Abro a porta do apartamento com mais força do que o necessário, o quê acaba chamando a atenção de Sai, que está com um livro didático na mesa e óculos de armação redonda no rosto.
Esse cara não conhece o limite do ridículo.
— E aí, conseguiu pegar o táxi? – ele pergunta, então estreita os olhos sob as lentes na armação e abre um sorrisinho. – Então é assim que vocês pagam os táxis na Austrália? Bom saber.
Ele faz um gesto com a mão no próprio rosto, o quê me faz levar os dedos esfregando ao redor da minha boca. Vejo as pontas dos meus dedos coloridas com a cor rosa do batom de Sakura, e então lembro de seu rosto perplexo borrado de batom.
— Quem foi a idiota que te deu carona?
Se ele soubesse que a idiota é a surtada da amiga dele, não estaria sorrindo dessa forma. Mas não tenho porquê dividir meu pequeno triunfo com Sai, não agora – ainda não consegui o que quero de verdade.
— Uma garota do meu curso. – mantive uma distância considerável, levando em consideração que eu ainda estou de pau duro por causa daquela desgraçada. – Mas não quero ir a festa do Naruto com ela. Você pode me levar amanhã?
— Não, nem pensar. – ele diz, encarando o livro e balançando a cabeça. – Vou ter que buscar a Sakura, e ela te odeia. Se eu apareço com você no carro, é o fim da nossa amizade.
— Porra, que drama. – eu deveria ir embora, deixar esse cara sendo estranho sozinho, mas eu o sondo. – Então ela vai? Eu ouvi ela dizer ao Naruto que não ia.
— Ela vai, sim. Nem que eu a arraste pelo cabelo. – ele responde, com desinteresse forçado, então me encara e abaixa os óculos na ponta do nariz. – Pra que tanto interesse?
— Só curiosidade, priminho. – eu pisco para ele, me afastando. Mesmo do meu quarto, eu ainda consigo ouvir sua voz:
— Itachi está infernizando minha vida. Ligue para ele, logo!
Eu tranco a porta do meu quarto, deixando o fichário surrado cair no chão. Tiro a touca, a jaqueta e vou me desfazendo do restante das minhas roupas a caminho do banheiro.
Encaro meu reflexo no espelho, e a cor do batom dela em contraste com a minha pele. De algum jeito, isso é um pouco prazeroso. Lembrar do rosto de Sakura todo borrado, os lábios cheios ainda mais inchados e molhados, e o ar ofegante saindo de sua boca faz meu pau pular de empolgação.
Nossa, aquela garota na cama deve ser uma perdição.
Eu apoio minhas mãos na pia, ouvindo repetidamente as palavras dela na minha mente:
“Eu sei mesmo foder gostoso.”
Quando uma mulher foi tão direta, safada e desbocada sem corar? Eu tento achar qualquer uma entre as mulheres que fiquei ao longo da minha vida, qualquer uma que tenha pelo menos a metade da personalidade que Sakura tem.
Não encontro, porque não existe.
Entro embaixo do jato quente do chuveiro com meu querido amigo em riste. Não conseguindo me livrar da imagem dela, das palavras safadas e desafiadoras, do desejo que eu tive de implorar para que ela parasse aquele carro em qualquer lugar, mesmo na avenida movimentada, pra fazer exatamente o que ela disse.
Naquele momento, eu sei que daria qualquer coisa que ela pedisse.
Apoio uma mão na parede, acima da minha cabeça. A água quente faz meu cabelo deslizar para frente, cobrindo meu rosto, enquanto imagino ela bem aqui, ajoelhada na minha frente, com sua pequena – mas potente – mão ao redor do meu pau, aqueles olhos grandes de billabong me encarando como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo.
Não percebo quando minha mão esquerda segura meu mastro, fazendo movimentos de vaivém lentos e precisos, todos impulsionados pela imagem que tenho daqueles lábios cheios ao redor do meu pau.
Não demoro muito para chegar ao meu limite, deixando meus fluídos serem levados pelo ralo com a água.
Itachi atende no primeiro toque, evidenciando seu desespero.
— Sasuke, você por acaso tem algum problema em atender a porra do celular? – a voz dele é baixa, mas posso sentir toda sua raiva e descontentamento mesmo do outro lado da linha.
Eu passo pelas pessoas na calçada, indo contra o fluxo maior delas. Vou olhando tudo ao redor, vendo milhares de nomes, em milhares de lojas, a procura de um em especial, estampado no meu Google Maps. Pelo que eu vi, a academia mais próxima está há alguns dez minutos de onde estou. E eu já andei, pelo menos, uns quinze minutos.
Por que as ruas aqui tem que ser cruzadas? Tudo aqui é tão ridículo.
— Oi pra você também, irmão. – ele bufa, provavelmente apertando um pobre lápis entre os dedos. – A culpa não é minha se você não se liga no fuso horário, Itachi. E eu tenho mais o que fazer.
— Pois é, nos últimos anos você tem se atarefado muito em fazer da minha vida um inferno. – ele se acalma, em seguida, e eu ouço algumas vozes de fundo. – Você está na rua?
— Estou, por isso vou ser rápido: não matei ninguém, ainda. — preciso desviar de um carrinho de bebê, segurando por uma mulher alta e muito gostosa. Eu me viro, o suficiente para abaixar meus óculos escuros e observar seu traseiro num vestido marrom. Ela me encara sob o ombro, piscando levemente.
Bem, algumas coisas são legais em Nova York, tipo as mamães gostosas.
— Não faça esse tipo de brincadeira. – então, seu tom fica mais frio e sombrio. – Depois do que você fez, tem sorte por estar andando tranquilamente por aí. O senhor Dalle disse que te mata, se te encontrar, Sasuke.
O senhor Dalle é um homem surtado, e Itachi é um idiota por acreditar nas palavras descabidas daquele homem. Que culpa eu tenho se ele estava mais procurado com a caça, do que com suas pérolas?
— O senhor Dalle também disse que tubarões falam a nossa língua. – eu balanço a cabeça, ouvindo seu suspiro irritado. Eu rolo os olhos. — Eu estou bem, Itachi. Tudo sob controle, satisfeito? Eu amo a América, estou me saindo muito bem aqui. – eu paro em frente à uma grande fachada, encarando o letreiro com o nome “Academia Senju” no alto da fachada de vidro, que me dá a imagem de várias pessoas treinando lá dentro. – Aliás, você devia agilizar o processo do apartamento para isso ficar ainda melhor. Também preciso de um carro.
— Vou mandar o dinheiro do carro, mas sobre o apartamento... – ele faz uma pausa, como se quisesse dar certo drama a sua frase inacabada. Isso não me parece bom. – Até que eu tenha certeza que você realmente mudou, você vai morar com Sai. Já falei com ele, e está tudo bem.
— O quê?! – o tom descrente e irritado de minha voz chamou a atenção das pessoas que passavam em minha frente. Tô pouco me fodendo. – Você enlouqueceu? Não posso morar com a porra do Sai!
— Pode e vai, ou vai ter que achar um dormitório no campus. – há algum resquício de orgulho em sua voz, como se ele tivesse me castigando de verdade pela primeira vez depois que assumiu a minha guarda, quando eu tinha só quatorze anos. – Você precisa começar a arcar com as consequências de seus atos, Sasuke. Comecemos por isso.
— Ah, seu desgraçado filho da... – o toque da chamada encerrada intervém nas palavras raivosas que estava disposto a proferir para o metido a besta do meu irmão mais velho.
Quem caralho ele acha que é para me obrigar a morar com a porra do Sai?
Quando as portas automáticas da academia possibilitam minha entrada, eu piso duro em meus tênis com muita raiva. Itachi tem essa mania de influenciar meu humor, e foi por isso que eu o ignorei o máximo que pude.
Vou até o balcão de atendimento, onde uma criatura pequena e de cabelos escuros me encara. Eu a conheço de algum lugar...
— Você! – ela exclama surpresa, quando seus olhos cor de chocolate me encontram.
Ah, merda, a garota da minha aula de Fundamentos da Topografia.
— Oi. – digo, tentando resgatar o nome dela em alguma parte flutuante da minha mente, onde se encontram todas as coisas que eu esqueço rapidamente, pois não me importo o suficiente para tentar mantê-las.
— Oi. – ela sorri com o rosto iluminado, como se eu fosse a sua pessoa preferida. – Veio se inscrever na academia?
Sinto minhas sobrancelhas se juntarem, olhando para a minha roupa: regata e bermuda preta, além do tênis que eu uso apenas para esse tipo de situação. O que ela acha que eu vim fazer aqui?
— É... basicamente, sim. Você trabalha aqui, né? – ela acena, mordendo o lábio inferior de uma forma quase forçada. – Então... Pode fazer a minha inscrição?
— Unhum. – ela balança a cabeça e pisca os cílios grossos. Os segundos que passam até ela se dar conta de que precisa fazer isso agora, são constrangedores para mim, porque não estou com humor para flertar com ela nesse momento.
Graças a Deus, ela percebe o que está fazendo sozinha. – Er... preciso de um documento. Só vai levar alguns minutos.
Eu pego a minha carteira, na minha mochila, e entrego a ela. Mesmo digitando no pequeno computador, ela não para de olhar para mim e só desvia o olhar quando percebe que eu estou totalmente ciente disso. Na plaquinha metalizada localizada na sua berrante blusa lilás, está escrito “Melanie”. Bem, ao menos eu sei o nome dela agora.
Me afasto, tentado dar paz a garota para que ela faça seu trabalho. Olho a redor, para as várias pessoas que estão aqui e, ainda sim, para os equipamentos vazios. A academia é grande, o que é ótimo. Além disso, tem um segundo andar, que parece ser dedicado às artes maciais.
Não há muitas pessoas do lado de cima, mas um movimento chama a minha atenção. Alguém que soca e chuta um saco de areia com força e maestria, alguém que parece estar com raiva, alguém que tem um corpo maravilhoso, alguém que tem o cabelo rosa preso num rabo de cavalo...
Porra.
— Aqui está, Sasuke. Só precisa efetuar o pagamento do primeiro... – eu entrego rapidamente meu cartão a Melanie, sem nem me preocupar em ver os planos.
— Pode cobrar o valor mais alto. – sorrio, e ela cora como uma adolescente boba e volta a morder os lábios. De repente, Melanie não me parece ser mais atraente. – Hmm... obrigada, Melanie.
— Por nada, Sasuke. A gente se...
Eu me afasto antes que ela diga alguma coisa, descartando o folheto com seu número que ela estende em minha direção. Melanie simplesmente parece um copo d’água perto do billabong que Sakura é.
Paro no centro da academia, olhando para cima, onde posso ver Sakura. Ela está parada agora, ofegante, bebendo uma garrafa d’água com uma toalha ao redor do pescoço. Como se ela soubesse que está sendo observada, seus olhos passeiam pela academia, e então ela me encontra.
Nós nos encaramos por um longo segundo, até que ela abra a boca levemente, balançando a cabeça várias vezes em negativo – Sakura é muito perspicaz ou está fazendo isso porque eu estou dando a volta até as escadas que me levam até o segundo andar.
Quando eu chego na parte de cima, ela está correndo para fugir pela outra escada. Sendo mais alto e mais rápido que ela, eu a alcanço facilmente, puxando seu corpo com um braço ao redor de sua cintura suada.
— Ora, ora, ora... – solto uma risadinha em seu cabelo preso e molhado de suor, segurando seu corpo com força enquanto ela se debate. – Que bela coincidência temos aqui, não?
— Me solta. Agora. – sua voz está brava e, por um momento, eu quero segurar ela com mais força, adorando o contanto da pele dele com a minha. A imagem de Sakura arrebentando o saco de pancadas, mais o machucado pequeno no canto dos meus lábios, soam na minha cabeça como um alerta do quanto ela pode ser perigosa. Eu a solto, mas não me afasto. – Que porra! Você não vai parar de me seguir?
— Essa academia é bem avaliada na internet, gata. Eu não sabia que você frequentava ela. – dou de ombros, e levo um pequeno tapinha na mão quando coloco uma mecha rosa atrás de sua orelha. – Não que isso seja ruim.
— É péssimo. – ela rosna, e seus olhos billabong ficam maiores. Seu rosto está suado e vermelho, não sei se pelo treino ou pela raiva. – Já não basta o que você fez ontem?
— O que eu fiz ontem, Sakura? – o perfume dela é delicioso, doce mas suave, algo próximo de morango. – Você deveria saber que toda ação tem uma reação. Nós já não passamos por isso?
Ela sabe que estou me referindo a noite naquele bar lotado, quando ela me deu um soco pela forma com que falei com ela.
Quando ela abre a boca, cruzando seus braços e levantando seu nariz daquela forma atrevida, eu passo a mão na cintura dela e a puxo para mais perto de novo.
— Isso é uma perda de tempo, gata. – murmuro contra a bochecha dela, pouco me fodendo se as pessoas ao nosso redor estão nos olhando ou não. – Você quer, eu também. Por que adiarmos o inevitável?
Posso sentir o corpo dela tremer levemente, querendo evitar a sensação maravilhosa que é ter nossos corpos em contato um com o outro.
— Tá bom. – ela fala baixinho, ofegante, os olhos em meus lábios estão desnorteados, mas convictos. - Foda-se. Vamos fazer isso.
— Agora? – pergunto, muito surpreso. Que porra de mudança foi essa?
— Sim, agora. O banheiro costuma estar vazio nesse horário. Toma um banho comigo? – seus dedos finos, com a mão ainda enfaixada, passam pelo meu peitoral.
Ela está incrivelmente linda dessa forma, com alguns fios grudados na testa, um top preto colado na pele molhada, uma calça azul marinho que deveria ser ridícula, em qualquer outra pessoa. Como eu posso negar um pedido desses, quando essa mulher é irresistível demais?
— Foda-se. – eu repito o que ela disse, num surto de coragem. Não estou realmente pensando enquanto a mão dela desliza por baixo da minha regata com as pontas dos dedos, me arranhando.
Ela olha para os lados, verificando o fluxo de gente. Com exceção de nós, há um cara socando e chutando um saco de areia em outra extremidade. – Eu vou na frente, e você vem depois. Tá bom?
Eu poderia desistir naquele momento, mas os lábios dela tocaram os meus suavemente, como se soubesse exatamente as minhas incertezas – que somem assim que eu sinto novamente o gosto de morango em seus lábios.
— Não demora. Terceira porta a esquerda.– e sussurra, palavras que certamente não deveriam ser tão sensuais assim, antes de sair.
Eu observo ela andar até um corredor mais a frente e antes de sumir, ela ainda me dá um sorrisinho sacana por cima do ombro.
Essa mulher é uma perdição.
Espero menos que alguns minutos para segui-la, sem nem verificar se alguém está de olho em mim – não me importo. Mesmo que alguém entre naquela porra de banheiro, se eu só puder me enterrar nessa garota e me perder nela...
Desde quando eu realmente não me importo?
Foda-se. Ela quer isso também. Eu posso sentir no olhar que ela me dá, no corpo dela reagindo ao meu, no beijo que ela correspondeu ontem... Essa desgraçada está tão interessada em mim quanto eu estou nela, então foda-se mesmo.
Vou foder a Sakura e, quando ela pedir mais, eu vou esfregar na cara dela o seu desespero e não vou dar o que ela quer.
Realmente, o banheiro está vazio quando eu entro. Um pouco escuro também, o quê é ruim; eu quero ver claramente cada traço dessa mulher, mas vou me contentar em apenas sentir a carne dela nos meus dedos.
— Sakura? – eu a chamo, fechando a porta atrás de mim.
— Estou tirando a roupa. – ela responde, de uma das várias cabines em fileiras de chuveiro. – Escolhe um chuveiro e vai tirando a roupa, eu quero te surpreender.
Em alguma parte da minha mente, um alerta soa subitamente. Ele é totalmente ignorado pelas imagens que crio em minha mente dela pelada, enviando ondas de tesão diretamente para o meu pau. Eu não considero nada enquanto tiro minha regata, chuto meus tênis e abaixo a bermuda, junto com a cueca.
Eu entro na primeira cabine vazia que vejo, ligando o chuveiro que tem uma pressão quente e agradável. Ele é pequeno, mas eu consigo visualizar várias posições em que posso foder com Sakura, e o tamanho é perfeito para cada uma delas.
Eu entro embaixo do chuveiro, de costas, deixando a água molhar meu cabelo em frente ao rosto. Minhas boas vindas nessa academia não poderia ser melhor do que traçar a gostosa surtada da Sakura.
— Uau. – ouço sua voz suspirada, surpresa e admirada atrás das minhas costas. Eu tento me virar, mas ela passa as duas mãos alisando a meu abdômen. – Fica assim. Você é tão forte, Sasuke.
Fecho os olhos com força, apoiando as minhas mãos na parede, a água deslizando pelo meu rosto a medida com que os dedos dela tocam meus mamilos, então meu peito, então minha barriga...
E ela continua descendo...
— Agora eu entendo porque seu ego é tão grande. – seus lábios estão nas minhas costas, assim que sua mão alcança e aperta meu pau. – Deus, você é muito gostoso.
— Deixa eu te ver. – novamente, eu tento me virar, mas ela me impede, começando a me masturbar. – Eu quero te tocar.
— Tenha um pouco de paciência, amor. – a voz dela é aveludada, mas potente e escandalosamente sensual. – Você tinha razão. Por que evitar isso? Eu sonhei com você ontem à noite.
— Sonhou? – estou surpreso, é verdade, mas a minha voz só sai abafada porque ela começou a fazer movimentos mais rápidos. – Com o que?
— Com o seu pau entrando e saindo da minha boceta. – eu sinto os mamilos duros em minhas costas e, para o meu delírio, ela começa a esfregá-los em minhas naquela região. – Como você queria, é claro. Sabe o que eu fiz quando acordei?
— N-Não... – porra, eu tô gaguejando! Ela solta um risinho sensual, que reverbera pelo meu corpo quando ela aperta a cabeça do meu pau entre dois dedos, apertando minhas bolas com a outra mão.
— Eu me masturbei, Sasuke. Tentei substituir seu pau com meus dedos. – ela esfrega os peitos com mais força, então geme baixinho. – Não deu certo, é claro.
— Deixa eu te foder então, gata. – eu seguro a mão dela, para que pare. – Meu pau vai fazer um trabalho bem melhor do que seus dedos, eu garanto.
— Por enquanto, eu só quero te sentir. Sentir seu pau na minha mão... – ela volta a fazer os movimentos, e eu não consigo realmente evitar. Porra, eu não quero que ela pare, quando ontem mesmo eu estava me masturbando pensando nela, no chuveiro comigo, não exatamente por trás de mim, mas que se foda! Ela está aqui, e isso já é incrível. – Quando você estiver quase gozando, me fala. Eu quero ouvir.
Ela faz movimentos mais rápidos, certeiros, passando seu dedo médio pela cabeça e voltando. Ela tem experiência nisso, está claro para mim. Eu não preciso dizer como eu gosto, porque ela já sabe e esfrega na minha cara tal como sua mão está esfregando meu pau.
Eu gemo, com desespero contido, apertando os olhos quando uma onda de prazer passa pela minha coluna e se instala no meu pau.
— Sakura... eu vou...
— Hmm?
— Eu vou gozar... porra...
Eu me preparo para receber meu prazer, meu momento mais precioso, me preparo para me derramar nas mãos deliciosas dela...
Mas meu orgasmo não vem. E eu demoro para perceber que as mãos dela não estão mais lá.
— Que porra...?
Eu olho por cima do ombro, encontrando o rosto de um demônio ardiloso e cruel – seu sorrisinho orgulhoso e seu corpo se afastando enquanto termina de se enrolar tão rápido numa toalha, que eu mal posso ver qualquer parte de seu corpo.
Porra, não!
— Sakura, o quê você está fazendo? – eu pergunto, lentamente, vendo ela se afasta devagar. – Nós não somos a porra de duas crianças, caralho. Volta aqui!
— Você vai me obrigar? – eu abro a boca, indignado. Eu nunca obrigaria uma mulher a ficar comigo, mas Sakura parecia querer bastante isso alguns minutos atrás. – Isso é pra você aprender a deixar de ser babaca.
Ela vai se afastando, sem esperar as trezentas merdas que estou afim de falar à ela. O movimento que faço para desligar o chuveiro, piscando num intervalo de dois segundos para acalmar meus ânimos, é o tempo que ela leva para correr até a porta.
— Mas que... – eu corro até ela, mas seu corpo já não está dentro do banheiro. Tento abrir a porta e, para a minha surpresa, está trancada. – Sakura, que porra você está fazendo?
— Estou te ensinando a não brincar com fogo, amor. – sua voz sai abafada do outro lado, meio histérica e risonha. – Boa sorte para ir embora sem roupas. Tchau!
Como assim, sem roupas?
Olho para trás, procurando minhas roupas que estavam jogadas no chão e, olha só, não estão mais lá, nem mesmo os tênis. Quando foi que ela pegou minhas coisas?
Porra.
Isso não está acontecendo.
Sakura Haruno não me largou trancando num banheiro, sem roupas e sem um orgasmo. Não é possível, ela não seria capaz de fazer algo assim.
Olho ao redor, para o lugar vazio, encarando meu pau ainda em riste, mesmo depois de todos os acontecimentos posteriores aquela mãozinha inteligente me masturbando.
É, ela fez isso, sim.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.