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História Nada soa como você - VMIN - Despedaçado


Escrita por: taecurekim

Capítulo 10 - Despedaçado


Fanfic / Fanfiction Nada soa como você - VMIN - Despedaçado

“Eu sei que você deu tudo de si apenas ficando ao meu lado, e é só isso que estou pensando, meus pensamentos estão quebrados dentro da minha pequena mente”

— Im my little mind, Hodge

 

Acordei com o despertador do Hoseok, mas ao contrário das outras noites, em que acordava com ele abraçando a minha cintura depois de me acalmar e me ajudar a dormir, era outro corpo que estava encostado ao meu, não me abraçava, mas estava próximo, tão próximo que o cheiro adocicado me extasiava. Uma perna encostada na minha enquanto seu corpo estava completamente virado para baixo na cama, uma mão perto do rosto e a outra esticada para fora da cama. Observei seu rosto, sereno e calmo, com um biquinho se formando ao que sua bochecha estava amassada sobre meu travesseiro, a cama que era pequena para nós dois, de repente parecia ter o tamanho perfeito.

Eu me lembrava exatamente de tudo que aconteceu, desde que ele entrou pela minha porta até o momento em que dormi com sua mão segurando a minha. E eu nunca havia dormido tão facilmente na minha vida. Até Jimin estar ali, escutando música ao meu lado.

Hoseok saiu da cama e olhou para mim, ele tinha uma expressão calma no rosto e se aproximou devagar, percebendo que Jimin ainda dormia.

Sussurrando, ele disse:

— Quando voltei ele ainda estava aqui e quando sai do banho ele já estava dormindo. Deveria ter mandado ele embora? — Eu balancei a cabeça negando.

Não, se eu quisesse que Jimin fosse embora, eu mesmo teria mandado antes de cair no sono. Mas a ideia dele voltar para o quarto dele nem havia me passado pela cabeça. Agora havia amanhecido e ele estava deitado ao meu lado, dormindo, era um estranhamento confortável. Assim como a presença de Hoseok, a de Jimin me agradava também.

— Tudo bem, vou me arrumar para a aula. — Hoseok se afastou e eu me virei na cama, olhando para Jimin.

O quanto ele sabia de mim agora? O quanto ele havia percebido? O quanto ele havia deduzido? O porquê dele não ter ido embora ainda era um mistério pra mim, eu deveria perguntar a ele?

Observei mais uma vez seu rosto. 

Os cabelos negros bagunçados, os olhos parecendo menores, inchadinhos. Sorri. Ele tinha uma marca em seu rosto demonstrando que em algum momento ele havia se virado na cama e deitado sobre uma de suas mãos, e os bicos dos seus lábios estavam ainda mais gordinhos.

O garoto irritadinho, é, na verdade, uma criatura adorável enquanto dorme. 

E uma pessoa, até que gentil, quando se está acordado.

Jimin havia ficado ao meu lado mesmo que por um segundo minhas barreiras estivessem desmoronado e eu houvesse chorado em sua frente. Naquele momento, ele não fez perguntas; ele apertou a minha mão gentilmente e ficou ao meu lado, escutando a música que tocava de seu celular, em um silêncio perfeito.

O que aquilo poderia verdadeiramente significar?

Peguei meu celular, que estava no chão, ao lado da cama e me sentei, olhei para ele novamente.

Percebi que assim como a companhia de Jimin era confortável, olhar para ele também era.

Então abri a câmera do celular e tirei uma foto de seu rosto, e um segundo depois, ele abriu os olhos. Me assustei indo imediatamente para trás pois tinha me inclinado para perto dele para conseguir tirar a foto.

— O que está fazendo? — Sua voz saiu preguiçosa, rouca, o olhar sonolento sobre o meu. — Que horas são? — Ele agora se sentava na cama e pegava o próprio celular. — Droga, tá sem bateria. — Ele me encarou.

E então se deu conta de toda a situação, ele havia dormido no meu quarto como se fôssemos próximos, ele havia dormido comigo, na minha cama, depois de me ver chorar.

Tudo parecia meio constrangedor e Jimin ficou extremamente vermelho, mas não durou muito, ele logo abriu um sorriso.

— Hum... Bom dia, Taehyung. — Ele falou bagunçando ainda mais o cabelo e em seguida coçando os olhos.

— Bom...dia, Jimin. — Ainda estávamos sentados na cama de frente um para o outro e Jimin de repente começou a rir — O que foi?

— Dois dias atrás eu teria hesitado em te responder agora é você quem faz isso. — Ele balançou a cabeça — Está com medo de mim, Kim Taehyung?

— Vai se fuder — Falei rindo com ele. Ele bocejou e olhou para o meu celular — Que horas?

— Quase oito. — Ele arregalou os olhos e ao sair da cama se embolou no lençol e caiu sentado no chão. Me segurei para não rir, e fui ajudá-lo. O garoto soltava tantos palavrões em poucos minutos que achei que ele houvesse decorado um dicionário de palavras de baixo calão.

— Eu não posso faltar a aula de novo! — Ele olhou para mim — Por que não me acordou antes, caralho? — Eu o segurava pelo cotovelo agora que ele estava em pé, firme, e eu teria soltado seu braço mas não queria, então o puxei para longe da cama, ficando no meio do quarto.

Eu não podia dizer para ele que não havia o acordado porque estava o observando dormir, iria parecer extremamente esquisito. Eu já sou esquisito o suficiente para ele.

— Também não percebi o horário... — Menti. Deixei ele parado no meio do quarto, como eu não tinha a primeira aula naquele dia, não estava com pressa mesmo assim bati na porta do banheiro pedindo para que Hoseok se apressasse; depois caminhei até meu guarda-roupa e chamei Jimin para olhá-lo. — Eu posso te emprestar alguma roupa. Assim você pode ir direto para aula, só irá precisar pegar seu material, não vai se atrasar tanto.

— Eu entendo que você esteja tentando ser gentil, mas Taehyung, suas roupas e as minhas ... nossos estilos...— Ele fez uma careta. Eu poderia ter me sentido ofendido mas não me senti, realmente não combinamos. — Fora que ficaria bem maior em mim, e largo

— Posso pedir ao Hobi. — Apresentei outra solução, Jimin balançou a cabeça procurando seus chinelos e os calçando. Olhou para a cama bagunçada, checou se seu celular estava com ele, e então se virou para mim.

— Não vou me sentir confortável usando as roupas do seu amigo. Eu preciso ir agora, se eu conseguir ser rápido chego com tolerância de dez minutos...

— Certo... — Disse ao acompanhá-lo até a porta; olhei para seu pé — Não corra muito, você é meio desastrado.

— Vai pro inferno, Kim — Ele falou e depois suspirou. — Vejo você na aula.

Eu assenti e ele saiu, mas antes que ele pudesse ir muito longe eu o puxei de volta. Ele se virou para mim com impaciência.

— Obrigado. — Queria dizer mais alguma coisa, mas isso foi a única coisa que saiu da minha boca, ele me olhou ainda mais irritado.

— De nada, mas se você não se importa eu estou atrasado... — E olhou para minha mão em seu braço eu o soltei. 

Ele deu um sorrisinho e depois saiu correndo, quase dando de cara com um interno que passava por ali.

Eu dei risada e voltei para o quarto.

Jimin não está atrasado, ainda faltam quase quarenta minutos para dar oito horas.

— Você não presta, Kim Taehyung. — Hoseok falou ao me ver de volta ao quarto — Por que pilhou o garoto?

— Ele fica engraçado, só isso. — Me joguei na cama sorrindo, olhando para Hoseok enquanto ele se vestia. — Qual sua primeira aula?

— Alguma matéria relacionada a matemática — Assenti — Não quer ir tomar café comigo?

— Hoje não, Hobi. Vou esperar dar o meu horário e começar a me produzir.

Hoseok sorriu, concordando com a cabeça.

— Qual a cor de hoje?

— Ainda não sei.

— Já vi que vai me surpreender.

Eu ri da sua fala mas meu pensamento foi para outro alguém. Não era bem Hoseok quem eu gostaria de surpreender.

Não sabia que sentimentos estavam predominantes em mim.

Mas sabia que todos os bons tinham causa com nome e sobrenome.

Hoseok estava vestido como sempre, uma calça larga, um tênis estranho e uma blusa folgada, um boné para trás porque estava com preguiça de pentear os cabelos longos, ele organizou seu material e em segundos estava pronto.

— 'Tô indo — Ele se encaminhou até a porta. — Até depois, Tae.

— Até

Então ele saiu do quarto me deixando sozinho.

Novamente eu estava ali, eu e minha cabeça, remédios e álcool juntos. Sozinho.

Peguei meu celular e vi que havia uma mensagem não lida, era da minha mãe.

Ignorei imediatamente.

Respirei fundo, sentindo o amargor que pensar nos meus pais causava, deitado na minha cama me estiquei inteiro então bati com meu braço onde Jimin estava minutos antes. Automaticamente senti seu cheiro.

O perfume adocicado me deixando tonto, como se ele estivesse realmente ali.
E agora eu havia me dado conta de que passei duas noites ao lado do garoto que me fascinava, a primeira acordado, apenas observando o céu e a segunda, dormi ao seu lado enquanto ele me mostrava mais dele, enquanto, o conhecia.

Éramos amigos agora? Não, né? Eu não poderia ser amigo dele; eu deveria perguntar?

Park Jimin me deixava fascinado e agora, cheio de dúvidas. 

Extremamente confuso.

Mas eu gostava da sensação de estar perto dele.

— Park Jimin. — Falei seu nome. Me virei na cama e fechei os olhos, olhei a foto que havia tirado enquanto ele dormia e sorri abertamente. 

Meu coração acelerou e eu achei que fosse passar mal.

Eu reconheci os sintomas.

Nem fudendo.

Eu poderia ser amigo dele, mas me permitir me apaixonar por ele? Não.

Definitivamente, não;

Então parei de sorrir, deixei o celular de lado e me levantei. Abri o guarda-roupa e peguei um conjunto verde, uma blusa preta e meu converse. Fui para o banho e deixei que minha mente viajasse até meu plano, talvez eu tivesse que cumprir antes do que o esperado?

Fechei meus olhos.

"Agora não, Taehyung"

Eu precisava ser prático ou eu deveria me deixar levar pelo momento?

Cansado de tantas dúvidas e de tanto pensar terminei meu banho, me enrolei na toalha e resolvi que, para me distrair iria escutar alguma música, peguei meu celular e coloquei no aleatório.

"Torn" da Natalie Imbruglia começou a tocar e me senti renovado aos que os sons da música ressoavam em meu ouvido; nada como uma boa música para acalmar os ânimos.

O dia pareceu bom de novo, igual ao momento em que eu acordei, olhei para a minha cama enquanto me vestia. 

Espera, eu estava feliz por ter acordado?

Park Jimin.

Suspirei — Saí da minha cabeça!

A música continuava tocando e enquanto fui me arrumar no banheiro cantava baixinho

 Thre's nothin' where he used to lie the conversation has run dry that's what's goin'on — Enquanto chegava ao refrão, coloquei meus cabelos para trás e passei um gel. Deixando-o assim, então comecei a me maquiar. No olho esquerdo misturei os tons de rosa da minha paleta e enquanto no direito apenas usei um tom escuro de verde. — Nothing's fine, i'm torn, i'm all out of faith, this is how i feel... i'm cold and i am shamed... — E, assim com mais algumas músicas eu estava completamente pronto.

Arrumei minhas coisas e saí do quarto, os corredores já estavam vazios e eu sabia que ainda faltavam cerca de quinze minutos para a minha primeira aula.

Então, andei lentamente por ali, de longe vi Jimin e seu amigo conversando enquanto caminhavam em direção a saída. Eu quis rir, os cabelos de Jimin estavam molhados, a roupa, como sempre, bem passada e caia perfeitamente em seu corpo.

Me perdi por alguns segundos observando as suas curvas, mas minha visão foi interrompida quando uma garota parou em minha frente.

O internato era misto, mas as garotas eram proibidas de irem até os dormitórios dos garotos e vice-versa, por isso meu olhar se voltou sobre ela imediatamente.

— Você é Kim Taehyung, né? — Eu assenti, os cabelos dela eram escuros e longos, estavam perfeitamente penteados assim como a roupa que usava, não éramos obrigados a usar uniformes, ainda assim, tínhamos um para aqueles que queriam se misturar. Ela usava. — Eu sou Yeh Shuhua — E estendeu a mão para mim.

Eu segurei por um instante e depois soltei. 

Então ficamos em silêncio.

— O que você quer? — Perguntei encarando ela, a garota sorriu.

— Que bom que perguntou. Bom, eu queria a sua ajuda. — Eu dei um passo para trás e cruzei os braços.

Ela riu e se aproximou de novo. 

Será que ela não entendia o conceito de espaço pessoal? Ela estava ultrapassando o meu.

— E como eu poderia te ajudar? — Perguntei, desconfiança no tom e na forma em que meus olhos percorriam sua expressão.

— Eu quero sair daqui.

— Todos nós — Resmunguei, ela revirou os olhos, nesse momento vi um dos inspetores virar no corredor e peguei em sua mão, a puxando para o lado.

Entramos em outro corredor, completamente vazio e ela se encostou na parede.

— Quero ajuda para fugir daqui! — Ela deu ênfase na palavra fugir — E sei que você é o único que me ajudaria.

— Por que você acha que eu faria isso? — Ela pegou o celular do bolso e me mostrou um vídeo. Nele aparecia Jimin sentado na fonte, enquanto eu estava deitado, nós riamos. O som estava inaudível, mas a imagem perfeita. — Desgraçada.

Ela riu.

— Eu sei que se fosse só você nesse vídeo não adiantaria nada porque você claramente não se importa com ser pego ou não — Eu assenti, me sentia puto pela chantagem, odiava estar nas mãos de alguém, odiava que me controlassem — Mas você não vai querer encrencar o Park, ou vai?

— Por que acha que eu me importo com ele? — Me aproximei dela colocando minhas mãos ao lado de sua cabeça, uma de cada lado.

Ela respirou fundo e fechou os olhos, percebi pela primeira vez um sinal de nervosismo da garota.

Finalmente tinha conseguido intimidá-la?

— Eu sei que se importa, Kim — Ela respondeu. — Você nunca fez questão de sair da sua bolha com Hoseok desde o primeiro dia. Não faz muito tempo que você está aqui, deveria querer fazer amigos, mas pouco se importou com isso ou com a opinião dos outros sobre você — Ela então se aproximou de mim, ficando bem perto do meu rosto e sorrindo de lado. Seus olhos desceram para a minha boca e depois voltaram para meus olhos, dessa vez ela sorria abertamente, até soltar bem baixinho:  — Exceto quando se trata de Jimin.

— O que você está insinuando, Shuhua? — Ela balançou a cabeça devagar.

— Nada. Estou dizendo o que eu vi — Senti meu celular vibrar e vi que era uma ligação do Hoseok, me afastei da garota e percebi a hora, se não saísse agora dali me atrasaria para a minha aula.

— Você vai apagar o vídeo? — Ela fez que sim com a cabeça, mas completou:

— Se você me der a sua palavra de que vai me ajudar a fugir daqui.

— Tá. Eu ajudo — A garota sorriu e me abraçou imediatamente. — Mas se você causar algum problema para Jimin...

— Não tenho interesse em causar nenhum problema para ele, Taehyung. Nem para você — Comecei a sair do corredor, caminhando para a aula. — Te vejo no refeitório!

Quando já estava longe suspirei, cocei a nuca e fechei os olhos.

Que porra? Olhei para trás e vi quando ela saiu correndo do dormitório masculino.

Garota maluca.

Voltei minha atenção até o meu celular e corri para chegar na sala antes do professor, ou eu ficaria de detenção novamente, felizmente consegui.

A primeira pessoa que vi ao entrar foi o amigo de Jimin, ele conversava animadamente com um outro garoto sentado atrás dele, Jimin estava em sua frente, a cabeça baixa e percebi os fones em seu ouvido. 

Por isso passei reto, e caminhei até Hoseok.

— Por que demorou tanto? — Eu neguei com a cabeça e encarei o chão — Taehyung, tá tudo bem?

Quis dizer que sim, mas não estava. Meu coração já havia acelerado antes mesmo que eu percebesse o que estava acontecendo, e minhas mãos suavam. 

Ignorei tudo e olhei para frente. 

Nesse momento percebi Jimin virar para trás e me encarar. 

Diferente das outras vezes, ele não parecia assustado ou receoso ao me ver ali, ele parecia puto.

Sorri para ele que se virou para frente imediatamente e bateu com força o caderno que havia tirado da bolsa na mesa, assustando seu amigo. 

Eu ri baixinho, apesar de sentir um frio estranho na barriga.

— Alguém parece bravo... — Hoseok riu.

— Tenho a impressão de que isso vai piorar.

— O que? por que? — Ignorei Hoseok e olhei para frente, para as costas de Jimin.

Logo em seguida a porta se abriu, junto ao professor um garoto e uma garota entraram.

O menino parecia estar envergonhado e completamente deslocado, com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo praticamente todo o rosto, não consegui identificá-lo de primeira, e nem tive tempo para reparar muito bem já que a minha atenção se voltou para a garota, ela olhava para mim e sorria.

— Porra. — Fechei a expressão imediatamente.

— Que foi, Taehyung? — Antes que eu pudesse responder o Hoseok a voz do professor se fez presente, muito mais alta que o necessário.

— Esses são meus filhos e novos alunos dessa aula, minha filha já é estudante desta instituição... — Ele se virou para a garota, e então eu percebi o tamanho da encrenca que eu havia me metido, e falou seu nome: — Yeh Shuhua — Ela sorriu docemente para a sala, e fez uma reverência se apresentando rapidamente.

Então o professor colocou a mão sobre os ombros do garoto que permanecia com a cabeça baixa. Prestei um pouco mais de atenção nele e meu estômago embrulhou no mesmo instante, senti meu coração acelerar e o medo me invadir completamente.

— Não... — Comecei a transpirar. — Não é possível — Segurei na mesa com força.

Senti um flashback intenso, tantos pensamentos de uma vez na minha cabeça, memórias que eu insistia em tentar esquecer mesmo sabendo que seria impossível. Dor, raiva, decepção se misturando. Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto e a mão de Hoseok na minha perna, percebi que tremia como se nevasse.

Meu coração batia tão forte dentro do meu peito que doía. 

— Este é Yeh Yoongi, ele é novo na instituição em geral — Foi o momento em que ele levantou a cabeça e abriu os olhos.

E assim como eu estava em choque, sentindo-me perdido e prestes a passar mal ao encontrá-lo novamente, Yoongi pareceu da mesma forma ao me encarar.

Ele ficou mais pálido do que já era, passou as mãos pelos cabelos gigantes, que batiam na altura do ombro e os puxou para trás, mordeu os lábios com força e percebi quando ele respirou fundo.

Deu um passo à frente e sem desviar o olhar do meu se apresentou:

— Na verdade, me chamo Min Yoongi — Ele corrigiu o professor e todo mundo o encarou sem entender nada, o professor suspirou e se encaminhou até a sua mesa, como se fosse inútil tentar lidar com o garoto. — Acabei de ser adotado pelo senhor Yeh, mas gostaria de continuar com meu verdadeiro sobrenome. Me chamem de Min Yoongi.

E depois seu olhar se voltou para a sala, percebi que ele encarava o assento livre ao meu lado, eu fechei os olhos esperando que ele se aproximasse, porém, Shuhua foi mais rápida e se sentou ali, então Yoongi se virou e foi para o outro lado da sala.

Quis agradecer a garota.

— Taehyung! — Hoseok gritou de repente e me virei para ele, assim como a sala toda nos encarou.

Então olhei para Jimin que me encarava preocupado.

Eu estava apavorado.

Hoseok me puxou para levantar, mas meu corpo se recusava.

Yoongi estava ali, como ele poderia estar ali?

Depois disso tudo aconteceu tão rápido que mal consigo me lembrar.

Senti o perfume adocicado antes de enxergá-lo, Jimin estava parado ao meu lado e junto com Hoseok me puxava para cima, sua voz era gentil ao falar comigo mas eu não entendia nada que saia de sua boca.

Assim que me colocaram de pé senti-me completamente tonto, e como se cada parte do meu corpo estivesse se despedaçando devagar, senti-me desfalecer nos braços alheios.



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