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História Nerd - Capítulo 7 - Tudo começa como um dia chega ao fim


Escrita por: Lu141

Capítulo 8 - Capítulo 7 - Tudo começa como um dia chega ao fim


Acordei na manhã seguinte com um sentimento de vazio dentro de mim. Eu havia sonhado com Larissa essa noite, só não me lembrava muito bem o quê. Olhei para a janela coberta pela cortinha também dor de rosa clara de Larissa e foi então que me deparei com ela, dormindo bem ao meu lado, parecendo tão tranquila, meiga, delicada e vulnerável. De todas as coisas, a única que eu tinha certeza absoluta que ela não era, ou pelo menos aparentava não ser, era vulnerável. Nunca.
Encantado com a maneira que algumas mechas de cabelo caiam sobre seu rosto e o jeito com que Larissa respirava profundamente, nem percebi que estava sem camiseta. Calma, Larissa e eu não fizemos nada.


FLASHBACK 

Ficamos longos minutos nos beijando, e nossos beijos iam se aprofundando e se intensificando mais do que anteriormente. Nossas mãos percorriam um pelo corpo do outro, o que chegou a me assustar um pouco no começo, já que eu nunca havia feito coisas desse tipo. Nós, que já estávamos no tapete de Larissa, nos levantamos ainda aos beijos e eu me deitei sobre ela em sua imensa cama de casal. A cama de Lari é como toda garota romântica sonha: daquelas de princesa, com um véu cor de rosa por cima e aos lados, presos por laços de seda. 
Lari: Oliveira... - começou ela com a voz rouca, meio ofegante. - A gente não vai fazer o que eu acho que a gente vai fazer, né? 
Di: N-Não sei... - sussurrei, também com a voz rouca. - Melhor não. A não ser que você tenha certeza do que você quer. 
Lari: Eu não quero. - ela respondeu, confiante e ao mesmo tempo tímida. 
Foi aí que saí de cima dela, encabulado. Beijei sua testa e a abracei, sentindo ela se aconchegar em meus braços. Não demorou cerca de dez minutos até ela adormecer deitada em mim. 
Di: Eu te amo. - sussurrei, esperando que ela não estivesse apenas fingindo que dormia. 
Com cuidado para não acordá-la, deitei sua cabeça no travesseiro ao lado e beijei mais uma vez sua testa. Ela sorriu. 
Tirei minha camiseta, porque não gosto de dormir com ela e deitei-me ao lado de Larissa. Fazia um pouco de frio lá fora, como fazia todas as noites. Fiquei observando o amor da minha vida, relembrando cada momento que passamos esta noite e dessa vez fui eu quem sorri, por me sentir realmente feliz. 


FIM DO FLASHBACK 


Olhei para o sofá-cama ao lado da janela aonde Mah e Ther dormiam e agradeci por saber que elas não haviam me visto dormindo. Em silêncio, me levantei e apanhei minha camiseta no chão, vestindo-a mais uma vez. Saí do quarto, ainda sem camiseta e desci as escadas da casa de Lari. Havia uma porta de cada lado, e eu segui meus instintos (ou melhor, o barulho que minha barriga fazia, alertando-me que eu devia estar com fome) e entrei na cozinha. 
Vi um cozinheiro com roupas uniformizadas cortando rapidamente um enorme pedaço de carne. Tenho que admitir que quase fiz dejetos na minha calça (se é que você me entende). 
Jean: Pois não ? - o chefe de cozinha disse. - meu nome é Jean, sou cozinheiro dos Elias.
Di: Oi, eu sou Di Oliveira, Sr. É um prazer. - respondi com educação. 
Jean: Está aqui para ver Larissa ? Ela deve estar dormindo, mas posso pedir para Julian, meu filho, ir acordá-la. 
Di: Na verdade, eu dormi aqui. - ele arregalou os olhos. - Acordei mais cedo que Maísa, Esther e Larissa e vim para cá. O sr. se importaria em me dar uma mãozinha ? 
Quando Lari, Ther e Mah desceram e entraram no aposento que eu estava, quase desmaiaram ao mesmo tempo. Soltaram em uníssono um simples “WOW” ao me ver fazendo “flips” com panquecas usando um avental. 
Lari: Oliveira? - Larissa perguntou, com os olhos arregalados. - É você? 
Di: Sou sim, baby. - ela riu e Maísa disse atrás de Lari.
Mah: Menos, Diego... Bem menos.
Ther: É, não vai pensando que está com essa bola toda - disse e todas riram 
Eu ri e servi as panquecas. Comemos juntos, em silêncio, quando lembrei que eu deveria voltar cedo para casa porque minha mãe voltava de viagem hoje. Ela trabalha numa área de finanças de uma empresa multinacional, então ela viaja para Atlanta quase todo mês. 
Lari: Não se esqueça... - começou, apreciando a minha comida. - Assim que chegar em casa desinstale todos os jogos de RPG, jogue todas as suas camisas sociais com estampas que não sejam listradas ou xadrez, gel de cabelo, meias três quartos, óculos fundo de garrafa com armação de acrílico, e o mais importante: jogue fora tudo o que você achar nerd. 
Mah: Ele não vai achar nada nerd, Lari, ele ainda é um nerd. - Maísa corrigiu, mostrando para Larissa que ela tinha razão. - Se ele tiver uma miniatura autenticada do Tiranoussauro Rex do Jurassic Park na estante dele, junto com uma miniatura do Darth Vader, ele vai achar que não é nerd. 
Ther: Ele só precisa mudar o estilo, o jeito de ser e jogar tudo de nerd que ele tem em casa e ele ta pronto
Di: Ei! - eu disse, revoltado. - Do Tiranossauro eu não tenho, eu tenho do Velocirraptor. - protestei em vão.
Ther: Esse mundo está perdido 
Larissa, Esther e Maísa olharam para mim como se eu fosse um idiota. 
Okay, talvez eu ainda seja um idiota. 
Lari: Me ligue assim que você chegar em casa, Di. - ela suspirou, me reprovando. - Mais fácil se eu te disser o que é nerd. 
Assenti e fui para casa. Aproveitei o caminho de volta para acender um cigarro, já que na casa de Larissa eu não pude fumar. Minha mãe ainda não havia chegado quando entrei em casa, então subi e comecei a jogar fora (quase) tudo o que era “nerd”, na opinião de Larissa. Obviamente algumas coisas eu guardei numa caixa e coloquei dentro do meu closet. Meu quarto ficou praticamente nu. 
Incrível como o dia passa devagar quando estamos entediados. Larissa disse que os únicos jogos de videogame que eu podia jogar agora eram Wii, Super Mario (que eu já zerei algumas vezes, então eu enjoei) e Guitar Hero. Sem Zelda, Espadachim, Naruto e essas coisas. Foi horrível nos primeiros minutos, mas agora já estou me acostumando. 
Foi quando chegou a hora da festa e eu fui tomar banho. Larissa me ligou para avisar que era bom que eu fosse com uma camisa branca lisa e uma calça jeans. O tênis não importava muito. Eu só tenho duas calças jeans, mas aparentemente ela não sabia disso. 
Eu podia escutar a musica há três quadras de distância da casa de Larissa e, sinceramente, fiquei com uma incrível pena dos vizinhos dela. Mas afinal, o que eu podia fazer ? Pela primeira vez eu era um convidado. Entrei lá e imediatamente alguns holofotes vieram em minha direção, me cegando. Quando finalmente consegui abrir os olhos, vi um mar de pessoas me encarando, como se eu fosse um intruso ou algo do tipo. Até Larissa chegar e me abraçar, o que fez todos se chocarem. Só pra variar. 



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