1. Spirit Fanfics >
  2. Não entre - Dramione >
  3. Demônio particular

História Não entre - Dramione - Demônio particular


Escrita por: ReidGray

Capítulo 36 - Demônio particular


Fanfic / Fanfiction Não entre - Dramione - Demônio particular

Acreditava que quase todas as pessoas deveria ter um demônio particular, algo ou alguém que marcou tanto sua alma de maneira terrível que mesmo se quisesse aniquilá-lo para sempre não iria conseguir, pois deixava cicatrizes dolorosas ao ser tocada e mexia com o buraco mais profundo do seu coração. No seu caso não era diferente, pensou que tinha se livrado do seu pesadelo, porém, estava redondamente enganada.


Parecia um vírus que por mais que tentasse expulsar não conseguia, impregnado em sua vida apenas pronto para surgir novamente e jogar em sua cara que não tinha conseguido se livrar por mais que quisesse. Ficando escondido apenas para causar dor e raiva surgindo como uma serpente dando um bote e injetando em suas veias o pior dos venenos, aquele que morreria de maneira lenta e dolorosa. 


Respirou fundo, após desligar o celular e sentar-se no sofá encarando a televisão desligada e pensando no que iria fazer, estava longe o suficiente de casa. Como ele conseguiu seu número? Muitas vezes quando acordava dentro daquela cela miserável imaginava que o seu inimigo seria alguém que iria conhecer no decorrer da sua vida e que estaria pronta para viverem uma grande batalha. Qual é a ironia de saber que o seu pior pesadelo, seu demônio particular e aquele disposto a lhe sufocar até cometer suicídio, seria o seu próprio pai? 


Luna sentia vontade de simplesmente enfiar uma bala na testa daquele homem, por que era fraca o suficiente para apertar o gatilho? Custava tanto matar um demônio particular, te deixava entorpecida, frágil, com medo de se mover para não causar alvoroço e chamar a atenção dele. Ele era sua fraqueza, pois não era corajosa o suficiente para enfrentá-lo. 


Ela era simplesmente uma covarde e isso lhe irritava.


Ainda se lembrava que a última vez que teve o desprazer de encontrá-lo foi quando Ronald foi para sua casa antes de tudo aquilo acontecer, mesmo fraco e doente ele ainda teve a cara de pau de pedir um favor para deixá-lo ficar em sua casa apenas enquanto procurava algum lugar para ficar. Viveu um grande inferno durante dois meses antes de não aguentar e mandar mensagem para Ronald para ir até lá e mesmo mentindo dizendo que ele não estava mais por lá. Ronald não achou estranho encontrar aquele velho deitado no sofá da sua sala de estar seminu após ingerir tanto álcool que chegava a enjoar. 


Sabia que era uma boa oportunidade para fugir daquele lugar e não ficar sempre de escanteio na vida daquele que queria sugar tudo, falar sobre a gravidez apenas incentivou Ronald a lhe tirar daquele lugar. Ligar para a esposa foi nada comparado aos seus longos planos, vê-lo preparar tudo para colocar dentro da própria casa a amante apenas lhe fazia querer sorrir. Ainda mais por vê-lo falar com a própria mãe e ficar irado ao descobrir que Hermione queria fugir e destruir sua vida por meio de uma carta. 


Viajar com ele, vê-lo daquela forma horripilante batendo em uma mulher daquela forma, capaz de matá-la deixou Luna hesitante, pela primeira vez viu Ronald agir como um monstro, mesmo agindo de maneira calma e parecendo tão cruel e pior que ele. Luna pela primeira vez lembrou-se de quando morava com o seu pai e lembrou-se do inferno que viveu dentro da própria casa e como caiu no mar de drogas, sexo e crimes para fugir daquela realidade assustadora. 


Questionava-se muitas vezes o por que ter seguido aquela vida, por quê? O que tinha de tão especial em fazer tanta coisa errada apenas porque odiava o seu pai e não tinha coragem de enfrentá-lo? Poderia ser uma fraca, porém, mesmo ficando ao lado de Ronald sabia que teria uma vida pior que Hermione tinha e sabendo que algo íntimo e desconhecido lhe ligava a ele de forma abrangente apenas confundia sua mente, sabendo que o seu fim seria se render ainda mais ao medo que ele poderia lhe causar, tendo consciência disso apenas lhe fazia querer cortar o mal pela raiz.


Ela não poderia ser vítima de Ronald também. 


— O que vai fazer? — Dino perguntou terminando de arrumar o seu terno, estava a caminho de um compromisso importante. 


— Ele vai apodrecer no asilo. — Luna deu de ombros. — Vai lá, tenho que está preparada psicologicamente para isso. 


Dino assentiu, aproximou-se beijando aqueles lábios. Ela apenas assistiu Dino sair da casa de Ronald, sabendo que não tinha muito tempo levantou-se do sofá mesmo que sua barriga de sete meses dificultasse o ato. Pegou o notebook que Ronald tinha, a visita que lhe fez no dia anterior apenas facilitou tudo para ela, Ronald confiou em si como deveria ter sido desde o início. 


Sorriu, ao conseguir acessar todos os dados dele, ver toda a conta bancária do homem e quis gargalhar ao conseguir transferir tudo para o seu nome de uma conta desconhecida. Fechou tudo, subiu para o seu quarto pegando apenas os seus documentos. 


"Hayla Smith"


O nome do seu passaporte já lhe dava a sensação de liberdade, com uma roupa nova e tudo organizado caminhou para fora daquela casa sabendo que logo estaria completamente bagunçada e barulhenta. Chamou um táxis e com o destino o aeroporto Luna desejou que Ronald levasse um tiro na própria testa. 







— Porra! — Gina exclamou furiosa. Bateu a mão no volante do carro enquanto assistia aquela cena. Poderia facilmente imaginar um míssil detonando toda aquela pequena e intrometida população e o alvo de tamanho alvoroço. — Eu não acredito nisso, merda, merda, MERDA. Como isso aconteceu? 


— Quem você acha que pode ter ajudado ele nisso? — a voz ao seu lado falou de maneira quase psicótica. Os olhos de Astória apenas acompanhava aquela movimentação que ao seu ver nunca deveria está acontecendo. 


— Mamãe… — Gina respondeu.


— O quê…? — Astória não teve tempo de concluir sua pergunta apenas viu Gina abrir a porta do carro e sair de lá furiosa. Acompanhou ela no mesmo instante, seus olhos a viram  se infiltrar naquela pequena multidão. Contudo, reparou em uma figura parada naquela calçada perto do carro, notou que ela tinha uma expressão séria e os braços estavam cruzados. Desistindo de saber onde Gina estava indo, correu em direção da outra garota. — Como você soube?


Os olhos negros de Alicia encararam Astória que surgiu como um passe de mágica à sua frente. Ela estava com uma fúria e mágoa crescendo rapidamente dentro dela que parecia que iria ser engolida pela própria angústia. Aquilo só poderia ser brincadeira, alguém realmente queria que ela sofresse pelo resto da vida, principalmente, por saber de uma notícia daquelas. 


— Narcisa me ligou. — respondeu, mordeu seu lábio inferior vendo sua visão embaçada. A fúria queria se transformar em lágrimas naquele momento, devido a tanta raiva que estava sentindo. — Como ele conseguiu isso? COMO? 


— Vamos. — puxou a mão de Alicia correndo em direção da pequena multidão de repórteres em frente da delegacia. Se infiltraram naquele meio de gente que estava trabalhando e evitando a algazarra de pessoas que odiava o que estavam vendo. Pararam um pouco à frente vendo Gina brigar com um policial sem se importar se estava fazendo escândalo, ele tentava argumentar usando a calma, porém, ela estava furiosa demais para ter bom senso. Correu em direção dela evitando-a que voasse no pescoço do policial. — Se acalme, Gina. 


— ME ACALMAR? — ela gritou, sentindo uma vontade sobrenatural de matar qualquer um, sentiu Astória e Alicia lhe puxando para longe daquele policial ou de qualquer outra pessoa. Evitando-a que fizesse alguma besteira movida pela raiva. 


— Gina… — Alicia chamou. 


— Isso não pode está acontecendo… — choramingou, então, algumas lágrimas escorreram pela bochecha de Gina que as limpou furiosamente. — Isso não pode está acontecendo, não pode… Ele.


Perceberam a agitação incomum dos repórteres que começavam a se movimentar rápido e formar um círculo impedindo que o alvo não passasse por eles sem que pudesse responder algumas perguntas. Os olhos do trio automaticamente notaram a movimentação do alvo saindo da delegacia e caminhando em direção de um carro preto que estava estacionado bem à frente. 


O sangue delas gelou ao vê-lo caminhar com o nariz empinado, com as mãos no bolso da calça social preta e a expressão tranquila de uma pessoa inocente. O viram simplesmente ignorar a presença dos repórteres enquanto que os policiais o protegia em direção do carro. A pequena multidão de mulheres cidadãs gritavam palavras ofensivas para o homem que tentava não prestar atenção naquele mar de fúria. 


Gina pensou que o irmão não fosse parar até que viu um ovo - vindo da pequena multidão furiosa - quebrar-se no terno caro de Ronald, automaticamente o fazendo parar os passos perto do carro, os olhos dele analisaram a vestimenta perfeita e encararam todos que estavam ao seu redor. Sem notar a Gina que chorava, Astória que transbordava fúria e Alicia que parecia em choque. 


Não sabia que o sentimento que iria sentir quando fosse reencontrá-lo seria choque, raiva e medo. Não tinha ido ao tribunal para não deixá-lo saber que estava viva, que estava bem e que estava querendo vingança. Contudo, era impossível não sentir raiva e vontade de ir até lá e bater naquele homem por todo mal que ele lhe fez, pela sua alma que ele havia quebrado, e não imaginava que o medo lhe fosse paralisar a ponto de derramar lágrimas involuntárias e de não conseguir se mexer devido a imaginação fértil que lhe impedia de respirar. 


Ele notou. 


Alicia tremeu. 


Os olhos dele estava procurando quem havia jogado aquele ovo em si quando ele a notou um pouco distante de todos, parada e lhe encarando como se fosse um fantasma. Seus olhos arregalaram-se quando viu uma das pessoas que deveria está bem distante de si naquele momento. Alicia virou o rosto quando ele insinuou que iria andar até si, porém, ele desistiu no último segundo ignorando todos ao redor continuou seu caminho em direção do carro com Dino e Molly atrás. Adentraram no carro e segundo depois cruzaram a rua e desapareceram. 


Alicia soltou a respiração que estava presa e tentou impedir que as lágrimas descessem pelo seu rosto, sentia-se sufocada e abalada mentalmente para conseguir realizar qualquer gesto simples e indireto. 


Ronald estava solto e com ele o medo de está viva falou mais alto. 






Notas Finais


Hey!

Ronald está solto, como ele conseguiu isso? Faça suas teorias.

E Luna querendo fugir, será que ela vai conseguir? Faça suas apostas.

Beijos da Lay e obrigada por todo carinho.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...