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História No Broken Hearts - Tarde demais, Annabeth.


Escrita por: gabbigomes1402

Notas do Autor


Hi guys! Voltei e trouxe mais um capítulo para vocês!
Na capa, nosso casal.

Capítulo 73 - Tarde demais, Annabeth.


Fanfic / Fanfiction No Broken Hearts - Tarde demais, Annabeth.

P.O.V. PIPER MCLEAN

Encaro a mulher na minha frente e engulo em seco, não tenho desculpas ou escapatória, estou ferrada, muito ferrada.

 -Não vai nem ao menos tentar inventar um desculpa? – Zoe me questiona com ar de importância e nego com a cabeça. –Ótimo, isso nos economiza tempo.

Dito isso, ela apenas vira de costas e sem opção a sigo de cabeça baixa, rezando para que o efeito e cheiro do álcool não estejam fortes, quando chegamos na Casa Grande, ela abre a porta e passo primeiro, me leva em uma sala, nunca tinha entrado aqui, é diferente, parece uma cabana aconchegante. Vejo ela sair sem dizer nada e instantes depois entra o senhor D. sonolento e de pijama junto com Quíron que agora estava com o cabelo amarrado em bobs. Em outra situação, eu não conseguiria me segurar e talvez risse, mas agora eu só consigo ficar com medo do que vai acontecer aqui.

 -Srª Mclean, que surpresa. – ouço Quíron dizer com a voz ainda grogue e Dionísio resmunga pegando uma coca diet do frigobar da sala e a tomando. -Não que seja agradável a essa hora. –terminou e senti minhas bochechas corarem.

 -Por que essa jovem está aqui de madrugada? Eu posso saber? –Senhor D. pergunta já sentado em uma das cadeiras da mesa de pôquer.

 -Foi pega fora do chalé dela andando entre os chalés de Paestum. – Zoe declara e parece muito satisfeita em relatar a infração de alguém.

 -Só isso? – Dionísio pergunta surpreso e parece decepcionado. Zoe cora um pouco e sinto que é de raiva.

 -Isso é uma infração grave, senhor. –responde e Quíron apenas fica me encarando.

 -Tudo bem, está expulsa do acampamento. – declara sem importância e arregalo os olhos. Não! De novo não! Até mesmo Zoe se surpreende com a declaração e Quíron pigarreia antes de falar.

 -Se me der licença para opinar, apesar da grave infração, acho que a expulsão é algo muito radical, o senhor não concorda? –pergunta e o diretor revira os olhos.

 -A realidade é que outros alunos também já foram pegos fora de seus chalés fora do horário e as punições sempre foram mais brandas. –Zoe diz e não consigo saber se isso é um argumento a meu favor ou contra.

 -Amanhã. –declara Dionísio. –Amanhã dou minha resposta, por hora, vá dormir garota, afina todos já deveríamos estar na cama. –após sua decisão ele sai da sala e segue provavelmente para seu quarto, Zoe sai em seguida e quando estou me levantando, Quíron me pede um minuto e pega algo na gaveta, quando me entrega é um remédio para dor de cabeça. Olho confusa para ele que devolve um olhar de decepção.

 -Você vai precisar amanhã. – declara e em seguida sai lentamente  da sala, quando também saio, ele fecha a porta e me acompanha até a saída, agradeço debilmente e sigo para meu chalé sufocando a vontade de chorar.

[...]

P.O.V. LEO VALDEZ

Apesar de toda a bebida da noite passada, acordo me sentindo bem melhor, vejo o relógio e ainda não são nem seis e meia, sorrio lembrando de ontem, ou melhor hoje de madrugada, tomo um banho e escovo os dentes, quando estou saindo do banheiro, ouço batidas na porta, quando abro, dou de cara com Calipso, sorrio para ela, mas ela não parece tão contente em me ver. Na verdade, ela parece apreensiva, peço um minuto e me visto em silêncio para não acordar o pessoal, passo um pouco de perfume e saio enquanto ela me espera sentada nos degraus da escadinha da frente do meu chalé.

 -Podemos caminhar um pouco? – pergunta sem em encarar e aceno. Caminhamos por muitos minutos e chego a me lembrar da primeira vez que conversamos de verdade. Só que dessa vez ela parece bem mais silenciosa que o normal.

 -Bom, eu adoro caminhar sabe, eu sou muito atleta . – brinco tentando mostrar meus músculos e é uma cena vergonhosa já que sou muito magro.- mas eu queria saber o que você tem para me falar. – digo e ela para de sorrir.

 -É sobre ontem. – começa e sinto meu coração se acelerar.

 -Pode continuar. –digo a encarando e ela engole em seco.

 -Ontem foi... especial. – diz devagar e sinto um alívio percorrer meu corpo então consigo segurar a língua.

 -Eu sei, eu nunca me senti tão bem como ontem naquela hora, eu não estava conseguindo mais me segurar, você é tão linda e eu achava que nunca iria...- de repente, ela para de andar e a encaro, seus olhos estão marejados.

 -Leo, por favor. –pede e não entendo.

 -O que foi? É verdade. Você é linda, é especial e...- sinto ela segurar meu braço com força.

 -Para, por favor! Você não entendeu, ontem foi especial, mas não vai acontecer de novo. – diz e sinto como um soco na boca do estômago, na verdade eu preferia que fosse um. Fico em silêncio por alguns segundos e ela me encara parecendo preocupada. –Você me ouviu? Leo, eu sinto muito mas... – as palavras dela se perdem e sinto minha boca seca.

 -Por quê? – pergunto e ela me olha assustada. Meu tom saiu frio.

 -Leo, não faz isso.

 -Eu mereço saber o porquê. – peço fechando os olhos. Droga! Sabia que isso não ia dar certo, como me iludi achando que ela ia gostar de mim.

 -E-eu, você sabe, tem o Percy...- sinto a raiva tomar conta de mim.

 -Que Percy? Ah, o Percy que ficou com duas garotas ontem na tua frente sem se importar com você? – pergunto cuspindo as palavras e ela se retrai, queria poder ajuda-la, mas agora, não consigo ser uma pessoa boa.

 -Não faz isso! – grita e não mudo minha expressão.

 -O quê? Falar a verdade? Ele não se importa com você e você fica correndo atrás dele atrás de migalhas de sentimentos. – rebato, vejo o rosto dela ficar vermelho e ela desfere um tapa no meu rosto. Depois me olha assustada e tenta se aproximar de mim, me afasto bruscamente, ela pede desculpas e parece atordoada.

 -Você não sabe o que eu tenho com ele, ele é um cara legal e eu amo ele! – diz e vejo os seus pulsos fechados, toco mus dedos no rosto e sinto um ardor leve.

 -Você não sabe o que é amar, Calipso. Nem você e muito menos o Percy. –digo sério e ela me olha ofendida.

 -E quem é você para dizer alguma coisa? Você mesmo me disse que nunca tinha amado nenhuma garota.

 -Eu sei, mas eu cometi o erro de me apaixonar por uma. E o pior, eu queria pular de cabeça em uma relação com uma pessoa rasa. –digo firme e ela me olha confusa. –Eu sou apaixonado por você, mas isso não importa não é? A única coisa que importa é o Percy e essa sua obsessão maluca por ele. – vejo quando uma lágrima escorre do olho dela e me seguro para não me desculpar. Ela fica paralisada por alguns instantes e chego a pensar que ela está revendo as decisões dela, mas me engano novamente e dessa vez a pancada é mais forte do que eu posso suportar.

 -Você não pode gostar de mim! Nós somos amigos, nós nos damos bem, não faz isso! – pede e quando ela tenta se aproximar de mim, me afasto novamente. Dessa vez toda minha máscara de forte cai e meus olhos enchem de lágrimas. –Devem ter muitas garotas perfeitas para você. – fecho os olhos e ela aproveita para me abraçar. –Isso é uma ilusão sua Leo, você só acha que gosta de mim, mas na verdade não gosta. Não pode gostar, está me ouvindo? – aceno em concordância.

 -Se você não gosta nem um pouquinho de mim, por que me beijou? – pergunto e ela se surpreende.

 -Ora, porque eu estava triste e também a gente estava bêbado Leo, eu não sei.- responde dando de ombros.

  -Você está triste? – pergunto dela e ela nega sem entender.

Seguro seu queixo e puxo sua cabeça de encontro com a minha, no começo ela tenta resistir, mas depois sinto meu cabelo ser puxado e o corpo dela se aproximar de mim, suspiro e ouço meu nome sair da boca dela, de repente tudo parece certo e real, pelo menos até o beijo acabar. Quando ela se afasta de mim, vejo seus olhos praticamente brilhando de raiva e outro tapa no meu rosto.

 -Não! Eu... Eu não gosto de você! – grita sem me encarar e grito de frustração, sinto vontade de chutar qualquer coisa que vem na minha frente, se ela não gosta de mim, por que ela retribui meu beijo? Por que merda ela fica olhando para minha boca? –Eu gosto do Percy! Eu AMO o Percy, escutou? Por que você está fazen...Aquela garota que pediu para você fazer isso não foi? A Annabeth pediu para você fingir gostar de mim para deixar o Percy livre para ela, mas me escuta, isso não vai acontecer! Nunca! – dessa vez eu não me sinto só ofendido, me sinto humilhado e despedaçado. Ela acha realmente que eu faria isso? Annabeth nem fala mais comigo e por culpa minha! Que tipo de pessoa a Calipso acha que eu sou?

 -Se você realmente acredita nisso que acabou de falar, eu já não tenho que me preocupar com o que você pensa de mim. –digo duro e saio de perto dela o mais possível. Chego na cachoeira e tiro a camisa para pular na água, mergulho um pouco e depois fico na queda d’água deixando minhas angústias caírem do meu rosto junto com a água corrente. Consegui acabar com muita coisa, com minha amizade, com a garota que eu gosto e tudo porque eu achei que um bobo da corte pudesse fazer o papel de alguém da realeza.

 P.O.V. PERCY JACKSON

Existem algumas coisas que eu considero ou pelo menos considerava impossíveis de acontecer, coisas como: a paz mundial, alguém gostar de acordar cedo e a última eu considerava ainda mais improvável. Acordar com a Annabeth grudada em mim e gostar.

Mas parece que a vida gosta de jogar na minha cara que eu não sei de nada, não preciso nem abrir os olhos para saber que a respiração fraca no meu pescoço é dela, porque o cheiro do perfume dela é inconfundível. Sei que são as mãos dela rodeando minha cintura porque de alguma bem maluca eu conheço a textura delas e principalmente meu corpo parece conhecer já que fica relaxado toda vez que ela toca, mesmo que eu devesse me afastar, eu não consigo, a posição é tão confortável e o calor do corpo dela, aconchegante.  Depois de algum tempo assim, sinto ela se mexer mais e finjo dormir, de repente ouço um grito aterrorizado e meu corpo é jogado no chão, sento ainda xingando quem quer que seja e ela me olha espantada.

 -O que foi isso? – pergunta e não sei bem ao que ela se refere, ela está com os olhos arregalados e está encolhida na cama.

 -Não vai me dizer que não lembra do que aconteceu ontem Annabeth. – digo me levantando e ela passa as mãos no cabelo com a cabeça baixa e depois levanta de supetão.

 -Meu Deus! Eu dormi aqui com você! Meu deus!- continua suas falas repetidamente e mesmo sendo errado acho graça da reação dela, imagina se tivéssemos transado.

 -Você não lembra? – pergunto parecendo chateado e ela me olha surpresa. –Você me chamou de amor e tudo mais, não acredito que esqueceu! – reclamo e ela percebe a brincadeira.

 -Idiota! – grita jogando um travesseiro em mim e finjo me aproximar dela para beijar e ela se esquiva mais pegando outro travesseiro e aponta para mim como se fosse me atacar. –Não chega perto de mim, seu maníaco sexual! – grita e gargalho, eu sou o maníaco sexual?

 -Você me agarrou ontem e ficou se insinuando para mim, sem contar com o convite explícito para transar, e eu sou o maníaco? – pergunto e ela larga o travesseiro assustada.

 -Meu Deus! Eu odeio beber! E você? Podia ter me levado em casa. – acusa no meio de um monte de edredon e vejo o meu no chão.

 -Claro, com você gritando igual uma louca, com certeza dava para chegar até o seu chalé. – digo e ela esconde o rosto de vergonha, parece uma criança. –Eu tenho que dizer que fui um guerreiro por resistir, principalmente quando você começou a tirar a roupa e...- ela levanta a cabeça com raiva e parece pensar um pouco, depois tenta sair rápido da cama e acaba se engatando em um lençol e como tento ajuda-la, acabamos caindo no chão.

 -Droga! Você é um mentiroso. Um cretino mentiroso. –acusa tentando sair de cima de mim e acaba amassando minhas costelas e meu joelho.

  -Ai Annabeth! Cuidado! – reclamo e ela resmunga se sentando do meu lado ainda cheia de lençóis e com os cabelos totalmente bagunçados.

 -Desculpa, ai! Desculpa! Meu Deus! Como eu falei bosta ontem, que vergonha! – reclama e me surpreendo com a memória dela.

 -Você lembra de tudo? – pergunto assustado e ela me encara irônica.

 -Percy, eu fiquei bêbada, não com amnésia. –reviro os olhos da patada.

 -Grosseria essa hora da manhã? – pergunto e ela apenas coça os olhos e faz um bico mal humorado. – E que bom que está me chamando de Percy de novo. – comento e ela me encara confusa.

 -Eu te chamei de...- a corto.

 -Nem vem que eu ouvi e não sou louco. –ela dá de ombros como se não se importasse.

 -Eu ‘tô com fome. – diz e a olho surpreso com a cara de pau.

 -Nem tenta mudar de assunto.

 -Nem começamos um assunto para que eu mude. – rebate e a repreendo.

 -Podemos começar.

 -Não quero. –tenta se levantar, mas não preciso mais que um braço na frente dela para que ela se desequilibre e cai de bunda no chão de novo. –Que chato.

-Mas mesmo assim você queria transar comigo. – brinco e ela revira os olhos.

 -Aposto que foi a melhor oferta que já recebeu na vida. –disse convencida e estreito os olhos.

 -De onde veio toda essa autoestima?- pergunto e ela sorri.

 -Eu ‘tô brincando. – explica e depois me olha. –Você é estranho, sabia disso? – pergunta e assinto. –uma hora me ignora, aí depois me beija, como se não bastasse, depois age como se nada tivesse acontecido e fôssemos amigos. – explica e mesmo irritado, sei que ela tem razão.

 -Você tem outra forma de lidar com isso? – pergunto e ela nega.

 -Não. –suspira e depois sorri. –Acho que no fim, nós dois somos estranhos. – rimos e vejo ela comprimir os lábios, que tentação desgraçada.

 -Você não pode se apaixonar por mim, sabe disso não é? – aviso mesmo correndo o risco de parecer ridículo e esperando uma resposta atrevida dela, encaro a cama na nossa frente.

 -Tudo bem. Eu já percebi que além de estranhos, nós temos muitos problemas. – ela responde e escora a cabeça no meu ombro, fico surpreso com a seriedade que ela leva a situação. Ficamos em silêncio por um bom tempo até que ela termina. –desde que você não se apaixone por mim, vai ficar tudo bem. – olho para engolindo em seco, mas ela está de olhos fechados e mesmo sabendo que é brincadeira, sinto um pavor dentro de mim.

 -Eu ‘tô falando sério Annabeth. – digo e ela assente.

 -Eu também. – levanto e ela acaba se descorando de mim bruscamente. – Por que essa agressividade toda? – pergunta e nego.

 -Sai logo, já é tarde, vão vir aqui, o Luke já devem estar chegando. – aviso e ela parece confusa, suas sobrancelhas se uniram e evito encarar seu rosto.

 -‘Tá vendo, que grosso! – reclama se levantando e antes de sair, parece mudar de ideia, se vira me perguntando. –promete não se apaixonar por mim? – sorri brincando e não resisto, sorrio de volta.

 -Vai logo embora, sua bêbada! – finjo mirar o travesseiro nela e acaba acertando a porta fechada, suspiro sentindo o sorriso morrer do meu rosto e me jogo na cama. –Tarde demais, Annabeth. 


Notas Finais


heeyyy! Você que entrou aqui por acaso ou ainda não ouviu falar da minha outra fanfic, esse é o seu momento! Acesse esse link e veja os garotos do acampamento de uma forma nunca vista antes: https://www.spiritfanfiction.com/historia/todos-os-caminhos-levam-a-roma-11768772
Pareceu propaganda de televisão, daquelas bem toscas? Então meu objetivo foi cumprido!
Espero que tenham gostado do capítulo galera, até o próximo!


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