História Narcotic Man - Proofs

Namjoon tentava respirar direito já que Yoongi ainda apertava com força a gola de sua blusa, naquele momento não tinha muito como se defender e estava com a impressão de que estava encarando a própria morte.

-Só pode ser brincadeira....

O baixinho firmou ainda mais o aperto, já estava puto no momento inicial e ninguém queria ver o que ele poderia se tornar depois de algum tempo naquela conversa sem sentido. O traficante soltou um sorrisinho debochado e virou o rosto para o outro lado. Por fim foi largado no chão de novo.

-Saiam.

-Ma-Mas...

Arne ainda tentou, mas só o olhar que recebeu do chefe o fez engolir em seco e sair do escritório de cabeça baixa junto com os outros. Suga respirou fundo e virou de costas enquanto o Monster levantou devagar, o mais velho passou a mão no cabelo visivelmente irritado.

-Vou entender se me bater agora.

Não deu tempo nem dele terminar e o chefe lhe acertou um soco bem dado do lado direito, o traficante deu alguns passos para trás, lentamente limpou o sangue que já escorria da boca e olhou a própria mão.

-Começa a explicar.

-Não tem muito que explicar Hyung.

-O que? Cara, você ainda tem coragem...?

-E por que eu não teria?

Namjoon o cortou e deu um passo á frente, procurando alguma coragem dentre milhões de dúvidas que tinha. Decidir o que fazer era muito complicado, não sabia direito se confiava em si mesmo e que seria forte para sair daquela situação, será que deveria arriscar deixar o mais velho saber?

-Porque eu posso acabar com a sua raça.

-Acha que eu me importo?

O mais novo fitou o outro que ainda tinha uma expressão incrédula no rosto, ele deveria estar tão irritado que nem soube o que dizer. O dongsaeng demorou um pouco para tomar aquela decisão de confiar no Hyung, pensou que se não fizesse aquilo agora poderia não ter mais a chance. Andou vagarosamente até ele e colocou os dois braços em volta do corpo do menor e o deixou preso pela mesa, aproximou os lábios de seu ouvido e sussurrou:

-Pode fazer o que quiser... Tenho certeza que não vai me matar.

-Não se ache.

Suga ainda foi firme apesar de estar ficando vermelho, ou pelo menos tentou. Monster deu um sorrisinho esperto e aproximou-se dos lábios dele, ficou bem perto, quase os tocando e depois soltou mais uma risada curta.

-Viu só?

Concluiu quando sentiu que o corpo do mais baixo estava trêmulo e que ele não iria conseguir fazer nada para impedi-lo, era agora o vilão daquela história e tinha que fazer o seu papel muito bem.

-Você é louco, cara, ‘tá doido ‘pra morrer né?

-Hyung, só vou sumir da sua frente agora tá?

Foi assim que simplesmente saiu, deixando para trás alguém muito confuso. Quando chegou lá fora olhou ainda meio cabisbaixo para os seguranças e para Arne que impediu a sua passagem.

-Tenho só vinte e quatro horas, posso pelo menos ir beber?

Perguntou com uma voz fria e eles saíram da frente uma vez que já conheciam o método de resolver as coisas do chefe da máfia.

-Ah, acho melhor ninguém entrar agora, se não quiserem morrer.

---X---

Yoongi sentou-se no chão mesmo assim que viu o dongsaeng sair depois de todo aquele choque, mal podia acreditar no que havia acontecido. Estava quase entrando em desespero, queria fugir daquela realidade, não queria mesmo que aquela bomba viesse de quem mais confiou e acreditou... Por que? Por que Namjoon era a pessoa que o traiu?

Tinham algumas lágrimas teimosas querendo sair e a sua cabeça já doía, pensava em tanta coisa e buscava desesperadamente por ar. Sentiu-se tonto de uma hora para outra e fechou os olhos. Tantas cenas vieram de repente, como ideias se encaixado, desde o momento em que o escolheu até agora muitas coisas fora do comum haviam acontecido e as situações mais críticas sempre o envolviam de qualquer forma.

Mesmo que não tenha ficado muito claro o que de fato aconteceu, as provas contra o seu dongsaeng eram suficientes para ele saber que não deveria deixa-lo escapar daquele jeito, se o perdesse, tudo ficaria em risco.

Ainda respirando com dificuldade, levantou apoiando na mesa para alcançar o celular, porém a sua mão acabou esbarrando em outro objeto desconhecido que havia ficado ali, puxou-o para si e tinha nas mãos um celular de um modelo muito antigo, já havia visto aquele celular antes, tinha certeza absoluta que já.

O fitou com os olhos arregalados e na mesma hora a cena em que o traficante o encurralou contra a mesa veio. Foi rápido em abrir a parte da tela do aparelho, não tinha nada demais, porém foi por pura intuição que foi direto ao histórico de chamadas. Tudo estava uma bagunça e ele nem sabia o que pensar.

Tinha em suas mãos o celular de Roy. Esticou-se de novo e pegou o tablet para ver a localização, o sinal ainda estava em outro lugar. Então aquele por acaso... Era o verdadeiro celular?