História Nothing Like Us - Dont leave me alone

3 meses depois..

- JUSTIN, PARA! PARA COM ISSO! SEU IDIOTA, VOCÊ SE DROGOU DE NOVO, MAS QUE INFERNO! EU TÔ CANSADA DISSO! - gritei enquanto Justin puxava meu cabelo com força.
Ele estava se drogando. De novo. E quem sofria com as consequências disso? Eu mesma. Desde que começamos a namorar oficialmente nosso relacionamento tem sido ótimo, mas de um mês pra cá as coisas começaram a piorar. Ele saia todos os dias, todos. Não me dava um pingo de atenção, eu já estava cansada, esgotada de pedir pra ele passar um tempo comigo, eu simplesmente não aguentava mais. Eu tentei, eu juro que tentei ir embora, dar um fim nesse namoro ridículo que estavamos tendo. Mas ele não aceita, ele não me deixa ir, ele me confunde. Durante o dia me maltrata e sai batendo a merda da porta, mas quando chega deita do meu lado e me abraça como se a nossa vida fosse a vida dos sonhos. Sem contar que Nathan não sai do meu pé, Justin e ele se odeiam e eu nem sei o motivo de tanta raiva. Não vou pedir ajuda pra Annie, Ryan nem ninguém, eu entrei nessa por que eu quis, então vou me virar pra sair. Sendo que só de pensar em deixá-lo dói tanto. Eu o amo tanto...

- Sai da minha frente. - Justin falou enquanto jogava mais um vidro de perfume na parede. - SAI!!

- Justin.. - tentei falar mas ele me interrompeu.

- SAI, CARALHO, SAI! SAI DA PORRA DA MINHA FRENTE SE NÃO QUISER QUE EU QUEBRE A SUA CARA!

Ouvir isso da boca do meu menino doía tanto...

- Por que você tá agindo assim comigo? Qual é o seu problema, porra? Justin você tem a mim... eu te amo, você não me fala o que tá acontecendo, não tem como eu te ajudar se você não conversa comigo! Mas que droga! - desabafei chorando, o encarei e ele estava a centímetros de mim com os olhos vermelhos e marejados.

- Cala a porra da sua boca. Sai da minha frente, Jessica, eu já te mandei sair. - ele se controlava pra não fazer alguma besteira comigo, eu via isso no seu olhar.

- Amor, eu.. - Não terminei a frase, pois Justin apertou sua mão no meu pescoço, na tentativa de me enforcar. meu rosto estava vermelho e banhado em lágrimas, ele estava mesmo fazendo aquilo comigo.

- Sai. - foi o que ele disse quando finalmente me soltou. Dei uma ultima olhada em seus olhos e saí do quarto.

Entrei em meu quarto derrubando tudo que podia no chão. Tudo que eu mais queria era sumir, e eu iria fazer isso. Justin tem tudo o que quer, ele nunca precisou de mim. Eu que não fico nem mais um minuto nessa casa. Já chega, Justin. acabou.

Enfiei tudo que era meu dentro de duas malas e desci as arrastando. me surpreendi quando o vi na sala, parece que ele sabia o que eu tinha em mente.

- Tá pensando que vai pra onde?

- Não interessa. Não temos mais nada, não te devo satisfações. - retruquei e ele me olhou incrédulo.

- Não temos mais nada? Não me lembro de ter terminado tudo. Esqueci de te dizer que só vai ter um fim quando eu quiser. - riu sarcasticamente me deixando puta. andei em direção a porta e ele segurou meus braços os prendendo pra trás.

- Você está me machucando.

- Quem você pensa que é? Quem? - seus olhos transmitiam fúria, ele apertou meu braço com mais força. - Você não vai sair daqui. Nunca. Você é minha.

- Justin, eu cansei. Eu cansei de nunca saber de nada de sempre ser a vítima dessa história. Nem parece que temos algo, há quanto tempo que não ficamos juntos? isso é só de fachada, se você não me quer mais é só terminar, eu cansei tá legal? me põe pra fora, eu me viro, volto pra casa do meu pai sei lá.. só por favor acaba com esse inferno! - terminei de falar e Justin me fitou preocupado. seus olhos estavam marejados e ele afrouxou a mão que segurava meu braço.

- Jessica..me desculpa, eu.. - ele sussurrou vindo me abraçar, mas me afastei.

- Não diz nada. Só me deixa ir embora, é sempre assim. Você briga comigo, me bate, me xinga, diz que não precisa de mim, eu já to cansada de você jogar isso na minha cara! Depois você vem pedindo desculpas, eu sou muito otária e aceito sempre mas eu nunca, jamais vou esquecer cada tapa que você me deu, isso me magoa tanto! Você não entende que isso me machuca Justin, você só sabe me machucar! - gritei. Ele não respondeu, só soltou meus braços e me abraçou com uma força que eu achei que ia me quebrar. retribuí o abraço chorando mais ainda em seu peito.

- Eu te amo.. eu te amo, eu sou um idiota, mas eu amo você.. eu..eu não posso te perder, não me deixa aqui sozinho, eu te imploro. - Ele chorava feito um menininho que acabou de perder o brinquedo. meu coração se apertava de dor, odiava vê-lo assim, mas se eu o perdoasse agora tudo isso só ia se repetir..eu tenho que ser forte, por mim e por ele e pelo nosso amor.

- Não posso. Eu não posso deixar isso acontecer de novo. Eu te amo Justin, mas eu cansei. preciso de um tempo sozinha. quando eu me sentir melhor volto pra gente conversar, não dá pra gente ficar no mesmo lugar mais. não agora.

- Tudo bem. - ele me soltou. - pode ir. pode ficar longe de mim, vai embora, me deixa sozinho, pode me abandonar! mas some agora da minha frente, Jessica.

Abaixei minha cabeça e peguei as malas, saindo da casa de Justin em seguida. o deixando, talvez pra sempre.

4 meses depois (..)

[n:a: desculpa estar passando o tempo tão rápido hahaha é necessário :*]

P.O.V Justin

4 meses. 4 meses que a Jessica tinha saido de casa com aquela desculpa esfarrapada de que queria um tempo. 4 meses que eu não sabia onde ela estava, não ouvia sua voz, não tinha notícias, eu já havia procurado em todos os cantos, em todas as pessoas que tinha acesso, mas nada. Ela não estava na casa do pai dela, não estava com Annie, Ryan disse que não sabia de nada, eu estava ficando..louco. não sabia onde achar aquela filha da puta.

Nathalie ultimamente estava me fazendo companhia, ela me destraia. ela estava estranha alguma coisa me dizia que aquela vadia estava aprontando alguma pra cima de mim. mas por enquanto era ela quem eu procurava quando queria sexo. Hoje nós iriamos pra uma boate que tinha inaugurado perto de casa. estava me arrumando quando ela entrou no quarto com um vestido de manga comprida preto e aberto nas costas e na boca um batom vermelho sangue. muito gostosa.

- Está lindo. - ela sorriu safada. - Vamos?

- Vamos. - peguei as chaves do carro e descemos, adentrando o veículo e dando partida em seguida. Hoje a noite seria minha, hoje eu vou esquecer todos os meus problemas, inclusive aquela filha da puta que foi embora, hoje ela iria embora da minha vida ou eu não me chamo Justin Bieber.

P.O.V Jessica

- Jessica, anda! - Nathan me gritava no andar de baixo.

Esse tempo todo eu estava na casa dele em uma parte mais afastada da casa do Justin, mas nós não tinhamos nada. Ele até tentou ficar comigo, mas sabe que meu coração pertence a Justin e respeitava, não dormíamos no mesmo quarto e mal conversávamos. me afastei de todos, até mesmo de Ryan. tenho certeza que se eu falasse onde eu estou ele ia contar pro Justin e minha vida voltaria a ser um inferno. Eu estava trabalhando em uma lanchonete a duas ruas da casa de Nathan, mas hoje como era sexta e de tanto ele insistir resolvi aceitar sair com ele, me distrair. não sabia onde era o local, mas ele falou que era uma nova boate.
Retoquei meu batom e estava pronta, eu vestia um vestido branco de renda nas mangas e saltos altos pretos. gostava de ser simples e me sentia bonita. Desci as escadas e Nathan me esperava impaciente no sofá.

- Porra, até que enfim! Uau... valeu a demora, está linda Jessie.

- Bobo! haha obrigado Nathan.

Entramos no carro e fomos de encontro a tal boate. nem prestei atenção no caminho, eu e nathan cantarolávamos as músicas do rádio rindo. quando percebi ele já estacionava. Ele abriu a porta e saiu, deu a volta e abriu a minha porta, segurando minha mão pra eu sair do carro. Cavalheiro como sempre.
A boate estava bem animada e havia uma fila enorme. Nathan olhou para o segurança e não falou nada, o segurança logo abriu passagem pra nós dois e eu o olhei sem entender.

- Como consegue isso? - perguntei abismada.

- Essa boate é do meu pai, bobinha. Tenho livre acesso, eu e quem estiver comigo.

- Ah...entendi.

Entramos na boate e a música eletrônica mexia com meus pensamentos, eu amo esse ritmo. Nathan me guiou até uma espécie de camarote e sussurrou no meu ouvido:
- A noite é sua. aproveita, princesa.

Sorri e me virei vendo uma mesa cheia de todos os tipos de bebidas. Logo uns amigos de Nathan chegaram e comecei a me enturmar com umas garotas.

(...)

Tinha ido encher meu copo e já me sentia um pouco tonta, mas minha noite estava apenas começando. Leigh, uma das amigas de Nathan que estavam lá me chamou pra pista e eu fui com tudo. Sorria pra todo mundo, dava mole pra alguns caras mas não cheguei a beijar ninguém. Paramos de andar e comecei a dançar de um jeito sensual, ligando o foda-se pra tudo e não me importando se eu era uma garota cheia de problemas, hoje eu só queria me divertir. Leigh e eu ríamos, dançávamos e bebíamos sem se importar com o mundo a nossa volta, como se a vida fosse um mar de rosas. Mas tudo isso acabou quando meus olhos foram de encontro com os dele. Aquele par de olhos cor de mel que eu estava a 4 meses sem encarar. Ele me encarava intensamente. Achei que era coisa da minha cabeça por estar bêbada, mas não era, não podia ser. Leigh viu minha cara de desespero.

- Hey, o que houve? Por que está olhando pro nada assim?

- Não...não pode... o Justin.. o Justin está aqui, eu tenho que ir embora! - falei desesperada.

- Calma, Jessica! Quem é Justin? para com isso, curte a noite!

- Ele está aqui, ele não pode me ver! Tenho que sair daqui! - peguei na mão dela e saí da multidão esbarrando em um Nathan podre de bêbado.

- Nathan, eu... estou me sentindo mal, vou pegar um táxi pra casa, ok? - falei rapidamente.

- Mas já, Jessie? ah, fica mais um pouco!

- Adoraria, mas estou com dor de cabeça. - menti.

- Tá ok então..chego mais tarde, se cuida! - falou rindo e voltando a dançar.

Leigh me olhava sem entender nada. ela foi comigo até a porta da boate, me despedi dela dizendo que tudo ia ficar bem e ela assentiu, trocamos numeros de telefone e ela entrou novamente. Agora era só eu naquela rua deserta.
Andava rapidamente pela rua deserta, sentindo meu coração pular dentro do peito. era mesmo ele. ele estava lindo como sempre. Sorria, dançava, mas ele olhou pra mim, ele me viu. e não veio atrás de mim pois não deve me querer mais..tão lindo o meu menino...mas talvez seja melhor assim. Talvez o meu namoro com Justin não seja pra dar certo. Eu o amo tanto, mas como ele disse tantas vezes, não precisa de mim pra absolutamente nada. Minha vontade era de voltar dentro daquela boate e acabar com essa saudade que me matava, mas eu não iria fazer isso. Seria melhor assim.