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História No Broken Hearts - Quebrado.


Escrita por: gabbigomes1402

Notas do Autor


sem palavras para expressar meu agradecimento por vcs

Capítulo 95 - Quebrado.


P.O.V. PERCY JACKSON

Os últimos dias de aula estão se aproximando, não consigo decidir se fico aliviado ou apavorado, depois disso, acabou. Chega de satisfações e estou livre para morar com minha mãe se eu quiser, ela provavelmente adoraria. E eu ficaria feliz em ficar longe do meu pai por mais tempo. Ainda não decidi para qual faculdade quero mandar meu nome ou em qual curso quero tentar e sinceramente no momento eu não consigo me concentrar nisso por mais de alguns minutos, a imagem da Annabeth me olhando com o coração partido sempre invade minha mente e não consigo pensar em outra coisa, é horrível e assustador. Eu quero sair dessa casa, mas não consigo, deixar meu pai nessa casa sozinho, me parece ser cruel demais, mesmo que seja com ele.

 Depois do que aconteceu na piscina naquele dia, eu converso pouco com os meninos, até porque agora todo mundo parece bem, Piper e Jason estão firme e forte, Silena e Charles parecem em lua de mel, Leo foi de quem eu mais me aproximei por incrível que pareça e mesmo assim tento não aborrecê-lo com meus problemas, já que ele mesmo que não diga, tem os dele com o pai, e mesmo assim está feliz com a Calipso, o que é ótimo. Até mesmo a Thalia e o Luke estão bem, encrencam um com o outro periodicamente, mas nada para se preocupar. Eu não consigo aceitar o que eu fiz, em como destruí algo com a pessoa que foi mais sincera comigo em anos e que gostou de mim realmente, acho que isso é algo pelo qual eu nunca vou me perdoar.

 -Você parece meio perdido hoje. –Leo comenta do meu lado, enquanto damos uma pausa da aula de educação física.

 -Eu só estava pensando. –respondo limpando uma gota de suor da ponta do meu nariz. Ele sorri de maneira idiota.

 -Sei, e seu pensamento por acaso começa com A? –pergunta e o olho irritado, mas ele não me deixa responder algo porque logo termina. – E termina com lgébra? – finjo uma risada e faço uma careta e ele entende. –Que foi? Você que já ligou a “aquela que não deve ser nomeada”. –disse e neguei com a cabeça.

 -Você nunca deixa de ser um idiota? –pergunto e ele nega.

 - Claro que não, e a minha essência? – Iria responder algo, mas nesse momento, Annabeth aparece na quadra, com alguns papéis na mão e entrega ao professor, deuses! Ela é tão linda e parece tão triste.

 -vai dar tudo certo amigão. Ela só precisa de um tempo para colocar os pensamentos em ordem. –sei que não é verdade, mas assinto apenas porque ele fez isso para me animar. Sei que nós não temos o tempo que ela precisa para me perdoar e, mesmo que ela me perdoe, o que pode demorar décadas para falar a verdade, isso não significa que ela ainda iria querer algo comigo.

DIAS DEPOIS

P.O.V. ANNABETH CHASE

Não consigo me concentrar no que tenho que fazer, não consigo ver o Percy, porque me dói e muito menos pensar direito, conversei com meu pai e ele me disse que não sabia o que minha mãe tinha feito e nele eu acredito, Frederick Chase tem muitos defeitos, mas mentir não é um deles, eu não consigo acreditar que minha mae fez isso, agiu pelas minhas costas e omitiu coisas importantes para mim, eu ainda não consigo nem ao menos encará-la, sei que o que ela fez não foi por mim, para me proteger como ela diz, foi por ela, por vingança, ou seu senso de justiça deturpado pela raiva e mágoa. Não sei se um dia voltaremos a ser como éramos e no fim acho que não, a vida não pode voltar, é como um fluxo de água, o que foi feito, está feito, não podemos mudar, apenas nos adaptarmos às consequências disso, é o que estou tentando fazer, mas acho que é mais fácil falar de qualquer forma, a única coisa que me anima é a possibilidade de uma faculdade fora daqui, amo meus amigos e minha vida aqui, mas acho que preciso de novos ares, novas pessoas, novos sonhos. Tenho medo de ficar presa nessa bolha de tristeza e solidão que se formou em mim se continuar aqui nesse mesmo ambiente com as mesmas pessoas.

 -Não sei como ir, não tenho roupas de mocinha idiota! – Thalia reclama ao meu lado, ela está tentando encontrar algo no closet dela que não seja escuro, desbotado, rasgado ou ofensivo visualmente. Não preciso dizer que ela está sofrendo para encontrar algo fora disso. Hoje à noite ela vai na casa do Luke oficialmente como namorada dele e a mãe dele está muito empolgada, vai oferecer um jantar para ela, Thalia é claro, está um poço de nervosismo.

 -Amiga, eles te conhecem desde pequena, você não precisa fingir ser alguém que não é. –digo pela, milésima vez? Não, acho que já passei de pelo menos mil e duzentos avisos como esse. Nos últimos dez minutos.

 -Claro, mas eles me conheciam como a amiga do Luke. Não a namorada dele. Ah meu Deus! Eu posso dizer que estou doente. –sugere e arqueio a sobrancelha.

 -Clássica. Eles vão saber que é mentira. – rebato e ela parece se desanimar, mas logo lança outra sugestão.

 -Posso dizer que alguém morreu. – ela parece animada com essa. –Um parente distante e velho.

 -Mórbido. –digo e ela revira os olhos. –Por que você só não é você mesma? –pergunto e ela ri.

 -Porque a intenção é conquistar eles. –dou de ombros e confiro no celular. Ótimo, ainda bem que chegaram, estava ficando louca.

 -Tudo bem, então isso é um caso específico para ela. –Thalia pareceu não entender.

 -Quem? –ela perguntou e nesse exato momento, Silena irrompe pela porta com duas malas enormes e chamativas, Piper vem mais atrás com Jason a abraçando e sorrindo.

 -Cheguei. Thalia, minha flor de cacto! Eu sabia que esse dia chegaria, todo mundo pelo menos um dia chega até mim. –ela diz de forma dramática enquanto Jason pega as malas e coloca na cama com esforço. –Eu sou, como é mesmo? Ah, sim! Eu sou inevitável. –sorriu e Piper revirou os olhos. Thalia apenas suspirou, acho que o nervosismo dela o impediu de reclamar ou debochar.

 -Boa diversão, meninas. –Jason disse sorrindo de maneira convencida para a irmã, que ergueu o dedo do meio para ele. Piper sentou na poltrona enquanto Silena já estava mexendo e analisando a Thalia, que parecia querer fugir do quarto.

 -Não resiste, é mais fácil só aceitar e relaxar. –Piper disse sorrindo para a cunhada.

[...]

O jantar da semana passada acabou sendo um sucesso, mesmo Thalia tendo desistido do papel de boa moça nos cinco minutos seguintes ao sentar na mesa de jantar. Mas ela estava na casa dos Castellan, então o que ela fizesse não os importava, desde que ela fosse feliz com o filho deles. Eles são e longe, a família mais tranquila e relaxada que eu já conheci. Hoje é um dia especificamente bom, Peter e Reyna vêm visitar a gente, estou ansiosa pela visita deles, porque sinto falta de Peter e da amizade dele, não contei para ele os últimos acontecimentos e espero não precisar contar, toda vez que faço isso fico pior, mais destruída e triste.

[...]

A hora do almoço chegou e com ela, os dois amigos da gente, quer dizer, eu acho que nunca falei com a Reyna, mas sou amiga do Peter, então estou feliz que eles estão aqui. –Annie!! – diz enquanto me abraça fortemente e sorri. –Estou começando a pensar que nossa amizade é abusiva, quantas vezes você já foi me visitar, sua molenga? –pergunta e rio sabendo que o número é igual a zero.

 -Fala sério, eu não piso em escoa sem títulos no campeonato estadual. –debocho e ele finge sentir uma dor no peito.

 -Claro que nós temos, mas você só se importa com o título no futebol. –ele reclama, o que é engraçado, já que ele é do time. Mas ter título na estadual é realmente difícil, os times de futebol de todas as escolas são muito bem treinados e qualquer erro mínimo e você está fora, eles são os reis do basquete, mas eu nunca fui fã mesmo.

 -Cada um com seus gostos. –digo e ele acena em afirmativa, Reyna me cumprimenta educadamente e se despede do namorado com um beijo enquanto vai procurar os amigos dela, fiamos em uma roda de conversa com diversos amigos, Leo, Frank, Luke, Thalia e a conversa ia bem, até que cada um foi saindo pra resolver assuntos próprios, me deixando sozinha com ele, conversamos por mais u m tempo, até que o nome do Percy entrou na conversa, me deixando nervosa.

 -Vocês não se falaram mais? – pergunta e nego, ele parece triste. –o que aconteceu? - pergunta e aceno triste.

 -Eu, bom... – não sei como dizer, nem se realmente quero dizer isso. –as coisas ficaram mais complicadas. –digo e ele acena, mesmo que eu saiba que ele não entende o que eu digo.

 -Você acha que nunca mais vai rolar? –pergunta e eu nego.

 -Eu não sei, nunca é uma palavra muito forte. – eu notei seu rosto se iluminar, mas logo tratei de consertar o que eu disse. –Eu disse que nunca é uma palavra forte, mas isso não quer dizer que tenho planos de ter algo com ele. – Peter parece estar preocupado. –Mas me conta, como vocês dois estão? – pergunto e ele ri.

 -Estamos indo, tudo parece bem, mas acho que falta alguma coisa. –ele responde. –Nós nos damos bem e somos parecidos, mas não acho que vá para frente, não me vejo casado com ela, e acho que ela também não. –responde tranquilo e me impressiono na tranquilidade dele, se fosse eu no lugar dele e estivesse com alguém que eu não me visse no futuro ou que soubesse que estava faltando algo, enlouqueceria até descobrir o que faltava.

 -E mesmo assim você parece tão tranquilo. –digo e ele nega.

 -Eu só pareço, Annie. Eu gosto dela, mas não há nada que eu possa fazer, ela parece estar no mesmo dilema que eu, mas gostamos da nossa presença e por enquanto isso é o suficiente. – diz e assinto. Bianca se aproxima com Travis e sorri para nós.

 -Vocês viram meu irmão? O Nico tem essa mania irritante de nunca andar com o celular. –diz, e em seguida cumprimenta Peter. –Ah, oi Peter! – Peter a encara calorosamente e devolve o cumprimento.

 -eu não sei onde ele está, Bianca, mas tenta na enfermaria. Will conseguiu uma espécie de estágio lá. –digo e Bianca arqueia a sobrancelha escura e parece entender, Travis dá uma risadinha e se despede, saindo junto com a namorada.

 -Não sabia que você e a Bianca se conheciam. –digo e ele dá um sorrisinho.

 -Só de vista. –ele diz, mas percebo um pequeno brilho no olhar dele.

 -Só de vista, é? –pergunto e ele assente e depois me encara confuso.

 -Ei, nada disso que você está pensando, ela adora o namorado dela e eu nunca faria nada desse tipo. –responde e dou de ombros. –Além do que, eu nunca conseguiria trair a Reyna.

P.O.V. PERCY JACKSON

 -Eu traí o Peter. –Reyna desabafa assim que me encontra e fico boquiaberto, porque 1. Não sabia que eles estavam tendo algo. 2. Eu e ela não somos tão próximos assim para que ela fique me dizendo isso e 3.ela parece à beira de lágrimas.

 -Ok, tudo bem, quer dizer, nada bem, por quê? – pergunto e ela me encara e depois seguimos para uma sala de dança que está vazia.

 -Nosso relacionamento está bem, eu juro. –eu acho que não, penso mas não verbalizo. –mas ele está tão certo e tão perfeito que me dá agonia, parece que falta alguma coisa, eu não sei, a paixão, a explosão de sentimentos. –ela parece frustrada.

 -Bom, a explosão de sentimentos que você vai ter dele agora não vai ser nada pequena. –digo e ela me encara com lágrimas nos olhos. –Eu não sei o porquê de ter feito isso e queria sua ajuda. –diz e meu cenho se franze.

 -desculpa, mas eu mal conheço vocês e sabe... Eu não entendo por que eu. –digo e ela parece sem graça.

 -Você já fez uma besteira dessa, quer dizer, sabe como...- sinto meu rosto esquentar de vergonha.

 -Sim, sim. Claro, mas eu sou um exemplo CLARO do que não fazer, eu não tenho poderes de consertar o que fizeram de errado, vai por mim, eu teria usado esses poderes em mim se tivesse. –digo e ela parece prestes a chorar de novo.

 - O que eu faço? – pergunta e eu suspiro ruidosamente.

 -Conta para ele, seja sincera e peça desculpas. Não exija nada, é dever seu pedir desculpas, mas ele tem direito de não aceitar seu pedido. Assume o seu erro e aprenda a conviver com ele. –digo e ela assente, mas ainda permanece parada, me encarando.

 -Eu gosto dele, ele é meu melhor amigo e, e se ele não quiser mais olhar na minha cara? –pergunta e eu respiro fundo. –como que eu vou conviver com isso? Sabendo que machuquei uma das pessoas mais importantes da minha vida. Como que eu vou conseguir me olhar no espelho? –ela pergunta e dou de ombros.

 -Ainda estou tentando descobrir isso. –ela assente e cai no chão, sentada e chorando. Sento ao lado dela e fico apenas encarando os cartazes na parede da sala. –Se o relacionamento de você é tão bom, por que você fez isso? – ela não responde de imediato e chora mais, mas depois de alguns minutos ela diz simplesmente.

 -Eu nasci errada. –não preciso de muito mais que isso para entender.

[...]

Vejo os dois entrando no carro e indo embora, dou um último olhar para Reyna e ela assente, eles terão os próximos dias conturbados. Estou a alguns metros de Annabeth e ela ainda sorri para onde o amigo dela acabou de sair. Decido me aproximar e nosso grupo me encara como se eu fosse louco, mas preciso avisar a ela. Qunado chego próximo a ela e ela nota, tenta se afastar, mas digo no ouvido dela rapidamente.

 -Quando tiver dado tempo deles chegarem na cidade deles, manda uma mensagem para o seu amigo, ele vai precisar de você. – saí o mais rápido possível, porque o simples cheiro dela me deixou tonto e ela nem precisou se mexer para que eu já me sentisse caído por ela. Algo que eu não posso mais sentir.

[...]

Cheguei em casa cedo e ia passar direto para o meu quarto e ignorar meu pai, mas não consegui, já que ele me chamou antes que eu conseguisse ignorar a presença dele no sofá e subisse as escadas.

 -Percy, a partir de hoje, você terá um segurança com você, o acompanhando. – disse sem tirar os olhos do celular.

 -Não. –respondo instantaneamente e ele parece em choque.

 -Como é? – pergunta erguendo os olhos do celular e me encarando.

 -Eu disse não. –respondo. –Não vou deixar o senhor controlar minha vida dessa maneira. – respondo e ele nega.

 -isso é uma medida de segurança porque

 -Minha mãe esta na cidade? – pergunto e ele endurece. Não sabia que eu tinha noção disso, provavelmente achava que eu ainda vivia em uma bolha.

 -Você já foi falar com aquela mulher? Percy eu quero você longe daquela vadia! –grita e eu sinto meu sangue correr com mais rapidez no meu corpo.

 -Você NUNCA mais chama a minha mãe assim, você me ouviu? O único ser humano que não merece o mínimo de respeito nisso tudo é o senhor. – digo e ele se levanta vindo na minha direção.

 -escuta aqui, moleque! Eu te criei quando ela foi embora, eu te eduquei e te dei tudo do melhor enquanto a sua mãe curtia a vida ela, depois de nos triar, então eu não admito que você fale dessa maneira comigo, você está me ouvindo? Enquanto você morar debaixo do meu teto e eu PAGAR cada merda que você veste, come e usa, você deve obediência a mim! Então cala a merda dessa boca e vai para o seu quarto. –vomita as palavras em mim, me deixando em choque. Eu não sei como ele consegue ser tão manipulador e sujo dessa maneira, não sei o que fez ele se tornar tão amargo assim. Mas não quero mais saber, não quero mais nem vê-lo.

 -Quer saber? Não precisa mais ser tão caridoso comigo, não! Não precisa mais gastar um centavo comigo, enfie tudo no seu grande e sujo rabo! –digo e saio de casa o mais rápido possível, fazendo questão de bater a porta com força;

Dirigir foi uma luta, mas eu consegui. Não queria mais ficar na casa do papai depois da formatura, mas agora não quero mais olhar para ele nunca mais. Não consigo acreditar no homem que ele realmente é e em como eu nunca vi isso antes, chego na porta da casa da Sally e percebo que fiz todo o caminho no piloto automático, penso antes de bater na porta, mas assim que crio coragem para bater, ela atende na primeira batida e me encara com algo caloroso nos olhos, me pergunta algo, mas não entendo o que é, apenas consigo falar algo, quando já estou em uma cama, coberto com lençol até o pescoço e minha mae me encara com uma caneca. Sinto aroma de algo doce e percebo que ela fez chocolate quente.

 -Vai ficar tudo bem, querido. Por que não me conta o que aconteceu? – pergunta calmamente e começo a dizer tudo, exatamente tudo o que aconteceu comigo desde quando ela sumiu da minha vida. Demorou e algumas vezes ela reprimia o choro, notei eu Paul estava em casa, pois haviam barulhos mínimos, mas ele nunca entrou no quarto que eu estava para falar algo, o que eu agradeci, quando terminei de contar, ela levantou e parecia ter uma fúria contida nos olhos.

 -Fique aqui querido, pode se sentir em casa, afinal ela vai ser sua a partir de hoje. Você não volta mais para aquela casa nem por cima do meu cadáver. –disse e caminhou para a porta do quarto. –Sinto muito por você e pela Annabeth, mas se vocês se amam, ainda vão arrumar um jeito de ficarem juntos. –assenti sem a mínima convicção e antes que ela saísse, a questionei.

 -Onde a senhora vai?- ela se virou para mim e não sorriu quando disse.

 -Fazer uma visita ao seu pai. 


Notas Finais


obgg por tudo


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