História Na mesma moeda - Então me ajude a segurar essa barra que é ser seu ex

— Responde, Hunnie, o que tem eu? — a voz de Baekhyun mais uma vez me tirou do meu transe de meio minuto, me lembrando como eu estava... aquela palavra com F.

— Oras, nada, meu amor. — sorri meio nervoso, quando Baekhyun se aproximou de mim com um olhar intrigado.

— Não estavam brigando, não é? — ele olha de mim, para Yuri, logo atrás, quando pergunta. — Okay, estavam discutindo por quê?

— Pff, claro que não, Baek. A gente estava falando dos tempos do colégio, não é, Sehun? — o sonso do Yuri diz sugestivamente, e eu imagino o quão bom seria estourar a cabeça dele.

— Pelo que eles estavam discutindo, Yeol? — Baekhyun estava estranhamente curioso. E eu nervoso o suficiente que ele descobrisse que eu estava discutindo por causa do meu ex. 

 Chanyeol o encara surpreso, sem saber como responder.  É bom que ele saiba muito bem o que dizer.

— Ah... Bem... — seu olhar caminha por cima do meu ombro, e eu tenho certeza que estava olhando pra Minseok que tinha seguido por aquele caminho. — Estávamos discutindo sobre qual de nós era melhor no basquete, nada demais, Baek. — ele sorri

Me permito soltar a respiração presa com a resposta de Chanyeol.

—Ah, tenho certeza que era o meu Sehunnie! — Baekhyun sorri e encara Yuri mais uma vez antes de aproximar o rosto de mim. — E agora que eu já terminei, nós podemos ficar juntos, amor, sem mais interrupções . — Baekhyun morde meu lábio inferior e logo depois sorri. Sinto-o puxando meu braço e só tenho tempo de me virar brevemente para dar meu mais amargo olhar de desgosto para o meu cunhado.

— Ei, Baek, espera. — chamo Baekhyun, quando ele se enfiava por entre as pessoas, me levando junto.

Eu devo ser um idoso no corpo de um belo jovem de 23 anos, porque toda aquela multidão e aquele barulho de risadas e música estavam me enlouquecendo.

— Conversamos lá em cima, Hunnie. — Baekhyun parou apenas para dizer em meu ouvido. — Já que o meu maninho está enchendo o saco, vamos nos vingar dele. — ele ri, malditamente perverso, já voltando a me puxar com a mão entrelaçada à minha.

Ele me guia pelas escadas que dão acesso ao enorme corredor de quartos, logo após termos passado por todo aquele povinho.

— Baek, você tem certeza? — pergunto ainda hesitante, quando entramos em um dos quartos. Esse parecia ser o maior de toda a casa, e era cheio de coisas caras e sofisticadas.

Hunf, nada que meu antigo quarto não tivesse.

— Sehun, já é a terceira vez que você me pergunta isso! — Baekhyun aponta. — Qual o problema, você não quer? — ele parecia levemente magoado me olhando com os olhos pedintes.

— Não, Baek, claro que eu quero. Só que...

Ah, não me levem a mal, eu não queria que Baekhyun ficasse magoado, mas transar no quarto do irmão dele não é bem o meu ideal de excitante.  Imagine quanto esperma nojento de Yuri não já passou por cada canto desse cômodo, que nojo.

— Sehunnie... — eu tive tempo de ouvir antes de Baekhyun levar sua mão ao meu membro adormecido, não por muito tempo. — Eu acho que fiquei te devendo uma cavalgada mais cedo, hum?

— Porra, Baek... — foi só o que eu consegui dizer antes de puxa-lo para um beijo no qual eu já invadia afoitamente sua boca com minha língua.

Senti Baekhyun massageando meu membro enquanto eu beijava seus lábios deliciosos, e não pude evitar arfar durante o beijo. Em seguida, levei minhas mãos à sua bundinha empinada, apertando com força a carne, por baixo da calça.

São em momentos como esse que eu me lembro como Baekhyun me enlouqueceu a ponto de me fazer trair o meu noivo. Claro que eu chegava do motel arrependido, por ver Minseok me beijar com tanto carinho e perguntar se o dia no trabalho foi muito puxado pra eu estar tão cansado. Mas todo esse arrependimento ia embora quando eu encontrava Baekhyun de novo e nós dois transávamos feito loucos. Cheios de agressividade, puxões de cabelo, apertos, mordidas, tudo em Baekhyun me deixava louco.

— Sabe, com esse argumento, eu te comeria até lá fora, na frente de todo mundo. — disse meio sem pensar, pois os lábios de Baekhyun em meu pescoço estavam tirando minha concentração em pensamentos. Novamente, levei minhas mãos ao seu traseiro, se eu pudesse, arrancaria a calça rasgando. Sim, eu estou um pouco sedento.

O ouvi rir nasalado, antes de me empurrar pra cama, subindo, não tão delicadamente, no meu colo. Baekhyun desceu para me beijar, enquanto, sutilmente rebolava em meu membro semi-ereto.

— Seu irmão vai ficar puto com isso. — disse, meio rindo. — Baekhyun, você está me enlouquecendo desse jeito. — gemi logo depois quando o sem vergonha começou a me provocar com aquelas expressões indecentes e movimentos tão precisos, bem em cima do meu pênis.

Se ele não tirasse aquela calça no próximo minuto, eu ia ter que dar um jeito de rasga-la de verdade.

— Ai, amor, ele não precisa saber. Essa é a vingança. — ele fez o maldito biquinho. — E a única coisa que me importa é essa, deixar você louquinho e te dar muito prazer. — contemplei seu puta sorriso luxurioso e pervertido, com uma mordida no lábio inferior, que fazia meu pau subir ainda mais rápido.

Não pude evitar sorrir de volta quando Baekhyun levantou do meu colo, fazendo menção de tirar a roupa.

— Eu não vejo a hora de ter você aqui. — levei minha mão ao meu pênis, massageando o membro duro por de baixo da calça. — Vem logo, amor.

— Só se for agora... — e o sorriso malicioso de Baekhyun se alastra ainda mais, antes vir para mim.

...

— Vocês deviam disfarçar melhor, seus coelhos ninfomaníacos. — Chanyeol cutuca meu ombro quando sinto os beijos de Baekhyun subindo do meu pescoço para minha bochecha.

— Ai, Chanyeol, não enche, vai. — Baekhyun o empurra levemente.

— Pois é, aposto que se estivesse namorando, você estaria bem pior do que nós. — digo nada menos do que a verdade, porque eu sei o quão ativo sexualmente Chanyeol podia ser.

Escuto Baekhyun rir junto a Chanyeol, mas de repente o olhar do mais alto muda.

Sigo seus olhos para ver pra onde apontam, e então os meus olhos param em quem eu, inevitavelmente, encontraria àquela noite. Ninguém mais, ninguém menos do que Kim Jongin, parado na entrada, do andar de baixo. Chanyeol rapidamente se desencosta do corrimão e me dá aquele olhar significativo.

Claro, Jongin procuraria por ele, e não podia, de formal alguma, encontra-lo aqui.

— Chanyeol, você não tinha que ajudar o Park com os preparativos pra mais tarde? — ajudo-o a evitar perguntas de Baekhyun por sua saída repentina, este que me olha com repreensão pelo modo de desprezo ao qual me refiro ao seu irmão. Apenas dou de ombros.

— Mas é claro, ele deve estar precisando de ajuda. A gente se vê mais tarde. — ele não perde tempo em virar as costas e caminhar pelo corredor que daria a escada para o andar de baixo.

Enquanto isso, não consigo reprimir meus pensamentos de angústia perante a esta situação. Olho Jongin novamente, passando pelas pessoas, cumprimentando outras. Seu jeito sempre simples mas estiloso de se vestir não passava despercebido. Seu sorriso carismático.

Olha...Eu sentia muita falta do meu amigo.

Mas eu nunca teria coragem de se quer pedir pelo seu perdão, não depois de ter quebrado nossa promessa descaradamente. Ele sempre mereceu o Minseok mais do que eu, desde o início. E eu sempre soube disso.

— Hunnie, você ficou quieto de repente, o que foi? — Baekhyun pergunta meio manhoso, se aninhando em meu peito.

— Não é nada, eu só... estou um pouco cansado, problemas da empresa que me acompanham aonde quer que eu vá. — dou minha melhor desculpa, que sempre funcionava. Principalmente com Minseok.

— Ah, mas pode ir esquecendo esses assuntos. A noite hoje é apenas de diversões, então eu quero que você relaxe e aproveite. — Baekhyun sorri gentilmente. — E algo me diz que será de muitas surpresas e emoções...

Sentiram o mistério? Eu senti.

— Baek, você está muito de segredinhos hoje. — estreito os olhos em sua direção e ele apenas sorri.

— Eu? Jamais. — Baekhyun permanece sorrindo. — Vem, vamos beber alguma coisa e depois dançar que nem adolescentes! — Baek me puxa pelo braço, seguindo o mesmo caminho que Chanyeol tinha feito anteriormente.

— Me dá um Sex on The Beach, por favor. — Baekhyun faz seu pedido quando chegamos ao bar. O vejo sorrir um tanto sedutor para o Barman, mas isso estranhamente não me deixa enciumado. O que só confirma a droga das minhas teorias.

O cara retribui com um sorrisinho não muito discreto, e se vira para mim.

— E você vai de...?

— Vodka, com energético. — pedi sem hesitar.

Baekhyun e eu pegamos nossas bebidas, e quando eu estava prestes a descer do banquinho, eu escuto:

— Rápido, Lu, se Sohee e Kyung me veem aqui vão me puxar pra pista de dança, você sabe.

Puta merda, Minseok.

— Olha, eu não acharia nada ruim. Assim você poderia me mostrar seus talentosos e hipnotizantes, passos de dança. — escuto inegavelmente a voz de Jongin.

Se acalme, Sehun, não pire.

— Err, Baek, vamos logo, né? — me desespero quando não o vejo concordar comigo.

— Ai, Hunnie, eu quero ficar aqui, quando eu terminar podemos ir aonde você quiser. — Baekhyun responde, totalmente alheio ao meu desespero, que só se intensifica quando tenho a certeza de que sentaram bem ao nosso lado.

Escuto a voz de Luhan animadamente pedir sua bebida, em seguida Jongin.

— Um Sex on The Beach, por favor. — é a voz de Minseok. Felizmente não posso ver o seu rosto, já que estou de costas pra ele. — Olha, Kai...Só depois que eu beber o suficiente pra isso, você sabe como eu fico soltíssimo quando bebo.

Baekhyun bebia seu drink despreocupadamente, enquanto eu ouvia a conversa. Não pude deixa de reparar em como Baekhyun e Minseok tinham coisas em comum.

— Minseok, você já é soltinho o suficiente sem beber, corta essa... — escuto Jongin responder, e ao fundo uma risada baixa de Luhan.

— Ah, é, Jongin? — Minseok diz, provocativo.

— É, sim, bebê. — Jongin respondeu e eu tentei não imaginar que provavelmente, os dois estão bem próximos enquanto dizem essas coisas.

— Vocês são tão melosos, se vão beijar, beijem logo... — escuto Luhan comentar, apenas pra comprovar o que estava óbvio. Jongin e Minseok estavam de pegação.

— O Kai que é meloso, eu não. — Minseok rebate infantilmente e escuto Jongin rir.

— É você que mexe com meu coração e me deixa altamente derretido, Min. — e então o que eu menos queria ou precisava ouvir.

Um beijo. Minseok e Jongin estavam se beijando a menos de dois passos de mim.

Eu não tenho o direito de estar chateado com isso,  o errado da história sempre fui eu, mas mesmo assim... Por que estou apertando o meu copo com tanta força? Por que eu quero bater em Jongin até que ele devolva o que é meu?

Meu... Não me faça rir, Oh Sehun.

Estava tão perdido em meus pensamentos melancólicos, que tenho apenas o tempo de me assustar com o grito de Baekhyun.

— Minseok, é você?! — Baekhyun dizendo na direção oposta à minha, era a confirmação de que eu estava fodido.

Meu rosto automaticamente vai de encontro às minhas mãos,  cobrindo meu sorriso nervoso.

— Minha nossa, Baekhyun e...! Sehun? — sinto alguém tocar o meu ombro, e me viro da forma mais natural que consigo, semelhante a um robô enferrujado.

Jongin não disfarça seu olhar descontente para mim, e nem posso me surpreender, suas palavras aquele dia foram muito claras:

“Eu quero que você esqueça que um dia já fomos amigos, Oh Sehun”

— Sim, sou eu sim! — sorrio meio nervoso para Minseok. — Olá de novo e... Boa noite, Jongin... — tento dizer de forma educada, por mais que minha voz saia bem tensa.

— Boa noite. — Jongin acena minimamente com a cabeça.

As três passivas, digo, Luhan, Minseok e Baekhyun fingem ignorar a situação, mas estava escancarado o clima pesado entre nós dois.

— Olha, Nini e Lu, esse aqui é o Baekhyun, noivo do Sehun. — Minseok apresenta gentilmente, dando ênfase a palavra “noivo”. — Não é? — nos encara.

Francamente...Essa história de novo?

— Ah, Minseok, não é pra tanto. Eu e Baekhyun estamos apenas namorando. — repito o que eu já lhe tinha dito anteriormente e vejo Minseok dar um sorriso um tanto....diabólico.

— É mesmo? — Minseok olha pra Baekhyun sorrindo, o que me deixa nervoso. Não sabia que tinham alguma intimidade. — Desculpe, então me enganei.

Eu estava perdido naquele sorriso sedutoramente provocante, quando sinto Baekhyun puxar meu braço, praticamente me derrubando do meu banco, apenas para entrelaçar seu braço ao meu. Quando olho para o meu namorado, encontro seu sorriso quadradamente presunçoso.

— Não se desculpe, querido. Sehun e eu estamos tão apaixonados, que logo, logo, noivo, namorado ou marido não farão tanta diferença. — Baekhyun me segurava como se eu fosse seu troféu.

— Minha nossa... — Minseok simplesmente não parava de sorrir. — Que...lindo. Vocês dois são muito lindos.

Eu obviamente não necessito dizer que meu consciente estava pirando por ter meu ex e meu atual conversando com sorrisos estranhos no rosto em uma situação tão embaraçosa, não é?

— Eu concordo... — Jongin debocha, se aproximando. — Olá, Baekhyun. — ele sorri minimamente pra Baekhyun, mas seu sorriso me incomoda. Por que ele falava como se o conhecesse?

— Olá! É um prazer, Nini...? — Baek pergunta, se referindo a como devia chama-lo.

— É Jongin! Kim Jongin, pode chama-lo assim. — Minseok segura Kai pelos braços, da mesma forma que Baekhyun me segurava, enquanto deixa um risinho forçado escapar.

— Jongin... — Baekhyun parecia saborear o nome. — E este aqui, é...?

— Luhan, me chamo Luhan. — o amigo rosado de Minseok se aproxima, dando um sorriso gentil a Baekhyun.

— Prazer, Luhan. Ai, minha nossa, eu amei o seu cabelo! E essa calça, minha nossa, eu estava procurando uma igualzinha, onde você comprou? — Baekhyun disse animado.

Luhan iluminou o rosto, ele parecia ter tocado em um assunto que lhe agradava.

— Ai, jura? Você não sabe o trabalhão que deu pra conseguir essa calça, porque....

— Eu que dei a ele. Foi a pior liquidação da minha vida, mas Luhan estava tão vidrado nessa calça, que eu tive que ser pisoteado pra conseguir. Sabe como são os bests, né? — Minseok estava claramente enciumado com a animação de Luhan e Baekhyun.

— Claro. Entendo perfeitamente. — o sorriso de Baekhyun se desfaz aos poucos. — Mas então... Onde está o seu namorado, o loiro alto? — pergunta como quem não quer nada.

Namorado loiro e alto? Este não deveria ser eu?

— Ah, não. Kris era apenas meu amigo, eu já tinha lhe dito isso.

Depois da fala de Minseok, começo a me lembrar vagorosamente...

Loiro, alto... Droga, era aquele maldito que o beijou e o tocou na minha frente, me fazendo pagar aquele vexame em público.

Amigo... Sei.

 Estava se aproveitando da fragilidade de Minseok para pôr as mãos peçonhentas nele. Ele também estava naquele maldito leilão.

Automaticamente distorço minha expressão para desagrado e percebo que Jongin fazia o mesmo ao ouvir falar do tal do Kris.

— É mesmo! Eu havia me esquecido. E então... você e Jongin são namorados? — Baekhyun aponta para os dois.

Tanto eu quanto Jongin não pudemos disfarçar os olhos arregalados com a pergunta.

— Bom... — Minseok olha pra Jongin, que lentamente o encarou de volta. Pareciam estar em um momento só deles, com rostos rubros e tudo mais. — Somos amigos, também. — responde corado, enquanto Jongin apenas sorria minimamente.

A ideia da amizade colorida dos dois me corroendo por dentro.

Baekhyun ri, meio irônico.

— E você costuma ser tão íntimo de todos os seus amigos, Minseok? — Baek arqueia uma sobrancelha.

Droga! Baekhyun não deixaria passar o fato de que eu e Minseok mentimos pra ele quando dissemos que éramos apenas velhos amigos. Minseok não inventou isso, mas me acobertou e apesar de toda essa reconciliação, Baekhyun deve estar cheio de veneno por dentro. Por isso, toda essa simpatia.

Mas é claro que Minseok também não ia deixar passar, sua expressão maliciosa denotava isso.

— Ah, costumo, sim.... Principalmente, dos mais antigos, não é, Sehun? — ele rapidamente desvia o olhar pra mim, e sinto como se essa frase fosse uma corda a qual Minseok me entregou para que eu me enforcasse.

Baekhyun não reprimi seu olhar de indignação e eu, pobre coitado, não tinha nada além de gaguejos para pronunciar.

Droga. Por que eles dois não tiram a roupa pra mim ao invés de me deixarem maluco?

— Calma, eu estou só brincando. — Minseok ri, mostrando seus olhinhos fechados durante o ato. Posso sentir o ar que eu, inconscientemente, prendi, escapar. Se ele soubesse que Baekhyun já sabia sobre nós...

— Brincando, é... — Baek ri forçado, me admira que ele não tenha dito logo que já sabia de tudo.

— Ai, olha só. A conversa está ótima, de verdade. Mas minha irmã deve estar doida atrás de mim, então eu preciso ir. Mas nos vemos por aí. — Minseok se desvencilha de Kai, para pegar seu copo sobre a mesa.

— Sem problemas, querido. — Baekhyun diz.

Minseok, prestes a se retirar, se vira de repente.

— E a propósito, eu amei sua nova cor de cabelo. — ele joga lindamente seus fios sedosos, ao terminar de falar. Ai, esse homem me mata.... — Se parece bastante com a minha. — provoca, com um sorriso. — Vamos, Lu-ge?

O rosinha faz o mesmo com a sua bebida e acena positivamente, se pondo ao lado do amigo.

— Até mais, Baekhyun. — Luhan diz educadamente, e Baekhyun acena para o mesmo antes dele e Minseok começarem a caminhar. 

Não me passa despercebido a expressão vazia de Baekhyun, algo me diz que tem a ver com o comentário sobre seu cabelo.

Reparo que, ao invés de segui-los, Jongin permanecia parado, com os braços cruzados. Seu olhar enigmático oscilando entre Baekhyun e eu. Quando estava prestes a dizer alguma coisa...

— Kai, você não vem? — Minseok o chama e Jongin desfaz sua postura, rindo nasalmente.

— Até mais... — é tudo que diz antes de ir.

Sinceramente, não fui treinado pra lidar com tantas emoções. Fui treinado para o meu ex odiar o meu amante. Não guardar segredo dele, para me proteger. Muito menos para eles terem uma relação tão estranha.

— Chatinho esse seu amigo, barra, antiga foda, hein? — ele suga o líquido pelo canudo, depois de dizer com uma expressão de tédio.

Dou de ombros, como se não fosse culpa minha. Eu não estava apito para conversar sobre o gênio de Minseok com Baekhyun, de jeito nenhum. Vai que eu tomo outro tapa.

— Você está bem? — pergunto a Baekhyun, que parecia se controlar para não xingar alguém.

 Eu devia ser o único abalado aqui.

— Estou sim. — ele responde meio seco. Então balança a cabeça negativamente e olha pra mim. — Não se preocupe. Eu acho que apenas estou ficando com dor de cabeça. Olha, amor. Eu vou lá em cima tomar uns remédios, okay? — ele diz normalmente, como se isso não fosse me preocupar.

— Que remédios, Baekhyun?

— Nada demais, apenas pra controlarem minha pressão e diminuir uma possível dor de cabeça. — responde, já se virando, até que eu o seguro pelo braço.

— Você vai me deixar sozinho de novo, Baek? Já é a segunda vez... — resmungo. — Deixa eu ir com você. — peço. Vai que ele desmaia.

— Não precisa. Eu não vou demorar— Baekhyun sorri carinhoso. — Eles me causam algum enjoo, então talvez eu vomite... Não quero que você veja. Mas você pode ir lá ficar com seus amigos do colégio, eu não me importo, meu amor. — Baekhyun segura meu rosto com as duas mãos, depositando um selinho em meus lábios, e logo depois descendo do seu banco, para se misturar entre as pessoas novamente.

Seu andar sensual não me passa despercebido, Baekhyun e Minseok tinham mais uma coisa em comum: Gostavam de provocar... a todo momento.

Suspiro, pensando na bagunça que havia me metido desde do dia que conheci o misterioso e sedutor, Park Baekhyun.

— É...Foi um dia de muitas emoções. — rio sozinho, me lembrando.

— Sehunnie....

Ah, não... agora não.

— O que você quer, Minhee? — me viro para a garota, que dá um sorriso animado.

— Aish, eu apenas queria ficar um pouco com você, só isso.

Droga, por que ela não aparecia quando Baekhyun estava aqui? Parece que estava esperando ele sair, tsc. Fique calmo, Sehun.

Não grite com ela.

Não se desespere.

Sorria e acene e acima de tudo:

Não se mete em mais nenhuma treta.

— Minhee, eu já te contei que eu tô namorando?