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História Nova Fase - Quatro


Escrita por: bearcute

Capítulo 4 - Quatro


 

Kyungsoo se jogou no sofá de sua casa, tinha que começar a pensar no que iria fazer para conseguir se manter, tinha o dinheiro guardado, mas não iria dar para sempre. O Do levantou quando ouviu baterem na porta, sorriu ao ver Minseok e Jongdae;

 

— E aí — deu espaço para os amigos — Eu nem preparei nada para vocês.

 

— Viemos só te ver, o Chanyeol disse que você estava carente — Minseok disse e sentou no sofá, Jongdae fez o mesmo ― E sabe, eu sou uma pessoa amorosa.

 

― Claro gostosão, você é todo amor ― Kyungsoo se jogou na poltrona ― E aí, como vocês estão?

 

― A cada vez que você fica mais velho você começa a falar gírias e eu fico achando tão idiota ― Minseok comentou.

 

― Nós estamos bem, Kyungsoo ― Jongdae respondeu ― E você?

 

― Bem, fui chutado do trabalho, mas bem ― sorriu ― Quando volta pra polícia, Minseok?

 

― Eu não... ― olhou para Jongdae ― Não vou voltar por uns meses.

 

― Se depender de mim, não volta tão cedo ― Jongdae resmungou.

 

― Eu acho bom você voltar logo, vai que perde seu posto ― Kyungsoo disse e Jongdae o encarou ― Ou você vai fazer o que o Jongdae manda? Não acredito que depois de velho virou cachorrinho de um cara, Minseok.

 

― Você é tão idiota, Kyungsoo ― Jongdae falou ― Eu não consigo gostar de você.

 

― Será que é porque eu falo a verdade, carinha? ― sorriu de canto ― Você querer que o Minseok saia da polícia por causa de um tiro é tão idiota.

 

― Kyungsoo, viemos apenas saber como você está e não falar sobre o tiro e nem se eu vou ou não continuar na polícia ― Minseok disse e Kyungsoo assentiu.

 

― Eu estava pensando no que fazer, se eu iria atrás de algum emprego ou tentaria abrir alguma coisa ― Kyungsoo disse.

 

― O que acha de tentar no exército, eles sempre precisam de ex militares, Chanyeol trabalha na parte administrativa ― Minseok lembrou ― Se quiser eu posso ver algo na polícia também.

 

― Eu vou pensar com calma e te aviso ― falou e olhou para Jongdae ― Ei, não fica assim, eu só te acho um pouco egoísta, mas eu até que te acho legal também.

 

― Você é um merda ― Jongdae cruzou os braços ― Eu não sou egoísta, Kyungsoo... Eu só quero que o Minseok fique bem e sem perigo.

 

― Esse velho que você chama de marido não vai morrer por causa de um tiro de raspão, Jongdae ― Kyungsoo bufou ― Ele tem trinta e cinco anos e não dez, ele lutou pra caralho para conseguir uma vaga na polícia.

 

― Eu sei disso, Kyungsoo ― suspirou ― Eu posso só estar com ele há três anos, mas eu sei que ele lutou pra conseguir.

 

― Então porque você se acha no direito de fazer ele sair da polícia? Por favor, Jongdae, você tem vinte e quatro anos, você mesmo não lutou para conseguir fazer enfermagem? Se eu me lembro bem o único apoio que você teve foi do Minseok ― apontou ― Não é certo você ficar pedindo para ele sair de algo que é a vida dele, acidentes acontecem e você na minha visão está sendo egoísta.

 

― Eu não consigo falar com você, Kyungsoo, sério ― Jongdae levantou e olhou para Minseok ― Eu vou te esperar lá fora, amor.

 

― Kyungsoo... ― Minseok suspirou e o Do riu quando Jongdae fechou a porta ao sair ― Você não segura essa sua língua.

 

― Me agradeça depois.

 

― Eu não vou sair, eu só estou afastado, disse que tinha pedido pra ver se ele sentia alguma coisa e parava de falar ― Minseok suspirou ― Jongdae ainda é novo, ele vai entender.

 

― Vocês se casaram muito rápido, puta merda ― bufou ― Um ano de namoro e casaram.

 

― Eu amo o Jongdae e ele me ama, seu velho chato ― disse rindo ― Não se preocupe, tá? Eu não vou sair da polícia, talvez Jongdae pire um pouco, mas... Ele vai entender.

 

― Qualquer coisa manda ele vir aqui que eu falo mais de novo.

 

― Não ― riu ― O Chanyeol falou que você quer falar com o Suho.

 

― Eu estou com saudade do nosso bonde, sabe? ― fingiu choro e Minseok gargalhou ― Da suruba.

 

 ― Nos seus sonhos, Kyungsoo.

 

― Eu sonho com muitas coisas... ― piscou.

 

― Imbecil.

 

[...]

 

― Então ela pode vir brincar aqui ― Julie disse ajudando o pai a lavar as frutas ― Por favor, papai.

 

― JongIn, eu estou cansada de ouvir sobre essa Yuna, então deixa essa menina vir aqui, morar aqui logo ― Jisoo disse e o Kim riu ― Vamos chamar logo ela, pedir para adotar.

 

―Mas ela tem os papais dela, tia ― Julie disse colocando as frutas na vasilha ― A gente não pode adotar ela.

 

― Eu ainda vou conhecer os pais dela, Julie, aí eu posso chamar ela para dormir aqui.

 

― Mas você conheceu o tio dela, e ele é bem legal, e ele te chamou de bonitão ― Julie disse e Jisoo parou de arrumar o balcão e olhou para o primo ― Então ele pode deixar.

 

― Ele não o pai dela, filha ― JongIn disse e ajudou a garota a descer da cadeira ― É assim… Se você quiser ir dormir lá na casa dela, de quem os pais dela precisam pedir, de mim ou da Jisoo?

 

― Do papai ― disse.

 

― Pois bem, é assim ― JongIn disse e Julie pegou uma maçã para comer.

 

― Bonitão é? ― Jisoo soltou vendo a garota entretida com o quebra-cabeça que deixou na mesa ― Quem foi que te chamou de bonitão?

 

― Aquele cara do supermercado, ele é o tio da Yuna ― falou e Jisoo sorriu ― Nem vem com esse sorriso, o cara só foi legal.

 

― Sei.

 

― Estou entrando ― JongIn sorriu ao ouvir a voz de Sehun ― Boa tarde!

 

― Tio Hun ― Julie foi abraçar o Oh ― Cadê o tio Lu?

 

― Está vindo, ele estava trancando o carro ― Sehun disse deixando um beijo na testa de Julie e se aproximou de JongIn e Jisoo ― E aí, amigo.

 

― Oi ― abraçou o Oh ― Achei que não viria hoje.

 

― Demorei, fomos ver as coisas para o casamento, Luhan pode ser psicólogo, mas ele demora que é uma beleza, indeciso demais.

 

― Ser psicólogo não muda em nada ― Luhan disse com Julie no colo ― Oi linda, você está bem?

 

― Sim, tio ― agarrou o pescoço do chinês ― O senhor sabia que eu consigo colocar a língua na ponta do meu nariz?

 

― Isso é nojento, Julie, não faz não ― Jisoo pediu.

 

― Faz, faz ― Sehun falou e Julie fez ― Urgh, é nojento mesmo.

 

― Vem, vamos assistir alguma coisa, nojentinha ― Jisoo pegou a menina do colo de Luhan.

 

― Oi JongIn, tudo bem? ― Luhan se aproximou do balcão ― Quais são as novidades?

 

― As coisas de sempre, Anne sendo uma merda, Julie não tendo o carinho da mãe e eu sendo um idiota ― murmurou e suspirou ― E vocês, como andam os preparativos?

 

― Quase lá, só precisamos da sua ajuda de novo ― Sehun comentou ― Queríamos um fotógrafo, você conhece alguém?

 

― Eu acho que sim, vou ver nas minhas coisas ― disse.

 

― JongIn, de verdade ― Luhan começou ― Você está bem?

 

― Sehun, seu futuro marido acha que pode bancar o psicólogo comigo ― JongIn disse brincando.

 

― Eu não acho que ele esteja errado ― Sehun disse ao amigo ― Você tem passado por tanta coisa, JongIn, acho que uma terapia ajudaria bastante.

 

― Pode não ser comigo, até porque somos conhecidos, acho que não seria tão bom e eu não conseguiria te aconselhar sem me envolver, mas eu tenho ótimos amigos, JongIn ― Luhan disse ― Não ache que é uma coisa boba, ajuda bastante.

 

― Eu não quero pensar nisso agora, tá bom? ―murmurou e o casal assentiu ― Anne já tem me ferrado demais.

 

― O que ela fez agora? ― Sehun perguntou.

 

― Pegou dinheiro emprestado, me pagou metade até agora, mas não ligou para falar com a Julie e nem deu uma resposta se vai vir passar um dia com ela.

 

― Você não pode cobrar da justiça alguma coisa?

 

― Não tanto, mesmo que eu cobre, ela não será tão obrigada a fazer ― suspirou ― Eu me sinto um lixo.

 

― A culpa não é sua ― Luhan disse ― Anne ser assim não é culpa sua e nem da Julie.

 

― Eu sei que não, mas eu me sinto um lixo por não saber explicar para a Julie que a mãe dela não quer ficar com ela, entendem? ― Sehun tocou em seu ombro ― Ela já pediu tanto ― JongIn sentiu vontade de chorar ― E eu só invento uma mentira sobre a Anne porque contar a verdade dói tanto em mim, e é capaz de me matar se eu falar a Julie.

 

― Papai! ― Julie entrou correndo na cozinha, JongIn logo pôs um sorriso no rosto ― Podemos tomar sorvete hoje depois do jantar?

 

Sehun se aproximou de Luhan e foi abraçado pelo chinês, os dois tinham o mesmo pensamento; JongIn precisava descansar e desabafar.

 

[...]

 

Dias depois.

 

― Você deveria largar o Chanyeol e ir viver comigo, raio de sol ― Kyungsoo disse a Baekhyun ― Sério, ele é chato pra caralho, até a Yuna sabe que ele é chato.

 

― Não enfie minha filha nas suas loucuras, Kyungsoo ― Chanyeol disse irritado, Baekhyun riu ― E você ainda dá moral, Baekhyun.

 

― Você que cai nas coisas que ele fala, amor ― Baekhyun disse sentado no sofá ― Mas de uma coisa eu concordo com o Chan, Kyungsoo ― Baekhyun sorriu pequeno ― Não chame o Chanyeol por nomes feios ou apelidos com palavrões perto da Yuna, ela é uma criança e mesmo sabendo que não pode falar, em algum momento ela vai acabar reproduzindo o que ouviu.

 

― Ela te chamou de pé no saco, não é? ― Kyungsoo soltou e Chanyeol o chutou ― Ai porra!

 

― Você é horrível, Kyungsoo ― Chanyeol foi sentar ao lado do marido, Kyungsoo ficou de pé ― O que você quer aqui?

 

― Pedir para você tentar alguma coisa pra mim lá no exército ― falou ― Eu preciso fazer alguma coisa.

 

― Vou ver o que posso fazer, não vou prometer nada ― falou ― As coisas estão bem confusas lá e com esse negócio de indicar pessoas muita gente tá se fodendo.

 

― Mas eu trabalho bem, você não iria se foder.

 

― Vou ver aí te aviso ― disse e ouviu baterem na porta ― Abre aí, Kyungsoo.

 

― Você é um pé no saco mesmo, Chanyeol ― andou até a porta e abriu, Yuna entrou correndo puxando uma menina, e Kyungsoo reconheceu como a garota filha do bonitão, como era mesmo o nome dela?

 

― Julie! ― Kyungsoo sorriu quando viu JongIn andando quase sem ar ― Eu nunca mais ando só com elas.

 

― Oi bonitão, quer ajuda? ― Kyungsoo sorriu e estendeu a mão para o Kim, JongIn segurou e respirou fundo ― Vem, entra, a casa não é minha, mas ninguém liga.

 

― Eu só vim deixar as duas, os pais da Yuna estão? ― JongIn perguntou e soltou a mão do Do.

 

― Estão sentados no sofá, quer falar com eles?

 

― Por favor ― sorriu.

 

― Raio de sol! ― Kyungsoo gritou e JongIn ficou confuso, Baekhyun não demorou a aparecer ― O pai da Julie.

 

― Oi JongIn, elas te passaram a perna, não foi? ― Baekhyun perguntou sorrindo.

 

― Um pouco ― respondeu ― Eu venho buscar a Julie antes das seis, ok?

 

― Ela não pode dormir aqui?

 

― Acho melhor não, Baekhyun, eu ainda não me acostumei com ela longe ― disse e Baekhyun entendeu ― Qualquer coisa me liga.

 

― Já vai? ― Kyungsoo perguntou.

 

― Sim, preciso ajudar uns amigos ― respondeu ― Até mais, Kyungsoo.

 

― Bonitão, se você não me der seu número, eu vou pedir da Julie ― disse e JongIn riu.

 

― Faça o seu melhor, Kyungsoo ― falou e saiu andando.

 

― Kyungsoo... ― Baekhyun chamou e o Do o encarou sorrindo ― Ele tem uma filha.

 

― Eu adoro crianças.

 

― Ele é separado.

 

― Até se tivesse alguém eu não me importaria, tenho amor de sobra ― sorriu.

 

― Ele não me parece preparado para estar com alguém no pouco que conversamos ― Baekhyun disse fechando a porta e Kyungsoo suspirou ― Talvez você queira sexo, mas eu acho que com ele...

 

― Eu posso querer mais do que sexo, Baekhyun ― falou sério ― Eu não sou sempre brincalhão, eu quero conhecer ele, ele me chamou atenção por ser um puta gostoso? Sim, mas não nego que quero conversar com ele também depois de foder.

 

― Você não presta mesmo ― suspirou.

 

― Oi Soo ― Julie se aproximou e Kyungsoo sorriu ― Tudo bem?

 

―Sim, e você minha bela princesa? ― fez uma reverência e Julie riu.

 

―Eu tô bem, sabia que eu vou ficar aqui com a Yuna até às seis horas?

 

― Uau, o que vocês vão fazer?

 

―Brincar e brincar ― ela disse e Yuna a chamou ― Tchau Soo.

 

― Ela é legal ― Kyungsoo disse e olhou para Baekhyun que o encarava sorrindo ― O que foi?

 

― Nada ― riu ― Nada.

 

―Então, voltando a nossa discussão inicial ― Kyungsoo voltou para a sala, Chanyeol estava assistindo tv ― Você pode largar o Chanyeol e a gente se muda para Paris.

 

 ― Kyungsoo!

 




Notas Finais


Até mais.


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