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História Nothing Like Us - Surprise


Escrita por: BelieberF1

Capítulo 16 - Surprise


Fanfic / Fanfiction Nothing Like Us - Surprise

Alexy Laurent

Rosalya segurava com suas duas mãos uma bandeja de vidro e sobre esta havia um bolo de porte mediano. A cobertura de chocolate brilhava sob a luz do flash da câmera do celular que eu usava para filmar tudo. Armin e Lysandre estavam lado a lado, o de cabelos prateados segurava um balão verde e outro azul, já o garoto que momentaneamente havia tirado sua atenção de seu vídeo game segurava três balões de cor vermelha.

Assim que Juliet passou pela porta eu e Rosalya gritamos “surpresa” o mais alto que conseguimos. Ela parou exatamente onde estava e observou tudo aquilo por um instante. A pobrezinha estava atônita e isso me fez rir um pouco, era engraçado vê-la sem reação. Castiel saiu de perto dela e veio se juntar a nós, de braços cruzados e com a cara fechada ele parou ao lado de Lysandre. O ruivo sussurrou algo no ouvido de Lysandre que fez com que o prateado o repreendesse com um sussurro.

-O que é isso?- Juliet perguntou, sua voz saiu tão baixo que, acho, dificilmente o celular que eu segurava conseguiu captar sua fala.

-Feliz aniversário atrasado!- eu e Rosalya falamos juntos, havíamos ensaiado isso minutos antes dela chegar.

Ela fechou os olhos por um segundo, se rosto adquirindo uma cor avermelhada.

-Eu não quero isso- Juliet falou de repente. Rosa soltou uma gargalhada, mas parou assim que percebeu que Juliet falava sério.

-Como assim “não quer”?- perguntei franzindo o cenho.

-Eu não quero comemorar meu aniversário, achei que tivesse deixado isso claro ontem.

Rosa inspirou profundamente, as pontas de seus dedos ficavam brancas a medida que ela apertava mais e mais a bandeja em sua mão.

-Você não pode rejeitar uma festa surpresa? Você tem noção do trabalho que tivemos pra fazer isso? Tem noção de como foi difícil fazer esse bolo? Ou como foi difícil fazer Castiel colaborar conosco?- Rosa soltou todas essas perguntas de uma vez. Juliet, ainda parada onde estava, apenas deu de ombros. Isso fez com que Rosalya praticamente soltasse fogo pelas narinas, ela abaixou a cabeça e fechou os olhos- Eu desisto dela- ela sussurrou pra mim.

-Sinceramente, Juliet, o quão mal agradecida você é?- disparei esta pergunta retórica.

-Faz o favor de não falar com a gente até que seu ego diminua, ok?- Rosalya falou para ela- E nós vamos levar o bolo.

Rosalya caminhou rapidamente até a porta esbarrando propositalmente em Juliet ao sair. Um a um os outros foram saindo atrás dela até sobrar só eu e Juliet no porão.

-Esperava que você fosse melhor que isso- murmurei ao passar por ela.

 

Juliet M. Williams

Caminhava até a sala 8A quando, no meio do caminho, fui interceptada pela diretora e por uma Peggy furiosa.

-FOI ELA- ela dizia enquanto apontava o dedo na minha cara.

-Peggy, por favor, contenha-se - a diretora pediu- Senhorita Williams, onde estava ontem entre 4pm e 5pm?

-Estava com Nathaniel- respondi olhando diretamente nos olhos de Peggy.

-Se incomodaria se perguntássemos isso a ele?

-Claro que não, vá a frente- respondi com um sorriso no rosto, meu olhar não saia da pseudo-jornalista nem por um segundo.

-Muito bem então- a diretora deu meia volta e iniciou sua caminhada em direção ao grêmio estudantil. Peggy continuava parada em minha frente olhando diretamente pra mim.

-Escuta aqui, Juliet, eu ainda não sei como você fez isso, mas reze para que eu fique muito tempo suspensa deste lugar, pois assim que eu voltar vou dedicar todo o meu tempo para descobrir como você fez isso.

-VENHA, PEGGY- a diretora gritou do final do corredor.

-Boa sorte, querida- sorri inocentemente pra ela.

Assim que as duas sumiram no corredor eu soltei o ar que nem sabia que estava segurando.

(...)

Quando deu o horário do intervalo, como sempre, eu já estava lanchando, porém numa mesa diferente da que eu usualmente me sentava já que a que eu costumo sentar é toda ocupada por pessoas que não querem falar comigo de forma alguma. As pessoas entravam e ocupavam seus lugares usuais.

-Juliet.

Girei minha cabeça na direção da voz. Estava tão distraída observando os outros que não percebi Nathaniel se aproximando da mesa onde eu estava sentada sozinha. Sorri sem mostrar os dentes e continuei a mastigar o hambúrguer, ele se sentou de frente para mim.

-A diretora Lerman foi me fazer uma visita hoje no grêmio.

-Hum- murmurei de boca fechada.

-Ela me perguntou se nós estávamos juntos entre 4pm e 5pm e eu respondi que sim, mas adivinha só? Você só esteve comigo até as 4:30pm e só voltou meia hora depois.

-Eu estava ajudando Rosalya, eu te disse.

-Sim, eu me lembro, acontece que de alguma forma Peggy jura de pés juntos que foi você que escreveu aquela reportagem sobre a diretora- dei de ombros- Não foi a última vez que eu vi a diretora esta manhã, sabe? Eu fui levar alguns papéis para ela assinar e quando cheguei minha irmã estava lá. Acharam algumas coisas no armário dela que a incriminam, mas eu sei que, infelizmente, ela não tem inteligência pra fazer tudo isso. E adivinha só? Ela também jura que a culpa daquilo estar no armário dela é sua.

-Onde você quer chegar com tudo isso, Nathaniel?- tratei de colocar um sorriso forçado em meus lábios.

-Quero que você olhe em meus olhos e me diga que a verdade, está bem?-assenti- Foi você que escreveu a reportagem sobre a diretora?

-Não.

-E foi você que colocou aquelas coisas no armário da minha irmã?

-Se eu, supostamente, tivesse feito isto eu teria um ótimo motivo como, por exemplo, o fato da sua irmã ter pichado vários armários, ter colocado a culpa em mim e eu ter sido punida por isto.

Nathaniel suspirou e com o polegar e o indicador massageou levemente suas têmporas.

-Escuta, Juliet, eu sei que minha irmã não é nada fácil. Eu morei praticamente toda a minha vida com ela e quando eu finalmente sai de casa a uns anos atrás foi como se eu tirasse um peso das costas, mas nada justifica o que você fez com ela. Ambre pode ser expulsa!

-Que eu fiz com ela?- coloquei a mão no peito aparentando estar ofendida- Mas quem disse que fui eu quem fiz algo a ela? Eu estava com você ontem, você mesmo disse, como poderia ter feito isso?- sorri inclinando levemente a cabeça.

-Você é inacreditável!- ele sorriu- Espero que seu plano realmente tenha sido realmente muito bom, sua ficha não está muito limpa com a diretora e se você for pega vai ter que dizer adeus à Sweet Amoris.

-Pode deixar, eu sei me ...

Uma pontada em minha cabeça fez com que eu parasse imediatamente o que estava dizendo. Ela foi tão forte que fez com que uma de minhas mãos fosse parar imediatamente no local de minha cabeça de onde ela vinha.

-Você está bem?- Nathaniel perguntou assim que percebeu que algo estava errado.

-Melhor do que nunca- sorri. A resposta saiu um pouco embargada por conta da dor.

-Tem certeza?- assenti fechando os olhos por alguns segundos e respirando profundamente na esperança que a dor fosse embora. Quando abri os olhos novamente vi que Nathaniel me observava de cenho franzido.

-Para de me olhar assim, eu já disse que estou bem- disse cruzando os braços.

-Ok- ele disse apenas. Por um tempo ele só ficou me encarando, com uma sobrancelha erguida, fiz o mesmo- Você estava comendo sozinha antes de eu chegar.

-Nossa como você é observador!- ironizei. Nathaniel revirou seus olhos dourados.

-Você só foi gentil comigo ontem por que fazia parte dos seus planos? Porque francamente...

-Foi mal- murmurei deixando de encará-lo.

-Tá, tanto faz. Onde estão os outros?

-Que outros?

-Os seus amigos: Rosalya, Alexy, Armin, Lysandre... Achei que você andava com eles- observei de soslaio a mesa ocupada pelas pessoas que Nathaniel citou. Eles pareciam estar se divertindo com algo que Castiel disse ou estavam só tirando sarro dele, como sempre. O ruivo estava ao lado de Lysandre se segurando para não rir como os outros.

-Achou errado- murmurei secamente para Nathaniel.

(...)

Suspirei no meio da última aula do dia. Seguia, inevitavelmente, a rotina que venho vivendo nas últimas duas semanas: Ir de casa pro colégio, do colégio pro trabalho e do trabalho pra casa. Tudo isso falando o mínimo de vezes possível, já que eu quase não esboço nenhum som no colégio desde o dia da minha “surpresa” a não ser pelas vezes em que falo com Nathaniel. Eu, sinceramente, não tenho nenhuma motivação pra falar com alguma outra pessoa e creio que nenhuma outra tenha alguma motivação para falar comigo dando uma ressalva aquelas pessoas que, com toda certeza, não querem falar comigo. Sentia-me aliviada por a minha última aula de hoje só conter um integrante do grupo que não quer me dirigir a palavra, especialmente porque esse único participante é Lysandre. O garoto de olhos bicolores não me dirige um olhar severo como os outros fazem e de certa forma isto me deixa com a consciência muito mais leve. Hoje parecia ser a exceção desta regra já que minha cabeça parecia pesar cinquenta quilos e a sensação de dormência me fez abaixa-la sobre a mesa e fechar os olhos. Pela enésima vez nas ultimas semana aquela pontada insuportável deu as cara e como a esta dor já havia se tornado algo rotineiro eu apenas fechei os olhos mais fortemente perante ela. Assim como no dia em que eu estava com Nathaniel respirei profundamente e esperei que aquilo passasse. Um tempo depois abri os olhos. De cenho franzido percebi que, estranhamente, eu não estava mais na sala de aula. 


Notas Finais


VRAU!!!! exatamente uma semana após e já to postando outro, parabéns!!! Esqueci de avisar nas notas do "Capítulo Especial III", mas aquele muito provavelmente é o último capítulo especial da primeira parte (ou primeira temporada) de Nothing Like Us, só isso mesmo ksksksks
Beijos e obrigada se vc leu até aqui


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