6 — Bondade
"Agora, jura-me, diante de Deus, que não vais enganar-me, nem a mim nem a meus filhos e descendentes. Trata a nação que te acolheu como estrangeiro com a mesma bondade com que te tratei". Respondeu Abraão: Eu juro!" (Gênesis 21:23,24)
O consultório de psiquiatria era um local impecavelmente limpo e organizado, como os consultórios da Russia e dos demais países do pacto de Varsóvia eram. Era muito desconfortável para Natsu estar fardado ao lado de pessoas com problemas de cognição e raciocínio, pois nunca imaginou estar ao lado deles.
Para não se sentir isolado, havia um policial entre eles, provavelmente estressado por conta dos imigrantes cruzando a fronteira para a União Europeia e das ganges no centro da cidade. Sempre ouviu relatos de policiais estressados, afastados do serviço na Rússia, ele não seria diferente.
Era fato: o pacto de Varsóvia já não era mais o que era. Agora a Romênia era parte da União Europeia e seu médico era um espanhol, doutor Jellal Fernandes. Passou uns instantes, e ele chamou:
— Natsu Dragnev!
O rosado atendeu o chamado, obediente como um soldado, da mesma forma que obedeceu a Gildarts depois de discutir com ele.
— Estou aqui. — Sentou-se.
— Sente-se bem, Natsu? Tenho relatos que se comporta estranhamente. É ateu, mas começou a se interessar por Igrejas. — O médico de cabelos azuis sorriu gentilmente.
"Maldito Gray", pensou.
— Eu não me sinto nada bem. Fui na igreja pra ver se eu tinha um pouco de paz.
— Encontrou?
Natsu hesitou. O psiquiatra poderia estar fazendo um jogo com ele e pensou bem na resposta. Não conseguia mentir, pensando nos vitrais da igreja.
— Sim — disse com sinceridade.
— Pois continue encontrando paz lá. — Jellal sorriu. Natsu estava pasmo de espanto. Pensou ser uma coisa, mas foi outra.
Continua…
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