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História Nothing Like Us - Spark


Escrita por: BelieberF1

Notas do Autor


ei

Capítulo 14 - Spark


Fanfic / Fanfiction Nothing Like Us - Spark

Juliet M. Williams

-Eca, tia Ash, isso tem cara de vômito- Matthew disse enquanto olhava para a tigela em sua frente, ela estava cheio de algo que deveria ser algum tipo de cereal.

-Esse é um alimento bem saudável, se você quer saber. É ótimo para dieta que estamos fazendo- Ashley dizia. Parecia adorar o que estava comendo.

-A dieta que VOCÊ está fazendo, nós não estamos fazendo merda nenhuma- corrigi-a.

-Primeiro: Se xingar novamente na frente de seu irmão eu te deixo de castigo por um mês- internamente dei de ombros- Segundo: É bom que vocês comam coisas saudáveis pois estão em fase de crescimento.

-Saudável quer dizer ter cara de vômito?- meu irmão questionou. A pergunta saiu em um tom tão sério que não pude evitar soltar uma leve risada.

-Saudável quer dizer que teremos que passar fome, a menos que você queira comer essa coisa esquisita- apontei para o prato.

-Não quero vômito- ele negou com a cabeça veementemente.

-Então vamos- levantei-me da cadeira- Estamos quase atrasados.

-Math, vá pegar uma maçã na geladeira. Não é bom que saia sem tomar café da manhã, li isso em um livro- ela disse toda orgulhosa. Revirei os olhos.

-Desde quando você lê livros?- perguntei assim que o pequeno Math foi buscar sua maçã.

-Talvez tenha sido em uma revista- ela deu de ombros. Encarei-a com a expressão séria- Ok, eu li em um site. Que diferença faz?- dessa vez fui eu quem deu de ombros- Escuta- agora ela sussurrava- Daqui a algumas semanas é o aniversário de seu irmão e eu vou fazer uma festinha para ele.

-Com que dinheiro? Eu não posso dar o meu salário pra isso se não ficamos sem luz.

-Bom, nós não precisamos muito do telefone. Talvez eu possa ficar sem pagar ele esse mês- ela deu de ombros- Ele não pode saber de nada, ok?- assenti.

Matthew voltou saltitando da cozinha e em uma de suas mãos segurava uma maça mordida. Ele se despediu de Ashley e saímos de casa.

(...)

Quando enfim me vi sozinha nos corredores do colégio pude pensar melhor no que Ashley pretendia fazer. Uma festa em nosso pequeno apartamento. Mal cabemos nós três dentro daquele lugar, não que esse tenha sido o menor lugar que eu já morei. Lembro-me muito bem do apartamento em que eu e meus pais moramos em Wuxi na China, ele era tão pequeno que nós nem tínhamos cozinha, por isso durante os três meses que moramos lá todas as nossas refeições eram feitas por Chang, o dono de um restaurante que se localizava a esquina da nossa casa. E mesmo apesar de o apartamento que estou morando agora não ser tão pequeno quanto o de Wuxi eu ainda não entendia como Ashley pretendia colocar mais de dez pessoas lá dentro. Aliás, que pessoas ela chamaria? Obviamente ela deveria chamar alguns amigos de Matthew, mas ele não tem amigos. Um pouco confusa de como essa festa funcionaria peguei meu horário no bolso de minha calça assim que parei diante de meu armário. Após colocar a senha do cadeado abri a porta para pegar o livro de história. Subitamente um papel cai de meu armário. Sorrio ao agachar o chão e perceber do que se tratava o bolo de papel o pouco amassado. Desdobrei o jornal da escola e meu sorriso só aumentou quando li o título da primeira notícia: “SERÁ A DIRETORA LERMAN STUART ALGUÉM REALMENTE CONFIAVEL?”. Fechei a porta do armário com o livro de história em uma mão e o precioso jornal na outra. Recostei-me nos armários enquanto lia a notícia:

“Como todos sabemos, a diretora Lerman vem governando essa escola a anos, muitos de nós crescemos nesta escola e a conhecemos desde pequenos, mas será que ‘conhecer’ é realmente a palavra que devemos usar com essa senhora? Será que realmente sabemos quem é Cassidy Lerman Stuart?

Nos últimos meses surgiram vários boatos envolvendo a nossa querida e amada diretora que colocam a integridade da nossa instituição em jogo e como jornalista, é meu dever passa-los para os senhores, aqui vão eles: No último mês um aluno descobriu que a professora beneficiava sua irmã, Jenna Lerman, (se você já foi para detenção com certeza sabe quem é) a senhora diretora paga um salário desproporcional ao que sua querida irmã trabalha. Fontes confirmam que Jenna recebe quatro vezes mais que qualquer professor de Sweet Amoris; Cassidy faz de seus alunos escravos, outro aluno apresentou provas de que ela já fez alunos desempenharem funções que não os convém como punição por algum ato. O último desses casos ocorreu com dois alunos do segundo ano, ela os obrigou a servirem de professores para uma turma do prédio do ensino fundamental I. O último dos boatos é que Lerman Stuart está dando em cima de alguns alunos e funcionários (do grêmio estudantil, talvez?). Nossas fontes nos informaram que ela tentou atos com alunos muito mais do que uma vez.

Diante de tudo isso nós realmente esperamos que isto sejam apenas boatos. Mas, e se não forem? É esse tipo de diretora que vocês da Sweet Amoris querem?

Beijos e Abraços,

De: Jornalista (não tão) anônima

Para: Sweet Amoris”

Eu quase gargalhei de rir com o que li. O texto que Alexy fez foi maravilhoso, não há como isso não prejudicar Peggy. Pergunto-me como o pessoal do jornal da escola é tão distraído a ponto de não conferir o que estão imprimindo. Fico feliz por chegar atrasada hoje, dessa forma fui a primeira a ler o jornal da escola, já que eles colocam os jornais nos armários após as aulas começarem para que só possamos lê-los no horário do intervalo.

-Parece que você também leu- uma voz risonha proferiu.

-Castiel- disse. Estava alegre o suficiente para conseguir conter minha vontade de revirar os olhos ao vê-lo- Sim, acabo de ler. Parece que deu tudo certo.

-Claro, se não fosse pelo que fiz ontem você e Rosalya estavam completamente ferradas.

-Nós não pedimos sua ajuda, tenho certeza que nós nos viraríamos sozinha, mas se quiser pode acreditar que “Castiel, o inútil” finalmente serviu pra algo- sorri ironicamente.

O ruivo assumiu uma expressão séria e fechou as mãos em punho.

-Assim fica impossível- ouvi-o murmurar.

-Como?- perguntei.

-Nada. Escuta, você sabe em que horário será a prova de física?- ele perguntou casualmente.

-Prova. De. Física?- perguntei pausadamente com esperança de que ouvi errado.

-Você é surda? Foi o que eu disse: Prova de f...- ele parou de falar subitamente e franziu o cenho com um sorriso irônico no rosto- Você não sabia da prova, sabia?

-Eu vou zerar essa prova, Ashley vai me matar  e...- murmurava essas frases pra mim mesma enquanto pensava em como me safar dessa.

-Eu posso ajudar- ouvi Castiel murmurar entre tossidos. Ergui os olhos pra ele. O ruivo ainda exibia um sorriso irônico- Ah, esqueci que você não precisa da ajuda do “Castiel, o inútil”, não é mesmo?

-NÃO- gritei alarmada- Eu preciso- sussurrei.

-Eu não consegui ouvir o que você disse- ele colocou a mão em concha sobre o ouvido como fez a algumas semanas atrás. Revirei os olhos.

-Não vou repetir- cruzei os braços- Desde quando você sabe física? Nem às aulas você comparece?

Ele voltou a sorrir e cruzou os braços também.

-E quem disse que eu preciso ir á aula pra saber? Aliás, como você sabe que eu não vou? Anda prestando atenção em mim, Mystery?

(...)

-O resultado é 5 e não 50, nem dividir por 10 você sabe?

Estava sentada no chão ao lado do ruivo. Um vento fortíssimo batia em meu rosto. Castiel havia me trazido ao último andar sob a promessa de que eu nunca jamais contaria a ninguém sobre isso. Ele não era nada mais que um grande pátio aberto. O lugar era pelo menos 5ºC mais frio que o primeiro andar mesmo com alguns poucos raios de sol que batiam lá e era coberto por muitos entulhos salvo algumas partes que não estavam empoleiradas de coisas, assim como a que eu e o ruivo estamos agora.

Revirei os olhos diante o último comentário de Castiel. Nas ultimas duas horas o idiota estava me ensinando física e eu quase que não aguentava mas estar perto dele. Os seus comentários idiotas me cansavam e discutir com ele a cada cinco minutos já estava se tornando insuportável.

-Acho que eu já sei tudo que preciso- levantei-me- Estou indo.

-Espera- ele de levantou rapidamente.

-O que foi, Castiel?

O ruivo olhava em todas as direções, parecia buscar algo.

-Matthew- ele falou subitamente.

-Mattew? Meu irmão? O que tem ele?

-Droga!- ele suspirou antes de voltar a falar- Eu entendo o que você está fazendo com ele. Você está tentando proteger ele, não é?

-Isso não é da sua conta- virei-me para sair dali. O idiota segurou meu braço e me virou de frente para ele novamente.

-Meu avô morreu- ele soltou meu braço logo após proferir tais palavras. Castiel olhava para o nada atrás de mim- Eu praticamente fui criado por ele e por minha vó e quando eu fiz uns 16 anos eu sai da casa deles. Eu fiquei um tempo sem falar com ele, mas minha vó sempre ia me visitar, me dava várias desculpas pelo motivo de meu avô não poder ter ido. Depois de uns três meses me visitando ela me contou que ele tinha morrido um mês depois que eu sai. Você acha isso justo, Juliet? Isso que você está fazendo com o seu irmão só vai piorar as coisas- ele voltou a me encarar- quando ele souber vai continuar sendo terrível e a dor vai existir de qualquer maneira. Acho que ele não merece isso vindo da própria irmã, você não deveria estar fazendo isso com ele.

Desviei meu olhar de seus olhos mortais.

-Não é você quem tem que me dizer como criar o meu irmão- sussurrei.

O celular de Castiel, que vinham apitando constantemente nas últimas horas, deu sinal de vida novamente. Ele o retirou do bolso da calça e leu por alguns segundos algo na tela.

-Vamos, já está na hora- ele disse enquanto saia na minha frente.

O segui até sairmos do amontoado de escadarias que levavam ao último andar. Quando ele virou na direção oposta a da sala em que deveríamos ir um ponto de interrogação surgiu em minha mente.

-Pra onde você está indo?- perguntei parada no meio do caminho. Ele se virou pra mim.

-Só me siga e ponto.

-Não- cruzei os braços.

Ele soltou um grunhido e agarrou meu braço enquanto me puxada para direção que queria. Minhas tentativas de tentar me soltar não adiantavam nada, alias só pioravam a situação já que faziam com que ele me apertasse mais e mais. Depois de alguns segundos chegamos no corredor em que ficava o porão.

-O que estamos fazendo aqui? Você está estranho.

Ele ignora minha pergunta e continua a me puxar. Desci a escada que levava ao porão ainda sendo puxada pelo ruivo. Ele abriu a porta e entrou antes de mim e antes que eu pudesse entrar por completo um grito irrompeu em meus ouvidos.

-SURPRESA!


Notas Finais


EEEEEEEEEEEEI, eu não posso explicar muito bem oq aconteceu pra eu estar esse tempo todo fora agr, mas prometo que explico no próximo capítulo que sai essa semana ainda. Adoro vcs


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