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História Not a love story - Can you keep it? - Misha Taylor



Notas do Autor


OI, AMADOS E AMADAS E AMAD-nb-S!
VOLTEI!
Um cap suavezinho mas com tretas e mistérios do jeitinho que eu goxto só pra mostrar que estamos mesmo de volta à ativa huahuahuahau
ENJOY IT ❤🌈🎆

Capítulo 49 - Can you keep it? - Misha Taylor


POV Misha Collins

Ryan hesitou, as mãos em punho.
-Não posso.
-Ah não? E posso saber desde quando uma simples secretária se coloca entre você e os objetivos do Centro, Ryan? Ela já cumpriu o aviso prévio, demita-a.
-Não posso! - a voz dele saiu num grito contido, o punho acertando a mesa com força suficiente para fazer as canetas e cacos de vidro espalhados sobre ela pularem.
Ryan havia trabalhado bem nos últimos anos. Apesar de jovem, havia se mostrado eficaz e profissional.
Até agora.
Ele estava distante, enviava relatório incompletos. Rachel suspeitava que ele estivesse debandando.
-Isso tem algo a ver com a ligação dela com a CIA?
Os olhos de Ryan se abriram enquanto seu queixo caía. Em um segundo ele se recompôs, mandíbula apertava e veia saltando na têmpora direita.
Touché.
-Não sei do que está falando, Collins.
-Não minta, Gosling. Não pra mim. Está protegendo uma agente da CIA e nós sabemos o que isso significa. É traição. É imperdoável.
Ele agora respirava pela boca, uma das mãos alisando a próprua nuca num gesto de puro nervosismo.
-Você não sabe do que está falando, Misha.
-Acha que não? Eu disse e repito: não minta pra mim. A única pessoa que é melhor que eu em descobrir o passado das pessoas é Rachel. Aliás, ela vai adorar saber disso.
-Você não ousaria, Collins. Não faria isso.
Meus lábios se curvaram num sorriso. Ryan realmente pensava que poderia me dobrar?
-Eu não levaria isso ao conhecimento de Rachel se você estivesse simplesmente abandonando o Centro. Se você, Ryan, estivesse se rebelando por conta própria. Se fizesse ao menos uma vez algo por si mesmo, algo movido por algum aangue quente que haja em suas veias. Mas não... Está nos deixando aos poucos pela merda de um órgão do governo. E, de quebra, defendendo sua agentezinha de estimação. Há quanto tempo sabe quem ela é?
-Algumas semanas. - ele disse à meia-voz, olhando para qualquer lugar exceto para meu rosto.

Ryan hesitou, as mãos em punho.
-Não posso.
-Ah não? E posso saber desde quando uma simples secretária se coloca entre você e os objetivos do Centro, Ryan? Ela já cumpriu o aviso prévio, demita-a.
-Não posso! - a voz dele saiu num grito contido, o punho acertando a mesa com força suficiente para fazer as canetas e cacos de vidro espalhados sobre ela pularem.
Ryan havia trabalhado bem nos últimos anos. Apesar de jovem, havia se mostrado eficaz e profissional.
Até agora.
Ele estava distante, enviava relatório incompletos. Rachel suspeitava que ele estivesse debandando.
-Isso tem algo a ver com a ligação dela com a CIA?
Os olhos de Ryan se abriram enquanto seu queixo caía. Em um segundo ele se recompôs, mandíbula apertava e veia saltando na têmpora direita.
Touché.
-Não sei do que está falando, Collins.
-Não minta, Gosling. Não pra mim. Está protegendo uma agente da CIA e nós sabemos o que isso significa. É traição. É imperdoável.
Ele agora respirava pela boca, uma das mãos alisando a próprua nuca num gesto de puro nervosismo.
-Você não sabe do que está falando, Misha.
-Acha que não? Eu disse e repito: não minta pra mim. A única pessoa que é melhor que eu em descobrir o passado das pessoas é Rachel. Aliás, ela vai adorar saber disso.
-Você não ousaria, Collins. Não faria isso.
Meus lábios se curvaram num sorriso. Ryan realmente pensava que poderia me dobrar?
-Eu não levaria isso ao conhecimento de Rachel se você estivesse simplesmente abandonando o Centro. Se você, Ryan, estivesse se rebelando por conta própria. Se fizesse ao menos uma vez algo por si mesmo, algo movido por algum aangue quente que haja em suas veias. Mas não... Está nos deixando aos poucos pela merda de um órgão do governo. E, de quebra, defendendo sua agentezinha de estimação. Há quanto tempo sabe quem ela é?
-Algumas semanas. - ele disse à meia-voz, olhando para qualquer lugar exceto para meu rosto.

 

POV Taylor

Ryan havia recomendado há alum tempo que eu encontrasse uma ocupação de meio período no Colégio, na esperança de me afastar de possíveis complicações. A lista de atividades complementares na escola ia de Economia Doméstica a Hipismo, mas nada daquilo me atraía.

A solução que encontrei foi trabalho de escritório. Não que fosse a opção mais empolgante, mas ter acesso aos registros psicológicos do Colégio Gosling e, de quebra, ficar mais próxima do Collins e do que quer que ele andasse fazendo de fato por ali era certamente um bom motivo.

É claro que Ryan não adorou a ideia logo de cara, e passou algum tempo conferindo todas as tardes se eu “estava indo bem”, mas, depois de algum tempo, ele se convenceu de que aquele “trabalho” estava me fazendo bem.

Naquela manhã eu não estava com a menor vontade de assistir a todas as aulas, então caminhei em direção à sala do Misha já pela manhã.

Estava vazia, mas Misha havia estado ali. Seu trenchcoat estava no cabideiro, como de costume, e seu copo gigante de café estava na ponta de sua mesa – esfriando. Misha jamais desperdiçaria um bom café. Além disso, o relatório de sua última conversa com Madison Avery estava na mesa, aberto. Ele era cuidadoso demais com seu trabalho e jamais deixaria aquilo tudo daquele jeito.

Misha saíra às pressas.

O que poderia significar que ele também não tivesse sido tão cuidadoso com a sua gaveta de arquivos pessoais.

Voltei ao corredor, olhando em todas as ddireções possíveis para me certificar de que Misha não estaria por perto. Sem sinal dele ou de qualquer outro profissional do Colégio. Voltei pra sala e dei a volta na mesa de Collins, me agachando. Peguei o copo de café e o pousei no chão, ao alcance de minhas mãos, caso precisasse de um álibi.

Abri a gaveta num movimento rápido. Estava mesmo destrancada.

Havia uma camada de Hqs das Sirens of Gothan e Bombshells, além de alguns post-its e uma grande quantidade de papel branco. Não podia garantir que teria tempo de voltar aquilo tudo pro lugar, então levantei as folhas na medida do possível. Escondida embaixo delas estava uma pasta de couro. Não pude abrí-la por completo, mas era fácil reconhecer o nome Gosling repetido várias vezes na primeira página de um documento e duas credenciais. Peguei as duas e não soube o que pensar sobre o que via.

Ambas exibiam fotos do mesmo homem. Uma datava de 2006 e registrava Misha Collins como Agente Analista da Divisão de Recrutamento. A foto era sóbria e Collins era a imagem perfeita de um CEO de sucesso.

A segunda datava de 1994. Um rosto muito mais jovem, mas facilmente reconhecível – apesar da camisa sem mangas e do cabelo completamente bagunçado e dos olhos marcados com lápis preto –, estampava o cartão. O logotipo da empresa era o mesmo, uma espécie de brasão corporativo que eu não reconhecia, mas o nome que constava ali era Dmitri T. Krushnic, contratado como atirador em treinamento.

–Mas que merda é essa, Collins? – sussurrei para mim mesma, balançando a cabeça enquanto jogava as credenciais de volta para a pasta de couro. Quase que no mesmo intante, ouvi a maçaneta da porta se movendo.

Fechei a gaveta o mais rápido que podia e derrubei todo o café no chão. Levantei a cabeça quando a porta se abriu, sorrindo como se estivesse embaraçada pela situação.

–Oh. Misha. Olá.

Misha me encarou surpreso por alguns segundos, mas logo balançou a cabeça como que para afastar algum pensamento ruim e fechou a porta, tirando o terno preto e o deixando sobre o casaco no cabideiro.

–O que faz aí atrás, Taylor? – o tom de voz de Misha era sério, cansado. Sequer parecia preocupado sobre seus arquivos pessoais estarem vulneráveis.

Me levantei exibindo o copo de café e a tampa, um em cada mão.

–Eu vi que seu café estava esfriando e ia levar pra cozinha, pedir pra copeira fazer outro ou algo assim. Mas você me conhece, esbarrei na mesa e derrubei o café todo. Foi mal.

Misha arqueou uma sobrancelha, mas minha expressão desconcertada pareceu convencê-lo. Ele soltou um riso breve e caminhou até sua cadeira, puxando-a pra perto da pequena mesa que eu ocupava no meu tempo ali dentro. Ele se sentou descontraído, com os pés sobre o tampo da mesa e voltou a me encarar.

–Ainda temos papel toalha?

–Aos montes.

–Então mãos à obra, mocinha. Limpe sua bagunça.

Eu sentia os olhos de Misha presos a mim enquanto me virava para alcançar um armário suspenso, onde mantínhamos o papel toalha e o álcool em gel estocados. Ele ainda me fitava com um pequeno sorriso quando me abaixei espalhando folhas e mais folhas de papel absorvente pelo chão.

–Você não é muito ecológica.

–Você usa sapatos de couro, não me julgue. – terminei meu serviço de homem solteiro e descartei as folhas no lixo, caminhando até minha mesa e me sentando sobre ela. – Vai querer mais um café? Não que eu recomende cafeína pra alguém no seu estado, mas quem sou eu pra julgar um viciado?

Misha cruzou os braços sobre o peito e ergueu o queixo, forjando um ar ofendido.

–O que quer dizer com “alguém no meu estado”?

Dei de ombros.

–Parece estressado e cafeína só piora isso. Você tem estado estranho nos últimos dias, mas hoje está pior. Onde estava?

–Reunião surpresa com o Ryan.

–Posso deduzir que não foi um dos melhores papos da sua vida.

Misha levou uma mão ao rosto, tapando os olhos.

–Oh, acredite, foi uma conversa fantástica.

–Não parece ter sido nada fantástico.

Misha deixou os braços caírem ao lado do corpo e alongou as costas contra a cadeira. Depois de um suspiro, seus olhos passaram a encarar o teto.
-Onde pretende chegar com essa conversa, Taylor?
-Só quero saber o que tem havido contigo. Qual é, acho que já nos conhecemos bem o bastante para confiar reclamações um ao outro, não?
O riso de Misha foi fraco, um pouco contido, mas demonstrava que ele cedia.
-Ah, Taylor. Apenas nunca, jamais confie em revolucionários ricos.
E então seus olhos se fecharam, seu rosto numa expressão calma que não parecia disposta a ser abalada. Me limitei a ficar sentada sobre o tampo da mesa e sacar meu violão do case. Eu ia começar a conferir a afinação quando aquela voz rouca e familiar soou de novo.
-E a sua namorada, Taylor?
-Quê?
Voltei a olhar na direção de Misha, que me encarava com um sorriso e uma sobrancelha arqueada.
-Joanna Harvelle. Sua namorada. Como vai?
-Ah. Não, nada de namoro. Terminamos há quase um mês. Não comentei isso com você?
Misha sacudiu a cabeça.
-Acho que não.
Dei de ombros, começando a conferir a afinação do violão.
-Eu nunca levei essas coisas muito a sério mesmo.
A sala voltou a ficar em silêncio, o único som era o ruído metálico das cordas do violão. Era quase desconfortável, mas eu não queria forçar Misha a falar nada - ele era esperto demais pra ceder a esse tipo de coisa.
-Misha... - eu finalmente disse, deixando o violão de lado.
-Diga, Taylor.
-O que foi aquilo sobre revolucionários ricos? Alguma decepção profissional ou o quê?
Misha sorriu e empurrou a mesa com os pés, impulsionando a cadeira na direção da própria mesa a contornando-a.
-Acho que preciso mesmo falar sobre isso com alguém, antes que eu exploda. - ele disse enquanto alcançava a última gaveta, abrindo-a e tirando os papéis brancos e a pasta dali de dentro. Misha largou os papéis no chão e pousou a pasta sobre a mesa, abrindo-a e encarando o conteúdo. - Decepção é pouco.
Ele pegou o par de credenciais e as atirou na minha direção. Peguei as duas, analisando-as como se nunca as tivesse visto.
-"Dmitri"?
Misha respondeu à minha confusão com um sorriso.
-Meu nome de batismo.
-Você não parece russo.
Dessa vez ele riu alto, como se eu tivesse contado uma piada muito boa.
-Meus pais são russos, se mudaram para cá há algumas décadas. Tiveram alguns problemas, como era de se esperar.
-Socialistas?
Ele meneou a cabeça calmamente em resposta.
-Mas se adaptaram bem ao capitalismo americano. Cresceram, ganharam dinheiro... Tentaram me educar nesses moldes. Obviamente - nesse ponto, ele apontou para a credencial mais antiga. - não deu muito certo.
Sorri e baixei os olhos outra vez, encarando aquele rapaz de olhos pintados.
-Deixe-me adivinhar. A ovelha negra da família decidiu seguir por um terceiro caminho.
-Você faz boas deduções. - Misha riu baixo e desafrouxou a gravata, abrindo alguns botões de sua camisa. Ele afastou o lado direito, exibindo um ombro pálido com uma mancha que parecia um dia ter sido o símbolo do movimento anarquista. - O laser não fez muito sobre essa tatuagem. O que é muito bom, eu nunca quis apagá-la.
Ficamos em silêncio enquanto ele voltava a camisa pro lugar, fechando apenas parte dos botões que abrira. Misha me encarou sério e suspirou, deixando que suas costas relaxassem na cadeira.
-E em que ponto o punk Dmitri se tornou o doutor Collins? -perguntei brincando com a identificação mais recente, ainda olhando Misha nos olhos.
-No dia em que o diabo me convenceu a vender a alma. - ele se levantou e veio até mim, pegando as credenciais. -Eu achei que fosse valer a pena.
Misha observava os dois cartões com pesar e o cenho cerrado. Eu o conhecia o bastante pra saber que, quando ele começava a usar metáforas, era hora de parar de insistir.
Ele se afastou sem aviso e parou de costas pra mim, deixando as credenciais sobre o tampo da mesa enquanto pegava os papeis de dentro da pasta e os analisava.
-Não creio que teremos muito trabalho hoje, Taylor. Pode ir se quiser. - Misha amassou os papeis que estavam em suas mãos e os atirou no lixo. - Peça a Mary que me traga um café.
-Uh... Tudo bem.

Eu me preparava para sair da sala, fechando o case do violão, quando a mão de Misha no meu ombro me fez dar meia volta. Ele segurava um envelope pardo e parecia tenso, consternado, mas muito, muito obstinado.

–Mais uma coisa, Taylor. Quero que guarde isso. – ele me entregou o envelope, seu aperto ficando mais forte em meu ombro. – Não faça nada com esse envelope por enquanto. Não abra, não despache, apenas mantenha sob sigilo. Se tudo der certo, eu pego de volta e resolvo por mim mesmo. Agora, se algo der errado pra mim, uma mulher chamada Rachel vai requerê-lo, e você o entrega sem questionar. Tudo bem?

Eu não consegui reagir por alguns segundos. Que merda era essa agora? O que poderia dar errado para Misha? O que significaria “dar errado”?

–Tudo... Tudo bem. Posso saber do que se trata?

Misha suspirou e soltou meu ombro.

–Se souber que algo aconteceu comigo, tem a permissão de ler esses documentos. Caso contrário, melhor que fique como está. Agora pode ir.

Ele se limitou a voltar para sua cadeira e abrir uma de suas Hqs, cruzando os pés sobre o tampo da mesa.

–Okay. Certo.

O que eu faria normalmente era simples: abrir o envelope e ter certeza do que se tratava aquela merda. Mas era assunto dele, ao menos por enquanto. E eu não me sentia no direito de interferir agora.


Notas Finais


E AÍ, AMORES?
Comentários sempre bem-vindos, já sabem. Amo vocês todos só por aguentarem a gente <3 hue
2bj, se preparem pra um cap bem bonito que tá por vir.


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