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História Nerd - Capítulo 13 - Kisses under starry night skies.


Escrita por: Lu141

Capítulo 14 - Capítulo 13 - Kisses under starry night skies.


Di: Júlia, eu preciso conversar com você. - disse, num tom de desespero. - Olha, eu nunca quis te magoar e...

Júlia: Me poupe, Diego. - disse, num tom de desprezo, colocando dois dedos sobre a minha boca, impedindo-me de falar algo. - Eu não quero mais conversar. Então, diga-me, Larissa ... Que nome bonito o seu. - e deu aquele sorriso de quando ela pegou meu casaco uma vez e levou pra escola, dizendo que era do namorado dela.

Lari: Obrigada. - respondeu com um sorriso. - Você e o Di estão juntos há muito tempo?

Júlia: Não... Na verdade, nós transamos ontem e só. Estou esperando um compromisso sério.

Naquele momento Larissa estremeceu. Seus lábios ficaram pálidos, e ela perdeu o brilho de seu sorriso. Ela fechou os olhos por alguns segundos, e ao abrir os mesmos, pude vê-los marejados.

Lari: Ahm... Boa sorte para vocês dois. Di é um bom amigo para mim. -  disse, dando ênfase na palavra “amigo”. - Le ... Posso falar com você um minutinho?

Le: Claro. - respondeu, e ambos saíram do aposento.

Di: QUAL...? - comecei perguntando, aos berros. Parei, corado, e respirei fundo. - Qual é o seu problema?

Júlia: Nenhum, oras. -  disse, revirando seus olhos. - Não tenho culpa que você é um péssimo amigo e sempre rouba a namorada dos seus amigos.

Di: Mas eu nunca tive uma namorada, Júlia! - exclamei. - Você foi a primeira menina que eu beijei!

Júlia: E a primeira que você transou! Olha, Di , eu estou te dizendo: Nós estamos predestinados a ficar juntos.

Naquele momento olhei em volta, e vi que Tho já havia saído de lá, provavelmente foi buscar Esther, então quando olhei novamente para Júlia e a vi sorrindo para mim. Uma música de casamento ecoou em minha mente e eu balancei a cabeça, tentando me livrar daquele pensamento.

Di: Você tem problemas. Terapia até que é uma coisa bem útil, entende? - disse, saindo de lá. Mas o que veio a seguir não me deixou muito confortável. Ao entrar em minha sala, vi Larissa no colo de Le, com uma perna de cada lado. E eles estavam se beijando. Profundamente.

Respirei fundo e contei até cento e trinta e sete. Larissa tinha razão de estar brava comigo, quero dizer, a culpa não foi totalmente minha. Júlia sabia me seduzir desde que nós brincamos de Barbie e eu não entedia porque ela queria tanto que eu fosse o carinha lá. Sério, tenho trauma de Barbie depois daquele dia. Aquele tal de Ken é meio psicótico, cara, você já viu o sorriso que ele tem no rosto? A Barbie bate nele e ele tá lá, sorrindo. A Barbie pega ele de jeito e ele tá lá, sorrindo. Ok, eu também estaria sorrindo. Se fosse com Larissa. Se Larissa não estivesse quase fazendo impurezas com Le. No meu sofá.

Di: Caham. - pigarreei. Larissa e Le pararam de se beijar e Larissa rolou para o lado do sofá, saindo de cima de Silva. - Desculpe interromper, mas... - Eu não tinha um bom motivo para pedir para eles pararem com aquilo, tirando que era na minha casa, no meu sofá, e na minha frente. – Vocês querem sair hoje à noite?

Larissa ficou me olhando com aquela cara de quando uma pessoa não sabe porque a outra pessoa disse o que disse. Aquela cara de quando ela pensa consigo mesma “Como assim? Não tô entendendo a dele.”

Le: Claro, dude. - disse. - Agora que eu tenho Larissa de volta, eu sou capaz até de pular de pára-quedas se você quiser. - Larissa riu e abraçou o namorado, fazendo-me borbulhar de ciúmes por dentro.

Di: Vamos naquela boate que eu sempre esqueço o nome. - me pronunciei mais uma vez. - Aquela lá que tem bebidas com nome de cidades, países, sei lá o que.

Ther: Country Made. - disse, atrás de mim. Olhei, e ele sorriu, olhando para Larissa e Le, que estavam abraçados. - Que bom que vocês voltaram. Eu não aguentava mais ver o Silva chorando no meu ouvido.

Nesse mesmo momento Lari e eu viramos nossos olhos para Le.

Lari: Você chorou por mim? - perguntou, e vi Le corar.

Le: Não, Ther disse metaforicamente. - respondeu, ainda corado, e eu vi no mesmo segundo que não era mentira. E me senti o pior homem do mundo.

Tho e Ther: Não disse não. – Costa e Marcos se atreveram, ainda sorrindo. - disse que tinha certeza que você estava com outro, Larissa, e começou a chorar dizendo que ia saber quem era, e quando soubesse ele ia...

Le: Costa e Marcos! - interrompeu. - Ta, já entendi! Ta bom, eu chorei sim! E daí?

Estremeci, ouvindo as palavras de Tho e Ther fazerem sentido e eu entendendo que se ele soubesse que, talvez, tudo o que houve foi minha culpa, Silva me mataria. E naquele momento, eu tinha medo de saber.

Di: Então. - disse, mudando de assunto. - A gente vai ou não?

Le: Claro, cara. - disse, se levantando e me dando o abraço mais gay do mundo. Ele estava todo feliz, e isso só piorou o que eu sentia. - A gente se encontra aqui na casa do Di, e aí vamos todos juntos. No meu carro.

Os olhos de Larissa brilharam a ouvir o final da frase. O carro de Le é um daqueles conversíveis que as garotas podem ir sentadas em cima, com os pés no banco. Um daqueles carros que se ele capota todo mundo cai, entende?

Todos foram para sua casa e Larissa deu uma desculpa para Le, dizendo que ia ficar mais um pouco na minha. Ao saírem, não demorou um minuto até ela suspirar, e se aproximar de mim, com um olhar demoníaco, como se fosse me espancar ou algo do gênero.

Lari: Você gosta de fazer as pessoas de bobo, Diego? - começou.

Di: N-Não. - gaguejei, amedrontado. Okay, agora seria aquela hora em que eu pediria pra ela contar até dez enquanto eu guardava as facas da cozinha. - Olha, Lari, eu posso explicar.

Lari: É? Tem certeza? - respondeu, com a voz aparentemente chorosa. - Eu não entendo, Di. O que você tem para me explicar? O fato de você ter dormido com a sua prima? O fato de você ter me trocado pela sua prima?

Di: E você? - interrompi, exaltado. - Você se faz de santa, Larissa, mas você nunca vai mudar! Você diz que é virgem, mas eu te pego na sala de materiais com o Le. Você diz que ama Le, mas fica dando em cima de mim. Você diz tudo e faz exatamente o contrário! Não dá para saber o que você sente! Eu não sei se para você eu sou só mais um para sua coleção de babacas.

Nesse momento vi os lindos olhos de Elias ficarem marejados, e ela respirou fundo, enxugando uma lágrima que caía com as costas da mão.

Lari: É, Di, você foi só mais um babaca. - disse. - Babaca de ter me perdido na hora que brincou de papai e mamãe com a sua prima. Só que agora eu não quero mais brincar com você, eu estou cansada de só amar quem não me ama, e ter que me contentar com os poucos que de fato sentem algo por mim.

E então ela deu as costas para mim, dando uma fungada e saindo calmamente de minha casa.

Di: Lari ... - comecei, arrependido do que disse, e também magoado pelas palavras que Larissa proferiu enquanto me olhava com ódio. - Espera.

Lari: Vai pegar sua prima, Di. - disse, se distanciando. - Aposto que vale mais à pena.

E então, vi Larissa entrar na neblina que cobria a esquina da rua, e ela desapareceu diante de meus olhos. A única coisa que pude ouvir foram passos rápidos, o que deu a entender que ela começou a correr. E eu só fiquei ali, parado como um imbecil, tentando entender como eu fodi minha vida, e estraguei a minha relação com Larissa em menos de cinco minutos. Como poucas palavras magoaram tanto, e como tantas ações mudaram tudo. Desculpe, Larissa.



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