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História Nerd - Capítulo 12 - Capítulo 12 - What kind of man that you are.


Escrita por: Lu141

Capítulo 13 - Capítulo 12 - Capítulo 12 - What kind of man that you are.


Eu tomava café em silêncio, enquanto Le e Tho me encaravam como se eu devesse me sentir culpado por não ter contado nada a eles. Mas a verdade é que eu não tinha o que contar, já que ela me seduziu ontem e eu mal tive tempo de dizer não. Já chegava a ser desconfortante a maneira que eles me olhavam, mas assim que Júlia entrou no aposento com o meu hobbie, eles mudaram radicalmente a expressão facial, e pareceram mais simpáticos do que nunca.

Tho: Então, Le... -  começou a falar, enquanto olhava para o corpo de Júlia, que andava pela cozinha e abria a geladeira. – Você e a Lari estão dando um tempo ainda?

Le: É... - respondeu, aparentando não estar triste. - Pois é. Eu não sei, cara, parece que tudo mudou.

Ele abaixou o olhar para sua xícara com chocolate quente, e Júlia fez o santo favor de se intrometer.

Júlia: Sabe, Leandro ... Você vem nessa casa já faz tanto tempo, e nunca me falou muito dessa Larissa.

Di: Você não tem nada melhor para fazer, não? – perguntei, grosso.

Le: Diego, trate bem a sua namorada. – disse. Tho tentou abafar o riso com a mão, mas foi perceptível que ele não conseguiu muito bem. - Ah, é a minha namorada. Estamos dando um tempo. E você e Di, estão juntos faz tempo? Porque ele não me conta nada, então eu não sei.

Júlia: Ah... - ela começou lançando um olhar para mim. - Não sei bem, se você quer saber. Di e eu sempre tivemos uma química especial, só que nenhum dos dois conseguia admitir. Daí a gente foi crescendo, e nosso amor foi crescendo junto, entende?

Dessa vez quem tentou abafar o riso fui eu. Le não podia acreditar nisso porque ele sabia que eu sempre amei Larissa. E também não podia acreditar porque eu não era tão nojento a ponto de namorar a minha prima. Bom, eu peguei ela, mas... Ah, melhor deixar para lá. Os três me olharam como se eu fosse um imbecil, então me pronunciei naquela conversa.

Di: Que amor, Júlia? – comecei achando graça. - Nunca teve amor entre nós dois que não fosse de família. Eu tentei te falar ontem que eu não te amava, mas você sempre foi uma boa sedutora, se é que eu posso falar dessa maneira, e eu não consegui resistir.

Nesse momento Le ficou boquiaberto com o meu comentário, e eu vi os olhos castanhos de minha prima se encherem de lágrimas. Ela limpou uma que começava a cair com as costas da mão e tentou conter o choro.

Por um momento as palavras que proferi fizeram sentido dentro de minha mente, e eu me arrependi de cada letra que pronunciei à Júlia.

Di: Júlia, eu sinto muito! - comecei encabulado. - Eu não...

Júlia: Tanto faz. - ela me interrompeu, com a voz chorosa, limpando uma lagrima presa em seus olhos com a mão. - Eu sabia que a gente nunca significaria algo para valer. Pelo menos não para você. - e saiu do aposento.

Senti pena da minha prima, e ao olhar para Costa e Silva, percebi que suas bocas estavam simplesmente escancaradas.

Le: Dude... - disse. - Você se superou dessa vez.

Isso porque ele não sabia que eu beijei Larissa. E Júlia. E vi Le e Larissa na sala de materiais aquele dia. Assenti para o amigo e ri falsamente com o comentário, porque na verdade eu queria subir lá e me desculpar com Juliett por ser grosso, apesar de não ter mentido.

Di: Eu mudei. - foi a única coisa que respondi. Eu não era mais Di Oliveira, o nerd do colégio e sim, Di Oliveira, o pegador de Clinton Ferruci School.

Tho: Larissa vai morrer quando contarmos isso. - disse.

Di: Contar?! - me apressei. Eu amei Lari a minha vida inteira, e agora eu tinha meu destino nas mãos de um imbecil que pegava três meninas por dia. - Não precisa contar!

Le: Lógico que precisa, Di. - disse. - Ela vai ficar tão orgulhosa quando souber.

Di: Ela não precisa saber. - argumentei, sentindo minhas mãos começarem a suar. - Não precisamos contar nada a ela. - argumentei com frieza.

Lari: Contar o quê? - disse uma voz feminina atrás de mim. Virei-me, rezando para ser uma ilusão ou algo do gênero, mas não era. O medo era tão grande que ao me deparar com Elias prendi a respiração. Ela sorriu delicadamente e repetiu. - Contar o quê?

Di: Nada. - me apressei.

Tho: Di dormiu com uma garota! - Tho dedurou com um sorriso idiota no rosto. Filho da puta. E naquele momento Larissa mudou completamente a expressão de seu rosto. Parou de sorrir imediatamente, cruzou seus braços e arqueou uma sobrancelha. Por um momento ficou certo que a garota esperasse que eu dissesse seu nome.

Lari: É mesmo? - ela perguntou num tom extremamente irônico. - Com quem, Oliveira?

Le: Júlia. - respondeu por mim.

Lari: E quem é essa? - perguntou Larissa.

Júlia: Sou eu. - disse uma voz feminina pouco mais aguda que a de Larissa, uma voz que havia acabado de gritar comigo, naquele mesmo aposento. Aquela garota que eu ouvi a noite inteira gemendo meu nome, dizendo obscenidades. Aquela garota. - Prazer, Júlia Oliveira.

“Fudeu”, foi a única coisa que pude pensar.



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