História Namorado Quase Perfeito - A torneira não se fecha sozinha

— Jungkook-ah...

A cabeleira ruiva de Jimin bateu brevemente contra a cabeceira da cama, tão rápido que ele sequer se importou com a dor. Afinal, o que era a ligeira sensação de incômodo na cabeça perto do turbilhão de novas sensações que estava presenciando naquele momento? Somente pelo zíper aberto de sua calça, já era possível admirar a elevação evidente que sua cueca teimava em tentar esconder.

Isso é loucura.

Merda, como isso é loucura.

Estar ali, parcialmente deitado na cama, enquanto um garoto de tremenda beleza beijava seus pedaços de pele visíveis, sem dúvidas, era uma grande loucura. Como se não bastasse, era esse mesmo garoto o responsável por fazê-lo sentir calafrios a cada troca intensa de olhares. No fim, mesmo que tentasse negar, Jimin já não podia simplesmente dizer que não gostava daquilo.

Porque, na realidade, ele gostava como o inferno.

Não sabia onde sua camiseta tinha ido parar ou como suas calças foram abertas, mas aquilo não era relevante no momento. Seu cérebro estava concentrado demais em sentir as carícias de Jungkook para se importar com a atual localização de suas roupas.

— Hyung, eu posso? – O olhar escuro do garoto vibrou no choque com o seu.

Jimin não soube exatamente o que responder, mas de uma única coisa ele sabia; Jungkook parecia tão lindo como jamais esteve — e talvez fosse coisa da sua cabeça, mas ele parecia vezes mais atraente do que em todas as ocasiões em que estiveram tão próximos. Não sabia se era pelo jeito que sua camiseta estava aberta, exibindo o abdômen, ou pela fraca iluminação do sol da tarde batendo na expressão sensual que ele fazia.

Talvez fosse uma completa idiotice ter dado aquela liberdade para o garoto que há pouco parecia completamente diferente daquele que estava ali, à sua frente, distribuindo beijos e estalando chupões por todo pedaço de pele que sua boca encontrava. Ainda assim, sua vontade de tornar realidade as impurezas que pensava com Jungkook era bem mais forte do que o autocontrole já fragilizado muito antes daquilo acontecer.

Naquele momento, o Park desligou a parte racional para deixar a emocional tomar um pouco mais de conta. Afinal, o que exatamente tinha a perder? Mesmo que tentasse, não era como se fosse conseguir evitar que Jungkook o tocasse, não era como se pudesse mentir eternamente para si mesmo ao afirmar que achava aquela aproximação desagradável.

Jimin queria aquilo; e, por Deus, como ele queria. Não era lógico continuar negando quando, de qualquer outro modo, a vontade, os desejos e os pensamentos continuariam existindo.

— Eu vou levar isso com um sim. – O mais novo soltou um riso nasalado perto do ouvido de Jimin, enquanto uma de suas mãos acariciava a cintura exposta do mais velho – Isso é um sim, hyung? O fato de você estar vermelho é um sim?

Jimin engoliu em seco e fechou os olhos; podia sentir as bochechas ardendo de quentura, e com Jungkook ali, tão próximo e provocante, era quase impossível não desejar arduamente que o garoto o dedilhasse por inteiro.

— Sim... – Mordeu o lábio. – Só faça isso logo, Kook-ah.

O menino sorriu e deslizou a palma para a cueca de Jimin, puxando-a com cuidado, mas sem deixar exposta a ereção do mais baixo. Com uma agilidade incrível, os braços de Jungkook agarraram o corpo pequeno do Park e puseram-o rapidamente de barriga para baixo na cama.

Jimin grunhiu, surpreso, tendo seu rosto chocado com certa força ao colchão da cama, mas sem de fato ligar para aquilo, uma vez compenetrado naquela nova vibe de Jungkook. Segundos depois, suas calças deslizaram para fora do seu corpo.

 — E-Espera, o que você-

— Quero que fique confortável. – Jungkook respondeu de imediato, atirando a peça de roupa para um canto qualquer. – Relaxe, hyung, eu não vou fazer nada que você não queira. É como eu já disse...

Sim, Jungkook.

Um bom namorado nunca faz algo que seu namorado não queira.

Com aquela deixa, Jimin apenas enfiou novamente o rosto no colchão ao mesmo tempo em que sentia uma de suas pernas ser massageada pelo polegar de Jungkook. Mordeu a língua em resposta, sentindo com afinco a pele alheia tocando a sua com sutileza.

É errado admitir que eu sempre o imaginei fazendo isso?

É errado admitir que eu simplesmente já imaginei tudo o que tinha que imaginar com ele?

Mas tudo era ainda melhor do que somente pensamentos e hipóteses. Jungkook inclinou o corpo sobre o do mais velho e puxou o quadril alheio de encontro ao seu, erguendo-o, consequentemente fazendo com que a bunda bonita do Park encontrasse seu caminho para próximo de sua área erógena.

— Eu poderia te olhar nessa posição a vida toda e jamais cansaria. – O garoto comentou curtamente num sopro, mas foi o suficiente para que todo o rosto de Jimin se tornasse uma grande bagunça rubra. — A sua bunda é tão bonita.

Mesmo que se sentisse bem com toda aquela aproximação de Jungkook, ainda era uma situação inédita. Estava ansioso e seu coração batia pesado no peito com todos os novos fatores que compunham aquela situação. Ouvir Jungkook dizer naquele tom safado que achava seu corpo atraente era deveras diferente de tê-lo dizendo as mesmas coisas em outras situações.

Espremeu o rosto ainda mais.

— Não diga isso, Jungkook...

— O que foi? – O rapaz perguntou casualmente, alisando vom carinho a parte interna das coxas de Jimin. – Não precisa ter vergonha, hyung, eu só quero fazer você se sentir bem. Muito bem.

— Eu só-

A frase do Park foi brutalmente interrompida por um gemido que ardeu sua garganta, saindo arrastado e involuntário; antes que percebesse, Jungkook dançou com as mãos por suas nádegas cobertas unicamente pela cueca. O mais novo sorriu satisfeito com o som que recebeu em resposta às suas atitudes, gostando da melodia dos gemidos de Jimin e descobrindo, dessa forma, que era sua música predileta.

Sentia-se especial vendo que podia satisfazer o mais velho, principalmente por ser privilegiado o bastante para ter a oportunidade de vê-lo da forma como estava ali, parecendo tão seu mesmo quando ele sabia que não era.

Sem mais delongas, Jungkook retirou sua própria camiseta e colou seu abdômen nas costas de Jimin, sua mão escorregou sorrateiramente até a barriga do Park e, passando dali, alcançou o local desejado.

— K-Kook-ah... – Jimin soltou sôfrego, ainda com a barriga virada para baixo.

Retirou o rosto do colchão e virou a cabeça para encarar a expressão luxuriosa e madura que Jungkook exibia naquele momento; teve que confessar, não sabia como interpretar a sensação imediata que o acometeu naquele mesmo instante, quando seu coração bateu de uma forma diferente no segundo em que colocou os olhos em Jungkook novamente.

Isso não é só desejo... Eu...

Eu não só desejo o Kookie, tem algo mais...

E realmente tinha, porque por mais estranho que parecesse, Jimin podia sentir as vibrações boas e reconfortantes que estar ali com Jungkook lhe passava. E não era como só uma realização de uma fantasia louca. Era muito mais que aquilo.

Jungkook o fazia bem.

Era como olhá-lo e sentir o estômago contrair, um calafrio estranho percorrer sua espinha e, não menos importante, seu membro latejar, gritando por ele e por tudo que tinha a oferecer.

Com um sorriso majestoso, Jungkook piscou para o Park, em um sinal de “confie em mim” e deixou que sua mão finalmente empurrasse a odiosa cueca para baixo, retirando-a do corpo de Jimin na sequência. Mais uma vez, Jungkook grudou o abdômen exposto sobre as costas nuas de Jimin e agarrou de vez o membro rígido, acariciando-o na base.

Jimin prendeu um grito que queria sair; mesmo que desejasse gritar, tinha que ter em mente que Yoongi ainda estava na sala.

Jungkook possuía uma pegada inexplicável; era como se o garoto soubesse exatamente onde tocar e o que fazer. No fim, Jimin aprecia um garoto inexperiente nas mãos de alguém que sabia muito bem o que estava fazendo. Os dedos grandes se enroscaram nos testículos e apalparam com delicadeza, tendo como resultado uma arfada por parte de Jimin, em completo deleite com os toques. O mais velho empurrou o quadril para trás em busca de mais contato, desejando sentir um pouco mais daquela onda gostosa de prazer que subitamente percorreu todo seu corpo.

A masturbação teve início com breves movimentos da base até a glande, com um aperto forte e profundo. Escutar o som da mão de Jungkook melando-se no líquido seminal fazia a experiência ficar mil vezes mais erótica. Jimin marejou os olhos, fraco e entregue. O adorno quente e excitante que o corpo de Jungkook oferecia no encaixe com o seu era simplesmente indescritível.

Gemendo baixo e sem realmente pensar na situação, apenas sentindo, Jimin só podia agradecer ao céus por conseguir notar e sentir a ereção de Jungkook tocar sua bunda, mesmo quando todo o volume ainda estava coberto por tecido.

Era excitante sentir o abdômen definido de Jungkook deslizar pelas suas costas em movimentos de vai e vem, pois era o que evidentemente fazia com que o membro teso estimulasse ainda mais a entrada escondida de Jimin.

O mais baixo cerrou os olhos com força e grunhiu alto.

“Jungkook” foi tudo o que sua voz gasta conseguiu proferir. A respiração abafada e descompassada de Jungkook bateu contra sua nuca enquanto a masturbação apenas continuava. Dessa vez, as pegadas de Jungkook se tornavam mais fortes e firmes.

Mais prazerosas.

A testa de Jimin suou, encostada ao colchão. Seu falo era adornado mais uma vez pela mão traiçoeira do garoto, que acariciava sem dó ou piedade alguma. Pele com pele se chocava, um delicioso clima de prazer já estava tomando completamente a posse de Jimin.

Eu vou enlouquecer.

Isso é tão bom que eu vou enlouquecer.

O clima estava abafado e o mais velho realmente não se importava com nada; esqueceu-se de Yoongi no cômodo ao lado ou da relutância sobre deixar um garoto como Jungkook tocá-lo daquela forma. Sua mente estava um completo nevoeiro, preenchida unicamente pelo pensamento de que ter a pele de Jungkook encostada à sua era tudo o que precisava para continuar vivo.

— Hyung, você gosta assim? – O tom tranquilo e grave de Jungkook soou próximo ao seu ouvido, os deslizes do membro dele em sua bunda diminuíram o ritmo. – Gosta quando é devagar?

— N-Não... Jungkook, para com isso...

— Isso o quê?

— Me constranger... – O Park bufou, gemendo em seguida – Você sabe que é melhor rápido...

 — É? — Riu baixinho, beijando sua nuca. — Então você prefere assim? – O garoto sorriu ladino ao canto de sua orelha, lambendo o lóbulo enquanto acelerava o ritmo de sua mão no membro de Jimin e esfregava o seu próprio nas nádegas apertadas do Park.

Jimin levantou o pescoço e gemeu alto, concordando com a cabeça e engolindo saliva. Não conseguia entender como o Jungkook fofo e inocente poderia, de forma tão drástica, tornar-se um completo homem, tão experiente e ao mesmo tempo tão belo daquela maneira. Era como passar de uma adolescente para um “jovem adulto” cheio de hormônios a serem gastos e fantasias obscuras a serem concluídas.

Jungkook ficava incrivelmente sexy daquela maneira.

Jimin riu baixo consigo mesmo e apenas concluiu mentalmente que poderia muito bem conviver com uma bela criatura linda e sapeca como Jungkook, e que em horas vagas, adoraria ter o lado maduro dele fazendo-o gemer daquela forma. No fundo, estava adorando ser controlado e guiado pelo rapaz. Mesmo que sua cabeça estivesse uma completa confusão, sentia-se satisfeito ao ter escolhido deixar o garoto aliviá-lo.

Certo, eu estou realmente ficando louco.

Mas isso certamente não importa a essa altura.

Jungkook estava se sentindo incrivelmente realizado. Bem, não ao todo. Mas poderia dizer que estava chegando lá.

Seus movimentos no pênis de Jimin se intensificaram, o que resultou nos aumento do tom do mais velho e em gemidos mais prolongados. Sim, agora estava ficando satisfeito de verdade. Ter seu membro sendo friccionado naquela porção deliciosa de carne que compunha a bunda bonita de Jimin, empinada para somente para ele, definitivamente não poderia ser melhor.

Enquanto Jungkook se contentava e se deliciava em dar prazer ao mais baixo, Jimin apertava o lençol com força, sua boca machucada por tantas tentativas de conter gemidos enquanto soltava suspiros incansáveis com o nome “Jungkook”.

— Você pode repetir, hyung? – O menino apertou abruptamente o volume alheio, fazendo-o engasgar – Pode repetir o que disse?

— Jungkook... Eu...

— Você gosta, não é? Ou eu posso parar? – Os lábios minimamente cheios e secos de Jungkook arrastavam-se sofridamente pelo pescoço do Park.

— Eu gosto... Não para, por favor... – Jimin jamais diria coisas daquele gênero se estivesse realmente em sã consciência.

Era uma pena que não estivesse.

Jungkook desistiu das perguntas provocantes e acelerou ainda mais seus movimentos com a mão e com o quadril. Naquele momento, empurrou sua boca sedenta até a do mais velho.

Jimin virou o rosto para encontrar o rosto de Jungkook; alguma coisa o dizia que precisava vê-lo em um momento como aquele.

Jimin precisava sentir que ele estava ali.

O garoto sorriu carinhoso antes dos seus lábios abocanharem os do mais velho com fervor. Não sabia se para Jimin aquilo tinha algum valor além de simplesmente aliviar sua vontade, mas para Jungkook, estar alcançando um momento de prazer com o homem que amava era muito mais que “aliviar” a si mesmo. Riu em meio ao beijo, feliz.

E mesmo que não estivesse tão aparente, Jimin estava tão feliz quanto.

É claro que não era como se nunca tivesse alguém masturbando-o antes, mas com Jungkook era diferente. Jungkook era diferente. Algo nele o passava segurança, e pela primeira vez em muito tempo, Jimin estava sentindo-se tão amado que poderia explodir a qualquer momento.

Sua boca já molhada pela saliva e pelos beijos de Jungkook encerrou o beijo para que pudesse soltar mais alguns gemidos, e dessa vez, encarando Jungkook fixamente. Por um momento, seus olhos ficaram paralisados nos do rapaz.

Encararam-se juntamente, sentindo o ápice do prazer a caminho, sabendo que, de alguma forma, aquilo tinha um significado a mais. Jimin conseguiu, mesmo que em meio aos gemidos, sorrir reconfortado para Jungkook, mostrando a ele que estava feliz com tudo que havia acontecido naquela cama.

Principalmente o fato de estar junto dele.

E foi nesse instante que a movimentação se tornou ainda mais profunda, fazendo com que o Park abafasse o grito no colchão da cama e sentisse cada parte de seu corpo entrar em estado de tensão. As mãos de Jungkook trabalharam mais fortes  no seu corpo, empenhadas e hábeis.

Com a garganta árida e um gemido extenso, Jimin teve seu orgasmo.

Jungkook podia sentir o corpo do mais velho amolecer logo abaixo do seu, os músculos ficando fracos. Isso, claro, sem faltar o maravilhoso som da voz de Jimin dizendo seu nome tão intimamente. As mãos do Park se enroscaram ao lençol para que, finalmente, estivesse acabado.

Sua respiração intensa, junto de seu corpo fraco, entregava que ele havia amado.

Jimin despencou na cama com as costelas apertadas, tão feroz era sua respiração. Jungkook saiu de cima do seu corpo vulnerável, ajeitando a calça e tentando abaixar seu membro, que ainda estava desperto. Após isso, o rapaz olhou com alegria e satisfação para o pequeno e belo corpo do seu hyung na cama.

Estava feliz por ter dado aquilo que ele queria.

Tentando não ficar muito preso a bela imagem de um Jimin nu e extasiado no colchão, Jungkook balançou a cabeça. “Preciso ser um bom boneco para o hyung”, disse a si mesmo antes de começar a caminhar para fora do quarto.

Entretanto, foi interrompido antes que pisasse para fora do cômodo.

— Jungkook – chamou a voz mansa de Jimin, exausta. – Aonde você vai?

O menino riu, não podia esconder sua felicidade por mais tempo.

— Vou encher a banheira, sei que você não gosta de sujeira e provavelmente quer se limpar – falou – Prometo não fazer sujeira, hyung.

Jungkook virou as costas mais uma vez para prosseguir seu caminho até lá, mas novamente foi segurado pela voz do mais velho.

— Ei... – Jimin chamou – Venha até aqui.

O menino ergueu uma sobrancelha, mas não negou, apenas caminhou tranquilamente até a cama, sentando-se e vendo que o corpo do Park se recuperava.

— Jungkook-ah. – A voz de Jimin saiu firme, naquele momento sua mão deslizou com carinho pela bochecha do rapaz adorável à sua frente.

Olhou-o no fundo dos olhos e não conseguiu conter a pontada de felicidade que lhe invadiu ao ver novamente o olhar brilhante de Jungkook; no final de tudo, ele ainda era o menino amável e fofo de sempre.

Eu poderia olhá-lo sorrir dessa forma por anos e nunca me cansaria.

Vê-lo feliz me deixa tão...

Tão bem...

— Obrigado – sussurrou com um sorriso amoroso, beijando a bochecha do menino de forma calma e suave – Obrigado por ficar comigo.

— Eu sempre vou estar contigo.

Ele é tão especial.

E foi com o abraço seguinte que Jimin pôde notar algo estranho se agitando em seu coração, uma sensação gostosa e muito boa de estar perto de Jungkook.

Espera, isso...

Isso é...

(...)

Quando teve os olhos abertos, Jimin se perguntou insistentemente o porquê de estar tão cansado. Contudo, por mais incrível que parecesse, sentia-se bem. Muito bem, aliás.

Ah... Sim...

Recordou-se vagamente do que havia acontecido antes de adormecer e então sentiu o rosto avermelhar-se de imediato. Não que estivesse arrependido, era só que...

Agora que parei para pensar realmente, me parece tão vergonhoso...

Coçou a cabeça e riu, abobado consigo mesmo. Diferente das outras coisas que já havia feito com Jungkook, estranhamente, aquela não o causava qualquer arrependimento. Pelo contrário, sentia-se realizado.

Os dois haviam passado por tantos micos e mais micos, que parando para refletir, Jimin concluiu que aquilo não era tão alarmante quanto as demais situações que tinha presenciado com ele. Havia descoberto uma coisa que o deixava muito feliz.

Alegrar Jungkook.

Vê-lo sorrir da maneira como sorriu enquanto lhe dava prazer tinha cutucado algo no coração do Park que o fazia querer ter mais daquela quentura gostosa que o atingia sempre que via Jungkook alegre.

Quem se importa, não é?

Já deixei de me importar se é vergonhoso ou não, o importante é ter visto o sorriso bobo no rosto dele.

Antes que pudesse divagar mais sobre aquilo, viu a porta do quarto ser escancarada por um Yoongi de expressão congelada e espantada, e logo atrás dele, um Jungkook sem camiseta todo encharcado.

Ergueu a sobrancelha e, logo depois, abriu a boca.

Será que não posso passar um dia calmo sequer?

— Ok... Eu acabei de acordar e dois idiotas aparecem na porta do meu quarto, um deles está sem camiseta e todo molhado. – Suspirou e fechou os olhos, já aguardando pela confusão que lhe contariam – O que o Jungkook fez dessa vez?

— Hyung, eu juro que posso explicar tudo. – O menino balançou as mãos freneticamente.

— Cala boca, pirralho. —  Yoongi rosnou – Olha, eu não quero nem saber o que vocês fizeram nesse quarto para que essa peste estivesse indo preparar um banho pra você.

— Nós estávamos-

— Silêncio! – Yoongi e Jimin olharam-o e gritaram.

Jungkook cruzou os braços, sentindo-se mais uma vez ignorado.

— Acontece que essa pestezinha aqui foi preparar um banho pra você, mas como você dormiu, ele disse que não queria lhe acordar para ir pro banho —  explicou o ruivo, passando a mão pela testa nervosamente.  — Mas o que esse pirralho esqueceu, é que a torneira da banheira não se desliga sozinha! NÃO. SE. DESLIGA. SOZINHA.

— Mas-

— Essa casa virou o que agora, Harry Potter? A banheira não vai desligar sozinha em um passe de mágica. E adivinha, eu acordei com o som dessa criatura pulante tentando conter a água de inundar o apartamento, mas agora já é tarde, tá tudo indo por água abaixo. Literalmente, nessa porra – Yoongi disse desesperadamente – Vamos acelerar aí, Park Jimin, ou sua casa toda vai virar o cenário de “Procurando Nemo”.

Jimin preparava-se para levantar quando notou a falta de algo.

Ah...

— Ah, não...  — Yoongi respirou fundo. —  Não, não... Sério mesmo? Sério, Jimin? – Yoongi riu, encarando o receio de Jimin para sair da cama – Você está pelado, não é? Por isso não está saindo das bostas dos lençóis?

Jimin corou.

— Na verdade, eu...

— Mais uma vez, eu não quero nem saber que caralho vocês fizeram, na verdade até queria, mas meu belíssimo sono foi interrompido por uma criança gritando e a porra de um apartamento prestes a virar a casa do Aquaman, então, realmente? EU NÃO TÔ A FIM DE OUVIR HISToRINHA, VAI LOGO PARAR ESSA DESGRAÇA DE BANHEIRA ANTES QUE TUDO FIQUE ALAGADO!

— Yoong-

— “YOONGI” PORRA NENHUMA! VAI PELADO MESMO, SÓ PELO AMOR DE DEUS IMPEDE ESSE LUGAR DE ALAGAR! – O ruivo gritou.

Jimin devia lembrar-se de jamais interromper o sono de algum membro da família Min. Era um pedido de morte.

— Mas eu-

— HYUNG, VAI PELADO MESMO, EU NÃO QUERO MORRER AFOGADO! – Jungkook começou a correr em círculos, em pânico.

Jimin encarou a cena de boca aberta, mas não teve nada do que realmente falar.

Ótimo, Jimin.

Ótimo.

E então levantou-se da cama, ciente de que estava nu, mas não era muito relevante naquele momento.

Ou ia pelado mesmo, ou deixava sua casa virar um cenário de Procurando Nemo.

Claro, porque eu não poderia ser mais sortudo.