23.
Point of view Kim SeokJin.
— Appa, estamos com saudades da S/N. — Hyuna diz manhosa assim que Jin entra no quarto das filhas.
— Quando vamos poder sair com ela de novo? — Hwasa pergunta angustiada.
— S/N está ocupada com a investigação, mas assim que der ela vai adorar passar um tempo com vocês. — Ele se senta na cama ao lado das filhas.
— Você não vai querer ir com a gente, appa? — Hwasa olha o pai intrigada.
— Foi legal quando nós quatro saímos juntos aquele dia, não foi? — Hyuna diz e Jin logo sorri.
— Por que está rindo, Hyuna? — A mais nova pergunta.
— Não é nada, irmãzinha. — Ela ainda ria.
— Vou fazer nosso almoço e já chamo vocês. Juízo, mocinhas. — Olha para a filha mais nova, beija a testa de ambas e em seguida deixa o quarto. Hyuna corre até a porta para se certificar de que o pai já estava longe. Espia a parte do corredor que vai para a cozinha e volta para o interior do quarto.
— Hwasa, eu acho que o appa e a unnie se gostam e ainda não descobriram isso.
— Aigoo, o que está querendo dizer? — A mais nova estava confusa.
Point of view S/N.
Flashback da S/N, numa viagem qualquer do seu pensamento.
Decido ir até a cozinha comer algo, afinal, meu estômago já estava fazendo uma sinfonia de tanta fome. Ao passar pelos corredores acabo por sentir um cheiro delicioso vindo de um cômodo da casa e acabo por chegar na cozinha. Percebo que alguém estava cozinhando algo, aliás, esse alguém era Kim Seokjin vestido com um avental bege.
Atualmente, me despertei assim que percebi que eu estava pensando, por que eu pensei nisso?
— Por que Hyeri viria aqui? — Jimin ainda parecia perplexo assim como os outros.
— O que você acha, Park Jimin? Não me venha querer dar uma de inocente agora. — Taehyung diz, óbvio.
— Eu não acredito que ela fez isso. Aquela... — Fecha os pulsos com raiva.
— Se acalme, S/N. Vamos tirar isso a limpo. — Hoseok a olha e segura sua mão. — Vocês, esperem aqui fora. Eu e S/N vamos entrar. — ele continua.
— Qual o casal prefere? Temos os quartos com...
— Na verdade precisamos de uma informação, pode ser? — Hoseok o interrompe.
— Nomes? Não são os primeiros. — Ele ri debochado. — Sabem como funciona, né? Tudo aqui é sigiloso.
— Lee Hyeri, conhece?
— O que eu ganho se falar?
— Ela está morta. Seja lá o que você souber, isso é importante para a investigação. Se preciso te daremos o valor de um diária de luxo aqui.
— Ela vinha aqui com frequência e sempre com o mesmo homem. Ele se apresentava como Sr. Kim.
— Precisamos saber o nome completo. — Hoseok ficava impaciente.
— Já disse o que sabia.
— Só pagamos quando nos der uma informação realmente relevante.
— Kim Taeyang, esse era o nome dele.
— DESGRAÇADOS! — S/N bate com força no balcão e sai as presas do local enquanto Hoseok desorientado pagava o recepcionista.
— O que aconteceu, noona?
— ENTREM NO CARRO, RÁPIDO!
— Jimin, certifique-se de que Taeyang não estará lá quando chegarmos. Tae, você dirige agora. — Hoseok diz apressado e eles parecem assustados. Já no caminho de volta, os três ainda pareciam preocupados com a reação de S/N.
— Você vai contar pra ele, não é? — Taehyung pergunta e Jimin o olha repressivo.
— Por que eu deveria?
— Não acha que ele precisa saber?
— Acho, mas será doloroso demais para ele. Eu não conseguiria.
— Você quer protegê-lo, eu entendo isso. Acontece que diz respeito a vida dele, ele tem o direito de saber a verdade por pior que ela seja.
Assim que chegam em casa, todos descem tensos do carro. Os meninos iriam para o escritório digerir e repassar as informações para os demais membros da equipe. S/N, bom, ela iria conversar com Jin, mas não pretendia contar nada ainda.
— Já voltaram? — Jin pergunta assim que S/N aparece na porta da sala.
— Sim, acabamos de chegar.
— Como foi?
— Encontramos algo que vai nos ajudar a organizar as peças desse quebra cabeça.
— Que bom! Fico feliz que as investigações estejam indo bem.
— Jin, se importa se eu fizer algumas perguntas. Aliás, já peço desculpas se forem pessoais demais para você.
— Tudo bem, pode falar. — Os dois se sentam no sofá.
— Como era sua relação com Hyeri? Me refiro a comunicação é a confiança entre vocês. — S/N pergunta direta e prática como sempre.
— No início do casamento era tudo perfeito. Hyeri e eu conversávamos sobre qualquer coisa um com o outro. Sempre fomos próximos.
— Por que disse "no início"?
— Tinha vergonha de dizer para outros, mas tudo bem falar agora.
— Pode confiar em mim. — Ela segura sua mão e os olhos de Jin ficam marejados.
— Com o tempo nos afastamos e ficamos distantes um do outro, emocionalmente e fisicamente. Não tínhamos tempo para conversar, Hyeri saia de casa com frequência. Algumas vezes eu acordava durante a madrugada e ela não estava aqui. No dia seguinte ela dizia que teve insônia e que estava apenas caminhando pelo bairro. Sempre quis acreditar na minha esposa, mas uma parte de mim sempre soube que ela estava mentindo.
— Eu lamento muito por isso, Jin. — Ele a olha e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— Eu só queria saber a verdade, S/N.
— Você acha que estaria pronto para ouvi-la?
— Não sei, mas foi o que sempre quis. Na verdade ainda quero, mas agora ela simplesmente não está mais aqui para me contar a verdade.
— Jin, encontramos um papel com um endereço nas roupas de Hyeri no closet. Fomos até lá. Nós acabamos de voltar de um motel.
S/N se arrependia por ter começado a contar, mas ela não podia resistir depois de ver a vontade que Seokjin tinha de saber a verdade sobre isso.
— Um motel? Eu sempre soube que Hyeri mentia pra mim. — ele tenta segurar as lágrimas. — Com quem ela me traía, S/N? Sei que não voltaria de lá sem uma resposta. — já chorando, Jin não consegui olhar nos olhos de S/N.
— Jin, eu...
— Me diga, S/N, por favor.
Não havia uma forma indolor de contar a verdade, ela precisava ser dita de forma nua e crua.
— Taeyang, foi o que o recepcionista nos disse.
— TAEYANG?
Jin solta a mão de S/N com raiva, levanta do sofá e começa a xingar o irmão. S/N não interfere, deixando que ele extravasar sua raiva.
— EU O ODEIO! ELE NÃO É MEU IRMÃO! — quebra um dos vasos caros da decoração na parede. Os meninos aparecem na porta de sala minutos depois de o primeiro de muitos vasos quebrar. Eles pareciam assustados com a reação de Jin, mas compreenderam. S/N fez sinal e os mesmos não interfiram.
— ONDE AQUELE DESGRAÇADO ESTÁ? — Soca a parede. — ELES SE MERECIAM. — Derruba toda a louça da mesa no chão.
As meninas, assustadas, aparecem no local, mas Tae e Jungkook as tiram dali o mais rápido possível. Quando estavam saindo de casa com as meninas cruzam caminho com Taeyang que estava já havia adentrado o quintal da casa.
— Taeyang, não é um bom momento. — Jungkook o adverte.
— É melhor voltar depois, Tae o segura pelo braço.
— Não me diga o que fazer, moleque.
— Que barulho foi esse? — Hwasa diz em meio a soluços, Jin ainda quebrava as coisas dentro de casa.
— Appa ainda está bravo. — Hyuna responde a irmã mais nova.
— Vamos meninas, rápido. — Jungkook as leva para dentro do carro.
— Preciso ver meu irmão. — Taeyang corre para dentro da casa.
— VOCÊ! — Jin aponta para Taeyang que aparece na porta. — COMO FOI CAPAZ DE FAZER ISSO COM SEU PRÓPRIO IRMÃO?
Jin lhe dá um soco e parece não conseguir se controlar.
— O que deu em você?
— Jin, se acalme.
— Cale a boca, S/N.
— Está louco?
— HYERI ERA MINHA ESPOSA! — Jin o empurrava repetidas vezes enquanto falava. Com a respiração ofegante, seu olhar para Taeyang demonstrava nojo. — Se não soube respeitar uma família, então não faz parte dela. NUNCA MAIS ENTRE POR AQUELA PORTA. SUMA DE NOSSAS VIDAS, ENTENDEU?
Jin continuava a bater no irmão, o afastando pelo cômodo até a porta. Já machucado, Taeyang o olha sínico.
— Eu não me arrependo de nada, seu idiota!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.