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História O Capítulo Final - Quanto remédio você deu pra ele?


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


Após aquele trágico capítulo anterior, está na hora da Força-Tarefa finalmente ficar completa.
Bem, pelo menos até que mais alguém seja riscado da nossa lista de personagens.

Não se preocupem, o Damon ainda sobrevive por mais um tempo kkkkkk (ótima novidade, né?) muahahaha
#Kisssus #AbraçosDeUrso #BoaLeitura!

Capítulo 25 - Quanto remédio você deu pra ele?


Fanfic / Fanfiction O Capítulo Final - Quanto remédio você deu pra ele?

POV Felipe

 

Fiquei olhando aquele monte de gosma preta se contorcer bem na minha frente. Tudo foi muito esquisito, vi o momento em que a outra “coisa” apareceu e ela era duas vezes maior. Agora o monstro estava ali, parado com um rasgo no peito, preso ao chão e grunhindo como se estivesse morrendo. Era nojento, o cheiro dava repulsa, mas após o choque inicial tomei coragem para me aproximar. Vi que a criatura não tinha como escapar da espécie de lâmina que a prendia ao chão e fui correndo até os aparelhos do Lorde, organizando e colocando tudo no lugar. Felizmente nada tinha se quebrado ou o estado dele poderia ter sido agravado. Pulei a bagunça e olhei o chão ao redor buscando pela minha arma. A encontrei debaixo da cama, vi se as balas ainda estavam lá e engatilhei.

— Sinceramente não sei o que foi aquilo - disse, me referindo ao momento em que o monstro maior jogou um jato de tinta preta sólida na minha direção e o outro se colocou à frente para levar o golpe - Mas acho que ainda tem algo de humano em você, por isso vou te agradecer da melhor forma que posso.

Apontei a arma para a cabeça do fera, que agonizava. Aqueles Kinoons só podiam ser mortos quando atingíamos a cabeça, então logo aquela coisa evaporaria e seria como se nunca tivesse existido. Achava o certo a se fazer, afinal se eu me transformasse algum dia numa daquelas monstruosidades iria querer que alguém me matasse o quanto antes. Ia implorar por isso.

Ajeitei a mira com as duas mãos e ia atirar quando outro membro da Força-Tarefa entrou no quarto.

— Ai meu Deus - disse Nico, tapando o nariz por conta do cheiro. - Isso é o que eu penso que é?

— Sinceramente? Não sei. Ele é diferente dos outros - contei. - Merece morrer de um jeito honroso.

Nico pareceu confuso, mas ao perceber que a criatura estava em agonia ele concordou.

— Atira logo então, antes que o Ben chegue e queira guardá-lo para experimentos.

Assenti, preparei a mira novamente, e atirei.

A coisa gritou alto, um ganido ensurdecedor nos atacou e tive que tapar os ouvidos.

— Merda! Não era a cabeça.

Engatilhei a arma de novo para uma segunda tentativa, mas Hugo chegou no cômodo junto do Ben.

— O que pensam que estão fazendo? - gritou Bernardo. - O que aconteceu aqui?

— Essa aberração grita alto demais - falei, ainda ouvindo um zumbido - Estou tentando matar.

— NÃO! - gritou Hugo, se aproximando dela. Seus olhos cintilavam. - Não pode matar, não vê o que isso é? É uma pessoa!

— Isso “era” uma pessoa - falei. - Agora é só um monstro, o Damon pega corpos em cemitérios e faz isso com eles para que mesmo depois de mortos as pessoas não tenham descanso.

— Mas ele não está morto. Ainda consigo sentir energia fluindo dele. - Hugo se aproximou e quis tocar a coisa, mas eu o afastei, pegando-o pelo pulso.

— Nem pensa nisso, menino. Vai se machucar.

— Não, eu não vou - e os olhos dele pareciam lilás. - Eu posso puxá-lo, posso salvá-lo. Não pode me impedir de ajudar alguém.

Fiquei parado observando ele, e pensando no que deveria fazer. Por um lado quem estava na minha frente era um garoto magrela, com cabelos brancos e aspecto frágil que na certa não saberia se defender. Por outro, o James tinha dito que aquele garoto tinha sangue de anjo e era poderoso. Lembrei da época em que conheci o Liam, quando o meu noivo tinha um tutor horrível que batia nele. Lembro de enfrentar aquele tutor mesmo ele tendo o dobro do meu tamanho. Eu era um garoto magrela na época e mesmo assim fui capaz de muita coisa.

Soltei o braço de Hugo e deixei que ele agisse, ficando com a arma apontada para a criatura a todo momento.

Assim que se aproximou da fera, Hugo ficou de joelhos ao lado dela e bem devagar foi tocar na gosma que a envolvia. Bernardo e Nico ficaram a uma distância segura observando enquanto uma luz branca começava a nascer das mãos do Hugo.

A luz aos poucos foi ficando mais forte, a parte de trás da blusa do Hugo rasgou quando algo pontudo deixou suas costas e saiu para fora. Duas grandes asas brancas se abriram em seguida e fiquei de boca aberta quando elas ocuparam o ambiente enquanto Hugo fechava os olhos e se concentrava. Primeiro suas mãos foram para dentro da gosma e depois vi que ele estava começando a puxar algo para fora. A magia ao redor deles iluminava cada canto do cômodo, e pouco a pouco Hugo foi puxando o corpo de um homem que se desgarrava da gosma com dificuldade, saindo de dentro daquele estranho casulo. Baixei minha arma quando vi o corpo nu deixando a gosma, Hugo pegou o cara pelos ombros e o trouxe para nós… O corpo, a cabeça… os cabelos loiros.

A arma caiu da minha mão e fiquei de joelhos.

A euforia fez minhas respiração falhar e um sorriso enorme nasceu nos meus lábios.

Era o Liam! Aquele era o Liam!

O processo durou poucos segundos, Hugo trouxe Liam para fora da gosma e então a luz desapareceu e ele quase caiu tonto por conta do esforço. Corri até ele para ajudar. Liam estava de olhos fechados, mas assim que o peguei em meus braços o azul brilhou com toda a intensidade.

Meu noivo estava de volta.


 

POV Jessie

 

— Ainda acho que precisamos contar para os outros – disse Lucas, enquanto andávamos pelo corredor em direção à enfermaria.

Tudo estava correndo para o desfecho. Tínhamos agora mais um corpo na fila para um velório (o de César), e ainda havia Thomas na cama do meu quarto, suado e sentindo dores.

— Não vamos contar para ninguém – determinei, apressando o passo. – Não confio neles, o Bernardo pode ter perdido um pouco do dinheiro dele, mas ainda tem poder suficiente para fazer o Thomas desaparecer.

Lucas não pareceu gostar de manter tudo em segredo, mas concordou porque era um pedido meu. Sei lá, acho que estávamos começando a criar algo entre nós dois.

Por isso parei na metade do corredor, onde não havia mais ninguém e o puxei para mais perto de mim. Olhei ele bem nos olhos e só esperei um segundo para ter certeza que não recuaria para prensá-lo contra a parede e aproximar nossos lábios. Lucas pôs as mãos em meu peito, mas não impediu que minha língua deslizasse pela sua. Coloquei uma mão na parede acima do seu ombro e a outro foi para a sua cintura. Fiz questão de puxar seu corpo para perto do meu e comecei a me excitar com aquela proximidade toda. O beijo foi ardente, minha língua foi ganhando espaço pela dele e o fogo ao nosso redor pedia por mais. Passei minha mão para dentro da sua blusa e só aí Lucas interrompeu tudo e se afastou, passando por baixo do meu braço para escapar e continur o caminho. Tive que ajeitar minha calça – e a cueca – para continuar andando.

— Você beija muito bem – falei.

— Não começa, não é como se estivéssemos juntos.

— Por que não? Daríamos um belo casal.

Aquele sorriso no rosto dele me dava liberdade para me aproximar, tinha esquecido como era bom flertar daquele jeito.

— Que tal um segundo encontro? – perguntei.

— Não vai rolar.

— Vai ser bom pra fugirmos um pouco disso tudo, esse lugar está uma zona.

— Por isso mesmo que tenho que ficar aqui, o Chris precisa de mim.

— Não seja por isso – dei de ombros. – Levamos ele com a gente.

Lucas parou, e pareceu mais confuso ainda.

— Isso não me parece um “encontro”.

— Vamos chamar de um “quase-encontro”. Levamos o Chris para o parque, deixamos ele se distrair em algum brinquedo com as crianças ‘normais’, e aproveitamos o tempo para conversar um pouco.

Ele mordeu o lábio inferior, pensando se deveria ou não aceitar.

— Vamos lá, o Chris precisa se distrair. Ele vive cercado de adultos chatos lutando pela vida. Vamos deixá-lo livre um pouco. – peguei sua mão. – E vai ser bom pra gente também. Até agora nós só transamos e salvamos vidas. Quero te conhecer mais, e espero que você também queira me conhecer.

— Tudo bem – e ele tirou a mão. – Amanhã às 14h.

Comemorei, dando um pulinho no ar e fazendo Lucas dar uma risada nervosa. Eu estava gostando de verdade daquele garoto, ele era uma das poucas coisas que me alegrava nesses dias conturbados.

— Mas antes vamos ter que decidir o que fazer com o Thomas – lembrou Lucas. – Ele não pode ficar sozinho, ainda está passando mal.

— Sim, precisamos encontrar uma forma de tirar a gosma de dentro dele. De alguma maneira ela entrou, e tenho certeza que a cicatriz tem algo a ver.

— Se a gosma entrou pela cicatriz, talvez tenha como tirar através dela também, talvez fazendo um novo corte.  

— Você é um gênio! – falei, beijando sua testa. – Só precisamos convencer o Nico a fazer isso.

— O Nico? Depois da forma como ele apanhou?

— Acredite, o Nico vai nos ajudar. Ele tem sérios problemas em falar não.

Abri a porta e assim que entramos nos deparamos com uma cena inusitada. Hugo, com duas asas enormes em suas costas, sem camisa e com uma cicatriz idêntica à de Thomas no peito.

Nico estava sentado na frente dele analisando a ferida, e assim que me viu ele deu um tchauzinho e continuou analisando o ferimento.

— O que significa isso? – perguntei, surpreso.

— Ah, são só asas. - explicou, usando as luvas de látex para tocar no peito de Hugo. - Depois de um tempo você se acostuma com elas.

— Estou falando da cicatriz – falei, ignorando totalmente as asas. – O que aconteceu aqui?

Nico olhou para o Hugo, esperando uma resposta.

— Eu não sei ao certo, trouxe o Liam de volta e então alguma coisa naquela gosma me espetou. - contou Hugo. - Doeu pra caramba.

Lucas e eu nos entreolhamos, sabendo o que estava por vir.

Mais um infectado era tudo o que precisávamos.

Estava para pensar em um plano para agir quando algo que o Hugo disse voltou à tona e eu assimilei a novidade.

— Espera um pouco - falei, sem acreditar. - O Liam está de volta???

— Estou sim.

Me virei vendo o rapaz loiro, extremamente bonito, de olhos cor de mar e um sorriso sedutor. Liam usava roupas da enfermaria, estava descalço e parecia muito feliz por estar ali. Atrás dele veio Felipe e os dois se beijaram de um jeito que colocaria o meu beijo com o Lucas no corredor no chinelo.

Liam recuperou o ar depois que Felipe se afastou e então veio me cumprimentar com um abraço.

— Pois é. Eu, o Liam, estou de volta - ele disse, sendo um pouco mais estranho que o normal. - Não vejo a hora de saber tudo o que perdi. Vou arrasar nessa Força-Tarefa.

Ele piscou para mim de um jeito meio… sensual? E foi embora seguindo Felipe que estava indo para outro canto da enfermaria.

— Ele disse “vou arrasar nessa Força-Tarefa”? - perguntei para o Lucas, que deu de ombros. Nico riu e eu fiquei completamente embasbacado. - Quanto remédio você deu para ele, Nico???

 


Notas Finais


Então, o que acham da primeira impressão que o Faz-Tudo causou?
Próximo capítulo tem mais, e prometo não demorar
#CapitulosNaMadrugaVoltando #Insonia #ChegaDeHashtags #Fui #Byebye #PareDeLerHashtags #SouMal


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