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História O amor abençoado pelo Nilo - Unicórnios fofinhos e a tumba selada


Escrita por: kagome95ingrid

Notas do Autor


eu tô meio mal e por isso sem saco pra pensar em título. espero q n tenha ficado uma droga.

Capítulo 22 - Unicórnios fofinhos e a tumba selada


Não era todo dia que se abria uma tumba egípcia intocada mesmo que certamente ninguém gostasse da situação complicada que levava eles à abrirem um portal direto para a tumba ainda selada de Imhotep. Nico ao menos, era o único que parecia quase tão incomodado quanto Anúbis em entrar na tumba. Um a um parte do grupo ia entrando enquanto uns ficavam do lado de fora e Ptah ficava ao lado do portal como um porteiro que, pela expressão, não gostava muito de seu trabalho.

Anúbis bem que queria segurar a vontade de tratar Sadie como porcelana por estar grávida, sabia bem que ela iria espernear muito se notasse isso, mas ele não conseguia deixar de ficar preocupado quando ela entrou numa tumba que permaneceu sem ventilação por séculos e que tinha um piso não tão perfeitamente reto. O lado bom era que o problema do ar era resolvido com o portal que deixava a brisa do mar entrar junto com a luz do sol. Assim, Anúbis teve que se contentar em ficar olhando para Sadie preocupado quase a cada passo que ela dava.

- Tome cuidado ok? - disse ele para ela.

- Eu sei. - disse ela dando um pesado suspiro - Prometo olhar para onde piso e nem ficar perto de coisas com muita poeira. Mas… hum… será que tem escorpiões, baratas ou coisas do tipo por aqui?

- Bichos assim eu acho difícil já que está bem selada pela cara. - disse Carter com olhos brilhantes fitando as paredes - Mas bactérias é outra história… principalmente dentro do sarcófago.

Apesar da seriedade da situação, era difícil para Carter disfarçar empolgação dele diante da oportunidade de entrar numa tumba egípcia milenar selada por centenas e centenas de anos. Carter estava se sentindo como o próprio Howard Carter, o arqueólogo que descobriu a tumba, também então intocada, de Tutancâmon. Mesmo com o teto rachado e a poeira que se acumulava nos cantos, a expressão de Carter e até mesmo de Annabeth ou Will, era de como se estivessem entrando em um palácio mágico. Por outro lado, a expressão de Zia era até séria mas ela estava tão maravilhada quanto ao se aproximar das paredes ricamente enfeitadas para admirar de perto as pinturas feitas ali.

- Uma hora você está curtindo a praia, na outra você está abrindo uma tumba egípcia. - comentou Percy.

- Parece quase mais um dia comum do Egito. - completou Emma com uma leve risada.

- Podemos tirar uma foto? - perguntou Carter - Olhe como as cores estão fortes e vibrantes. Não como as que são abertas à visitação. 

- Ahm… não… - disse Anúbis soltando um suspiro pesado não gostando muito da ideia.

- Por favor! Só uma! Para fins didáticos. - implorava Carter.

- Não. - disse Anúbis sério mantendo sua posição.

Carter soltou um suspiro de pura decepção enquanto Sadie se aproximava de onde Anúbis estava. Ao lado de onde o corpo de Imhotep repousava, Anúbis olhava para os blocos de pedra que se juntavam formando o que parecia uma grande caixa de granito e dentro escondia o sarcófago do falecido arquiteto. Pelo olhar de Anúbis, era como se ele estivesse pedindo silenciosamente por desculpas por invadir o túmulo dele daquele jeito.

Preocupada com o marido, Sadie olhava para Anúbis com olhos preocupados e logo passou gentilmente o braço ao redor da cintura dele num meio abraço enquanto o fitava com olhos doces e preocupados.

- Pergunta burra, você está bem? - perguntou Sadie - Embora imagine a resposta.

- A consciência está pesando… - disse Anúbis com um suspiro e passando o braço ao redor dos ombros dela puxando ela para mais pertinho - Eu deveria impedir que abrissem túmulos e castigar quem os fizesse. Não abrir um túmulo assim para tanta gente entrar.

- É por uma boa causa… - disse Sadie - E não vamos pegar mais nada.

- Sei disso. - disse ele abrindo um pequeno sorriso ainda carregado de tristeza antes de dar um beijo no topo da cabeça de Sadie.

- Espero que não ligue, Imhotep. - disse Sadie olhando para onde estava o sarcófago - Ele consegue ouvir se eu falar assim?

- Ahm… não. - disse Anúbis desviando o olhar.

- Mas já teve vez que você falou com uns mortos perto dos túmulos deles num cemitério. É exclusividade sua? - perguntou Sadie.

- Naqueles casos a alma daquelas pessoas ainda estava ali. A alma do Imhotep não está mais aqui. - explicou Anúbis.

- Oh… menos ruim então… né? - perguntou Sadie sem muita certeza.

- Não sei. Se a alma dele ainda estivesse aqui poderíamos perguntar se podíamos procurar pela pulseira por aqui. - disse Anúbis soltando um suspiro  - Mas eu acho pelo menos que ele não ligaria. Não se for só pra pegar somente a tal pulseira mesmo.

- Tem alguma forma mágica de achar essa pulseira? - perguntou Will que parecia inseguro tentando descobrir com o olhar qual era o objeto que estava aparentemente largado dentro de um vaso.

Sadie parou para pensar um pouco enquanto Carter, Zia e Annabeth pareciam mais interessados em registrar cada pedaço da tumba com o olhar. Não era como se eles não se preocupassem com a situação, apenas porque, no momento, achavam que tinham olhos e mãos o suficiente procurando pela pulseira.

Não era bem uma certeza que daria algum resultado, mas Sadie pegou sua varinha mesmo assim e proferiu dois feitiços que tinha em mente.

- Sun-ah. - disse ela e então olhou ao redor atrás de alguma mudança antes de tentar o segundo feitiço - Sahad.

Ao proferir o ‘sahad’, o feitiço de abrir portas, um barulho de algo se quebrando e rasgando pode ser ouvido. Todos pararam o que faziam imediatamente ao sentir a súbita esperança chegar. Todo menos Anúbis que, com um suspiro pesado, sabia bem que a porta que fora aberta não era nada perto do que eles queriam.

- E essa… foi a porta do túmulo em si. - disse ele indo até a porta cujo lacre milenar havia sido desfeito por fora e, com um pouco de mágica, refazendo o lacre por dentro como se nada tivesse acontecido.

- Pela cara, não tem nada invisível aqui. Nem nenhuma porta escondida lacrada. - disse Bastet - Além da que já estava e deveria continuar lacrada, pelo menos.

Sentindo as esperanças começarem a fugir pelos seus dedos, o grupo voltou às buscas pela pulseira. Todavia, não demorou muito para um esforço coletivo liderado principalmente por Anúbis e Carter conseguir expulsar Sadie do ambiente. Nenhum ali presente achava que ali dentro era um lugar bom para uma mulher grávida. 

Contudo, por mais que eles procurassem, seja com métodos mágicos ou não, eles não acharam nenhum sinal da tal pulseira. Todos já estavam morrendo de fome quando o desânimo tomou tanto conta do grupo que até Carter parou de prestar mais atenção nos detalhes da tumba do que no que acontecia ao seu redor. Decepcionada mas ainda determinada a achar uma forma de resolver o problema, Sadie sentou-se na cadeira que estava sentada antes de Ptah aparecer e cruzou os braços.

- Certeza que procuramos em cada pedaço da tumba? - perguntou Nico.

- A essa altura… falta só abrir o sarcófago… - disse Zia não gostando muito da ideia.

- Com tanto feitiço que a gente lançou… já era para ter aparecido mesmo que estivesse dentro do sarcófago. - disse Bastet.

Mesmo que a discussão quanto a abrir ou não o sarcófago de Imhotep fosse muito de seu interesse, Anúbis resolveu focar em algo mais importante. Seus olhos se focavam inteiramente em Sadie e foi até ela que ele foi. Ele parou diante da cadeira na qual ela se sentava e ela bufou levemente com uma expressão de raiva no rosto.

- Era demais contar com uma pulseira perdida a milhares de anos. - disse Sadie.

- Ao menos sabemos que é possível fazer algo mesmo. - disse Anúbis.

- Vamos achar outro jeito e, de toda forma, eu dou uma na cara de quem tentar fazer alguma coisa com nosso bebê. - disse Sadie levantando levemente a mão fechada em um punho.

- Tenho dó de qualquer um que tentar te encarar. - disse Anúbis abrindo um pequeno sorriso ao ver que a determinação dela não tinha sumido.

Sadie soltou uma leve risada em resposta a fala dele e, ao mesmo tempo, Bastet se aproximava dos dois esperando a hora certa de falar. Ela e Anúbis podiam não se dar muito bem, mas ela sabia a complicação do que tinha que pedir para ele. Assim, ela coçava a nuca sem graça pensando no melhor jeito de falar.

- Estávamos pensando… - disse Bastet calmamente - Mesmo que seja difícil estar lá, achamos melhor abrir o sarcófago de Imhotep. Para ter certeza.

- Uma coisa seria ela estar largada ou escondida em algum lugar da tumba… mas no sarcófago… - disse Anúbis soltando um suspiro - Eu tenho certeza que não está no sarcófago ou na múmia dele.

- Viu a múmia dele pouco depois de ser feita? - perguntou Sadie.

- Sim. De certa forma. - disse Anúbis.

- Tem certeza que não tinha por acaso? - perguntou Bastet.

- Acho que teria notado alguma pulseira mágica estranha. Até porque Hórus estava comigo na hora também. Ele teria falado também com certeza se tivesse notado algo do tipo. - disse Anúbis.

- Certeza? Não tenho mais confiança na sua memória desde que ficou mortal. - disse Bastet.

- Tenho. - respondeu Anúbis.

- Bem, já que é assim… - disse Ptah fechando o portal que ia para a tumba de Imhotep - Desejo-lhes boa sorte e tudo mais, mas, por favor, não me chamem outra vez.

Sem dizer mais nada e num piscar de olhos, Ptah simplesmente se foi deixando o grupo ali para pensar no que fazer. Todos se entreolharam num misto de cansaço e desânimo, mas também com determinação, pois sabiam que existiam alternativas para eles além de ter que lutar com cada deus ou monstro que surgisse no caminho. Por enquanto, tudo o que eles sabiam é que estavam cansados e com fome. Assim, o grupo se separou e cada um foi para onde queria ir.

Para Sadie e Anúbis, isso significou voltar para o quarto pois Sadie assim quis. Bastet bem queria ficar no quarto também, mas tinha o mínimo de decência de dar um pouco de espaço ao casal. Assim, a deusa gata permaneceu sentada no telhado sobre o quarto admirando a bela vista que podia ter dali e aproveitando o fato de o quarto deles ser o mais alto, o que não era muito já que o hotel tinha só dois andares e prédios bem longos.

Depois de um bom banho, o casal se deitou na cama não só para descansar, mas também para discutir as opções que eles tinham. Sadie ficou deitada com as costas sobre a cama super macia enquanto fitava o teto que a cada minuto passado refletia o posicionamento do sol cujos raios de luz entravam pela porta de vidro fechada da varanda. Deitado de lado, Anúbis a abraçava carinhosamente com o mero detalhe de que estava mais baixo do que ela na cama, a ponto de ele abraçar a garota com o rosto próximo da barriga que guardava o filho ou filha.

- Acha que vamos conseguir achar outra alternativa? - perguntou Sadie.

- Acho. De preferência uma que não tenha que invadir túmulos. - disse Anúbis.

- Mesmo assim… ficar dependendo pelo resto da vida de uma pulseira… - comentou ela suspirando e levando a mão carinhosa e levemente até a barriga.

- Vamos resolver o problema de ter tantos atrás do bebê também. - assegurou Anúbis - Só deve estar parecendo tão ruim assim porque estão focados em nós. Alguns acordos e brigas e tudo deve ficar mais tranquilo.

- Muitos acordos e brigas se os inimigos são, aparentemente até agora ao menos, vários dos inimigos do Egito no decorrer da história. - comentou Sadie - Mas acho que já lidamos com coisas piores.

- Já sim. - disse Anúbis soltando um suspiro e levantando o corpo levemente da cama dando um doce beijo na barriga dela e então na testa de Sadie - E por pior que seja… parece que de certa forma temos Set ao nosso lado.

- Argh. Nem mencione isso. - resmungou Sadie revirando os olhos - Por mais útil que ele possa vir a ser, não podemos confiar nele.

- Sei disso muito bem. - disse Anúbis pegando o controle remoto da televisão e então a ligando. 

- Nenhum contato antigo seu que você possa pedir ajuda? - perguntou Sadie se sentando também - Algum longe da esfera de influência de Hórus.

- Difícil. Mas vou tentar checar. - prometeu Anúbis.

Por mais que o casamento e os dias que se seguiram tivessem mostrado coisas que eles não esperavam, como brigas e lutas, eles não simplesmente deixaram que isso impedisse eles de curtir o momento. Todos aproveitaram para curtir o que o Egito tinha a oferecer. Fossem essas coisas a bela praia, ou passeios em museus ou ruínas, ou compras em mercados com vários artigos de ouro à preços muito em conta. Em meio ao passeio, Anúbis e Sadie acharam que as visitas à alguns templos eram belas oportunidades para fazer algumas preces ou oferendas torcendo por achar algum outro deus que aceitasse desafiar Hórus.

Talvez mais cedo do que eles queriam, o passeio chegou ao fim e todos voltaram para suas vidas normais com seus afazeres normais, ou o mais perto de normal que podia-se dizer para um monte de magos e semideuses. E assim, um a um os dias foram se passando e, com eles, a temperatura ia abaixando em Londres até que um dia a campainha tocou no Nomo Britânico.

- Já vai! - gritou a aprendiz Hannah correndo até a entrada na esperança de ser os livros que havia pedido pela Amazon.

Com um sorriso enorme, ela abriu a porta e logo seus ombros abaixaram com a evidente tristeza de notar que a caixa que o entregador tinha ao seu lado era grande demais para conter livros.

- Entrega para… Sadie Kane. - disse o homem lendo o nome na prancheta.

- SADIE! - gritou Hannah virando o rosto para dentro da casa - É PRA VOCÊ!

Apesar do grito da garota, quem apareceu alguns segundos depois ao lado de Hannah, foi Anúbis. Ele havia escolhido um ponto perfeito dentro da casa para que o entregador não notasse que ele literalmente havia aparecido do nada, pois ele até então estava nos andares de cima junto com justamente Sadie.

- Posso pegar por ela? - perguntou ele - Sou o marido dela.

- Claro. - respondeu o entregador - Só assinar aqui.

Enquanto Anúbis pegava a prancheta do entregador para assinar e confirmar os dados nela, o homem olhava ao redor esperando. Hannah, por sua vez, deu uma olhada ao redor e não vendo nenhum outro entregador, soltou um suspiro e voltou para a sala.

- Está ficando frio eim? Será que vai nevar esse ano? - perguntou o entregador tentando puxar assunto.

- Ahm… não sei… - comentou Anúbis enquanto pensava porque raios os britânicos sempre acabavam falando sobre o clima.

Ele entregou a prancheta de volta para o homem que a pegou e arqueou as sobrancelhas meio surpreso.

- “Anúbis”? - repetiu o entregador lendo a assinatura - Nome diferente.

- É. É.. eu sei… - comentou Anúbis já tendo perdido a conta de quantas vezes ouviu comentários do tipo desde que havia largado a imortalidade.

- É o nome de um… ahm… deus egípcio né? - chutou o entregador - Deus da morte ou algo assim?

- É. Algo assim. - disse Anúbis já querendo se livrar do entregador e, por isso, começando a pegar a enorme caixa que com certeza parecia pesada e grande o suficiente para precisar de duas pessoas para levar para o andar de cima. Isso é, se ele fosse levar do jeito normal e sem mágica, pra começo de conversa.

- Quer ajuda para botar a caixa para dentro? - perguntou o entregador.

- Não não. Obrigado. - respondeu Anúbis.

- Bem, bom dia para você, senhor. - disse o entregador  esfregando as mãos com frio e indo embora.

Anúbis terminou de botar a caixa para dentro e então fechou a porta. Ao lado dele, Hannah estava olhando-o com os braços cruzados sobre o encostos do sofá, os joelhos sobre o acento e um sorriso enorme no rosto.

- É o berço né? - perguntou ela.

- Assim parece. - respondeu ele sem conseguir evitar um sorriso também - Sadie vai gostar dele ter chegado.

Levar a caixa para cima foi incrivelmente fácil. Bastou para Anúbis envolver-se a si e a caixa com sua típica névoa negra e então num piscar de olhos ele estava no andar de cima num cômodo que ainda passava por uma reforma. O tal cômodo tinha as paredes pintadas de azul bebê enfeitadas com desenhos de nuvens, arco-íris delicados e unicórnios voadores fofinhos. Tirando umas prateleiras rosas aparafusadas na parede e um pequeno armário de tom creme, o cômodo não tinha mais nada dentro ainda.

Anúbis saiu do quarto rapidamente e foi até o quarto imediatamente do lado, o quarto deles. Ele botou a cabeça para dentro e viu Sadie, que tinha acabado de sair do banho, penteando os cabelos. Já quase alcançando o 7º mês de gravidez, a barriga de Sadie já era impossível de esconder e já esticava suas roupas e algumas, como o pijama de mangas compridas que ela vestia, já ameaçavam logo não conseguirem cobrir a barriga inteira.

-  O berço chegou. - disse ele abrindo um sorriso e admirando ela com carinho.

- Sério?! - exclamou ela parando de pentear os cabelos - Quero ver! Quero ver! Vamos montar!

 


Notas Finais


sim, o tempo deu uma passadinha mas também andou a situação da treta mágica. mais no prox cap :3


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