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História Nerd - Capítulo 8 - The party scene has got the best


Escrita por: Lu141

Capítulo 9 - Capítulo 8 - The party scene has got the best


 

Eu sinceramente não sei o que é pior: ficar ajoelhado no milho durante quatro horas, ou ir numa dessas festas. Eu mal conseguia pensar, enquanto Larissa tentava à todo custo me fazer beber, e eu não podia dizer “não” que ela começava a me encher a paciência e me chamar de nerd. Le ficou tão feliz por mim que assim que me viu, me deu um abraço super gay. Ele e Gui me disseram que era comum Larissa fazer esse tipo de coisa quando a gente não fazia as “coisas bobas” que ela pedia. Então comecei a beber junto com todos eles. Le não havia mudado tanto quanto eu achava que ele havia mudado.

Tho não era tão insuportável quanto eu achava que ele era, Ther era legal mas tinha horas que só o Tho para salvar mesmo, Mah era realmente a menina mais engraçada e bêbada que eu já vi, e Lari era exatamente como eu havia percebido durante minha vida inteira: perfeita para mim. Nós não falávamos apenas sobre coisas idiotas como marcas e maquiagem. Larissa trazia conversas sobre política, Gui trazia assuntos sobre lições de casa. Mas nesse quesito eu fiquei quieto, porque não ia ser muito legal vê-los me olhando feio se eu dissesse que as aulas de química avançadas estavam fáceis demais.

As pessoas dançando na pista, o DJ falando no microfone de dez em dez minutos, as pessoas bêbadas jogadas do sofá. Realmente, nada a ver comigo. Mas não estava tão ruim assim, se você quer saber. Eu nem percebi o tempo passar, só vi as horas quando Maísa me perguntou, e todos nós percebemos que ela estava completamente bêbada.

Gui: É comum dela. - disse, aborrecido. - Eu já a mandei diminuir, mas ela faz isso pra esquecer os problemas. Como se funcionasse. - ele bufou, pegando-a no colo quando ela quase caiu.

Eu não estava acostumado com esse tipo de festa, e talvez por isso o começo tenha parecido extremamente “deslocado” para mim, mas com o passar do tempo acabei começando a gostar. Até porque Larissa e eu nos entreolhávamos toda vez que alguma musica romântica tocava e eu pensava em chamá-la para dançar. Mas desistia ao pensar em Silva.

Dançar eu até tinha aprendido com Larissa na noite passada, mas ainda preferia ver do que dançar, isso era algo que jamais mudaria em minha pessoa. Pelo menos no começo. Foi quando Tho e Ther chegaram de mãos dadas e sorrindo maliciosos e Tho disse para Larissa, que estava abraçada com Le, enquanto eu estava ao lado deles dois:

Tho: Dude, a Mah está bêbada.

Le: Isso não é novidade. - disse. - E daí?

Tho: E daí que o Gui foi levá-la lá pra cima, pra colocar ela pra dormir. - ele disse, enquanto eu pude ver seus olhos brilharem e ele abrir um sorriso mega malicioso, assim como Le fez também quando percebeu de que se tratava.

Di: Não entendi. - Eu disse. Os quatro ficaram me olhando como se eu fosse um imbecil até que Tho revirou os olhos e se sentou ao meu lado.

Ther: Vai lá ver no quarto da Larissa, Oliveira. - ele disse por fim. E eu, o loser, fui.

Subi as escadas com pressa, porque eu sabia que enquanto eu estivesse fora, Le estaria enfiando sua língua na boca de Lari. Ele não queria beijá-la comigo perto dele, porque ele sabia o quanto eu a amava. Bom amigo ele é. Pena que eu não sou como ele. Ao terminar de subir as escadas, abri apenas um pouco da porta, fazendo com que eu visse a cena de longe, através da fresta aberta.

Gui estava literalmente colocando Mah para dormir. Deitada no colo do rapaz, ela tentava escapar de seus braços enquanto ele sorria e a segurava, tentando balançá-la até que ela dormisse. Ela vestia um pijama, que provavelmente era de Larissa, e tinha seus cabelos úmidos, o que implicava que ela havia tomado banho. Seta havia dado banho nela. Esse é o tipo de atitude que faz uma garota perder a cabeça de tanta paixão. E Maísa havia caído direitinho.

No exato momento em que eu pensei isso, um homem careca, baixinho e barrigudo apareceu atrás de mim com uma voz rouca e mal humorado. Fechei a porta rapidamente, antes que ele percebesse que eu espiava Mah.

Marcos: Com licença, rapaz... - ele começou. - Eu sou vizinho dos Elias, pai da Maísa, você a viu por aí?

Senti minhas mãos começarem a suar, meu rosto ficar extremamente quente e minha garganta começar a coçar. Acho que não ia ser muito legal se o pai de Mah entrasse no quarto e se deparasse com um rapaz deitado na cama com sua querida e pura filhinha, como ele devia achar que ela era. Minhas entranhas se viraram do avesso no momento em que ele arqueou uma sobrancelha e reparou que eu não havia respondido nada porque estava duro como uma pedra.

Marcos: Você está bem? - perguntou. - Parece meio tenso.

Di: Ahm... - gaguejei. - Ela deve estar lá embaixo, dançando com Larissa na pista de dança... Foi quando eu a vi pela última vez.

Ele pareceu satisfeito com a minha resposta, e no momento em que ele iria descer, ouvimos berros de dentro do quarto. Boa Seta, você fudeu tudo. Seu imbecil. No momento em que o velho ouviu os berros da filha ele entrou pela porta fechada em que a filha se encontrava. Assim que entrou, a cena para que quem tinha alguns problemas de interpretação, foi maligna: Gui estava sobre Maísa, segurando suas mãos, enquanto a garota ria sem parar.

Para nós, adolescentes, podíamos ver claramente que Gui estava apenas fazendo cócegas em Mah. Para pais corujas e ciumentos, eu realmente prefiro não saber o que ele havia imaginado que Gui e Mah faziam naquele momento. Só pude ouvir o cara dar um grito de ódio, chamando pelo nome da filha. Ao ouvir tão manifestação, imediatamente Gui saiu de cima de Maísa e ficou de pé ao lado da cama, olhando para o pai de Mah como se ele fosse seu mestre ninja, ou algo do gênero.

Mah: Pai ? - Ela perguntou, ainda rindo. Pobrezinha, estava tão bêbada que perdeu a noção do perigo. - O que você está fazendo aqui ?

Marcos: POR QUE VOCÊ ESTÁ NUM QUARTO COM ESSE MARMANJO ? - começou.

Mah: Ai, pai, não grita, dude. - respondeu. - Relaxa na bolacha e vai tomar alguma coisa... Tem bastante bebida lá embaixo para todos nós. - e riu. Gargalhou. Como se fosse engraçado. Gui Seta ia ser viúvo antes mesmo de se casar.

Marcos: TEM BEBIDA PARA MENORES DE DEZOITO ANOS ?

Nesse momento, Seta levou a mão na testa, pensando provavelmente a mesma coisa que eu: Maísa, você estragou a festa, e provavelmente a vida de Larissa, já que o pai de Mah contaria aos pais de Larissa sobre isso.

Então o pai de Mah simplesmente a pegou pelo braço e a levantou. Ela cambaleou e ele sentiu o cheiro de bebida em seu hálito. Logicamente havia saído de seu corpo, mas não de seu hálito. Ele sussurrou alguma coisa no ouvido da garota e foi a arrastando escadaria abaixo, tirando-a da festa de uma vez por todas. Assim que ele bateu a porta, Gui e eu corremos até Larissa que, como eu havia previsto, estava beijando Le.

Após explicar todos os detalhes da história (enquanto eu fazia questão de fitar a mão de Le na cintura de Lari), Gui se sentou numa cadeira vazia e apoiou ambos os cotovelos nas pernas, apoiando seu rosto entre seus braços.

Larissa mandou uma mensagem para Mah, mas ela só respondeu na manhã seguinte. Le, Tho, Gui e eu dormimos na casa de Larissa depois da festa, que era uma espécie de tradição, como haviam me explicado anteriormente. Acordei com o barulho do celular da garota que eu amava tocando incessantemente, até que Larissa acordou ao lado de Le (pra variar), com o cabelo extremamente bagunçado e atendeu.

Lari: Alô? - disse com voz de sono. - QUE? - gritou, acordando o resto dos garotos, tirando Le.

Tho: Que susto, mulher! - gritou. - Quer me matar do coração?

Lari: Como assim, Mah ? - ela perguntou, ao celular.

Gui: É a Mah ? – se intrometeu. - Deixe-me falar com ela. - ele tentou pegar o celular de Larissa, mas ela deu um tapa na mão dele, para que soltasse o aparelho, e continuou falando por mais alguns minutos. Quando terminou, Gui olhou feio para Larissa, que disse apenas uma única palavra:

Lari: Reabilitação.

Foi o suficiente para eu ver o pavor se instalando no rosto dos rapazes enquanto Larissa abaixou seu lindo rosto, numa intenção de sentir pena da amiga.

Di: Qual é o problema ? - perguntei.

Ther: Não disse que ele é lerdo demais, tudo pergunta.

Lari: A Mah já foi duas vezes para a reabilitação, Di. - disse. - Uma vez na sétima série, durante dois meses, e outra ano passado, durante as férias de verão. Dude, ela não agüenta mais. Ela me disse que se fosse para lá mais uma vez, ia surtar aquele lugar até liberarem ela como “pessoa insana”. O pai dela a colocou na reabilitação na sétima série porque ela experimentou uma cerveja. Só por isso. Imagine agora, que ele a viu bêbada?

Di: E se a gente a salvar ? - sugeri. Todos os cinco olharam na minha direção com aquele típico ponto de interrogação na testa e eu continuei. - Lari, não tem um episódio de Gossip Girl em que as meninas salvam aquele gay lá? Irmão da menina gata?

Lari: Eric! -  respondeu. - Diego, você é um gênio! E pela primeira vez na vida, no sentido útil da palavra.

Ther: Dessa vez ele foi esperto, mas só dessa vez.

Me senti lisonjeado e ao mesmo tempo maltratado, mas preferi deixar a segunda parte de lado no mesmo momento em que ela me deu um beijo na bochecha que me fez corar e se levantou com seu pijama minúsculo, ligando para alguém através de seu celular. Olhei para Le e ele ria da minha cara de retardado. Foi então que Lari começou a dizer:

Lari: Eric? Oi, é a Larissa. Lembra da minha amiga, Mah? Então, ela está na clinica de reabilitação aonde sua irmã está fazendo residência de medicina, sabe? Então, e eu preciso cobrar aqueles favores que você disse que me devia na virada do ano, no ano passado, está lembrado?

É isso o que eu amo em Larissa. Ela é pratica, rápida, e... Bom... Perfeita. Mas isso já não era mais novidade para mim, se é que você quer saber.

 



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