História Novo Comando - O Que Mudou...?

   - Conte a verdade, Kylo Ren. – ordenou Scorpious. – Você é um Rebelde!

   Ben permaneceu calado:

   - Não vai dizer nada? – perguntou o pupilo com raiva da reação de Ben. – Então, veremos se não vai falar... – Scorpious ergueu a mão em direção de Ben o erguendo no ar.

   Ele estava tentando entrar na mente de Ben, porém, Ben era resistente, então só conseguia causar dor no mesmo. Uns minutos se passaram e dava para ver que tal investimento de Scorpious era só tortura, Hux estava ficando preocupado, então se dirigiu a Rey:

   - Senhora... – começou ele se curvando. – Senhora, assim, isso irá matá-lo...

   - Scorpious, pare! – ordenou ela ao pupilo.

   Ele para e Ben cai no chão quase desmaiado:

   - Hux, leve-o para a enfermaria! – ordenou ela.

   - Sim, senhora! – disse, amparando Ben de lado e o tirando dali.

   - Mestra, e se ele for um rebelde? – perguntou Scorpious.

   - Mesmo assim, ele não merecia ser torturado da maneira como você fez. – respondeu Rey.

   - Como? – pensava Scorpious olhando incrédulo para a Palpatine, ela nunca o repreendera por torturar pessoas, parecia que algo nela estava mudando.

   (...)

   - Você me salvou... – dizia Ben com dificuldade para Hux. – Te devo uma.

   - Não foi nada... – respondia o ruivo. – Apenas, continue seguindo com o plano e não deixem que o descubram.

   - Certo. – disse antes de chegar na porta da enfermaria.

   - Oh céus! – dizia uma enfermeira do local. – Kylo Ren...?! Entre!

   - Olá, Marine... – dizia ele sentando na maca.

   - O que aconteceu com você? – perguntava aflita. – Quanto tempo!

   - Digamos, que tive um desentendimento com o novo pupilo da Rey.

   - Ah, Scorpious? – dizia ela em tom de deboche. – Sempre atendo os stormtroopers que são torturados por ele.... Aparentemente, você está um pouco melhor que eles.

   - Se esqueceu que eu era torturado por Snoke? – ele riu enquanto a enfermeira fazia os procedimentos. – Tenho um pouco de resistência contra torturas.

   - Mesmo assim... Passará uma noite em observação aqui, certo? – disse ela.

   - É você quem manda... – suspirou ele.

   (...)

   A noite chegou bem rápido e a lua iluminava a cabine, porém, Ben não conseguia dormir, aquela maca era desconfortável. Ele fechara os olhos para ver se o sono chegava mais rápido, porém sentiu alguém invadindo o local e se aproximando dele.

   Ele iria se defender, porém antes de fazer qualquer coisa, ele sentiu as mãos femininas tocarem as mechas de seus cabelos, enquanto sentia o doce aroma de flores:

   - Desculpe, por hoje... – dizia a doce voz, revelando a identidade de Rey. – Por, não tê-lo parado a tempo de te machucar tanto...

  Ele abre os olhos, enquanto ela abria um sorriso para ele:

   - O que mudou, Ben? – perguntava ela, olhando em seus olhos. – Não estamos do mesmo lado?

   - Eu não sei, Rey... – ele segura as mãos que tocavam suas mechas negras. – Estamos..? Sinto conflito em você... Parece que não escolheu um lado, não se entregou por inteira, apenas, superficialmente...

   Rey fica abalada com as palavras de Ben, ela recua uns passos para trás querendo dizer algo, mas vendo que as palavras não saíam, saiu da sala contrariada. Ben estava certo. Ela não havia se entregado à lado nenhum, por fora estava com o lado sombrio, mas por dentro, estava em cima do muro.

   (...)

   Ben acordara tarde naquela manhã e ao olhar pela janela, podia avistar outro planeta ser tomado pelas cores preto e vermelho, era claro que se tratava de outro plano de extermínio da Primeiro Ordem:

   - Ah! Está acordado! – falava Marine chegando no local. – Como está se sentindo?

   - Bem. – respondeu com olhos fixos no planeta. – Sabe o que eles estão fazendo lá...? – perguntou.

    - Oh... – ela olhou para o planeta com um olhar triste. – Estão “recrutando” mais stormtroopers...

   - Ainda utilizam o método antigo? – pergunta agora olhando para a enfermeira.

   - Sim... – dizia ela fazendo os últimos exames em Ben. – Eles sequestram as crianças mais novas e matam sua família.

   Naquele momento Ben se encheu de ira, mas se segurou para não demonstrar nada na frente da enfermeira:

   - Estou bem? Posso ir? – perguntou o moreno.

   - Sim. – respondeu. – E tome cuidado viu?

   - Certo.

   Com passos pesados, Ben se dirigiu à sala do trono, onde encontrou Rey olhando pelas grandes janelas do local. Percebendo sua presença, Rey se vira para ele e sorri, porém seu sorriso perde tonalidade, e ela se assusta com a expressão de raiva dele para com ela e a velocidade com que ele se aproximava. Ela ficou sem reação e a única coisa que fez, foi andar uns passos para trás:

   - Extermínios... Sequestros... Derramamento de Sangue... – ele para bem perto dela. - Você está de acordo com tudo isso?!! – ele pega ela pelos braços e a sacode.

   - Me solta! – disse ela se soltando ofegante, olhando para ele com tristeza.

   - São crianças, Rey... – falava ele, enquanto os olhos dela marejavam. – Famílias...

   - Eu sei, Ben... – respondia ele chorando. – Minhas mãos estão cheias de sangue, mesmo eu não matando ninguém, mas eu estou por trás de tudo isso... Esse é meu destino, como herdeira dos Sith.

   - Então, por quê ainda resiste ao lado sombrio, Rey? – perguntou ele a olhando agora mais calmo.

   - Porque, eu não quero isso... – disse ela em prantos, sendo envolvida por ele.

   - Você, pode mudar, Rey... – falava Ben, levantando o rosto dela para olhá-la nos olhos. - Você é a líder, dê a eles um governo melhor...

   Ben enxugava as lágrimas de Rey, quando Scorpious e os cavaleiros de Ren chegam. O casal se afasta rapidamente:

   - O que estava acontecendo? – perguntava Scorpious. – Sabem que é contra as regras mestra e pupilo serem íntimos, não?

   Nesse momento, Rey o enforca o suspendendo no ar, com o uso da força:

   - O que está insinuando...? – perguntava ela num tom frio e imponente.