História Mysteries Of A Crime - KSJ - Capítulo 1.

1. 

Point of view Kim SeoKJin

Flashback: No beco atrás da boate. 

Andei tão depressa que cheguei ofegante no local, atrás da tal boate que ainda estava tendo sua festa animada, com o som alto abafado aqui de trás. Caminhei cauteloso com os olhos naquele monte de lixo, envolta da caçamba lotada por sacos plásticos preto. O choro compulsivo me atingiu causando uma dor forte no peito e eu soltei um ar pesado, colocando a mão no peito. 

— LEE! — Arregalei os olhos reconhecendo a mão no meio do tumulto, e corro agarrando sua mão e com a outra, desesperadamente, tirando os sacos em cima do corpo da minha mulher. — Não, ACORDA HYERI! Fala... Comigo! HYERI, NÃO POR FAVOR! 

Apertei ela contra o meu peito, chorando muito. 

Atualmente, no escritório da sua casa. 

Deixei o porta-retrato da Hyeri na mesa, ela estava tão bonita nesse dia, o mais que ela já era, o sorriso dela e suas risadas antes me deixavam felizes, mas hoje só me dá vontade de chorar ainda mais. Apertei os dedos nas minhas pálpebras para não chorar, isso ainda mexe comigo de uma forma devastadora, como um terremoto dentro de mim, tudo era sensível ao tocar no seu nome. Mas como pai de duas filhas, eu precisaria ser o mais compreensivo com essa situação... Porém lá no fundo, eu sabia que quem estava precisando de colo era eu. Passei pela porta sério, seguindo meu empregado até a porta de entrada, vendo uma moça em pé na sala, observando todos os móveis da sala enorme, onde a mesma se encontrava. 

— Olá, meu nome é S/N. Sou sua investigadora particular. — Disse e sorriu minimamente, e se curva rapidamente. 

— Uma mulher? — Perguntei receoso, e ela assentiu séria, olhando nos meus olhos profundamente. 

— Algum problema? 

Soltei uma risada sem graça e ela permaneceu séria. 

— Oh, não.. Eu.. Não, claro que não! — Ela jogou o cabelo de lado, não sei se era um charme que estava jogando ou coisas de mulher. Talvez seja um pouco dos dois também. 

— Ok. 

— Ãhn, vamos pra minha sala? Lá conversamos muito melhor. — Em silêncio, ela caminhou ao meu lado, o som do salto ecoando no piso era nosso grilo. Mas os seus olhos vagavam pela casa, ela me passava confiança e dedicação ao trabalho. Não é fácil mandar uma mulher para investigar, só se ela é muito boa. — Quer alguma coisa? 

Ela fez sinal com a cabeça, e se virou abrindo sua bolsa preta, e me entrega uma folha. Uma não, várias delas. 

— O senhor precisa ler e assinar, é a minha autorização para começar o meu trabalho, e aí estão, como o senhor pode ver, minha ficha também. 

— Ah, a... S/N? — Ela olhou pra mim com atenção. — Me chame de você, por favor. 

— Ah, ok. 

Voltei a ler as folhas com muita atenção, lendo a ficha dela enquanto a mesma me olhava intensamente. Ela não era daqui, brasileira e tinha apenas dois anos de diferença na idade, é solteira e já havia resolvido casos. Ela é boa como a sua ficha dizia. Agora entendo o porque o delegado dizer; Seokjin, eu te enviarei um presente! Eu até o chame de maluco, eu não queria um presente, eu queria e estava em busca de um investigador dedicado a fazer que tudo fosse esclarecido. Compreendo perfeitamente agora, a S/N era o tal presente. 

— Appa! — Hwasa entrou animada e olhou estranhamente para moça e veio até a mim, com uma das mãos no meu ouvido. — Quem é ela appa? 

Cochicha curiosa, com a voz bem baixinho. 

— Lembra que o appa disse que uma amiga iria vim e descobrir quem levou a sua omma? Hun? — Ela assentiu escondendo seu rosto envergonhada pela moça que estava distraída olhando pela janela grande atrás de mim. 

— Ah... Appa, eu posso brincar lá fora? — Perguntou se afastando para ver os meus olhos. — Posso? 

— Chame a sua irmã, eu não quero te ver sozinha. Está bem? — Beijei sua cabeça e ela acenou pra moça antes de sair correndo. — Filhos.. 

— Ela é linda, Kim Seokjin. — Ela disse e seu sorriso surge, até que por um momento achei que ela não sorria de tão séria. 

— Obrigado. — Passei a mão na caneta, assinando toda aquela papelada e a entrego novamente. — Pronto, eu vou depositar a minha confiança em você, S/N, eu espero que você não me decepcione. 

— E eu não vou. — Ela disse sorrindo desafiadora e com bastante firmeza nas palavras.