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História Not Today - Imagine BTS - A Dama da Escuridão


Escrita por: venslybrr

Notas do Autor


COMPRAR BOLO

Capítulo 5 - A Dama da Escuridão


Fanfic / Fanfiction Not Today - Imagine BTS - A Dama da Escuridão

Jenny

 

Aqueles aparelhos médicos me sufocavam cada vez mais quando acordei. Tudo que lembro é do brilho da lua nos meus olhos, e de acordar apenas três dias depois do incidente. Tudo no meu corpo doía. As palmas de minhas mãos suavam, o lençol azul claro incomodava os meus pés, o que me fazia simplesmente querer pular e sair correndo.

   Olhei ao redor e observei a sala. Era consideravelmente grande, e não havia mais ninguém lá, o que me fazia perceber que eu estava tendo cuidados especiais. Mas porquê? Ela era completa branca, havia algumas prateleiras, remédios, tudo perfeitamente organizado, o que fazia meu coração palpitar de alegria.

   Havia alguns aparelhos médicos ao meu lado, ou seja, coisas de que eu não entendia. Tentei me mexer para o lado na tentativa de me levantar, mas meu corpo deu um choque que não deixava nem sequer piscar. Senti-me fraca, impotente, incapaz de me levantar, e um grito escapuliu por entre os meus dentes.

   Minha mão foi a minha barriga, que doía descontroladamente, certamente por conta da bala. Fechei um pouco os olhos, mas, ao olhar no lado de fora do grande vidro que havia na sala, vi uma enfermeira levantando-se e correndo para o lado esquerdo do corredor.

   Pus minha cabeça de volta no travesseiro e parei para pensar. Voltava de uma entrevista, cortei o cabelo, dois caras me seguiram, um atirou em mim e eu vi a lua. A lua começara a se apagar da minha memória. Não só a sua luz, como toda a minha esperança de um futuro em Hollywood. Porque eu estaria aqui se não fosse por isso? Vim para cá sentindo que toda minha vida ia mudar, e agora, estou numa cama de hospital e perdi minha entrevista de emprego. O que mais eu teria a fazer aqui? Teria que parar de acreditar no destino?

   Virei o rosto para o outro lado do travesseiro e uma lágrima caiu do meu rosto. O destino realmente não existia, e eu tinha baseado toda minha vida em uma mentira de que tudo tinha um propósito. Até que ele resolveu bater de frente comigo.

   Ouvi o barulho da porta grande, pesada e cinza que estava do lado do grande vidro se abrindo. Virei o rosto e dei de cara com um rosto que não via a muito tempo. Era Anne, minha amiga dês da infância. Ela continuava do mesmo jeito que ano passado, mas algo havia mudado. O seu cabelo estava mais claro e mais comprido e ela havia crescido. Seu olhar de espanto e alívio a me ver fez meu coração palpitar e pular como uma pipoca. Seu rosto estava sereno, mas ainda assim não conseguia distinguir o que se passava na sua cabeça, o que sempre foi característica dela. Minhas lágrimas secaram, e não pude conter minha alegria, ligeiramente abri um sorriso.

   — Jenny! — Diz Anne esboçando um sorriso no rosto e um breve suspiro. Tentava falar, mas não conseguia.

   Anne se aproximou de mim e sentou na maca.

   — Não acredito que você acordou — falou ela, ainda não deixando de sorrir.

   Tentei falar. Realmente tentei, mas nada saiu. Acho que ela percebeu.

   — Não se preocupe, você não consegue falar — falou, o que me fez arregalar os olhos e ficar assustada. — Não que seja preocupante — falou, o que me deixou aliviada. — Mas também não é tão leve — falou, e mais uma vez arregalei os olhos. — Apenas não se preocupe.

   Tentei fazer alguns gestos, mas até meus braços doíam. Ala rapidamente se levantou, abriu a gaveta numa estante, e trouxe um aparelho.

   — Com isso você vai conseguir falar — era um aparelho diferente. Uma tiara com um círculo prateado no meio, e um aparelho parecido com um celular. 

   Anne colocou a tiara em minha testa, e abriu o aparelho em suas mãos.

   — Você digita o que quer falar nesse aparelho — falou, entregando o aparelho. — E a tiara vai falar por você.

   Interessante. De todas as palavras que eu tinha direito de dizer, não consegui pensar rapidamente. Mas simplesmente digitei a coisa mais importante para mim.

   — Você está bem? — “Falei”. Na verdade, o aparelho falou por mim. Tinha voz de robô.

   Anne sorriu.

   — Só você para estar hospitalizada e a única coisa que consegue pensar é em mim — sorri. — Eu... estou levando a minha vida. Mas como você está se sentindo?

   — Minhas pernas, meus braços, minha barriga, tudo dói, e estou fraca. Qual meu diagnóstico? — Perguntei, e ela com o semblante preocupado, encarou as pernas. Um silêncio tomou conta do ambiente, o que me deixou preocupada.

   — Você perdeu muito sangue, Jenny. Mais do que você consegue imaginar. Precisa de uma medula óssea e de bolsas de sangue. Procuramos pelo hospital, mas não achamos nada compatível. Uma agente de Nova York irá trazer sete pessoas para ver se a medula é compatível. Espero que dê certo.

   Algo dentro de mim se quebrou. Acho que era meu coração. Não acreditava naquilo, simplesmente eu estava no fim. Se eles não conseguissem achar a medula, morreria.

   — Obrigado pela informação. Agora, vá comer — falei, o que deixou ela surpresa.

   — Como sabe que eu não comi? — Falou ela, franzindo a testa e sorrindo.

   — Quando você está preocupada, nunca come — falei, e ela sorriu levemente. Pegou em minha mão e olhou diretamente nos meus olhos.

   — Vai ficar tudo bem — aquilo soou mais como uma facada do que um conforto.

    

Bela

 

— Te desafio a se fazer de muda para a mulher do caixa — Kah não parava de fazer desafios loucos dês de que chegamos em São Paulo.

   Chegamos meio tarde, e já devíamos estar no caminho para Seoul, mas como minha vida, havíamos nos atrapalhado. A primeira coisa que fizemos foi procurar um hotel para dormir um pouco, e depois saímos pela cidade fazendo as loucuras de sempre. Pessoas olhavam para a gente em todo lugar, e nem queria saber o que pensavam. Estávamos prestes a ir ao aeroporto comprar as passagens, mas a Kah queria passar no mercantil para comprar bolo.

   — Você está louca? Isso é ofensivo — falei, me tornando a única sensata na conversa.

   — Não vai ser ofensivo se parecer real — respondia Kah.

   Ela me olhava por entre seus óculos com o olhar desafiador. Olhei para todos os lados do imenso mercantil que aquela cidade me dera, e pensei que minha vida não poderia piorar. Mas ainda achava burrice.

   — Sério, Kah... eu não sei — falei, ainda um pouco confusa, enquanto Kah continuava a me olhar daquele jeito.

   — Sério? Um dia você saiu na rua com a Emily e a Vensly cantando “Run”, mas não quer fazer nada de legal comigo?

   Pensei bem, queria tornar cada momento da minha vida extraordinária, mas, até aquele momento, havia sido despedida, e estava indo em uma viajem louca para Seoul afim de fugir do pai da Kah.

   — E tem mais — completou Kah. — Se um dia você estiver sentada na varanda com seus filhos, e eles perguntarem o que você fez da sua vida, você irá contar sobre esse dia.

   Realmente ela tinha razão. Meus planos de vida era ir morar em Portugal, onde meus pais nasceram, e ter uma família e filhos, sendo treinadora de golfinhos, mas até agora, meus sonhos não haviam sido concretizados totalmente. Eu realmente tinha plano de vida, mas a minha vida amorosa não ajudava muito. Em toda minha vida, tive muitos namorados. Nenhum era o cara ideal, e seriamente, não estava conseguindo encontrá-lo. Eu queria algo a mais de alguém fofo. Eu queria alguém que me ensinasse a viver, que me mostrasse o perigo, e a paixão. Mas quem?

   — Tudo bem — após pensar muito, aceito a proposta de Kah.

   — Isso!

   Kah me empurrava para o caixa com o sorriso de psicopata que diariamente me dava medo. Meu coração palpitou com tudo que podia dar errado, mas ainda sim sentia a adrenalina do que ainda nem tinha começado.

   — Você vai até o caixa, — falou Kah em meus ouvidos —, vai pedir algo para a balconista sem falar. E depois, vê qual sua reação.

   Então fui. Tremia, mas rapidamente entrei na personagem. Me escorei no balcão enquanto a mulher acabava de atender outro cliente. Olhei para ela e, contendo o riso, pedi algo do balcão com apenas gestos. A mulher ficou sem entender nada, e balançava a cabeça.

   — Você... pode falar? — Perguntou a moça confusa, enquanto Kah ria.

   Apenas fiz gestos que não, enquanto a mulher tentava decifrar o que eu pedia.

   — Chaveiro? Não, borracha? Eu não entendo — falava já pegando a mão na cabeça, e finalmente saí, deixando a mulher nervosa.

   Kah me esperava no centro perto da televisão. Ela ria bastante, o que me fez ficar brava. Me aproximei enquanto olhava ao redor para ver se ninguém me via.

   — Ainda te mato — falei para Kah, enquanto ela continuava rindo da minha péssima atuação.

   Não aguentei, e também ri.

   — Coitada da Neide — falou Kah, ainda rindo, o que fez eu rir mais alto e a mulher que passava, olhar. 

   De repente nossos risos acabam com o noticiário da tv em cima de nossas cabeças, que faz meu coração palpitar.

   “A atriz francesa que nasceu no Brasil, Jenny Smith, foi baleada a um dia atrás na entrada de Hollywood, em Los Angeles. Os suspeitos ainda não foram identificados, mas a polícia continua na busca. Jenny está em estado grave pelo total de sangue que perdeu e precisa urgente de uma medula óssea, a qual não acham ninguém compatível. Mais informações ao decorrer do dia”.

   Aquilo me fez gelar e baixar a cabeça devagar. Sabia que Kah pensava o mesmo que eu, pelo jeito que me olhava, atordoada. Foi até que ela falou:

   — Mudanças de plano. Vamos para Los Angeles.

 

Lílian

 

Já estava começando a ficar preocupada com o Jão Biscoito que ficara em casa. Emily observava alguns papeis enquanto olhava o celular. Ela estava muito ocupada ultimamente procurando os pais. A manhã estava nublada como sempre esteve em Nova York, e a vista do hotel só dava para mais e mais prédios, o que me deixava sufocada.

   — Você se lembra onde fica o Hotel da Vensly? — Perguntei, enquanto ela estava vidrada no celular.

   — Não lembro muito. Fica perto da Times Square, eu acho. Mas sei onde fica o trabalho.

   Tirei o meu olhar da janela e olhei para Emily. Ela parecia preocupada, mas continuava gentil. De repente, uma onda de lembranças veio à tona, o que me fez ficar sentimental. Ela olhava para os papei e comparava com algo no celular. Queria ajudar, mas não sabia como.

   — Sério, estou começando a ficar preocupada com o Jão Biscoito — falei sentando na cama, balançando a perna e trazendo minha mão para o queixo.

   Emily finalmente se desconcentrou e olhou para mim, rindo.

   — Por que você não trouxe ele, ué? — Perguntou, o que me fez pensar e tirar a mão do queixo.

   — Ele tem medo de avião, ok? Não quero obrigar meu cachorro a fazer uma coisa que ele se sinta desconfortável.

   — Não se preocupe, Lily. Ele vai ficar bem. Sabe quem não está bem?

   — Fala — exclamei, arregalando os olhos e parando de balançar a perna.

   — Seu ex namorado Gabriel, acabou de terminar com a namorada dele que agora é ex.

   Aquilo me trouxe à tona uma série de lembranças. E me deixou confusa.

   — O que?

   — Sim, ele terminou ontem — falou, largando os papéis do colo.

   — Já falei que eu não preciso saber coisas sobre o Gabriel, Emily.

   — Mas diga pelo ou menos que se interessou.

   — Não! Eu gostava de quando via ele feliz.

   — Mas você gosta de rir da desgraça alheia — falou, o que me fez balançar a cabeça.

   — Só um pouco — falei, e nós rimos.

   — Ok, agora vamos ao trabalho. Você vai na agência central do fbi procurar Vensly. Ela passa o dia no trabalho.

   Realmente era verdade.

   — E você? — Perguntei.

   — Vou ver se consigo achar algo sobre meus pais.

   Levantei e peguei minha bolsa. Queria realmente encontrar Vensly.

   — Apenas... apenas tome cuidado.

   Saí do hotel e já conseguia sentir o frio peculiar de Nova York. Sempre gostei dessa cidade, mas nunca foi meu sonho morar aqui. Minha vida estava em Londres, e sabia disso. Havia outra cidade que me chamava, mas não conseguia distinguir qual.

   Peguei um taxi direto para o centro do FBI. Vensly levara eu e as meninas uma vez para visitar, o que me deixou orgulhosa, e por isso decorei o caminho. O taxi amarelo de Nova York me lembrava tantas e tantas coisas.

   Enfim cheguei. Entrei pela porta da frente, e dei de cara com rostos conhecidos que falaram comigo. Era sempre a mesma coisa. Correria, café. Correria, café. Não sabia e nunca vou entender por que Vensly gostava tanto daquilo, e prezava tanto.

   Fui para o andar de cima. Procurei por Vensly ou Simon, mas não os achei. Entrei na sala de Marissa para ver se conseguia algumas respostas.

   — Com licença — falei, e ainda bem que não havia ninguém na sua sala.

   — Lílian Park! — Falou ela levantando, e indo me dar um abraço. Ela sempre me chamava pelo sobrenome artificial.

   — Marissa!

   — O que faz aqui? Achei que estivesse em Londres!

   — Longa história! — Falei, ainda sorrindo. — Onde está Vensly? — Perguntei, e ela fez uma expressão preocupante, e foi se sentar.

   — Vensly está em Los Angeles, Lílian. Com Simon — falou, o que me deixou surpresa. LA não era a cidade favorita de Vensly.

   — O que? Mas o que?

   — Sua amiga, Lílian. Jenny Smith está hospitalizada muito mal —falou, e foi como se todos os momentos com Jenny passassem em minha cabeça como um furacão.

   — O que aconteceu com ela? — Perguntei, ainda em choque.

   — Levou um tiro. Estava só de passagem. Parece que a sorte não foi muito sua amiga. Perdeu muito sangue, e está em estado grave.

   Minha cabeça começou a rodar, e já estava tonta. Não acreditava no que estava ouvindo. Por que de todas as pessoas ruins no mundo, quem tinha de sofrer era Jenny?

   — E o que Vensly foi fazer lá?

   — Uma banda musical está em LA, e logo partirá junto. Ela irá com eles.

   — Uau.

   — Estou seriamente preocupada com Jenny...

   Tudo que ela falara depois disso, já não me lembro mais. Vensly estava em LA, e Jenny estava correndo perigo. Sabia exatamente o que fazer, mesmo que isso fugisse dos meus planos. Emily já iria para Seoul, o que tornava tudo mais fácil. Tinha que fazer. 

   — Vou para Los Angeles. Hoje.

 

Vensly

 

Não podia acreditar. Parecia um sonho. Era um sonho. Todas as partes do meu cérebro me negavam isso, mas não tinha como negar, pois, estava acontecendo. Em um dia, eu estava no meu trabalho tentando resolver casos não desvendados, e no outro, eu estava almoçando com os integrantes do BTS.

   Era uma tarde ensolarada em Los Angeles. Na verdade, ainda era meio dia. Nos juntamos no terraço do hotel, reservado para os integrantes, e estávamos almoçando para depois partir ao hospital para o exame de sangue dos garotos. E eu finalmente poderia ver Jenny.

   — Dá para acreditar? — Perguntava Simon ao meu lado, quando terminamos de comer. 

   Do alto do prédio observava toda aquela cidade, e perguntava o motivo de estar ali, o último lugar em que achei que ia estar naquele dia. Simon olhava comigo, enquanto, os meninos almoçavam no centro do terraço, brincando, e falando em coreano, que eu nada entendia.

   — Ainda não acreditei — falei, enquanto Simon olhava para mim.

   — Qual você achou mais bonito? — Perguntou, o que me fez rir, e pensar. Todos eram lindos, mas com certeza um eu achara mais.

   — Yoongi — falei, e ele olhou para trás, procurando o seu rosto.

   — O garoto que te levou para o hotel?

   — O mesmo que eu pisei no pé.

   Ele riu.

   — Eu achei o Jin. Aquele rosto parece que foi esculpido por deuses — falou, o que me fez olhar para Jin. Ele realmente era lindo.

   — Será se algum deles vai dar certo? — Perguntei, e ele me olhou confuso. — Tipo, para ser compatível com Jenny? — As lágrimas se aproximavam, mas ela tinha de ficar lá. Não queria ser fraca.

   — Vai ficar tudo bem com a Jenny, Ven. Acredite — Simon sempre conseguia me confortar. Até nessas horas. Ele era o melhor amigo perfeito.

   — Com licença agentes — falou, olhei para trás e era Nanjoom. — Precisamos ir agora ao hospital.

   — Claro — falei, e o segui.

   O caminho até lá não foi fácil. Conforme ia me aproximando, ia relembrando todos os meus momentos com Jenny, e de como na minha vida ela fora minha parceira. Queria vê-la todos os dias, mas essa distância havia tornado impossível. Agora estava eu, depois de um ano, ver seu rosto novamente. Estava muito ansiosa.

   Saí do carro e esperei que os outros seguranças ajudassem os garotos a se arrumarem. Não me importava mais nada, apenas entrei no hospital às pressas. Me identifiquei, e recepcionista me levou até sua sala. Meu coração palpitava a medida que eu me aproximava. Andamos, subimos, andamos, e enfim chegamos na sala. Tudo se passou muito rápido na minha cabeça, e a imagem de Jenny pelo vidro me deixava aliviada.

   A recepcionista abriu a porta, o que fez Jenny fixar seus olhos nela, e depois em mim.

   — Você tem visita, senhorita Smith — falou a mulher, e logo saiu. Deixando apenas eu e ela no quarto. Não sabia o que dizer. Reparava em tudo nela, mas não sabia como começar.

   — Seu cabelo ficou bonito — falei, e ela riu. Usava um aparelho estranho que eu não conseguia distinguir. Ela digitava em uma máquina.

   — Que saudade — uma voz de robô falou, o que me assustou, mas depois ri. Era assim que ela se comunicava. Ela realmente estava mal.

   — Não sei por onde começar — respirei bem fundo, e ela começou a chorar enquanto escrevia.

   — Como você está?

   — Não importa, Jenny. Você está bem? Está melhor? O que está sentindo? Está incomodada?

   — Muito está em uma frase só — falou, e eu ri. Sentei perto dela, na maca.

   — Não sabe o quanto eu estou feliz de te ver aqui — falei, rindo, e ainda contendo o choro, mesmo os olhos vacilando.

   — Como você está aqui?

   — Não sei nem como explicar. Foi tudo tão louco. Só saiba que pode receber o sangue de algum membro do BTS — falei, e ela arregalou os olhos.

   — Como assim? — Perguntou, ainda surpresa.

   — Eu estava no bar em Nova York, e o Jimin entrou. Olhei e olhei para ver se não estava ficando louca. Conversei, bebi, e acabei sendo expulsa do bar por ter quebrado um copo em cima do segurança. Estava na rua, e de repente Yoongi aparece e, por ordem do Jimin, me leva a um quarto de hotel e deixa tudo pago. No outro dia, vou ao trabalho, e fico sabendo que você foi baleada, e tenho que viajar para Seoul com eles. Tudo normal.

   A expressão dela superava todas de tão cômica. Ri só de vê-la arregalar os olhos e digerir tudo que eu havia falado.

   — Não acredito que você bebeu — falou, e eu ri. Ri bastante. Um silêncio se formou depois daquilo.

   As lágrimas estavam vindo, eu sabia, essas traidoras. Me entregavam até o último momento. Baixei a cabeça, e chorei. Não conseguia pensar sequer em perder Jenny. Não podia. Tinha que fazer algo. Eu tinha.

   — Eles podem te ajudar. Eles vão fazer testes para ver se a medula é compatível. Vamos dar um jeito, não se preocupe — falei, já em lágrimas. Ela não teve nenhuma reação. — Você vai sair dessa. Eu acredito. Você pode conseguir tudo. Você sempre conseguia resolver os exercícios de matemática na escola. Você é a melhor, e acredito em você. Se você conseguir a medula, pode sair daqui e ficar melhor. E isso vai acontecer.

   Ela apenas balança a cabeça, desamparada.

 

 

Emily

 

Não sei se estava fazendo a coisa certa procurando tanto assim pelos meus pais. Os dias, semanas, meses e anos se passaram depois que descobri que era adotada. Era uma jornalista, e não queria nunca parar de buscar informações sobre como, quando, aonde, tudo sobre mim. Eu mal me conhecia.

   Lílian havia me convencido a embarcar nessa viagem maluca para Los Angeles, e a coisa mais maluca ainda foi que aceite. Tinha meus motivos. Amava Jenny de todo coração e acho que todas as minhas amigas do grupo já desfeito também. Não queria pensar que algo poderia acontecer com alguém tão boa como ela.

   O avião já estava pousando, o que sempre me deixava enjoada. Não poderia acreditar que minha vida dava reviravoltas tão grandes como aquela. Lily resolveu que iria passar na praia para comprar água de coco, enquanto eu, iria para a biblioteca mais próxima para pôr as ideias em dia, e aproveitar para preparar a matéria sobre o BTS.

   Tudo foi muito rápido. Não falei muito com Lily, pois o enjoo não me deixava em paz. Finalmente achei a biblioteca que queria. Mais isolada o possível, silenciosa, e em frente a uma pista quase que parada. Atravessei para o outro lado, enquanto me lembrava o dia em que quase fui atropelada quando fui encontrar Anne na biblioteca da minha cidade. Era um trabalho de escola, eu ia, e não prestava atenção na rua. Vi Anne sentada depois de uma janela grande e velha, e gritei por seu nome. Ela apenas gritou: “Sai da rua, Emily sua louca”. Lembrar daquilo me fazia ficar nostálgica.

   Entrei pela porta da frente que era grande e completamente feita de madeira. Parecia estar vazia, de tão silenciosa que era. O que me deixou feliz. Passei pela recepção e subi as escadas para o último de três andares. As escadas de madeira faziam barulhos estranhos, o que deixa com ar de filme de terror.

   O segundo andar era bem simples. Livro e mais livros, certamente com algumas salas escondidas por trás daquilo tudo. Subi mais um lance de escadas, que já estava fazendo eu ficar cansada. Consegui chegar. Em cima, não conseguia ver ninguém além do silêncio. Procurei um lugar bom para pensar, mas nada me chamava atenção.

   O ambiente estava muito claro por conta das imensas portas que a rodeavam. Procurei, até que um pequeno lugar escuro me chamou atenção. Era uma sala, disso eu tinha certeza. Mas por que era a única que continuava escura? Fui até lá, como sempre curiosa, para saber o que era. Olhei de relance, e consegui ver duas coisas. A primeira, era que a porta era pequena demais, e devia ser aquilo que atrapalhava a entrada de luz. A segunda, é que uma garota misteriosa de franja estava sentada lendo Harry Potter, o que chamou, mais atenção ainda. Meus passos devem ter feito ela perceber que eu estava aqui, o que fez ela baixar o livro e olhar, sem expressão, o que me deixou com medo.

   — Desculpe incomodar — falei, mas ela continuou com a mesma expressão. — Está lendo Harry Potter?

   — Claro que sim — respondeu secamente.

   — Sou muito fã dessa saga. Leio dês de que era criança — ela simplesmente balançou a cabeça com um relance de sorriso no rosto. Acho que realmente eu estava incomodando, então saí.

   — Espera! — Falou ela, o que me fez voltar. Olhei para ela, ainda na porta.

   — Qual sua casa?

   — Lufa-Lufa — respondi, o que fez ela sorrir. Realmente tínhamos como conhecer um Potterheard quando nos esbarramos com um.

   — Prazer, meu nome é Clarice, e sou Corvina — falou.

   — Me chamo Emily. Desculpe a pergunta, mas porque lê no escuro?

   — Gosto do escuro. Ele traz à tona quem realmente somos — falou, o que me fez refletir. — Na escola, me chamam de Dama da Escuridão.

   — Quantos anos você tem?

   — Dezessete.

   — Nossa, me senti velha agora — disse, e ela riu.

   — Quantos anos você tem?

   — Vinte e Dois.

   — Pelo ou menos continua com bom gosto — ri. — Você trabalha com algo?

   — Sou jornalista, e moro em Londres — respondi, me aproximando.

   — Você é inglesa de nascença? — Perguntou, interessada.

   — Sou brasileira. Vim para morar em Nova York, mas realmente queria ir para Londres.

   — Sou de Seattle, estou em LA só por passagem.

   — Eu fui de Londres para Nova York, pois tinha planos de ir para Seoul. Mas aí descobri que minha amiga estava internada aqui, então resolvi vir e depois ir para Seoul.

   — Você parece confusa.

   — Eu estou. Tenho muito o que fazer.

   Logo algo na minha bolsa vibra, e percebo que é meu celular. A foto de Lily com Gideão na capa me faz perceber que ela me chama. Vejo que é uma mensagem. Ela vem me buscar em dois minutos. Estávamos prestes a rever Jenny.

 

Anne

 

O dia estava ficando cada vez melhor dês de que Jenny acordou. Hoje à tarde a agente Nova Iorquina iria trazer as sete pessoas para fazerem exames de medula, e se, alguém tiver compatível, poderei salvar Jenny. Era como uma bomba relógio. A cada momento a esperança ultrapassa seus limites, e a decepção bate à porta quando penso que tudo pode dar errado.

   — Eles já estão aqui — avisa minha parceira, que me entrega as luvas.

   — Obrigada.

   Entro em uma sala pequena para exames. Começo a arrumar tudo antes que eles entrem. Começo a ficar nervosa. Eu já tinha feito aquilo antes, mas das outra vezes, eu não conhecia os pacientes. Dessa vez, era Jenny que estava correndo perigo, e eu tinha que fazer tudo que pudesse para ajudar.

   Coloquei as luvas e vou direto lavar as mãos. A sala é pequena, com ar condicionado, inteiramente branca para dar a falsa impressão de paz de espírito. Mal sabem as pessoas que entram, que muitas que provaram dessas paredes, acabaram não sobrevivendo.

   Escuto passos do lado de fora. Estava virada para alguns frascos de sangue enquanto a enfermeira conversava com a primeira pessoa. O medo tomou totalmente conta de mim. Seria essa a pessoa que salvaria Jenny? Ou eu estava colocando esperanças demais onde não devia? Peguei a prancheta de anotações enquanto a porta se fechava. Certamente, a pessoa já havia entrado, e eu não reparara.

   — Sente-se.

   Desviei os olhos da prancheta e vi um rosto já conhecido. Tomei um susto que mataria uma pessoa doente do coração. Era Jin, o falso médico. Era Jin, do BTS. Era a pessoa mais linda que eu já vira em minha vida. Tudo que eu queria, era correr bem longe, mas o choque não deixava. Eu havia desabafado com ele sem nem ao menos conhecê-lo. Tentei falar algo, mas nada saia.

   — Você — falou ele, surpreso com minha expressão. Coloquei a prancheta de volta ao balcão, e certamente minhas pupilas haviam sido dilatadas.

   — E-eu vou.... vou chamar outra p-pessoa.

   Gaguejando, tentei ir em direção da porta. Não sabia o que iria dizer para a enfermeira. “Olha, desabafei com um dos integrantes do BTS achando que ele era um médico, e agora ele está na minha sala. Não quero atende-lo”. Mas algo me impediu. Mãos muito geladas tocaram minha pele, me fazendo arrepiar dos pés à cabeça.

   — Não — era Jin, com uma voz meiga que derreteria qualquer pedra naquele momento.

    Suas mãos em meus braços quase me fazem pular de alegria. Eu era médica, e deveria estar séria agora. Mas não, eu estava tensa. Jin me olhava com um olhar sereno. Seu cabelo estava castanho e era um pouco bagunçado pra cima, o que me fazia gelar.

   — Fica — continuou, o que me fez pensar rapidamente no que iria fazer.

   — Claro — falei, a voz ainda trêmula e falha. Ele voltou a sentar-se enquanto eu, calmamente, tremendo, pegava os equipamentos necessários.

   Após um longo silêncio enquanto eu preparava tudo, resolvi me pronunciar.

   — Sobre aquele dia... Eu estava muito mal, meu paciente havia morrido e eu pensava que você era um médico.

   Ele sorriu.

   — Eu tinha que fazer uma apresentação com aquela roupa.

   — DOPE — falei, alto, o que fez ele segurar o riso. Estava ficando atrapalhada.

   — Você parece que conhece bem o BTS.

   — Acompanho a bastante tempo — respondi, e ele sorriu. Seus olhos brilhavam.

   Um silêncio se formou enquanto eu fazia o teste. Era o BTS. Simplesmente o BTS que eu iria fazer o exame. Não estava acreditando naquele dia. Tudo parecia um sonho.

   — Estou com fome — falou Jin, após algum tempo, o que me fez rir. — Você sabe cozinhar?

   — Eu? — Perguntei, na gargalhada. — Tipo, minha especialidade é pão de batata — falei, e ele riu.

   — Já provei um. Acho que foi...

   — No Brasil? — Completei, e ele me encarou, como se estivesse lembrando.

   — Sim, no Brasil! Já foi para lá?

   — Na verdade, nasci lá — falei, e ele arregalou os olhos.

   — Nossa, uma brasileira! — Exclamou.

   Terminei de fazer o exame, enquanto uma onda de desespero me invadia, sabendo que eu não o veria novamente, e que aquele momento não passaria só apenas de uma lembrança.

   — Pronto, terminei! — Falei, e ele fixava os olhos em mim.

   — Nunca mais te verei, não é? — Perguntou, o que me deixou de coração partido.

   — Nunca diga nunca — falei, e ele sorriu. Levantou da cadeira e me deu um abraço.

   Aquele abraço me deixou completamente sem fôlego. Todas as partes do meu corpo gritavam e eu não sabia como fazer para congelar aquele momento ali mesmo. Suas mãos estavam entrelaçadas nas minhas costas, e sua cabeça tentava alcançar meu pescoço.

   — Apenas me diga seu nome — disse Jin, com uma voz meiga.

   — Anne — respondi.

   — Adeus, Anne — após o adeus, senti como se o mundo fosse desabar em mim. Ele saiu da sala, e logo saí atrás. Ele virava na direita do corredor, enquanto eu continuava parada. Mal percebi que minha parceira estava atrás de mim.

   — Foi tudo bem? — Perguntou, quase me fazendo pular.

   — Quantos sustos eu vou levar hoje?

   Ela riu.

   — Terminei com dois integrantes, pois eles têm que ir voando para Nevada.

   — Quem são eles?

   — Jung Hoseok e Park Jimin.

   — Ok, nossa! — Respondi, com um suspiro. — E onde estão os outros?  

   — Na recepção 2.

   — Obrigada — respondi, e fui direto para lá.

   Nem podia acreditar no dia de hoje. Tudo parecia não ser real, mas ao mesmo tempo, era real. Ao chegar na recepção, me deparei com o resto dos integrantes sentados e conversando, pareciam apreensivos. Mas o que mais me chamou atenção, foram os agentes de costas conversando. Eu conhecia aquele cara. Era o Simon, do FBI de NY. E aquela mulher, aquela garota, não tinha como não reconhecer. Era ele mesmo, que eu não via a um ano.

   Era Vensly.

 

Kah

 

Bela quase me mata com essa minha loucura de sempre querer comprar bolo em qualquer ocasião que eu esteja, ou em qualquer lugar que eu vá. Comprar bolo é como uma terapia para mim, sem contar que é a melhor comida do mundo. Só de pensar, já me dá água na boca.

   Bela já estava no hospital, e eu estava completamente atrasada para o horário de visitas. Tinha que correr. Ao sair da padaria, simplesmente corri. Sabia que se não corresse, iria perder a chance de visitar minha amiga.

   O voo havia sido bem chato e já não aguentava mais tanto avião. De repente você está em SP pronta para ir para Seoul, e de uma hora para outra está em LA. Aquilo já estava me deixando estressada e ansiosa, sem contar que a preocupação com Jenny aumentava a cada quarteirão que eu dobrava.

   Finalmente avistei o hospital. Ele ficava em frente a uma pista, e tinha de correr antes que vários carros passassem como sempre acontece em Los Angeles. Corri, corri, corri, e até lá, barroei em uma lixeira, me esbarrei com uma mulher, e uma cachorra me perseguiu. Juntamente com a dona. A mesma coisa.

   O vento batia em meu rosto enquanto meus cabelos voavam e meu óculos quase saltava de meu rosto. A pista já estava na minha frente. Não podia parar de nenhuma maneira, então, aproveitando que nenhum carro passava, corri.

   Já estava prestes a atravessar quando vejo minha vida passar pelos meus olhos. Um carro freia descontroladamente o que me faz parar, intacta, no chão. Eu acho que exatamente por um centímetro eu não sou completamente esmagada por aquele monstro. Não havia muitas pessoas na rua, então não foi chamada muita atenção.

   Pude sentir o asfalto duro com minhas costelas e mãos. Tentei levantar, mas não conseguia. Estava completamente quebrada. O motorista totalmente vestido de preto sai e pergunta se eu estou bem. Não respondo.

   Logo vejo uma coisa que nunca achei que iria ver. Em meio de todas as partes do meu corpo estarem doloridas, consigo enxergar, apesar do sol, o rosto mais lindo que já vi. E eu conhecia esse rosto. Era o V, do BTS, completamente chocado. Certamente ele estava dentro do carro, e aquele era seu motorista.

   — Você está bem? — Ele me pergunta, se agachando no chão. Não consigo desgrudar o rosto dele.

   — Agora estou — falei, e ele ainda sim estava preocupado.

   — Você, pode entrar — falou ele para o motorista, e ligeiramente pegou em minha mão, o que me fez paralisar.

   — Não acha que devemos levar ela ao médico? — Perguntou o motorista, preocupado.

   — Acho que os elefantes devem ir ao médico. Eles estão sempre brigando com as girafas — falou ele, o que me fez franzir a testa. Aquilo me deixava confusa.

   O motorista entrou, enquanto ele ficou olhando para o nada, até voltar a sua visão para mim.

   — Se machucou? — Perguntou, me ajudando a levantar. Suas mãos eram leves, mas seus braços eram fortes.

   — Acho que não — falei, mesmo toda quebrada.

   — Não devia andar correndo numa pista, garota. Não viu o que eu falei sobre os elefantes?

   Tentei encontrar alguma concordância para aquilo. Não encontrei.

   — Estou bem — falei, tentando lembrar que tinha de visitar Jenny.

   — Como você se chama? — Perguntou Tae.

   — Me chamo Kahseok Kun — respondi, e ele me olhou confusa.

   — Você não parece ser coreana.

   — Se eu lhe contar, não vai acreditar.

   — Tenta.

   — Ok. Sou irmã do Hoseok do seu grupo de k-pop, mas fui separada dele dês de quando eu era pequena. A gente se comunica pelo webcam, mas nunca pessoalmente. Fuji de Rio de Janeiro, Brasil, para ir para Seoul, porém, fiquei sabendo que minha amiga havia sido baleada e estava em LA, então eu e minha amiga resolvemos vir para cá.

   Ao terminar, ele estava de olhos arregalados.

   — Sério que você é a tão famosa irmã do Hoseok? — Perguntou, descrente.

   — Se você está aqui, Hoseok também está. Ele vai te provar isso.

   — Hoseok foi com Jimin para LV, tinham coisas a fazer. Mas se um dia você provar, eu provavelmente estarei lá.

   Percebi um taxi parando em frente ao hospital e duas garotas descendo. Elas me pareciam familiares, mas logo desviei a atenção quando um carro buzinou alto. Eu e Tae estávamos conversando no meio da pista. Rapidamente ele me trouxe ao acostamento, o que me fez gelar. Olhei para ele. Ele estava me fitando.

   — Espero te ver de novo, irmã do Hoseok — falou ele, sorrindo.

   — Espero te ver de novo, TaeTae.

   Nos encaramos por bastante tempo até o seu carro voltar e abrir a porta. Logo percebo que estão me chamando.

   — Kah! — Era a voz de Bela, que estava na porta do hospital me esperando.

   Caminhei até lá, ainda doída da queda. Ela me olhava com impaciência.

   — Onde você estava? — Pergunta ela, quase gritando.

   — Quase fui atropelada, conheci o Tae do BTS.

   — O que?

   — Longa história. E comprei... DROGA!

   — O QUE?

   — NÃO! MEU BOLO ESTRAGOU NO ASFALTO! — Falei, olhando para o asfalto.

   — Esquece Kahseok, amanhã você compra outro — falou, puxando meu braço.

Apenas a segui. Não conseguia pensar em mais nada se não em Tae, em Hoseok e em Jenny. Não sabia o que estava acontecendo e nem o que me esperava. Tentamos pegar um elevador, porém ele estava se fechando com aquelas duas garotas misteriosas que eu vira saindo do taxi mais cedo. Pegamos o outro que já estava prestes a se fechar.

   Subimos e subimos, até que chegamos no último andar, na recepção 2. Fui conduzida por Bela até uma sala grande, até que tive uma surpresa. Yoongi, Nanjoom, Jin e Jungkook conversavam atentos, enquanto eu via uma cena que nunca achei que veria.

   Vensly olhava atônita para a outra porta, cuja minha visão acompanhou, e se encontrava Anne. Atrás de mim, duas garotas se aproximavam, o que me fez afastar para uma delas passar. Era Lily, que olhava atenta ao redor. Os garotos já estavam concentrados nos nossos olhares surpresos. Olhei para trás, e Emily entrava lentamente. Após de varrer a sala silenciosa com seu olhar, Lily disse em alto e bom som, bem devagar:

   — “FIRE”.    


Notas Finais


COMPRAR BOLO


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