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História New Horizon- Hinny e Romione - Não há lugar como nosso lar


Escrita por: Dralrs

Notas do Autor


Pessoal, boa tarde.
Mais um capítulo pra vocês.
Comentários nas notas finais( não deixem de ler por favor)
Boa leitura!

Capítulo 22 - Não há lugar como nosso lar


Harry parecia inquieto em King's Cross, volta e meia soltando muxoxos de impaciência que começavam a irritar Rony. 

— Que você tem?

—Elas estão demorando, poxa! 

—Calma Harry. Eu que sou o mais nervoso tô tranquilo. Pra que tá desse jeito? 

Harry apenas bufou em resposta. 

—Mais alguns minutos e o Expresso vai parar. 

— Essa história da Lua de Mel surpresa tá me deixando maluco. E se ela não gostar? 

— Bem, acho difícil ela não gostar. Gina é louca por você desde que se entendia por gente. Qualquer lugar que você a levasse ela iria gostar. Tudo certo com Hotel e a viagem? 

— Sim. Já paguei tudo, combinei tudo, ela só não pode saber onde é.- olhou o amigo sério.

— Relaxa. Eu não vou contar nem que Hermione me torture. Sei que entre ela e Gina não tem segredos. 

— Ótimo.- respondeu secamente. 

— Deus, você tá mesmo estressado hein? 

Harry evitou responder. 

Pouco mais de um mês e meio pro casamento. Como não ficar estressado? Ele não tinha a menor ideia do que era ser casado. Só sabia que queria ficar com Gina pro resto da vida, e pra isso as pessoas se casavam. Além disso, iriam buscar Teddy na casa de Andrômeda essa semana, e ele não podia estar mais ansioso para se tornar de fato o guardião da criança. 

— Chegaram!- Rony falou tirando-o do transe.

Harry viu os cabelos flamejantes e saiu correndo em direção a ela, Rony ao lado dele indo direto a Hermione. 

— Ah, meu amor, que falta senti de você!- Rony dizia abraçando Mione e enterrando o nariz nos cachos da noiva. 

— Agora sim temos todo o tempo pra ficar juntos! Ela sorriu. E o beijou. 

Ao lado, Gina estava de mãos dadas com Harry.

— Pronto pra criar seu afilhado?- Gina perguntou sorridente enquanto sentia o noivo enrijecer o corpo. 

— Não.- Harry suspirou.-Tenho medo de que ele estranhe a minha presença o dia todo e chore querendo a avó. 

— Fique tranquilo. Ele acostuma rapidinho. E não se esqueça que eu vou tar lá pra ajudar. E até nos mudarmos, mamãe também!

— Você é perfeita- Harry disse, depositando um selinho nos lábios da ruiva, fazendo-a corar. 

Harry olhou para Rony e Mione. 

— Vamos? 

— Vamos! 

E aparataram para Toca. 

— Ah, finalmente!- Molly corria a abraçar a filha, enquanto Hermione corria pros braços da mãe e do pai. 

Gina retribuiu com força o abraço da mãe, colocando nele toda a sua gratidão pela mulher que tinha a criado. Ambas disfarçando o quão emocionadas estavam, foram pra dentro carregando os pertences da menina, enquanto Harry as observava sorridente. 

— É maravilhoso estar em casa de novo- disse Gina ao sentir o cheiro vindo da cozinha da Toca.

— Não há lugar melhor que nosso lar, Gin.- disse Molly abraçando a caçula.- Nem acredito que minha menina já acabou Hogwarts e já vai sair de casa daqui a pouco!- a mulher acrescentou com a voz embargada.

— Não se preocupe, mamãe, vou sempre vir aqui nos fins de semana.

Mione agora conversava com a mãe na sala, mostrando as roupinhas que estava fazendo pra irmã. 

— Como foi que aprendeu a tricotar tão bem?

Então a garota falou a ela do F.A.L.E. e suas tentativas falhas de levar o projeto adiante. 

— Só você mesmo pra tentar fazer isso!- a mulher ria enquanto via emocionada todos gorros, casaquinhos e meias que a filha havia feito.- Olha só, Maitê, sua irmã é a pessoa mais justa que já conheci. Tem que ser assim quando crescer também viu?- Acrescentou olhando pra barriga enorme de sétimo mês.

Mione se assustou quando o bebê chutou no exato local onde estava sua mão. 

— Viu, Mione, disse que sua irmã tem ciúme de você?- Louise disse, rindo da cara de espanto da filha mais velha. 

Rony se aproximou das duas depois de algum tempo. 

— Sra Granger, se importa se eu tomar Hermione de você um pouquinho? 

— Nem um pouco. Vamos passar várias horas juntas amanhã, quando formos olhar os vestidos. 

— Obrigado!- o ruivo disse sorrindo, estendendo a mão pra noiva. 

 Caminharam juntos um tempinho, até estarem no alto de uma das colinas que cercavam a Toca, sentando-se na sombra de uma enorme castanheira. 

O dia estava quente, e o céu se tingia de laranja com o pôr do sol. Uns passarinhos eram vistos aqui e ali, os biquinhos enterrados no chão à procura de comida. 

Mione se sentava entre as pernas de Rony, o pescoço apoiado no peito dele, as mãos de ambos entrelaçadas, narrando os últimos dias em Hogwarts, o desespero, a ressaca pós-baile de formatura, e divertindo o noivo com a foto que Gina tirou enquanto dançava bêbada… 

— Ah, Rony, senti tanto sua falta!- falou algum tempo após pararem de rir. 

— E eu a sua. Você me ajuda a ter clareza sobre o que quero pra minha vida. Me sinto perdido sem você. 

Mione corou com o comentário. 

— Sabe, falta pouco pra gente se casar.- Rony deixou escapar, reflexivo. 

— Sim.- Hermione sorriu, e ao ver uma ruga na testa de Rony, acrescentou- Está nervoso?

— Um pouco sim. Mas não em dúvida. É só que será tudo muito diferente. Estou acostumado com a casa da mamãe. Vai ser estranho ser chefe de família. 

— Vai ser estranho pra mim também.- admitiu.

— Você já pensou em um lugar pra morar?- Rony arriscou. 

— Ainda não, por quê?

— Tenho algumas ideias em vista. 

Hermione ficou de pé imediatamente. 

— E tá me esperando o quê pra me mostrar?! Anda, vamos logo! 

— Calma meu amor!- Rony riu da animação da noiva. E se pondo de pé ficou de frente pra ela, encostando a sua testa na dela. Mas em vez de beijá-la apenas disse: 

— Com uma condição. 

Hermione bufou em frustração. 

— Fala logo! 

— Que me dê um beijo. 

— Fácil, dou até 10.

E começou a distribuir selinhos pelo seu rosto, contando:

— Um.. beijou a testa do ruivo- dois… passou pra orelha direita… três- foi a vez da esquerda… quatro- beijou-o na ponta do nariz… cinco- beijou o queixo, onde uma pequena barbicha ruiva crescia, fazendo cócegas em Mione. 

Ambos começaram a rir. 

— Onde parei? 

— No cinco.- Rony se controlava pra continuar sério. 

— Hmm, vejamos. Seis…- beijo na bochecha direita… Sete- na bochecha esquerda…

O ruivo se segurava pra não rir. 

— Oito- Mione disse enquanto beijava o peito do ruivo. Nove- subiu para o pescoço- e dez!- disse beijando-o na boca finalmente, um beijo excitado, apaixonado, ardente como os dois. As duas línguas se consumindo, enquanto Rony deslizava a mão pelas costas dela, aproximando mais os corpos, ele sentindo seu membro ficar desperto, ela sentindo seus músculos se contrairem na virilha. 

Quando se separaram levou um tempo até recuperarem o fôlego. Rony falou primeiro. 

— Caramba Hermione. 

Hermione sorriu, orgulhosa. 

— Sabe, ia te levar pra visitar as casas mas graças à sua gracinha acho que vai ter que esperar um pouquinho, porque o único lugar que vai conhecer agora é minha cama. 

Mione prendeu a respiração, já excitada por antecipação. 

E pegando a garota pelo braço voltaram andando rápido pra Toca, lamentando não poderem aparatar direto pro quarto de Rony devido aos feitiços de proteção ao redor da casa. 

Como fariam pra subir sem ninguém perceber?

Muito esperta, ao ver os dois atravessando o quintal com rostos vermelhos , Gina mais que depressa entendeu a situação e tratou de distrair os Grangers e os pais que conversavam na sala: 

— Hey, olha que legal!- A ruiva vinha andando de mãos dadas com Harry, atravessando a sala, segurando uma vassourinha de brinquedo na mão, mostrando a eles o presente que o noivo comprara para dar ao afilhado. Era semelhante à vassourinha que Sirius deu a ele quando bebê. 

 Foi  tempo suficiente para os outros dois se esgueirarem escada acima antes que fizessem perguntas constrangedoras. 

Harry reprimia o riso, e se via refletindo internamente a esperteza da futura esposa..

 

Mione e Rony subiram tão silenciosamente quanto seu fogo os permitia, e trancando a porta do quarto dele, no último andar, começaram um verdadeiro balé em que iam girando pelo quarto se beijando e arrancando os sapatos, meias, as mãos de Hermione puxando os cabelos do noivo enquanto ele fazia um nó com o cabelo dela, deixando seu pescoço livre para depositar pequenos chupões ali. 

Rony levantou a morena no ar e a colocou sentada na cama. 

— Essa camiseta vai embora.- disse Rony, puxando a camiseta e enterrando o rosto nos seios parcialmente cobertos pelo sutiã. 

— Anda logo Rony, sem enrolar dessa vez, não temos muito tempo até notarem nossa falta!

Rony então puxou as Jeans da noiva de uma só vez. 

— Seu pedido é uma ordem. Espero que não tenha apego por essa calcinha. 

Rony a puxou, sorriu ao senti-la úmida, e rasgou-a em pedaços. 

Hermione arfou em antecipação. 

Rony se ajoelhou, passando o nariz na virilha da noiva e começando a massagear o clitóris com a língua.

— Aaaahhh, você tá me matando Rony. Eu te quero agora!

Rony sorriu malicioso. 

Rapidamente, arrancou a camisa e se livrou da calça insuportavelmente apertada pela ereção. E ficando só de cueca voltou a se ajoelhar.

Hermione deitada com as pernas pra fora da cama, empinava o quadril,quase chegando ao clímax só com a língua e dedos habilidosos de Rony. 

— Vai logo, eu estou perto…

Satisfeito ao ver os músculos da morena contraírem ao redor do seu dedo com cada vez mais força, ele se livrou da cueca e penetrou devagar, aumentando o ritmo a medida que Hermione ajustava seu quadril ao dele, enlaçando suas pernas nas costas de Rony. Rapidamente chegaram ao clímax, ambos suados, mas extremamente satisfeitos. 

[…]

— Cadê aqueles dois?- disse Molly perdendo a paciência. 

— Eles vem vindo, calma- abrandou Gina, apontando pra escada onde Rony e Hermione vinham descendo. 

Tiveram o cuidado de vestir as mesmas roupas que estavam antes mesmo após o banho, pra evitar olhares desconfiados. Ninguém precisava saber que tinham acabado de sair de um sexo meteórico, embora Rony pensasse ter visto uma ruga se formar na testa de Molly e Louise. 

— Finalmente! Venham, estamos mostrando o que já está feito para o casamento! 

Agora, falariam da lista de convidados. 

— Filha, sente-se aqui.- apontando a cadeira ao lado da sua- Há alguém especial que queira convidar? Nossa família é só nós tr.. quer dizer, quatro- a mulher sorriu e acariciou a barriga. Seus avós e tios estão muito longe e são todos trouxas.- Sra Granger falava, avaliando a reação de Hermione. 

Mione refletiu. 

— Acho que só alguns colegas de nós quatro em Hogwarts mesmo. Ah, e o monstro, se o Harry deixar. 

— Pode sim, claro.- o rapaz sorriu, tentando ignorar os olhares temerosos do casal Granger.

Hermione percebeu a reação deles, pois acrescentou:

— não liguem pro nome, é apenas um elfo doméstico que era rabugento e agora é nosso amigo. 

— Por que Harry se importaria então?- Sr Granger arqueava as sobrancelhas.

— Porque os elfos têm um dono, ao qual tem que servir, e o dono de Monstro é o Harry. 

— Ah. 

— Bem, voltando, vamos fazer a lista, né- Sra Granger voltou a conversa pro rumo certo. 

— Harry, querido, alguém que queira convidar?- Sra Weasley perguntou. 

— Sim. Minerva, Hagrid, Maxime, Andrômeda.. 

— E os Dursley?- Gina fez a pergunta que os outros não tinham coragem de fazer.

Harry olhou pensativo para a namorada, considerando a questão. 

— Bem, acho que não iam gostar. Devem estar com medo ainda de serem perseguidos. Melhor deixar que sigam com a vida deles. Nunca me trataram como família por terem medo de magia, imagina se viessem aqui e vissem garrafas de champagne flutuando- disse, com um riso mal contido. 

Todos riram. 

— Certo então. Temos ainda os Prewett e os demais Weasleys pra chamar.- disse Molly com um jeito determinado que lembrou Hermione, fazendo todos na mesa rirem. 

— Acho que alguém incorporou Hermione- Gina brincou, deixando a mãe corada. 

— Meus dois bebês estão casando, então sim, estou determinada a organizar o melhor casamento do mundo.

Ouvindo a  mãe os chamar de bebês, Gina e Ron não podiam estar mais corados. 

Mostraram a elas os dois sabores de bolos que haviam escolhido, os detalhes nas roupas dos noivos e a decoração das mesas pensada pelas senhoras. 

Volta e meia, o Sr Granger e o Sr Weasley pisavam no pé dos noivos por baixo da mesa para acordar os garotos, dizendo aos genros, apenas com o movimento dos lábios, que iam escutar demais se continuassem cochilando enquanto as mulheres conversavam. 

Roger Granger estava se habituando ao genro nesse tempo que estava morando nA'Toca. Sabia que o ruivo era boa pessoa e faria a filha feliz. 

— Tudo certo então. Amanhã vamos ver os vestidos, mas não podemos demorar o dia todo, tenho o teste pro time do Harpias em 2 semanas! 

 — Tá bem querida. Vamos nos deitar então pois todas teremos um longo dia pela frente... 

 

27 de Junho- 

Uma semana que as meninas estavam em casa. Uma semana agitada e pra lá de produtiva. Contratam a banda que iria tocar no casamento, escolheram o que escrever nos convites, encomendaram os vestidos de noiva e Hermione tricotou mais roupas pra irmãzinha enquanto Gina treinava todas as noites com Jorge, Rony e Harry quando voltavam do trabalho. 

Mas esse domingo seria pra lá de especial pra elas.

Gina e Mione desceram pra tomar café, uma pior que a outra em tentar esconder o nervosismo do que aconteceria naquele dia. 

— Gin, querida, conseguiu montar o berço?- Molly perguntou enquanto dava nas duas um beijo de bom dia. 

— Sim, Sr Granger nos ajudou.Ele já tinha que montar o berço da Maitê também- e nervosa esbarrou o cotovelo ao sentar-se, mandando pra longe o bule de chá.

— Filha, se acalme- disse Molly apontando a varinha pra reparar o bule.- Teddy vai gostar de você e Harry. 

Gina se espantou da mãe saber o que estava lhe deixando nervosa, mas simplesmente deu de ombros. Ela sempre sabia tudo e a jovem sentia que nunca entenderia como...

— Espero. Ele já gosta de Harry, mas não sei se vai gostar de mim…

— Fique tranquila. Você só precisa mostrar a ele que gosta dele tanto quanto Harry.- disse acariciando os ombros da caçula. 

— Obrigada, mamãe!- Gina assentiu, mais tranquila.- Você tem razão. E preciso me acalmar pra transmitir essa calma pra Harry, que deve estar pirando. Agora mesmo ele aparece aí, branco. 

As duas riram. 

Hermione continuava calada, apenas observando.

— Mione, querida, que você tem? Está se sentindo mal?- disse Molly pousando a mão na testa da nora.- febre não tem!

— Eu só estou ansiosa. Vou na consulta da minha mãe daqui a pouco e a médica vai me mostrar mais um ultrassom. Parece que vai dar pra ver o rostinho da Maitê.  

Molly sorriu.

— Ah, a vida, a verdadeira magia…- a Sra disse com os olhos marejados. E tem mais alguma coisa rondando essa cabecinha?- Molly perguntou com carinho.

Mione suspirou e sorriu. 

— A Sra não perde um detalhe! Tem sim. Rony e eu vamos sair hoje a tarde pra ver as casas e decidir onde vamos morar, e tudo que consigo pensar é que não faço ideia do que fazer pra Rony na cozinha quando estivermos casados. Mal sei fazer um arroz. E ele é a pessoa mais comilona do mundo!

Gina, que comia cereal escutando tudo, deixou a colher cair, em pânico. 

— Nem eu! E nem sei do que Harry gosta!

— Acho que podemos resolver isso facilmente amanhã, né Molly?- a Sra Granger havia descido as escadas, escutando a última parte da conversa. 

— Certamente! Agora tratem de se acalmarem as duas. 

Rony finalmente desceu pra tomar café, acompanhado de um Harry branco como fantasma, que apenas tomou um copo de suco. 

— Não adianta, não consigo comer.- disse depois de um tempo. 

Molly não pôde deixar de sorrir. 

— Vamos, Gina?- Harry estendeu os dedos trêmulos para a namorada. 

— Vamos. Deixa que eu aparato. Você vai acabar estrunchando, nervoso desse jeito. 

— Esperamos vocês aqui até o almoço.- Molly piscou pra eles antes de desaparecerem. 

[...]

Harry e Gina aparataram na porta de Andrômeda. O bairro residencial estava vazio essa manhã de domingo. 

Tão pálido quanto estava ao acordar, Harry tocou a campainha. Gina segurou a outra mão, demonstrando seu apoio e confiança de que tudo ficaria bem, embora ela própria estivesse com medo de assumir, junto com Harry, a responsabilidade de cuidar de um bebê de outra pessoa. 

Uma abatida Andrômeda que abriu a porta, com um fraco: 

— Entrem, filhos.

Ela estava pálida e notavelmente emagrecida. 

— Sra Tonks, a Sra está pálida. O que foi? 

— Ah, queridos. Não é justo que esconda a verdade de vocês quando se comprometeram a cuidar do meu pequeno Teddy, que aliás está brincando lá em cima. 

Harry e Gina se entreolharam, tensos. 

— Há cerca de três meses, quando fui passear com meu pequeno num bosque aqui perto de casa, resolvi colher uns cogumelos pra fazer uma torta que não fazia a algum tempo. Eu estou já velha, minha visão não funciona bem como antes, então, entre os cogumelos estava o cogumelo ardente. 

Harry e Gina puderam a mão na boca, lamentando. 

Ingerir cogumelos ardentes significava adquirir uma das piores febres do mundo bruxo, a Febre de Cinzal, em que o bruxo sofria com febre, insônias constantes, fadiga e dores de cabeça horríveis. 

— Estou tentando me tratar o melhor possível, mas vocês sabem até melhor que eu que não tem cura. Quando fui ao hospital e me deram o diagnóstico, percebi que tenho pouco tempo de vida. 

Harry se abraçava com Gina, cujas lágrimas ameaçavam descer pelo rosto. 

Andrômeda também enxugou os olhos antes de continuar. 

— Então entendi que não podia mais cuidar do meu menino e mandei a carta a você.

— Não se preocupe, cuidaremos dele como um filho- Gina disse, e o coração de Harry se derreteu, ao ver que a noiva estava realmente comprometida assim como ele a cuidar do afilhado. 

Harry se levantou e abraçou Andrômeda. 

— Sinto muito. 

— Não sinta, querido. Vivi o suficiente para conhecer meu neto. E em breve estarei junto com minha filha, meu genro e meu marido. 

Harry não conteve as lágrimas nesse momento. 

— Eu … sinto muito eles não terem chance de cuidar de Teddy.- Harry falava, soluçando. 

— Não sinta, filho, morreram defendendo o que acreditavam. Queriam um mundo melhor pra Teddy. 

E os dois continuaram abraçados ainda um tempo, Gina observando a tudo também emocionada. 

— Arry!- um grito empolgado de um garotinho pareceu ter despertado os três. 

Olharam assustados para escada onde um garotinho do cabelo rosa engatinhava pelo corrimão da escada abaixo. 

Gina, assustada que o garoto caísse, subiu correndo os degraus até chegar a ele, que estendeu os braços gordinhos pra ela o pegar. 

Gina desceu a escada trêmula, com o bebê rindo em seu colo, sem ter a mínima ideia do perigo que havia corrido. 

Sentou-se no  sofá com o garotinho. 

— Hey, Teddy, é perigoso brincar na escada- Gina explicava enquanto brincava com o cabelo dele, que agora estava azul.

Harry ainda estava branco como um giz quando finalmente conseguiu falar algo: 

— Oi garoto!- disse sentando no sofá ao lado de Gina. 

O garotinho olhou pro padrinho e sorriu. 

— Arry.- subindo no colo do padrinho e ficando em pé, bagunçando o cabelo dele.

Gina e Andrômeda sorriram uma para outra, e a mulher idosa disse: 

— Entendem por que está tão difícil cuidar desse pequeno? Outro dia pôs o carrinho em cima do ventilador de teto quando ficou irritado com ele, depois começou a chorar ao ver que não conseguia tirar ele de lá. 

Gina e Harry riram. 

Ficaram na casa de Andrômeda até quase a hora do almoço. Chamaram a mulher pra almoçar na Toca, mas ela disse que estava cansada demais pra sair de casa, o que os dois entenderam. 

— Vou pegar as coisas de Ted. 

Gina subiu com a senhora pra ajudar, deixando Harry com o bebê, agora entretido com os óculos do padrinho.

— Teddy, vai morar comigo sabe?

O garoto parecia não ter escutado. Se escutou, não entendeu nada. 

Harry beijou-o no topo da cabeça e pegou os óculos de volta, passando a divertir o garoto colocando-o no pescoço e correndo ao redor da sala. 

— Ótimo, Harry, balança ele bastante mesmo, depois ele fica tonto e vomita na sua cabeça e não sabe porque!- Gina ralhava com ele, enquanto Andrômeda caia na risada, que logo se transformou em choro. 

Harry parou de girar e foi até a mulher. 

— Ah, meu pequeno- Andrômeda falava enquanto abraçava o netinho- vou sentir tanta falta de você. Tia Gina e tio Harry vão levar você pra passear por um tempo, tá bem? 

— Passar, passar!- falou animado, batendo as palminhas. 

Gina não pode evitar sorrir. 

— Você vai obedecer os dois, assim como me obedece, tá bem. 

O garotinho balançou a cabeça como se entendesse. 

E, dando um último abraço, entregou a criança nos braços do padrinho, enxugando as grossas lágrimas. 

— Obrigada por cuidarem dele!

Gina abraçou a Sra Tonks, enquanto Harry tentava espantar as lágrimas. 

— É minha obrigação, Sra Tonks. E é uma obrigação que cumprirei com o maior prazer do mundo.- o rapaz disse com a voz embargada. 

Gina olhou pra Harry, dizendo com o olhar que já era hora de ir. Pegou então a mala de Teddy e uma caixa com seus brinquedos preferidos, levitando-os com o toque da varinha, e com um aceno, elas tinham desaparecido. 

— Pronto, as bagagens já estão na Toca.- e virando-se pra Andrômeda- é hora de ir, Sra Tonks. Obrigada pela confiança de entregar essa coisa linda pra gente.- falou já enxugando novas lágrimas que voltavam a cair ao ver o semblante pálido da mulher.

Entregando o bebê pra Gina, Harry deu um último abraço na mulher. 

— Vou fazer o que Lupin e Tonks fariam, não se preocupe. 

Gina limpava o rosto no lenço com uma mão, enquanto a outra segurava Teddy, que alheio à dor da situação fazia bagunça no cabelo ruivo daquela que seria agora sua madrinha. 

Quando a mãe de Tonks se acalmou, ela e Harry se separaram, e, sem olhar pra trás, a mulher deu as costas a eles e subiu para o quarto. 

Não aguentaria ver o neto indo embora, principalmente ao sentir que o via pela última vez.




 


Notas Finais


Gente, desculpa fazer isso com o coração de vocês!! O meu ficou apertado de escrever a Andrômeda entregando o netinho pro Harry, ainda mais com essa doença horrível...
Sou professora de Herbologia num RPG de Harry Potter, e um dos conteúdos que ensino é exatamente o perigo dos cogumelos mágicos. O cogumelo ardente é um dos piores, e a morte é quase certa.
Enfim, apesar dessa tristeza toda, tentem se alegrar porque teremos uma pessoinha de cabelo azul na Toca agora, que certamente vai aprontar!
Até semana que vem! E espero que não fiquem bravos comigo ( eu precisava fazer isso!)


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