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História Nature Boy - I have loved all I needed to love


Escrita por: saturns

Notas do Autor


Desculpem pelos erros e boa leitura!

Capítulo 2 - I have loved all I needed to love


Fanfic / Fanfiction Nature Boy - I have loved all I needed to love

Jimin olhou-se a ultima vez no espelho e ajeitou o chapéu que colocara na cabeça. Estalou os lábios e andou até a cozinha, esquentando o último pedaço de torta que havia deixado na geladeira. Não sabia que hora voltaria e provavelmente estaria muito cansado para passar em algum lugar e comprar algo para comer. Comeu-o rapidamente e enfiou o ingresso no bolso da calça, trancando a porta do seu apartamento. Mexia suas pernas constantemente por estar nervoso e arrumava as mangas do casaco, perguntando se ficariam melhores dobradas ou normais. Acabou por desistir de se preocupar com sua aparência e suspirar, entrando no elevador que acabara de chegar. Para o conforto do garoto, o mesmo estava vazio, o que o permitiu ficar andando de um lado para o outro enquanto mordia seu lábio inferior. Pegou o ingresso nas mãos e encarou o papel, pensando na sorte que tinha de tê-lo ganhado assim, de última hora. Se contasse para seus amigos o que havia acontecido, apenas ririam e não compartilhariam de sua felicidade, o que deixava Jimin revoltado. Queria poder compartilhar os bons momentos da sua vida com alguém mas sempre era deixado de lado ou riam das coisas simples que o alegravam. Ele não se queixava para eles. Guardava tudo para si e depois de um tempo esquecia. Não guardava rancor das pessoas. Tinha tanta coisa para fazer do que se preocupar com coisas que já haviam acontecido...

Quando a porta o elevador abriu, ele respirou fundo e saiu, batendo suas mãos nas laterais da sua coxa num ritmo de música inexistente, apenas para se acalmar. Seus pés o levaram em passos rápidos até a entrada do Space Oddity, onde ficou parado por um tempo encarando o quão bonito ficava durante a noite. Parecia um cassino de tantas luzes que decoravam. Ele estalou os lábios e recomeçou a andar, agora entrando e procurando um lugar vazio para se sentar no meio de tanta gente. Acabou por ficar na fileira do meio e no fundo, de onde tinha uma visão boa do palco, mesmo um pouco distante. Parecia que não importava aonde se sentassem, continuariam a ter uma visão perfeita do palco.

Passou as mãos nos cabelos e depois a juntou, apoiando-as em suas pernas e olhando para os lados. As pessoas se apressavam. Algumas estavam com os filhos, outras sozinhas e também havia os casais. Jimin sorriu e pendeu a cabeça para o lado. Achava o amor algo sensacional. Já havia se apaixonado algumas vezes. Para não mentir, duas vezes. Mas, como havia pensado, era apenas uma paixão. Sabia que um dia amaria alguém mas ia deixar para que a vida decidisse quando isso aconteceria. Não precisava correr à procura do amor, ele apareceria sozinho.

As luzes do palco se apagaram e as cortinas mexeram, revelando Namjoon que havia aberto um pequeno espaço entre elas para que pudesse ficar visível e ver o público. Quando os aplausos começaram, abriu um sorriso gentil e curvou-se. Jimin mexeu-se inquieto e o mais velho desejou que todos estivessem bem acomodados. Ainda sorrindo, despediu-se e sumiu entre as cortinas, agora dando lugar para a peça realmente começar.

Enquanto as cortinas foram abrindo, mostrava o palco repleto de fumaça e uma luz azul refletindo tudo. Taehyung estava sentado no meio do palco, com as pernas cruzadas e um dedo encostado no lábio inferior. Pelo cenário, ele estava em uma espécie de sacada onde tinha uma visão maravilhosa do céu noturno.

Seu personagem chamava-se Major Tom, assim como a peça, e contava a história de um garoto que estava cansado de viver no planeta Terra. De princípio, parece uma história para crianças dormirem mas, enquanto Jimin assistia, ele sentia seu coração bater rápido e podia jurar que seus olhos estavam brilhando. Major Tom queria viajar até as estrelas e, quando dizia sua ideia para seus amigos, eles apenas riam. Estava cansado demais do planeta por causa das pessoas e sua falta de sentimentos e pura maldade. Descrevia o mundo como um lugar que eram poucas as pessoas que se esforçavam para o bem estar das outras, e não só delas mesmas. Então, ele decidiu viajar até as estrelas. Era o significado de pureza para Major Tom, aonde ele se encontraria e poderia tranquilizar seu coração que sofria no mundo triste e sujo. O que mais gostava nas peças era quando eram surreais. Uma hora ele estava no planeta Terra e, depois de um pequeno salto, estava andando pelo anel de Saturno, conversando com uma pequena estrela – que no caso era interpretada por uma moça que Jimin havia visto na cozinha. Esperou ansiosamente para ver Seokjin que interpretava o “quase vilão” da história. Não descreviam ele como um vilão, mas como apenas uma pessoa que havia se perdido entre as traições do mundo.

A peça havia acabado com uma frase que Jimin tinha certeza que ficaria na sua mente por um bom tempo. Depois de ter atingido seu objetivo e ter ido embora, o melhor amigo de Major Tom, que estava junto com o personagem de Seokjin e sua esposa, achou um bilhete que, como ele havia dito, estava com o garrancho de Major Tom: “Eu estou feliz. Espero que você esteja também. Eu amei tudo o que eu precisei amar.”

As pessoas se levantaram e uma explosão de aplausos tomou conta do salão, o que fez os atores sorrirem e fazerem uma reverência, agradecendo.

Ah, como ele amava teatros e, principalmente, como ele amava o Space Oddity...

Pensou em se aproximar enquanto eles conversavam com algumas pessoas que iam até o palco, mas desistiu por estarem ocupados demais. Na verdade, não percebeu que não havia saído do seu lugar já que sua mente repassava toda a peça e analisava todos os detalhes. Provavelmente uma das melhores peças que já haviam apresentado. Agora entendia o motivo de terem tantas crianças na noite, provavelmente queriam que aquilo fosse transmitido para elas. Que as fizesse pensar no que assistiram, afinal, o futuro do planeta Terra apenas dependia delas. Elas dicidiriam se todos seriam Major Tom ou apenas aqueles que conseguiam ver o quanto tudo estava deprimente.

Sentiu alguém se sentar do seu lado e virou o rosto, encarando Taehyung que tinha os olhos presos no palco.

- O que achou da peça? - A voz rouca do garoto soou.

- Ótima – Jimin respondeu. - Quero dizer, a libertação foi sensacional.

Taehyung mordeu o lábio inferior e sorriu, virando-se para encarar Jimin. Estava satisfeito pelo fato do garoto ter entendido. Sentia-se vitorioso por terem conseguido transmitir a ideia do que realmente a peça significava para alguém. Levantou-se em um pulo e segurou a mão de Jimin, puxando-o em direção ao pouco enquanto o outro perguntava o que ele estava fazendo. Taehyung virou-se para ele e colocou o dedo indicador nos lábios, pedindo para que ele ficasse em silêncio. As pessoas que trabalhavam no Space Oddity estavam todas espalhadas no palco e entre os bancos, para que limpassem as sujeiras. Eram apenas eles ali, então revezavam entre o trabalho. Os olhos de todos foram para Taehyung que puxava tranquilamente o garoto que ele havia comentado sobre algumas horas antes. Insistiu para Namjoon que ele seria o ideal para a próxima peça e poderia ser o ator principal, o que causou um alvoroço enorme mas, com uma tranquilidade que ninguém sabia de onde o dono do Space Oddity tirava, falou que queria saber mais sobre o jovem que Taehyung tanto havia gostado, o que fez o ruivo sorrir animado e começar a despejar todas as ideias que tivera sobre ele, desde o primeiro encontro, um ano antes.

Colocou o moreno no meio do palco, o que o fez corar ao sentir todos o encararem como se esperassem algo dele. Taehyung começou a andar em volta dele, olhando-o atentamente.

- Jimin, você acredita na liberdade? - Perguntou o ruivo.

- Claro! - Jimin assustou-se com a pergunta. Claro que ele acreditava.

- Na verdade? - Perguntou agora outra pessoa. Virou-se para procurar e ver quem era, encontrando Jeongguk.

- Sim!

- Beleza? - Seokjin perguntou dessa vez.

Sabia que o mais velho não se referia a estética das pessoas, então concordou com a cabeça, soltando um sonoro “sim”, o que fez ele sorrir. Taehyung se aproximou de Jimin e deixou seu rosto próximo do dele, encarando atentamente seus olhos.

- Amor?

- Amor? Acima de tudo, eu acredito no amor. Amor é como oxigênio. Nos eleva acima de tudo o que pertencemos!

Taehyung sorriu satisfeito e olhou para Namjoon, que revirou os olhos. O garoto tinha a alma boemia, do artista boêmio. Assim como a maioria ali. O Space Oddity centralizava os ideias boêmios de verdade, beleza, liberdade e, claro, amor. Encontrar alguém que se encaixava no ideal boêmio era tão difícil quanto achar uma nota de cem na rua. Difícil, mas não impossível. Raro? Com certeza, mas mesmo assim não era impossível. Jimin ouviu uma risada baixa e virou-se para encarar um dos garotos que estavam sentados no canto, olhando os papéis que tinha na mão enquanto ria do que acabara de ouvir.

Amor, ah! Já estava encrencado o suficiente para saber que o amor não existia. Podia acreditar em toda a ideia boemia mas o amor, especificamente, não passava por sua garganta.

- Não liga para ele – Taehyung disse. - Ele não liga para o amor.

- Como? - Jimin arregalou os olhos. - Uma vida sem amor? Isso é terrível!

O garoto olhou sério para Jimin enquanto Taehyung gargalhava, puxando-o na direção de Namjoon, que o convidou para que o seguisse até seu escritório. Enquanto o seguia, pode ouvir Taehyung que virou-se para os companheiros e ergueu o punho no alto, gritando em voz alta uma frase que Rousseau havia dito.

- Liberté, Egalité, Fraternité!


Notas Finais


[ewan mcgregor's voice] a life without love??? t-that's terrible!!!!!!!
Liberté, Egalité, Fraternité: Liberdade, igualdade, fraternidade.
espero que estejam gostando.... tá no comecinho ainda, logo as coisas começavam a se revelar e pegar fogo.
beijinhos


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