Eu não conseguia me concentrar. nem por um segundo. Eu tinha que separar um material para o workshop que eu participaria no dia seguinte, a convite de Scooter Brown, mas não conseguia prestar atenção em nada.
Tudo o que vinha na minha mente era Jungkook e o que tinha acontecido há poucas horas. Eu ainda estava sentindo o efeito dos seus toques em mim. Sentia arrepios pelo meu corpo e um frio na barriga toda vez que me lembrava. Que droga!
Puxei o notebook da tomada com certa força e mandei mensagem para um dos motoristas me esperar na frente do hotel. Eu não aguentava nem ficar mais naquele prédio. Não importava o quão grande ele era, estava sufocante.
Acabei parando em uma lanchonete pequena. Talvez lá eu conseguisse trabalhar melhor.
Mas tudo o que eu pensava era no corpo de Jungkook e no jeito que ele me olhava. Na sua boca na minha, e na sensação que ela causava pelo meu corpo todo.
O que ele estava fazendo com a minha cabeça? Eu sempre desejei Jungkook, mas não sabia que era possível desejar alguém desse jeito.
Eu queria Jungkook mais que tudo. E eu sabia que ele estaria me esperando a hora que eu chegasse.
Eu podia não voltar. Eu podia ficar em algum outro hotel e mandar Yuna pegar minhas coisas.
Porque eu estava tão assustada? Era apenas Jungkook.
Não. Não era apenas Jungkook.
Ele sempre achava jeitos novos de me forçar a fazer o que ele queria. Talvez fosse divertido para ele competir meus sentimentos e meus sentidos, como se fosse mais um de seus desafios.
Eu nunca corri atrás de ninguém, mas eu já tinha perdido a conta de quantas vezes eu fui obrigada a fazer isso por ele. Eu nunca fui sentimental, mas ele me forçou a encarar todos os meus sentimentos. Eu nunca tive paciência e autocontrole, mas por ele eu estava tentando o meu máximo.
Eu não era uma pessoa covarde e não costumava fugir. Mas eu estava tão assustada, que até isso eu estava pensando em fazer.
As horas se passaram e eu fiquei tão imersa nos meus pensamentos, que nem tinha notado. Pelo menos eu tinha conseguido organizar algum material.
Meu celular tocou e era Namjoon.
-Alô - Atendi
-Onde você está? Yuna disse que você sumiu o dia todo. Foi para algum café sem me esperar?
-Estou montando minha apresentação para amanhã. Saí porque precisava espairecer um pouco - Falei em um tom derrotado.
- Isso tem a ver com Jungkook?
-Mais ou menos. Já ouviu o dilema do porco espinho de Schopenhaouer? - Ri sem humor, lembrando da passagem ‘’As necessidades impulsionam os “homens porcos-espinho” a se reunirem, apenas para se repelirem devido às inúmeras características espinhosas e desagradáveis de suas naturezas. A distância moderada que os homens finalmente descobrem é a condição necessária para que a convivência seja tolerada’’ - É basicamente isso.
- Ele estava inquieto. Perguntou por você quando voltamos para o hotel - Aquilo não me acalmava nem um pouco. Ele com certeza estava esperando por mim.Eu podia sentir isso.
- Onde ele está agora? - Perguntei
- Disse que ia para a academia do hotel. S/n… Tem algo acontecendo que eu deva saber?
-Não, Joonie. Fique tranquilo - Suspirei, me lembrando do quanto o grupo podia ser afetado caso tudo saísse do controle novamente.
-Volte logo. Eu vou desligar
-Tudo bem. Se cuida
xxxXxxx
Tentei agir naturalmente enquanto pegava o elevador, fingindo que não estava nervosa. Sejin subiu comigo. Eu tentava prestar atenção na sua conversa sobre a ideia de PDogg de ter a Nick Minaj em Idol. Mas a verdade era que eu não estava nem aí para a Nick Minaj naquele momento.
-Tente causar uma boa impressão amanhã. Pode ser que Scooter Brown libere outros artistas do seu círculo de amigos - Sejin disse antes de nos separarmos no corredor, assim que o elevador abriu.
Assenti com a cabeça, forçando um sorriso e indo em direção ao meu quarto, em passos lentos.
Fiquei sozinha no corredor e me senti em um filme de terror. Eu não era uma pessoa covarde. Eu ia encarar Kookie. Eu sabia que eu era capaz de fazer isso.
Hesitei na frente da porta. Eu sabia o que aconteceria assim que nos víssemos. Eu queria muito aquilo, mais do que tudo, e não ia conseguir ficar em paz enquanto aquela necessidade estivesse tão aflorada na minha pele. Eu não tinha mais como lutar contra aquilo.
Eu só me agarrava na ideia de que eu ia me permitir ter esse momento, e apenas ele, nada mais. Depois disso, tudo voltaria ao normal, afinal, Kookie e eu não éramos mais os mesmos de antigamente. Nós tivemos algum progresso, e seríamos capazes de lidar com os nossos sentimentos com mais maturidade.
Abri a porta lentamente, evitando olhar para o quarto. A luz estava apagada e então criei coragem para olhar ao redor. Ele não estava ali.
A porta do banheiro estava aberta, e ouvi o chuveiro ligado. Era ali que ele estava.
Coloquei minhas coisas em cima da minha cama e suspirei, criando coragem para encará-lo. Eu já sentia meu corpo respondendo à ele, mesmo sem tê-lo visto. Eu sentia um misto de excitação e perigo que não conseguia explicar.
Jungkook estava de costas, com a água caindo sobre ele. Me peguei presa em seu corpo, e ele sentiu minha presença, se virando para me encarar.
Ele sorriu torto para mim, como se tivesse vencido uma batalha.
-Eu sabia que você viria de livre e espontânea vontade - Disse com satisfação.
Eu não consegui responder. Só queria tocá-lo.
Me entreguei a todos os meus instintos e parei de lutar contra eles.
Jungkook me esperava pacientemente, enquanto eu me livrava das minhas roupas. Eu sentia como se estivesse prestes a entrar no primeiro estágio do inferno de Dante, e estava gostando disso. Eu estava ansiosa.
Encarei seu corpo e o jeito sexy como ele tirava seus cabelos molhados do rosto, com os olhos fechados, embaixo d’água. Suspirei novamente. Mas dessa vez de ansiedade.
Ele me encarou com suas pupilas dilatadas e me puxou cuidadosamente pela cintura, assim que entrei no box.
Nossos corpos ficaram colados, com a água caindo sobre nós, enquanto ele apenas me encarava de forma enigmática. Seus olhos alternavam entre os meus e minha boca,de forma aflita e apaixonada. Eu sentia ondas elétricas passando por mim apenas com o jeito que ele me olhava.
Envolvi suas costas nas minhas mãos, e ele segurou meu rosto. Jungkook me olhava como se ainda não acreditasse que eu estava lá. Eu também não acreditava. Mas aquelas sensações eram extremamente reais. Eu conseguia sentir até nos meus ossos.
Ele puxou meu rosto e selou nossos lábios de forma calma e intensa. Eu explorava cada canto da sua boca, e ele fazia o mesmo. Empurrei ele contra a parede e juntei nossos corpos molhados ainda mais.
-Kookie… Falei baixo, interrompendo nosso beijo. Ele me encarou atento, com medo de ter algo errado - Nós vamos fazer isso. Mas nós temos que prometer que depois, tudo vai voltar ao normal. - Encarei seus olhos de maneira suplicante.
-Você sabe que nós não somos normais - Falou de forma carinhosa, sorrindo. Ele segurou nossos olhares por alguns segundos, e aproximou seu rosto - Tudo bem. Está tudo bem - Disse no meu ouvido, depositando um beijo calmo e profundo no canto do meu pescoço. Me senti segura e estremeci com a sensação dos seus lábios na região, e então ele chupou o local onde tinha beijado, descendo sua boca até os meus seios. Senti sua ereção crescer entre o meu ventre.
Arranhei levemente suas costas, descendo para a sua bunda. Passei minhas mãos pela região e levei-as para seu abdômen. Jungkook estava se demorando ali. Sua boca e seus toques eram calmos e apaixonados, diferente de quando nos tocamos mais cedo, e aquilo me deixava ainda mais sedenta por ele. Mas eu não estava com pressa. Eu queria aproveitar cada segundo, assim como ele.
Ele passou seus dedos delicadamente pela minha entrada, e eu arfei com o seu toque. Ele me segurou firme e colocou seus dedos dentro de mim. Enterrei meu rosto em seu pescoço, aproveitando aquela sensação. Eu sentia seu membro roçando na minha barriga, e comecei a estimulá-lo com a minha mão.
Ouvi ele soltar um gemido baixo, e depois de alguns minutos ele tirou seus dedos bruscamente e agarrou minhas duas coxas, me erguendo. Cruzei minhas pernas ao redor da sua cintura, para me equilibrar.
Ele me encarou de forma penetrante, enquanto me levava até a sua cama. Eu não conseguia desviar o meu olhar de seu rosto, que me vislumbrada com encanto e excitação. Jungkook me deitou cuidadosamente na cama e depositou beijos pelo meu colo, descendo para a minha barriga. Eu sentia borboletas no meu estômago e um frio na parte debaixo do meu ventre. Ele subiu seu rosto para me encarar mais uma vez e se posicionou entre as minhas pernas.
-Olhe para mim - Ele disse empurrando seu membro dentro de mim. Conforme ele ia entrando lentamente, minha boca ia se abrindo mais, em prazer, soltando um gemido baixo. Ele me olhava extasiado, com seus olhos brilhando.
Jungkook chegou até o fundo e então começou a estocar devagar e profundo, enquanto soltava gemidos baixos, analisando minhas expressões.
Eu enterrei minhas mãos em seus cabelos, incapaz de imaginar que podia existir algo mais prazeroso que isso.
Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, fazendo cada parte de mim responder às sensações que ele me causava.
Kookie acelerou um pouco seus movimentos, fazendo minhas paredes incharem sobre ele, e senti meu ápice vivo em cada nervo do meu corpo. Ele sorriu, se derramando em prazer ao ver minha expressão enquanto eu gozava.
Ele saiu de mim e eu o olhei confusa. Achei que ele fosse continuar.
-Fique de quatro para mim - Ele ordenou de forma gentil, me virando de costas para ele.
Sim, eu estava pronta para mais. Eu sentia que podia ficar ali com ele a noite inteira.
Jungkook segurou minha cintura com as duas mãos e entrou em mim novamente, da mesma forma lenta que antes. Ouvi ele gemer e podia sentir seus olhos ferozes sobre o meu corpo, enquanto ele estocava de forma cuidadosa.
-Está se segurando? - Perguntei num sorriso malicioso - Não vai gozar para mim Kookie? Você não vai me dar esse prazer?
-Eu não quero perder um segundo. Quero sentir você gozando de novo - Ele falou no meu ouvido e levou suas mãos até o meu clitóris.
Porra.
Ele continuava lento enquanto me estimulava. Como se tê-lo dentro de mim já não fosse prazeroso o suficiente. Eu não aguentava mais aquilo. Sentia que meu corpo ia ceder outra vez a qualquer momento, até que ele aumentou a velocidade dentro de mim e eu senti novamente o orgasmo tomando conta do meu corpo.
Ele deu mais duas estocadas e seu jato de esperma me preencheu. Sorri de satisfação enquanto sentia ele se apoiar no meu corpo, aproveitando o seu momento.
Me virei para encará-lo assim que ele tirou seu membro de mim. Ele arfava, sorrindo, esbaldado em prazer.
- Ainda não estou satisfeito - Falou, me atacando novamente.
Suas mãos agarraram meu corpo e ele atacou minha boca de forma impiedosa.
Ele não estava mais se segurando. Ele estava desesperado.
-Aish, sua boca é tão gostosa - Sussurrou entre o beijo, segurando meu rosto com a sua mão e me afastando - Fica de joelhos para mim - Me olhou, suplicante, como se sua vida dependesse daquilo.
Ele estava maravilhoso suando, arfando, com seus olhos maliciosos desejando e esperando por aquilo, enquanto eu me ajoelhava na sua frente. Eu ajoelharia para ele.
Peguei seu membro em minhas mãos e lambi sua extensão, vendo Jungkook jogar a cabeça para trás em prazer. Ele ainda estava melado e senti seu esperma na minha língua.
Coloquei o máximo que podia dentro da boca e comecei a chupá-lo. Eu não conseguia desviar meus olhos da visão que estava tendo. Ele apertava os olhos de prazer e vez ou outra abria, para me encarar.
Ele emaranhou suas mãos nos meus cabelos e começou a comandar o ritmo, estocando levemente. Depois de alguns minutos ele aumentou a intensidade do seu quadril e seus gemidos ficaram mais altos, até que senti ele se derramando novamente, dessa vez na minha boca. Aquela era uma das visões mais incríveis e gloriosas que eu já tinha visto na minha maldita vida.
Engoli seu esperma e Jungkook abriu os olhos, me encarando sério, ainda arfando. Ele segurou o meu olhar por um momento e então estendeu sua mão, me puxando para cima.
-Satisfeito? - Perguntei com sarcasmo.
-Acho que não mais que você - Ele me empurrou na sua cama e subiu em cima de mim, analisando meus traços de forma carinhosa - Dorme comigo essa noite - Ele pediu manhoso. Era incrível como Jungkook passava de uma pessoa selvagem para um bebê mimado em questão de segundos - Eu vou te amarrar na minha cama se você falar que não.
-Kookie, não é uma boa ideia - Desviei o olhar. Eu queria mais do que tudo ficar em seus braços, mas a preocupação já estava tomando conta de mim.
-Qual é, amanhã a gente finge que nada aconteceu - Sorriu de forma amável, depositando pequenos beijos pelo meu rosto - Ou você não consegue?
-Você consegue? - Perguntei, encarando ele.
- Sim - Respondeu sem hesitar, continuando sua trilha de beijos carinhosos.
Eu não sabia escolher entre o Jungkook carinhoso ou o Jungkook atrevido. Acho que era por isso que ele me deixava fora dos limites. Ele era tudo, e acima disso, imprevisível.
- Kookie… - Senti meu coração apertar. Eu queria segurar seus toques o máximo que podia. Eu queria que aquilo durasse para sempre. Mas cada minuto que se passava, era um a menos que nos separava da realidade. -Você sabe que eu te amo, não sabe? - Perguntei, angustiada. Tinha medo de que no dia seguinte, quando a rotina nos pegasse novamente, ele se sentisse desolado e corresse para procurar conforto em outra pessoa.
-Sei - Ele me olhou amavelmente - Eu também te amo. Não se preocupe, vai dar tudo certo, ok? - Ele sorriu, me confortando. Eu não sabia se devia de fato confiar nele, mas não tinha muita opção - E nós vamos ter um bebê agora… - Me olhou de um jeito brincalhão e eu arregalei os olhos - Eu fui bem certeiro na minha mira - Ele riu, se divertindo com a piada.
-Ah, é? Acho que eu sou uma genocida, então. Eu tomo pílula há muito tempo, então isso não vai acontecer - Falei em tom sarcástico e ele desmanchou seu sorriso.
-Você sempre tem que ser tão maldosa? - Ele virou os olhos e dessa vez foi a minha vez de rir da cara de decepção dele.
- Eu vou tomar um banho. Você vem? - Perguntei, me soltando dele.
-Não quero tirar o cheiro do seu esperma e da sua saliva do meu corpo tão cedo - Falou em tom sério e eu senti minhas bochechas queimando com o jeito como ele tinha dito aquilo.
Ele percebeu que me deixou sem graça e sorriu de canto, encarando meu corpo novamente - Eu já te encontro.
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