro. Um calafrio passa pelo meu corpo. Olho pro homem que descia da moto e começo a entrar em pânico. 

-PARA DE ME SEGUIR SEU MANÍACO! -Grito e jogo o lápis dele, correndo pra dentro do estúdio. 

Chego ofegante, e olho em volta. Uou. É realmente gigante. Sorrio e vou andando pelo lugar, explorando tudo. Sinto uma mão no meu ombro e me viro, me deparando com um rapaz moreno de olhos verdes, que vestia uma camisa cinza de flanela. Engulo em seco olhando pra ele, quando ele sorri. E que sorriso bonito. 

-Me chamo Finn. Finn Wittrock. Está perdida? -Pergunta cortês e eu nego com a cabeça, sem palavras. 

-Eu... Eu tenho uma entrevista com o Sr. Murphy. -Pigarreio, me repreendendo mentalmente por gaguejar. -Ryan Murphy. 

-Ah sim, você é a figurinista! Não sabia que era tão bonita. -Automaticamente minhas bochechas ganham um tom avermelhado, mas ele parece se divertir com isso. Antes que eu possa falar alguma coisa, ele prossegue. -Quer que eu te leve até a sala dele? 

-Isso seria bom. Obrigada. -Sorrio e ele concorda, colocando levemente a mão nas minhas costas, enquanto vai me guiando pelos corredores cheios de gente. Seguro meus esboços contra o meu peito enquanto vou olhando tudo.

-Qual seu nome? 

-O que? 

-Seu nome. -Sorri e eu balanço a cabeça. 

-Desculpa. Elizabeth Wood. Mas pode me chamar de Lizzie, Eliza, Beth, ou de qualquer outro apelido. -Rio e ele sorri. 

-É um prazer conhecê-la srta. Wood. 

-O prazer é meu. -Mordo o lábio e olho pra baixo, então ele para na frente de uma sala. 

-É aqui. Boa sorte. Honestamente acho que o emprego já é seu, ele está muito empolgado com o seu trabalho, mas sorte nunca é demais. -Assinto agradecendo e ele dá uma piscadela, antes de acenar e sair. Solto o ar que nem sabia que estava prendendo quando sinto o cheiro do seu perfume que ainda pairava no ar. Bato três vezes na porta.

-Entre. -Uma voz abafada diz, então a obedeço. Ao olhar pra frente, vejo o Sr. Murphy sentado em uma cadeira de veludo vermelha escura, na frente de sua mesa de madeira. Ele lia alguns papeis, e terminou a frase antes de olhar pra mim. O espanto em seu olhar não pode ser contido, assim como a sua alegria. -Srta. Wood! Fico feliz em tê-la aqui. Sente-se. -Pede e assim o faço, observando cada detalhe da sala. 

Ela tinha um aspecto envelhecido. Haviam duas prateleiras cheias de livros sobre diversos assuntos. Não é atoa que ele é um gênio. Não tinha muitos móveis, mas os que tinha davam um toque meio rústico ao local. Atrás dele, uma estante com diversos prêmios dourados que brilhavam. Era a coisa mais chamativa dali. Fora, é claro, o tapete persa horrível.

-Está contratada. Tire as medidas dos atores e eu irei te passar o roteiro para que você possa pensar nas roupas. Só preciso que você assine um contrato de confidencialidade, e o contrato obviamente do emprego. -Sorri. 

O que?

-Simples assim? Sem nenhuma pergunta? Nada? -Olho pra ele confusa.

-Não gosto de ficar enrolando, Srta. Wood. Sou um homem ocupado, e seu trabalho é realmente impressionante. É uma honra te ter aqui. 

-Me chame de Elizabeth. -Sorrio e uma vontade de chorar me invade quando ele diz isso. Mas não vou chorar. Me recuso. 

-Claro, claro. -Pego os contratos e os assino.

-Não vai ler? -Pergunta confuso. 

-É uma honra pra mim estar aqui, Sr. Murphy. Não me importo com esses termos, desde que possa ficar aqui. 

-Me chame de Ryan. -Sorri e eu assinto. O seu telefone começa a tocar e ele respira fundo. -Bom, já pode começar, Elizabeth. Peça pra alguém te mostrar a sala do figurinista, não é muito sutil, então todos sabem aonde fica. -Concordo e peço licença, me levantando e saindo de sua sala. Fecho a porta atrás de mim e olho pros lados. Quando não vejo ninguém, começo a cantar baixinho e fazer a minha dancinha da vitória. 

EU NÃO ACREDITO QUE VOU TRABALHAR EM AMERICAN HORROR STORY.

Me sinto observada e viro pro lado, vendo um vulto loiro desaparecer. Por favor, não seja um fantasma. Ando até o lugar em que o vi desaparecer, mas ouço uma voz me chamar antes que pudesse o fazer.

-Como foi? -Finn aparece com expectativa e eu sorrio. 

-Foi tão bom! Você está olhando pra nova figurinista de vocês! 

-Uou, parabéns, isso é ótimo! -Me abraça e eu o aperto, animada. 

-Não quero ser abusada, mas... Será que pode me mostrar aonde eu fico?-Peço. 

-Será um prazer. 

Do mesmo modo de antes, ele coloca a mão atrás das minhas costas e vai me guiando até a sala, enquanto conversamos empolgados sobre um assunto aleatório. Quando chegamos na minha "sala", ele coça a nuca, olhando pra baixo. 

-Escuta.. Eu sei que você é nova aqui e tudo mais, mas... Será que você quer sair pra tomar um café comigo qualquer dia desses? 

Coro e mordo o lábio, sorrindo. Assinto e ele parece aliviado, pegando o celular. 

-Então me dê o seu número que nós marcamos, certo? -Concordo e dito o número pra ele, que grava e logo guarda o aparelho. 

-Todos os atores no set! -Uma voz grita autoritária e ele suspira. 

-Tenho que ir. 

-Boa sorte, Finn. -Sorrio e ele assente, piscando e correndo pro set. Entro na minha sala e sinto um cheiro de lavanda invadir as minhas narinas. É forte demais, então abro uma janela, franzindo o cenho. 

Finalmente olho tudo mais detalhadamente e vejo o quanto essa sala é maravilhosa. Num tom mais moderno, ela é aconchegante, com vários rolos de tecidos, algumas máquinas de costura, e todo tipo de acessório que se possa imaginar. É simplesmente incrível. Um quadro branco residia na parede junto com várias canetas coloridas, provavelmente pra desenhar as peças. Ao lado de cada máquina (5, no total), há um manequim masculino e outro feminino. Isso facilitaria minha vida. 

-Gostou da sala? -Ryan aparece na porta e eu me viro rapidamente, abismada. 

-É maravilhosa! -Sorrio e ele retribui o gesto. 

-Que bom que gostou. Amanhã suas assistentes vão começar a chegar pra vocês começarem a fazer tudo. Vou pedir pros atores entrarem, pra que você tire suas medidas, certo? -Concordo e ele sai, então pego minha garrafinha de água na bolsa. Em frente a 3 espelhos, haviam pequenos degraus para que a pessoa ficasse mais alta e eu pudesse tirar suas medidas mais corretamente. Já havia feito isso várias vezes na faculdade, então não é muito difícil. 

Bebo um gole da minha água e ouço a porta se abrir, então me viro pra ver quem é, mas acabo me engasgando com a água. 

-Você está bem? -O moreno vem até mim preocupado. Estou ótima, tem água até na minha alma, mas eu estou ótima. 

Tusso algumas vezes antes de me recompor, mesmo que ainda sinta a água no meu nariz. Pigarreio e mordo o lábio, assumindo uma postura marrenta. 

-Estou ótima, desculpa. Pode subir nos degraus, por favor? -Peço tentando soar o mais profissional possível. Ele me obedece e eu pego a fita, e um caderno. Procuro um lápis na bolsa. Tenho certeza de que eu tenho um em algum lugar. 

Droga, eu joguei no maníaco hoje de manhã. 

-Tire a roupa e fique só de roupas íntimas, por favor. 

-Se queria me ver nu era só ter falado. 

-Eu estou falando, não estou? -Sorrio divertida e ele sorri também. Idiota. Eu então me viro e ele tira as peças. Não sei porque diabos eu me viro se vou ter que ver seu corpo de qualquer jeito. Volto a olhar pra ele e pisco algumas vezes, ao ver seu corpo coberto somente por uma boxer vermelha. Tinha que ser vermelha? 

-E agora? 

-Ótimo. Muito bom. Eu vou... Ahn, eu vou... -Umedeço os lábios tentando me concentrar e volto pra mesa pra pegar a fita, batendo o mindinho na perna do móvel. -Merda! -Resmungo e pego a droga da fita. Volto pro moreno que segurava o riso e tento fazer uma cara séria, enquanto meço os seus braços. -Força. -Peço e ele o faz. Caramba Finn. Anoto a medida dos seus braços e volto pra medir seus ombros, e assim se segue pelo peito, cintura, pernas (e que pernas), canelas e finalmente chega a hora de medir o quadril. 

-Eu sei que tenho um traseiro lindo. -Diz divertido e eu coro, dando um tapa na sua perna. Essa posição estava realmente estranha, e quem entrasse lá podia ter uma impressão muito errada. Eu estava de joelhos na sua frente me apoiando nas suas coxas, e ele estava só de cueca. Vermelha, ainda por cima. 

-Cala a boca. -Rio e me inclino pra frente pra passar a fita pelo seu quadril, quando escuto a porta ser aberta. 

-Wittrock, não adianta se esconder, aonde você enfiou a droga do meu celul...-Ouço uma voz conhecida e arregalo os olhos, me levantando rapidamente. -Estou interrompendo algo?

 



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