História O amor que salva vidas - Muito mais do que pedi a Deus

         Bem ali, há um metro de distância, estava o homem mais lindo que já vira em minha vida. Sabe aquelas pessoas que são lindas nas fotos, mas que pessoalmente conseguem ser ainda mais bonitas? Kim Namjoon era uma dessas pessoas. As fotos não conseguiam fazer jus à toda a beleza daquele homem.

         Fiquei ali, parada, sem reação por alguns minutos. Amanda, a moça da recepção, notou meu olhar e me questionou ao erguer as sobrancelhas, curiosa com a minha reação. Como se acordasse de um transe, corri meus olhos pela recepção da academia e os vi, todos sentados ao redor de uma mesa, em silêncio, observando Namjoon. Todos estavam com posturas rígidas, como se estivessem um pouco desconfortáveis. “Eles não conseguem entender o que Amanda e Namjoon estão tentando falar”, pensei. Respirei fundo, dizendo à mim mesma que deveria me acalmar. Juntei em minha cabeça todas as aulas de coreano que já havia feito na vida, para colocá-las em prática e me virei para Namjoon.

— Olá. Posso ajudá-los em alguma coisa? — Perguntei à Namjoon.

         Namjoon e os meninos me olharam curiosos, como se não esperassem encontrar ali alguém que falasse a sua língua. Meu coreano não era lá essas coisas, mas eu conseguia me virar se tivesse que ir à Coreia do Sul.

— Olá! Não acredito que encontrei alguém que fala em coreano. — Disse Namjoon. Ele abriu um sorriso que me arrepiou e que contagiou cada célula do meu corpo, tornando impossível que eu não sorrisse de volta. — Pode me ajudar? Gostaríamos de alugar alguma das salas para usarmos regularmente. Notei que a maioria das aulas de dança de salão funciona à noite, então se alugassem uma sala pelo menos até as 18hs, seria de grande ajuda.

Assenti com a cabeça, feliz em poder ajudá-los. Disse à Amanda o que Namjoon estava tentando lhe dizer todo tempo e ela observou-me, parte curiosa, parte envergonhada. Pegou o telefone e ligou para o dono da academia.

— Ele já está chegando. Vocês podem conversar com ele assim que ele chegar aqui. — Disse Amanda. Ela observava os 7 homens com certa curiosidade, como se estivesse se perguntando porque eles iriam querer alugar uma sala por tanto tempo.

Nesse meio tempo, Namjoon me levou até os meninos e os apresentou um por um. Apontou Jung Hoseok, que estava com as pernas cruzadas e as mãos apoiadas no joelho. Ele me olhava curioso e me cumprimentou com um sorriso caloroso.

— I’m your Hope. I’m your Angel. I’m J-HOPE! — Disse Hoseok, sorrindo. Aquela frase que eu conhecia tão bem fez meu coração vacilar, como se por um segundo, tivesse tido realmente a oportunidade de conhecer um anjo. Sorri de volta, agradecendo a Deus por ter tido a oportunidade de conhecer uma pessoa cuja presença iluminava todo o lugar.

Namjoon passou para o próximo, apontando Kim Taehyung com seus dedos longos. Pronunciou seu nome e só de ouvir, já me arrepiei. Não podia acreditar que estava conhecendo as sete pessoas que eu mais admirava nesse mundo. Taehyung estava, como sempre, trajado com suas roupas da Gucci. Ele usava um óculos escuro atrás da cabeça. Aquilo me fez sorrir, lembrando de como ele andou pela Billboard com aquele óculos pendurado na cabeça. Ele me cumprimentou e então Namjoon apontou Park Jimin. Ele deu aquele sorriso que chega até os olhos. Kim Seokjin era muito maior do que eu imaginava. Esperava poder ter a oportunidade de ouvi-lo rindo. Jeon Jungkook tinha aquele olhar de gato assustado, que nós, brasileiros, sempre usávamos nos memes. Tentei guardar aquela imagem na minha memória e entalhá-la lá, pra nunca mais esquecer o dia em que vi Jungkook sendo um meme ao vivo. Por último, ele apontou pra Min Yoongi, que me olhava curioso, como se estivesse desconfiado.

Minha vontade era de gritar J-HOOOOOOOOOOPE para fazê-los rir, mas estava com medo de ter qualquer reação exagerada e fazer jus à fama de louca que os brasileiros tinham.

E foi assim, em uma tarde de segunda-feira, que conheci BTS.