História Not cute just psycho (Leedo do Oneus e Wheein do Mamamoo) - Capítulo Extra

Cerca de 8 meses haviam se passado e a pequena semente do casal estava pronta para nascer. Nem preciso dizer que o Leedo tratou a Wheein como uma boneca de porcelana que poderia quebrar a qualquer momento durante toda a gestação. Ele nem deixou ela dirigir mais durante toda a gravidez, o trauma dele parecia muito vívido ainda. 

A Wheein estava na cozinha preparando o jantar quando de repente sentiu um leve desconforto. Deixou as coisas sobre o balcão, apoiou as mãos com força e sentiu o líquido amniótico escorrer por suas pernas. Nesse momento a Wheein tentou se manter calma e chamou o Hwanwoong, já que era o filho mais perto dela no momento. 

-Filho vem cá, por favor!

-Ok mamãe.

O menino correu até a mãe e antes que ela pudesse alerta-lo ele escorregou no piso molhado e caiu de bumbum no chão. Olhou para ela confuso e viu suas calças molhadas e logo deduziu.

-Mamãe você fez xixi na calça? – Disse incrédulo o que fez a Wheein sorrir. 

-Não meu amor. Não é xixi.

Mas ele parecia não acreditar muito na mãe, ele levantou do chão e correu até o quarto onde o Leedo estava dormindo. Ele tinha chego do plantão há algumas horas atrás e precisou tirar um cochilo para descansar.

-Papai? Acorda.. 

O Leedo olhou confuso para o menino e sorriu em seguida. Puxou o menino para um abraço e nesse momento notou que ele estava molhado. 

-Você fez xixi nas calças meu filho. -Levantou preocupado.

-Não foi a mamãe.

-A mamãe?

-Sim. Lá na cozinha.

O médico levou alguns segundos para entender a situação para só então correr até a cozinha e encontrou a Wheein sentada no chão com dor. Era triste lembrar, mas foi assim que ela teve o pequeno Sunyul. Na época estava sozinha e em um cômodo escuro e imundo. O leedo chegou correndo e logo se ajoelhou diante a ela. 

-Tá doendo muito?

-Um pouco. 

-Quer ir ao hospital? Podemos te dar um anestésico. Quem sabe fazer uma cesária?

-Não, tá tudo bem.

O casal discutiu durante toda a gestação dela e chegaram a conclusão que o parto em casa era a melhor opção. Ela foi obrigada a ter seu primeiro filho daquela maneira, então gostaria de repetir a experiência de uma forma mais humanizada. Imaginou ser uma forma de superar o trauma de seu primeiro parto. 

Como o Leedo era médico imaginou ser uma opção que realmente seria significativa para o casal e realmente foi.

O Leedo levou a Wheein até a sala e deixou ela da forma mais confortável possível enquanto chamada a sua equipe e montava a piscininha na sala de casa. O Leedo estava preocupado demais com seus filhos, aquele momento poderia ser traumatizante para os meninos por isso ligou para o Xion ir busca-los.

-Meninos venham cá! – Disse para os filhos. – A mãe de vocês vai trazer a irmãzinha de vocês para casa hoje.

-Sério papai?! 

O Hwanwoong disse animado. Ele era um paciente terminal que tinha pouquíssimos meses de vida, mas surpreendeu a todos por estar resistindo a tanto tempo. Todos achavam que a vontade de conhecer a sua irmãzinha deu novas forças a ele que mesmo passando mal com frequência por causa do tratamento ainda parecia sempre feliz com a família. 

O casal sabia que era impossível uma recuperação no estágio que ele estava, mas a esperança nunca abandonou aquela família que sonhava em poder ver os 3 filhos crescerem.

-Sim meu amor.

-Nós vamos ficar para ver a Nana chegar. – O Sunyul disse segurando a mãozinha do Hwanwoong para dar coragem ao irmão que sorriu. 

Ele era uma criança solitária que só tinha contato com a própria mãe, mas assim que às coisas mudaram ele se tornou uma criança incrivelmente diferente. Naquele momento ele era o irmão mais velho e cuidava do irmão com todo o amor do mundo assim como a Wheein havia ensinado a ele. 

Estava animado para enfim conhecer a irmãzinha que seria com certeza a pessoa mais mimada daquela casa principalmente por ele. 

-Meninos não acho que seja uma boa idéia. Eu prometo que assim que ela nascer eu chamo vocês de volta para conhecê-la. Ok? 

-Ok papai. – O Sunyul tomou seu papel de irmão mais velho e apenas aceitou o que o pai disse. - Quando ela nascer a gente volta tá?! – Disse para o Hwanwoong que assentiu e sorriu para os dois. 

O Xion logo chegou ao apartamento trazendo seu irmão Dongmyeong para ajudar com as crianças. Eles forma para a casa do Myeong que ficava a poucas quadras da casa do casal. Gostaria de estar perto caso precisasse dele para qualquer coisa. 

A partir daquele momento a atenção foi completamente dedicada a Wheein, ele fez questão de estar ao lado dela todo o momento. A abraçou forte durante os momentos mais dolorosos, pois queria que ela soubesse que ele estava com ela para qualquer coisa.

 A Wheein chorava durante o parto muitas vezes não pela dor em si mas pelo fato de saber que agora ela tinha alguém ao seu lado em um momento tão difícil. Ela amava o Leedo e saber que podia contar com ele para tudo era tão reconfortante que ela chorava emocionada.

Algumas horas se passaram e enfim a princesinha deles nasceu. O Leedo estava dentro da piscininha e fez o parto da sua própria filha, essa com certeza era a vantagem de ser médico.  

Ambos estavam emocionados a espera do tão aguardado choro do bebê. Ela saiu da água mas precisou de alguns segundos e assim que o primeiro ar entrou em seus pulmões a pequena chorou em alto e bom som. Aquele choro era sem dúvida uma das coisas mais esperadas durante a hora do parto.

Leedo fez toda a anamnese inicial e após perceber que a menina estava bem de saúde a levou para os braços da mãe que a pegou no colo enquanto chorava copiosamente. 

Toda aquela experiência foi incrível para a Wheein e com certeza ela seria responsável por apagar a memória triste de seu primeiro parto. O Leedo abraçou forte a wheein e a sua filhinha, queria passar todo o conforto que seu abraço oferecia para as duas mulheres de sua vida.

Cerca de 2 horas depois tudo estava já em seus devidos lugares quando o Leedo decidiu chamar seus filhos para conhecer a pequena Nayeon. Ligou para o Xion que logo trouxe os meninos de volta para o apartamento, mesmo sendo tarde até porque eles se recusaram a dormir antes de conhecer a pequena Nana. 

Eles abriram a porta de casa e correram como loucos pela casa procurando pelos pais e a irmãzinha deles. Entraram no quarto dos pais e viram que a pequena estava deitada na cama dos pais. Fizeram silêncio imediatamente, pois viram que ela parecia estar dormindo. 

-Mamãe você está bem? – O Hwanwoong sussurrou para a Wheein quando chegou perto dela. O Sunyul estava com pressa de conhecer a irmãzinha e subiu na cama e sentou ao lado dela, mas não fez nada. 

-Eu estou bem meu amor. Como se sente em ver a sua irmãzinha?

-Ela é muito pequenininha. – Disse rindo ao subir no colo da Wheein que abraçou ele delicadamente. 

-Você também já foi desse tamanho.

-Faz muito tempo mamãe. 

Sorriu e logo foi bombardeado pelos beijinhos da mãe. Aquilo era algo que o menor mais adorava de todas as coisas que a mãe fazia por ele. Passou muito tempo sozinho no hospital então poder sentir aquele carinho era algo realmente gratificante. 

No fundo não era apenas a chegada da Nana que estava ajudando o menor passar por tudo aquilo e sobreviver além do previsto, mas todo o carinho que recebia dos pais e do seu irmão. 

-Quer fazer carinho nela? -O Leedo perguntou ao Sunyul que olhava quase sem piscar para a menina. 

Ele apenas assentiu e o Leedo ficou supervisionando-o enquanto ele acarenciava delicadamente a cabecinha dela. Logo o Hwanwoong se juntou ao irmão e nesse momento a pequena Nana recebeu muito carinho dos dois irmãos.

-Eu te amo Nana. – O Hwanwoong sussurrou para a irmãzinha sorridente.

O menor se levantou da cama abraçou cada um dos membros de sua família e se certificou de dizer o quanto ele os amava. Os cincos dormiram juntinhos aquele noite como a família feliz que eram. 

A manhã seguinte chegou e apenas os dois mais novos ficaram na cama dormindo. 

Infelizmente o pequeno Hwanwoong não acordou mais a partir daquela manhã. Deixando um vazio enorme no coração da família que viveu a sua vida da forma mais feliz que pôde para honrar a memória de seu pequeno anjinho.