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História Na mesma moeda - Veio a chuva forte, e o derrubou...


Escrita por: MinnieBaozi

Notas do Autor


Salut, mes amours! Cá estou novamente atrasada mas eu vim khjkjhkhjkjk minhas aulas ead começaram há um tempo, então eu estive bastante ocupada, se é que alguém reparou a demora kkhjhjhjjk
Então, esse cap é um combo de lembranças dos acontecimentos que não foram relatados e ficou enormeee mds, um dia aprendo a escrever menos Zzzzzz
E deveria ter um lemon aqui, mas resolvi deixar essa lembrança pra um posterior e focar só no drama hmmmmm

Quero dedicar esse cap pra @Elmaltali e @TaeMarshmallowV, que foram as únicas pessoas que me deram um feedback do cap passado, obrigada anjos por n me deixarem no vácuo. E se não fosse por vocês eu provavelmente nem voltariam em 2020 pra postar esse capítulo khjkhjkhjkhjkjhk

No mais, boa leitura ^.^ E perdoem os possíveis erros, podem corrigir à vontade.

Capítulo 27 - Veio a chuva forte, e o derrubou...


Fanfic / Fanfiction Na mesma moeda - Veio a chuva forte, e o derrubou...

 

— Sr. Jongu, o senhor tem certeza que ele não deixou nenhuma informação com o seu sobrinho? Ou o senhor não o viu? — encaro o porteiro com um olhar suplicante. 

 

— Sinto muito, Sr. Kim, Jungkook quem recebeu o envelope, eu só fiz entregar. Eu o perguntei sobre o rapaz, o que ele disse o senhor já sabe. Que ele disse ser amigo do senhor e do Sr. Do. 

 

 Maldito dia que esse sobrinho do Sr. Jongu veio substitui-lo. O que tem de bonito tem de incompetente.

 

— Sim, sim. Essa parte eu já sei…

 

 — Eu sei que ele deveria ter pedido identificação, algo assim, mas ele nunca trabalhou como porteiro antes, perdoe-o, Sr Kim, é um bom garoto. — ele tinha uma expressão de culpa, como se o erro fosse dele.

 

— Tudo bem, Sr. Jongu, não precisa se desculpar. — tento não transparecer minha chateação, no fundo eu o entendia. Quem desconfiaria de um pendrive? — Diga ao seu sobrinho que não estou bravo, ele pode continuar te substituindo aqui.

 

— Muito obrigado, é muito generoso, Sr. Kim. — ele toma minhas mãos em agradecimento. 

 

— Não precisa agradecer, Sr. Jongu.— sorrio.— Bem, eu vou indo, bom trabalho pro senhor. 

 

Me viro tentando não voltar à minha expressão de derrota, mas acho que é inevitável.

 

— Espere, Sr Kim! — escuto quando já estou me encaminhando ao elevador. — Tem mais uma coisa.


 

                                                                                     X X X 

 

Fungo mais um pouquinho, olhando pro relógio e lembrando que a essa hora eu estaria indo todo serelepe cumprimentar Jongin na sala dos professores. 

Por mais que eu adorasse minha nova rotina, ironicamente, agradecia aos céus por não ter aula de canto hoje. Certamente, não seria nada agradável nosso encontro.

Não depois do que aconteceu ontem.

Incrível como algo sempre dá errado quando você finalmente está juntando as pedrinhas e remontando seu castelo. 

Era pra eu estar passando o dia de hoje com Jongin, num date super romântico marcado pra esse fim de semana. Mas em vez disso, estou aqui revivendo as lembranças daquela briga horrível em que os quatro saíram machucados. 

 

                                                                                                      . . . 

 

— Eu nunca imaginei que você faria isso comigo, Minseok, nunca mesmo… — Kyungsoo fungou limpando uma lágrima. — Meu “melhor amigo”. — riu irônico e amargo. — Eu confiei a você meus sentimentos mais profundos. — ele falava enquanto lágrimas voltavam a cair. Senti meu coração apertar. — Você sabia que isso me magoaria, como pôde...? 

 

— Kyungsoo, não é o que parece...

 

— Você ainda teve a cara de pau de dizer pra eu ficar tranquilo, e no mesmo dia...— apontou pra televisão enquanto me encarava com um olhar rancoroso. Atrás dele estava a minha vergonha, meu corpo agarrado ao de Chanyeol parecia a coisa mais suja do mundo. — Sabe, Minseok, eu jamais culparia você por querer ficar com ele, eu sei que não mandamos nos nossos sentimentos.  Mas mentir pra mim, me dar falsa esperança e depois me apunhalar desse jeito? Não consigo entender...
 

— Do que vocês estão falando? — Chanyeol perguntou, mas tanto eu quanto Kyungsoo o ignoramos. Estávamos presos, fixos demais no olhar um do outro, naquele momento catastrófico e infeliz que eu nunca imaginei passar com meu melhor amigo. 

 

— Mas, Kyung, eu não menti pra você! — me aproximei segurando seus ombros, e no mesmo instante ele me empurrou se afastando. Meus olhos se encheram de lágrimas. 
 

 Eu queria dizer a Kyungsoo pra parar de chorar, que estava tudo bem, nada daquilo tinha acontecido, que eu o amava, nunca passaria por cima dos seus sentimentos desse jeito. Mas como poderia? Nem eu mesmo conseguia parar de chorar, ou tinha certeza do que fiz...

 

— Ah não, imagina! Pra alguém que levou corno por meses, você perdeu bastante a noção da verdade. — Kyungsoo disse ácido, trazendo sua pior parte à tona. 

 

— Kyungsoo, pega leve, você não tem o direito de falar disso. — Chanyeol repreendeu, quando viu como me machucou o que Kyungsoo tinha dito. 

 

— Cala essa boca, imbecil, você é outro traíra, claro que defenderia esse mentiroso. — Kyungsoo cuspiu as palavras. — Você é nojento, Chanyeol... 

Chan arregalou os olhos com a mágoa que Kyungsoo esboçou dele. 

— Kyungsoo, você sabe que eu nunca faria isso de propósito. Eu nem se quer me lembro disso, estávamos bêbados, nem você se lembra com quem dormiu!  — gritei, trazendo a atenção de Kyungsoo pra mim. — Eu nunca ficaria com Chanyeol, sabendo que você gosta dele, eu nunca te machucaria assim, Kyungsoo! 

Não queria ter dito aquilo, mas o próprio Kyungsoo se entregou me acusando de ser traíra. 

Droga, nada, nada daquilo devia estar acontecendo, era tudo um mal entendido. 
 

— E eu, Minseok? — pela primeira vez a voz terna de Jongin não acalmou meu coração. — Esse é o único motivo pelo qual você não ficaria com o Chanyeol? — virei-me dando de cara com o olhar intenso de Jongin enquanto ele se levantava. Cruzou os braços em uma pose imponente, fazendo eu me arrepiar ao encará-lo. 

 

— Jongin, não…

 

— Você me fez realmente acreditar que era recíproco... — Jongin abaixou a cabeça, balançando-a negativamente. — Olha, se você quer o Chanyeol, não poderia te crucifcar por isso. Mas queria que tivesse sido sincero desde o começo e dito que estava com ele também. — Jongin caminhou em minha direção e eu percebi que, na verdade, ele se encaminhava à porta.
 

— Jongin...— segurei seu braço mais forte do que o recomendável, trazendo seus olhos escuros pros meus. — Eu e Chanyeol não temos nada. Fala pra ele, Chanyeol. — encarei-o em súplica, mas Chanyeol parecia hesitante. 

 

— É, cara. Acredite nele, nós dois não temos nada. — ele disse por fim, com a voz carregada. — Isso é montagem, ou nos drogaram, sei lá. Independentemente, não significou nada. — senti certo alívio por Chanyeol não ter me contrariado, como pensei que pudesse fazer. 

 

— Parecem bem reais pra mim. — Jongin o respondeu ríspido enquanto eu ainda o segurava. 

 

— Pelo amor de Deus, Kai, pare de ser infantil e possessivo, o Min gosta de você e ele escolheu ficar com você, não foi o que você sempre quis? Nós dois não temos nada além dessa loucura inexplicável. — Chanyeol me surpreende ainda mais e eu também queria abraçá-lo por dizer aquelas coisas pra Jongin. Meus olhos se encheram novamente. 
 

— Pois deviam ter, vocês dois formam um belo de um casal. — a voz de Jongin oscilava entre irônica e raivosa. — Sempre tentei levar na brincadeiras seus flertes com o Minseok, mas só sendo cego pra não perceber que você o queria, e quer saber? Tá tudo bem, vocês são livres. O que eu considero traição foi terem mentido pra mim e pro Soo de que são apenas amigos, e traição era algo que eu não esperava de você, Minseok. — ele trouxe seu olhar pra mim encarando minhas lágrimas. Eu sabia que no fundo ele queria secá-las mas sua descrença nas nossas palavras o impedia. — Eu sempre quis sim que você me escolhesse, mas não só de boca... Sinto muito, mas eu vou embora. — ele tentou se soltar mas eu continuei o segurando. 

 

— Não, Jongin, por favor, não...— implorei. — É de você que eu gosto, você sabe. — coloquei sua mão no meu rosto o esfregando na palma. Eu queria dizer tantas coisas a ele, mas enquanto o encarava apenas isso parecia ser o mais importante. 

 

— Não da forma que eu gosto de você. — ele sorriu balançando a cabeça negativamente. Senti seu polegar acariciar minha bochecha e por um segundo meu coração se aqueceu. — Mais do que isso, Minseok, eu amo você… Mas esse amor me machuca, me machucou a vida toda, e agora… — Jongin deixou cair uma lágrima do seu lindo rosto, enquanto eu deixava várias por ouvi-lo dizer aquilo. — Não dá mais pra mim. Vai ser doloroso esquecer você, mas eu preciso tentar, e te ver apenas como o amigo que eu sempre fui pra você.  — ele segurou meu rosto entre as duas mãos e deu um beijo singelo e demorado na minha testa. — Adeus, Min… 

 

— Não, Jongin… — supliquei mais uma vez, com a voz quase inaudível, mas ele já havia se soltado. Mesmo que minha vontade fosse agarrá-lo ali até ele me perdoar, eu não podia obrigá-lo.

E quando eu já estava sem forças pra qualquer coisa além de chorar silenciosamente, Jongin passou pela porta. Quando eu o vi deixar meu apartamento, senti minha nova vida feliz se quebrando em milhões de pedacinhos. Meu coração estava doendo daquele jeito horrível de novo, como eu já não sentia há um tempo.

— Eu me arrependo amargamente por cada dia da minha vida que passei nutrindo sentimentos por você. — ouvi a voz de Kyungsoo direcionada a Chanyeol, depois de alguns segundos de silêncio. — E quero que vocês dois vão pro inferno! — gritou com toda grosseria, que pela primeira vez, me atingiu. Kyungsoo se dirigiu até a porta e puxou a maçaneta. Ele parou por um momento, estava chorando, eu sabia. Imaginei que seu último olhar hesitante seria pra Chanyeol, mas Kyungsoo me encarou mais uma vez com olhos cheios de lágrimas. — Se me virem na rua, mudem de calçada. — e finalmente girou a maçaneta saindo logo em seguida. 
 

                                                                                                         . . .

 

Depois disso, desabei no chão mesmo me encolhendo como um bebê enquanto Luhan e Junmyeon, que estavam perplexos com tudo, tentavam me consolar. Dispensei os meninos. Por mais que a intenção fosse boa, eu não queria conversar nem desabafar, só queria ficar sozinho. Chanyeol insistiu em ficar comigo mas eu mal conseguia encará-lo depois de lembrar o motivo de tudo aquilo. Enfim eu o agradeci por ter me defendido, enquanto ele me abraçou e disse que ficaria tudo bem, afagou meu cabelo, beijou o topo da minha cabeça e foi embora, acatando meu pedido de ficar sozinho. 

Até agora eu não consigo acreditar que perdi meu melhor amigo e o cara que eu gostava em poucas horas, por causa de umas fotos que eu nem me lembrava de ter participado. Pela primeira vez eu senti um forte arrependimento de ter ido àquela festa. Claro, não podia ser tudo flores.

E era pra essas malditas fotos que eu estava olhando agora, pela milésima vez. Era incrível como até a forma que minha perna se posicionava em cima de Chanyeol era íntima, parece ter sido uma foda maravilhosa. Deito assim depois de estar bem relaxado e feliz com o que acabou de acontecer. 

E… como será que foi?

Eu sei que não devia estar pensando nisso diante desse cenário, mas caramba...

Todo o desejo reprimido já tinha sido consumado e era um crime eu não me lembrar de nada. 

Eu estava arrasado com tudo que tinha acontecido, mas, se era pra tudo dar errado e eu ficar sofrendo por termos transado, eu ao menos devia lembrar como foi finalmente tê-lo.

 

— Droga, Minseok, seu pervertido. — me repreendo, mas inevitavelmente me pego forçando a memória trazendo as lembranças da bendita festa novamente. 


 

                                                                                                  . . . 

 

— Você vai ficar fugindo de mim, até quando? — ele segurou meu queixo levando meu olhar pra ele, novamente. Chanyeol estava tão perto… a voz grave e baixa sussurrando estava me deixando nervoso. Praguejei em pensamento, totalmente encurralado. 

Reuni todo meu autocontrole pra não ceder ao seu toque, mas toda a cachaça no meu sangue estava tornando essa tarefa muito difícil. 

— Não estou fugindo. Dá pra você chegar um pouco pra lá? — o empurrei suavemente, agarrado a minha lucidez, mas ele segurou minhas duas mãos as prendendo acima da minha cabeça. — Mas o que é isso?! Me solta, Chanyeol! — tentei sair, mas eu estava miseravelmente fraco diante daquela situação. Mesmo ele usando apenas uma mão, eu estava preso. 

 

— Min, deixa disso, você sabe que está fugindo. — Chanyeol segurou meu rosto com a mão desocupada, e seu toque me arrepiou na hora. — Aliás, você não pode me mandar uma foto tão provocante, rebolar daquele jeito pra mim e depois me ignorar. — ele lambeu minha bochecha e sorriu malicioso. — Por que faz isso comigo, hein? 

 

— Ainda pergunta? — arqueei a sobrancelha. — Você é um descarado que só quer se aproveitar de mim, me seduzir e depois dar o bote. Por isso, eu quero distância!  — demonstrei minha irritação me remexendo, na tentativa de soltar-me. 

 

— Hmm, quer distância, é? — contradizendo minha fala, vacilei um suspiro quando Chanyeol apertou minha cintura descoberta pelo cropped. — Você está tão sensível, Min...— ele se aproximou e falou no meu ouvido, logo depois beijou meu pescoço, o qual eu instintivamente inclinei para recebê-lo, fechando os olhos com força. 

 

— Chanyeol, para...— miseravelmente gemi quando ele soltou meus braços apertando minha cintura novamente, com as duas mãos. Senti Chanyeol rir no meu pescoço, enquanto lambia me deixando mole. Contraditório ao que eu disse, novamente, abracei-o enquanto emaranhava minhas mãos nos fios castanho escuro. 
 

— Quer que eu pare, tem certeza? — ele se afastou brevemente, mas ainda segurava possessivamente minha cintura. Se aproximou do meu rosto, roçando levemente o nariz no meu, depois na minha bochecha. — Suas mãos não estão mais presas, pode sair agora. — ele me provocou, com a voz baixa e sexy. 

 

— Filho da puta. — falei olhando seus lábios, hipnotizado. Ele sabia que tinha me desarmado quando não saí, e essa foi a deixa que precisava pra me beijar de uma vez. 

 

Seus lábios esmagaram os meus num beijo intenso e lento. Sua língua invadiu minha boca, brincando com a minha, chupando de um jeito gostoso que me fez suspirar. Chanyeol apertou minha cintura, colando nossos corpos completamente, enquanto eu segurava seus cabelos. Não reprimi um gemido manhoso, ainda em sua boca, quando ele desceu as mãos pra minha bunda, apertando a carne. Instintivamente comecei a arranhar levemente suas costas por cima da camisa, sentindo Chanyeol se arrepiar nos meus braços. 

 

— Eu estou sonhando com esse beijo faz tempo. — confessou, quando nos afastamos, passando o polegar no meu lábio inferior. Eu ainda mantinha os olhos fechados, respirando meio ofegante. 

 

 — Eu também. — sorri. — Literalmente. 
 

— Como assim? — Chanyeol riu e eu percebi que falei demais.

 

— Nada… Faz de novo. — segurei sua mão, chupando o dedo que estava em meu lábio, depois sorri pra ele, me deixando levar pelos meus instintos e engolindo meu autocontrole.  

 

— Ah, se você me chupa outra coisa com essa carinha safada. — Chanyeol sorriu também, mordendo os lábios de um jeito sexy, antes de segurar meu maxilar com moderada força e me beijar com uma selvageria que me derreteu. 

Puta pegada do cacete, Jesus. 

 

— Chan, espera...— parei o beijo, mas Chanyeol usava a boca em meu pescoço, me deixando ofegante. — Alguém pode ver a gente aqui...Chanyeol…

 

— Eu duvido muito, gatinho…Tá todo mundo meio ocupado agora. — ele riu sugestivo. — Mas se alguém vir, espero que seja o Sehun. — sorriu malicioso. 
 

— Ai, não fala isso nem de brincadeira, daria o maior b.o se ele viesse aqui…

 

— E visse a delícia do ex com o melhor amigo, né? — ele interrompe. — Mas a culpa é dele, de ter deixado tudo isso ir embora. — ele sorri me olhando de cima a baixo. 

 

— Verdade... — falo encarando seus lábios e abraçando seu pescoço novamente, encurtando a distância. — Que se foda o Sehun, então.

 

— Exatamente. — Chanyeol sorri safado pra mim, antes de voltar a me beijar.

Retribuí prontamente, voltando minhas mãos pro seu cabelo, e gemi surpreso quando ele espalmou as mãos na minha bunda com força, me erguendo em seu colo logo depois. Chanyeol voltou a chupar meu pescoço e eu ficava cada vez mais quente. Estava totalmente entregue, ele podia fazer o que quisesse comigo. 

E quando Chanyeol me encarou com os olhos brilhando em desejo, senti uma ereção nascendo automaticamente. Só a forma que ele me encarava me excitava, imagina então lembrar dele me fodendo em seu colo, naquele sonho, exatamente como estávamos agora. 

 

—  Eu quero você… — Chanyeol disse baixo, com aquela voz gostosamente rouca me fazendo morder o lábio. — Você sabe como eu quero desde aquele dia. 

 

— Chanyeol...— meio gemi, meio falei, quando ele apertou mais uma vez minha bunda.

Eu não conseguia acreditar que realmente aquilo estava acontecendo. Fugi tanto dele pra terminar aqui, em seus braços, mole que nem gelatina? Com o corpo implorando por ele? Era tão absurdo. E ao mesmo tempo, era tudo que eu queria.

 Era loucura demais todas as brincadeiras dele sobre transar comigo terminarem em uma transa real, de forma que, nem a excitação e o efeito do álcool me faziam ignorar que nós dois juntos… 

Quer dizer, já não é o suficiente minha relação de irmandade com Jongin se tornar de ficantes? 

E aliás…

Jongin...

 

— Chanyeol, isso é tão absurdo…

 

— Mas você quer, não quer? — Chanyeol continuava me provocando, roçando sua ereção na minha bunda.

 

Baixo...

 

— Você ainda pergunta…— passei a mão nos seus cabelos, pronto pra lhe dar mais um beijo necessitado, mas minha ação foi barrada pela vibração intensa do meu celular. Eu ignoraria devido ao momento, mas já o estava sentindo vibrar de mensagens há tempos, podia ser algo importante. —  Espera aí, Chan... —  peguei meu celular enquanto ele me colocava no chão, me olhando chateado. Sorri pra ele antes de desbloquear a tela vendo que a ligação perdida era de Kyungsoo. 

Abri seu chat no app de mensagens, encontrando algo inesperado e intrigante. 

 

“Min, eu sei que você vai estranhar, mas preciso falar com você agora” 

 

“Minnnnseok, vê logo essa mensagem por favor” 

 

"Você vai me odiar por não ter falado antes, mas enfim... Não fica com o Chanyeol antes da gente conversar. “ 

 

“ Minseeeeeeeok!!!!!!! Para agora!”  

 

Meu cérebro explodiu em uma confusão mental enquanto procurei Kyungsoo com o olhar, mas não o vi por perto. Perguntei onde ele estava, obtendo imediata resposta.

 

“Não importa, o Chanyeol não pode saber que eu que liguei, só dispensa ele e me encontra no bar. Por favor, Min…” 

 

Pro Kyungsoo pedir “por favor”, era um caso realmente sério. Mas, como assim “Não fica como o Chanyeol?" Era mesmo o que eu estava pensando…? 

 

E aliás, o que eu diria a Chanyeol? 

 

— Então, Min…? —  Chanyeol me encarava confuso, provavelmente pela minha expressão desnorteada. 

 

—  Chan... É melhor não fazermos isso. — comecei.

 

 Se eu estava em dúvida, Kyungsoo escolheu por mim… 

 

— Como…

 

— É o Jongin... — apressei, sentindo um leve aperto no peito por ter que usar esse argumento. Pretendia conversar com ele calmamente sobre isso. — Eu e ele estamos ficando, não pega bem ficar com você. — Chanyeol arregalou levemente os olhos e rapidamente se recompôs. — Ele deve falar sobre nós com você, só que é tudo muito...

 

— Se vocês estão só ficando, então qual o problema? — ele cortou, me encarando, e eu rapidamente desviei o olhar. Não conseguiria fazer isso olhando em seus olhos.

 

— O problema é que eu quero mais que isso. Quero um romance sincero, sem enganações dessa vez. — o tom derretido que eu falava com ele minutos atrás tinha desaparecido enquanto eu o dizia meias verdades, ocultando a parte de já ter pensado nele pra isso.

 

— Mas eu também pretendia…

 

— Com o Jongin, Chanyeol.— cortei, sentindo meu coração apertar por ter que lhe dizer aquilo. — Eu quero viver isso com o Jongin, por isso é melhor continuarmos só amigos.

Segurei as lágrimas diante da expressão triste do meu Yeol. 

Levando em consideração suas últimas atitudes, eu já tinha uma ideia do que Kyungsoo queria, então tinha que ser assim…

 

— Entendo...— ele suspirou pesadamente. — Você escolheu o Jongin pra dar esse passo, entendo… Nesse caso, sejam felizes. — Chanyeol forçou um sorriso sem mostrar os dentes, e o vi se virar de costas. Ele estava indo embora. — Desculpe o inconveniente, Min. Nos vemos por aí. — ele acenou.

 

Senti uma vontade imensa de abraçar aquelas costas largas enquanto Chanyeol se afastava. Mesmo não sabendo realmente o que isso significava, de qualquer forma, eu não poderia fazê-lo. 

 

Eu tinha que encontrar Kyungsoo… 

 

— Nossa noite existirá nos meus pensamentos mais profundos, Yeol. — falei apenas pra mim, enquanto lembrava do seu beijo. 

 

                                                                                                      . . .

 

Eu estava tão enganado, e meu autocontrole e empatia não serviram pra nada. Kyungsoo me disse tudo o que quis dizer sem nem pensar na consideração que sempre tivemos um pelo outro. Ele sabe que eu nunca dormiria com Chanyeol assim, depois dele me confessar que sempre foi apaixonado por ele. 

Todos nós enchemos a cara e eu principalmente, depois de ter um encontro deveras intenso com Sehun — que não vem ao caso agora — mas a questão é que eu não estava em meu juízo perfeito. Ele não pode me crucificar por isso, ele é campeão em fazer merda e colocar a culpa no álcool. 

 

— Como ele pôde ser tão hipócrita?

 

 Sim, porque ele gosta do Chanyeol. Entendo isso, eu também ficaria chateado. Mas eu resolveria com uma conversa, não?

 

Pelo menos eu acho que sim. Aff, não sei de mais nada. 

 

— Droga. Por que isso foi acontecer? — suspiro, me remexendo inquieto no sofá. 

Eu preciso descobrir quem enviou essas fotos. Além de descobrir por que essa pessoa filha da puta quis destruir minha amizade ou o meu futuro relacionamento, vou saber em que momento exatamente isso aconteceu. Afinal de contas só me lembro de ter conversado com Kyungsoo, ter sido encurralado por Sehun e depois encontrado Jongdae. E bom... digamos que as coisas ficaram difíceis de serem processadas depois disso. 

 

Afinal de contas, eu precisava sanar todo desejo que Chanyeol despertara em mim…

 

— Minseok…— balanço a cabeça afastando aqueles pensamentos promíscuos, não é hora de pensar nisso.

Pego meu celular na mesinha de centro, entrando em alguma rede social pra me distrair com alguma fofoca, qualquer coisa. 

“Ele foi o meu primeiro homem, Min…” escuto a voz de Kyungsoo suspirando em minha cabeça. 

“Eu achei que seria melhor assim, por favor, me perdoa. “ mais fragmentos daquela conversa me vêm à cabeça. Me pego pensando nisso novamente.  

                                                                 

                                                                                                   . . . 
 

—  Eu espero que você tenha uma boa explicação pra isso que acabou de acontecer. — me sentei ao lado de Kyungsoo que bebericava algo no copo. 

 

—  Tudo bem, isso vai ser muito difícil, mas acho que não tenho escolha. Eu atrapalhei sua provável foda com Chanyeol, você deve estar bravo, quer dizer, eu estaria muito bravo se fosse comigo, principalmente...

 

— Kyungsoo! — interrompo, tocando seu braço e ele me olha com os olhos grandes arregalados. —  Respira...fala devagar... me explica o que está acontecendo. 

 

—  Tá bem...— ele inspira profundamente, fechando os olhos e depois me encara. — Eu sei que você vai me odiar por não ter falado antes. Min, eu realmente achei que tinha passado, que estava tudo bem agora. Mas quando você e os meninos falaram sobre ele aquele dia no carro, eu percebi como ainda estava tudo lá e...

 

— Direto ao ponto, Kyungsoo. — tentei controlar minha provável chateação com o que ele estava enrolando pra dizer. 

 

—  Eu gosto do Chanyeol, Minseok. — ele falou de uma vez. Um breve silêncio se instaurou, precisei de alguns segundos. 

 

—  Então é mesmo verdade… Eu suspeitava mas não tinha certeza… — falei por fim. 

 

— Então…

 

—  Eu te perguntei tantas vezes sobre isso, Kyungsoo, tantas vezes! Não vem com essa de que você não sabia, a gente sempre sabe dessas coisas mas você escolheu mentir! —  despejei, nem ligando pro meu tom de voz. 

 

— Mas eu não queria, Minseok! Você pode tentar pensar no meu lado, pelo menos? Eu não queria gostar de Chanyeol, eu menti pra mim mesmo sobre isso, porque eu tenho raiva desse sentimento. — Kyungsoo riu irônico de repente, mas seu tom de voz começou a ficar choroso. —  Você sempre viu o amor como a coisa mais preciosa que alguém pode ter, porque mesmo que você tenha levado um chifre, por muitos anos foi um completo sonho pra você, Sehun te fez acreditar que vocês dois eram pra sempre. Poxa, comigo não foi assim. —  me preocupei quando seus olhos começaram a lacrimejar. — Gostar do Chanyeol doeu muito. Eu queria que fossemos um lindo casal como você e Sehun eram, no colégio, mas o amor não é pra mim, Seok, não é… 

 

— Shh, shh, Kyung, calma. — me aproximei dele, trazendo sua cabeça pro meu ombro, enquanto Kyungsoo limpava as lágrimas na manga do moletom, que estranhamente ele resolveu usar hoje. Outra coisa estranha era essa cena. Fazia anos que eu não via Kyungsoo chorar, ou me chamar de “Seok”.... — Não chora, tá?

 

Eu não podia imaginar que Chanyeol o deixava tão vulnerável assim. 

 

— Tudo bem...— Kyungsoo respirou fundo. — A questão é: Eu queria o Chanyeol. Mas você o conhece, sabe como ele nunca foi de ninguém. 

 

— Mas Kyung, você também nunca foi de ninguém, acho que nem do Tao. — o lembrei.— Não estou entendendo esse seu abismo por Chanyeol vir à tona só agora. Não era uma quedinha? — cruzei os braços enquanto o encarava, lembrando de Kyungsoo me confessar sua “leve” paixonite pelo gigante, anos atrás.

 

— Por que você acha que eu namorei o Tao? — ele arqueou a sobrancelha. 
 

—  Foi só pra tapar buraco? —  não sabia como isso ainda me surpreendia. 

 

—  Óbvio, Minseok… Eu queria alguém pra ficar no lugar da figura que eu tinha criado de Chanyeol na minha vida. Estava enlouquecendo com esse amor reprimido. —  Kyungsoo confessou. 

 

—  Mas então por que você encarnou nessa história de vingança, que ele tinha te traído e tudo mais, se você nem gostava dele? — questionei.  

 

— Droga, não faz pergunta difícil, Minseok… —  ele suspirou. — Olha, eu e o Tao... tínhamos que ter o relacionamento perfeito, entende? Todo mundo, inclusive o Chanyeol, precisava achar que ele era o melhor namorado do mundo pra mim. Mas aí ele começou a desandar nesse papel, não menti sobre as desconfianças de traição. Não que me machucassem, mas o nosso namoro não podia ter essas falhas, se não eu me sentiria humilhado. — aquele jogo parecia fazer muito sentido na cabeça dele, mas eu não acreditava que ele pôde ir tão longe por isso. 

 

— Pelo Tao, ou pelo Chanyeol? — tentei não demonstrar o meu espanto, não estava em posição de julgar ninguém, afinal.

 

— Pelos dois, oras. Não conseguiria mostrar ao Chanyeol que não precisava dele e Zitao estaria me ridicularizando como namorado, quer dizer, onde já se viu trair Do Kyungsoo? — ele tinha um tom indignado, o que me deixou mais preocupado por não saber que a vilania do meu amigo era tanta. 

 

— Kyungsoo, você precisa de terapia. — é a única coisa que consigui dizer depois de ouvir tudo aquilo. 
 

— Tá vendo por que eu não te conto tudo? 

 

— Amigo, você é sádico, não é possível. Quando você conheceu Tao fez de tudo pra ficar com ele, só falava dele, deu o sangue por esse namoro…

 

— Eu precisava ser convincente, Minseok. E toda vez que eu falava de Zitao, era Chanyeol que vinha na minha cabeça. — ele deu um último gole na sua bebida, e falou como se aquilo não fosse um absurdo. 

 

— Mas afinal de contas, quando nasceu esse amor, Kyung? — desde que me conheço por gente Kyungsoo e Chanyeol são doce e azedo, alto e baixo, literalmente. 

 

— Então, Min… Tá aí outra coisa que eu não te contei… — ele riu meio nervoso. — Mas você vai me perdoar porque eu já expliquei meus motivos pra esconder essas coisas e você é muito, muito compreensivo…

 

— Kyungsoo, desembucha logo! 

 

— Certo! — ele inspirou. — Eu perdi a virgindade com ele. — e soltou. Seus olhos estavam comprimidos como uma criança que está prestes a levar um cascudo. Talvez ele estivesse mesmo. 

 

— Como assim…
 

— Não foi com o Zitao como você pensa, antes mesmo de você e Sehun, eu e Chanyeol descobrimos o paraíso juntos. — ele sorriu, ao que parece, se lembrando. — E acredite, eu morri por não poder contar pra você e pro Myeon minha primeira vez, mas sendo ela a causadora do meu futuro sofrimento, eu não podia...

 

— Eu não consigo acreditar nisso… — soltei o ar pela boca, queria muito recostar naquele momento pra digerir. Mas não adiantaria nada ficar puto com ele agora, no fim das contas, é até compreensível.  — E o que o Chan disse pra você que fez você se sentir tão rejeitado a esse ponto? — perguntei, depois de alguns segundos.

 

— Então...— não gostava quando ele começava assim. — Eu nunca contei pra ele sobre, acho que ele não faz ideia. 

 

— O quê?! E você faz esse escândalo de que o amor não é pra você sendo que você nem se deu essa chance! — minha vontade era tacar aquele copo na cabeça de Kyungsoo. 

 

— Não é bem assim... Veja bem, eu e Chanyeol ficamos às escondidas por algumas semanas. Não sei porque, era gostoso manter isso no sigilo, até eu perceber que estava me apaixonando. E que não queria mais ninguém. — sua expressão voltou a ficar tristonha. — Eu dava algumas indiretas pra ele e, às vezes, sentia que ele retribuía. Também, parei de ficar com outros meninos, achei que ele também... já estava me preparando pra me declarar. Durante as férias de verão eu fui até a casa dele, se tudo desse certo, voltaríamos às aulas como namorados, seria uma surpresa pra todo mundo. Mas quando eu cheguei lá...— ele pausou, parecia doloroso lembrar disso. — Eu pedi a mãe dele pra não avisar que eu estava lá, levei umas flores, me arrumei bastante pra fazer surpresa. Ela sorriu pra mim e mandou eu subir, disse que tinha acabado de chegar de uma viagem mas que ele devia estar no quarto. E lá fui eu todo serelepe declarar o meu amor. — Kyungsoo riu nasalmente, irônico. — A porta estava meio aberta e Chanyeol estava falando com alguém no telefone, então esperei ele desligar pra entrar, e foi impossível não ouvir a conversa…

 

— Ai, meu Deus, e aí? — perguntei, já tenso.

 

— Eu ouvi coisas que quebraram meu coração, Min. Chanyeol estava falando que ia passar o rodo em geral quando as aulas voltassem, que ele estava com um carinha ultimamente, mas que não era grande coisa, que ele “estava numa vibe mais garotas agora”. — Kyungsoo ainda lembrava das falas. Nem consigo imaginar como isso o magoou...— Ele falou também que uma garota tinha saído da casa dele há algumas horas, eles dois… Você sabe. 

 

— Kyung… — coloco minha mão sobre a sua, ele estava quase chorando de novo. — Eu sinto muito por você ter passado por isso…

 

— Com uma garota, ainda por cima, Seok... Foi horrível! Nunca me senti tão humilhado. Imagina eu, achando que ele estava me correspondendo, ouvir que “não era grande coisa”. — ele tentou rir. — Quando eu mencionei sobre ser afim dele foi muito antes da gente pensar em ficar. E eu quis te contar sobre tudo, mas eu achei melhor fingir que nada nunca aconteceu...

 

— Kyungsoo...É por isso que você é esse monstro sem coração que troca de ficante como quem troca de roupa. — coloco a mão na boca demonstrando meu espanto com aquela descoberta. 

 

— Eu nunca mais quis saber de sentir algo parecido com o frio na barriga que Chanyeol me dava, Minseok. — e agora eu entendia o porquê.  — Ele foi o meu primeiro homem, Min… foi tão perfeito, até ele me empurrar do céu sem paraquedas.  — ele suspirou, ajeitando a postura. — Depois disso, Chanyeol ficou agindo como se nada tivesse acontecido. Eu o rejeitei até ele parar de insistir e continuei sendo o pegador de sempre. Consegui ignorar meus sentimentos pelo resto dos anos escolares, e depois da faculdade, você sabe, todo mundo meio que se afastou, foi a oportunidade perfeita pra esquecer vez. Mas agora, Min…

 

— Agora que estamos juntos novamente, o sentimento voltou, né? — completei pra ele. 

 

— Exatamente. Quando você falou sobre vocês dois juntos aquele dia no carro, eu entrei em pânico, me senti extremamente mal por ficar com ciúmes e por você não saber de nada. — Kyungsoo sobrepôs minha mão com a sua, a envolvendo. — Depois de todos esses anos eu amadureci o suficiente pra perdoar Chanyeol e reconhecer que éramos muito novos pra aquela escrotice o defini-lo pra sempre. Então, por mais que eu seja apaixonado por ele, eu amo você, prezo mais do que qualquer homem, a sua felicidade. Então se quiser ficar com ele, eu vou entender…Só não aguentava mais esconder isso, tive que contar pra termos uma conversa honesta.
 

— Kyung… Eu e Chanyeol não temos e nem vamos ter nada. — o encarei seriamente. — Aquilo foi só fogo no cu e não vai acontecer de novo, eu deixei isso bem claro pra ele quando você me ligou, porque eu já tinha ideia de que você queria me confessar isso. 
 

— Minseok...— Kyungsoo me encarou com olhos lacrimejantes. — Eu não sei se isso é justo.
 

— Justo não é eu ficar com o grande amor do meu melhor amigo, ainda mais agora que anos já se passaram e vocês podem ter uma chance. — sorri pra ele, internalizando que esse era o certo. 

 

— Min, eu vi a intensidade que vocês estavam ficando, Chanyeol está doido por você...
 

— Ei, ei, pode ir parando. — gesticulei com as mãos. — Foi só uma pegação de dois caras solteiros, okay? Nada mais, quanto a isso você pode ficar tranquilo. Não vou te aconselhar a tentar nada com ele depois de tantos anos e nem te desencorajar caso você queira, só...Siga seu coração e saiba que eu estou com você torcendo pela sua felicidade. 

 

Cada palavra era verdade, mas sinceramente, algo me incomodava. Eu entendia o lado do Kyungsoo e não queria fazê-lo se sentir culpado por não me falar a verdade, mas as consequências disso foram eu me permitir desejar Chanyeol... o que nunca teria acontecido se eu soubesse. 

Mas foda-se e foda-se, se o Kyungsoo gosta dele, Chanyeol volta a ser um irmão pra mim.

 

— Eu não sei por que me apaixonei pelo Chanyeol e não por você, sabia? — Kyungsoo sorriu lindamente. — Você não teria me feito sofrer e de bônus não levaria corno do Sehun. — Kyungsoo colocou a mão no queixo, falsamente pensativo. — Olha, Min, ainda dá tempo, eu acho que devíamos casar…

 

Aquilo tudo era ele querendo dizer. "Obrigado. Eu te amo" 
 

— Primeiro que o Myeon e o Lu iam morrer de ciúmes, e segundo que trocar um chifre por outro não muda nada. — ri só de imaginar Kyungsoo e eu casados. 
 

— Eles que lutem com o nosso amor. E mesmo com os chifres eu nunca te largaria, pelo menos. Ia ser o dia com você e a noite com os machos. — senti toda sua tristeza indo embora para dar lugar ao seu lado podre de sempre.

 

— Olha que vagabunda...— o empurrei de leve, vendo Kyungsoo rir. 
 

— Também te amo...— senti seus braços em volta de mim e prontamente retribuí o abraço.— Desculpa não contar antes e atrapalhar a sua foda. Eu achei que era melhor assim, por favor, me perdoa. — falou com o queixo apoiado no meu ombro. 


 

— Soo, tudo bem… já passou, relaxa. — o soltei. — Até porque, gente pra isso hoje não vai faltar. — sorri malicioso. — Aliás, vamos à caça? — me levantei oferecendo o braço pra entrelaçar com o seu. 

 

— Eu adoro quando você fica essa bicha safada. — Kyungsoo sorriu, pegando meu braço. — E, Min… — ele me olhou. — Que se fodam os amores…

 

— Que se fodam.  — acenei com a cabeça.

                                                             

                                                                                                        . . . 

 

Eu e Kyungsoo enchemos a cara novamente e beijamos várias bocas de ex-colegas — detalhe que me deixou deveras arrependido depois de conversar com Jongin sobre nós. Mas senti minha amizade com Kyungsoo fortalecer depois daquela conversa, nos senti mais unidos.

Até essas fotos…
 

— Ainda na fossa, Minseok? — avistei a silhueta de Sohee despontando no corredor. Ela veio até mim e se sentou ao meu lado. — Reage, meu irmão.
 

— Pra você é fácil falar, não foi você que protagonizou capa de pornô… — suspirei. 

 

— Ah, mas essas fotos ficaram lindas, você podia ser modelo, Minseok! — Sohee olhava pra tela da TV enquanto assoprava o líquido em sua caneca. — Além de ter ficado com o Chan, aquele gostoso, aff, que crime você não se lembrar como foi. 

 

A encarei sorrindo falso, como quem diz “cala a boquinha, vai” — apesar de também ter pensado isso —  e ela devolveu com um olhar de “O que eu disse?” 
 

— Noona, não romantiza isso… Eu gosto do Kai, e o Kyungsoo gosta do Chanyeol. Kyungsoo é meu melhor amigo, assim como Chanyeol é de Kai, isso não podia ter acontecido! — solto o ar pelo nariz, me segurando pra não chorar ao lembrar daquela briga, de Jongin passando por mim com frieza em direção à porta. 

 

— Eu sei, meu amorzinho, desculpa. — ela coloca a caneca na mesinha de centro e se vira pra mim.  — Só queria que você encontrasse lado bom nessa história. 

 

— Aff, noona… pode ter sido maravilhoso. Mas além de eu não me lembrar, não valeu a pena...Eu gosto do Jongin, de verdade. Quando eu estou com ele eu até esqueço os dias que sofri por Sehun, que meu relacionamento de longos anos terminou em uma traição podre, ele é um anjo, sabe. — meu coração palpitava só de falar de Jongin, eu estava sofrendo muito por perder o que nem tinha começado direito. 
 

— É, Min… não esperava que você fosse se apaixonar tão rápido depois de Sehun. Ainda mais pelo Nini, seu amigo de infância. — Sohee me olha pensativa, o canto da boca formando um leve sorriso. — Até esqueceu a vingança com Sehun. 

 

— Não é isso, é que… Você sabe tudo que eu fiz pra provocar Sehun naquela festa, você mais do que ninguém sabe… E foi tão satisfatório quanto eu achei que seria, ver como ele ficou doido de ciúmes por me ver com os meninos... — não consigo deixar de sorrir com a lembrança das expressões raivosas de Sehun, ou do seu olhar de desejo sobre mim. Sohee me acompanha. — Eu pretendia ir além, até interferir diretamente na relação dele. Mas essa brincadeira não afetou só o Sehun, eu magoei o Jongin também…

 

— Minseok, você ficou tantos anos com um homem só, é normal você aproveitar… 

 

— Eu sei, noona, eu sei… O próprio Jongin me disse isso, mas sei lá, eu escolhi dar essa chance.  — me apresso em explicar. — Chance essa que eu devia ter dado 6 anos atrás, mas tive o dedo podre de escolher Sehun. E acho que toda a raiva e provocação que eu fiz nele já foi o suficiente pra ele perceber o que perdeu. 

 

— Hum, eu adoro quando você fica confiante. — ela sorriu, me dando um tapinha no braço. 

 

— Nem é só confiança, noona. É que eu vi nos olhos dele o quanto ele ainda me deseja, ele comeu o namorado dele olhando pra mim, Sohee! — lembro da cena que, ironicamente, mais valeu a pena pra mim. 

 

— Garoto, fiquei passada com isso. Realmente, o filho da puta não esqueceu você, te traiu e agora tá doidinho pra trair o namorado. 

 

— Pois é, mas eu não quero mais nada com ele, me ver naquele palco é o máximo que ele pôde ter. Agora eu só queria o meu Jongin. — fiquei cabisbaixo. 
 

— Tudo bem, se você quer tanto isso, devia ir atrás dele, tentar de novo, vocês nem se falaram depois da briga. — Sohee pegou a caneca de volta, dando um gole. — Quer chocolate? 
 

— Quero o Jongin...— fiz uma expressão chorosa, me abraçando a uma almofada. 

Ela riu. 

— Vai falar com ele, Minseok, convence ele de que você quer ser dele. — ela aconselhou, e eu pensei por alguns segundo. 
 

— Você tem toda razão, noona. Eu vou falar com ele na escola, segunda, quero conversar cara a cara. — estendi a mão pedindo seu chocolate. 
 

— Claro que tenho.— ela me passou a caneca. — Faz bem, melhor pessoalmente. Esteja bem lindo e acho que nem precisará de sorte. — Sohee me encarou enquanto eu dava um gole terapêutico. — E se você conseguir, querendo ou não vai estar se vingando do Sehun, namorando o ex melhor amigo dele. — ela sorriu, diabólica como era. 

 

— E você acha que eu já não pensei. —  não segurei um sorriso maldoso também. 

 

— Agora, mudando de assunto, sobre quem tirou as fotos, Min, o que vai fazer? 

 

 Quem dera eu soubesse. 

 

— Eu não tenho muitas informações, noona. O sobrinho do senhor Jongu não pediu identificação, nada do tipo. 

 

— Aff, bonitinho e incompetente, né? — ela desdenha. 
 

— Pois é! — exatamente o que eu pensei. — Enfim.. ele só se lembra da aparência da pessoa. 

 

— Ué, isso é importante, e qual era? — ela comprime os olhos, interessada na resposta. 
 

Tá aí uma coisa que não dei a menor importância quando me foi notificada. 

 

— Então, olha que coisa… — começo, me lembrando das palavras do porteiro mais cedo. 

 

"— Sr. Kim, tem mais uma coisa. Jungkook disse que o rapaz que deixou aquilo era loiro e alto. Jovem, parecia ter a sua idade, mais ou menos. E parecia rico também, terno chique, sofisticado, enfim… Achei que podia ser útil. "

 

 


Notas Finais


Então, o que acharam? Podem me contar tudo nos comentários.
Espero que tenham gostado desse cap que demorou tanto pra ficar pronto, agr vcs sabem direito sobre o Chansoo, oq acharam? E esse Xiukai se desfazendo, aff aff :'(

Então, n sei quando volto com o próximo mas vou tentar não demorar.
Se tenho algum aviso, n me lembro agr, então vou encerrando essas notas por aqui kkjhjjhk
Um beijo e um abraço, se cuidem e se protejam.
Até o próximo.


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