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História O Conselheiro Real Fez o Que Com o Rei? -Dungeon Meshi Labru - Capítulo 7


Escrita por: doumekiss

Capítulo 7 - Capítulo 7


Já era quase meia noite e Laios não conseguia dormir, na noite anterior ele teve a mesma dificuldade em adormecer, e ele suspeitava que era porque não havia outro corpo do outro lado da cama com ele. 

O que era bem estranho, antes de Kabru ele não era completamente sexualmente inexperiente tendo antes alguns encontros sexuais com um rapaz que ele conheceu no exército e uma vez com uma mulher que ele conheceu numa taverna. Mas o ato de adormecer com outra pessoa na mesma cama era algo completamente novo antes de Kabru. 

É tão estranho o quão fácil é se acostumar com algumas coisas. 

Ele não o viu após sua breve aparição na reunião com Falin, Marcille e Yaad, mas o rosto e as expressões que ele fez ficaram voltando para a sua mente pelo resto do dia. 

Quando Laios era mais novo ele costumava ter fantasias de vingança contra as pessoas que o magoaram como seus pais, as pessoas da vila, os alunos da escola pra onde ele foi mandado ou os outros recrutas do exército. Mas na realidade retribuição quase nunca sentia tão boa em realidade quanto nas fantasias. E pensando no rosto de Kabru ao perceber que ele o tinha excluído da reunião de propósito ele se sentia culpado. 

Eu não devia, eu fiz para me proteger e o bebê, e muitas pessoas no meu lugar teriam feito pior. 

Na verdade para a sua surpresa uma das primeiras coisas que Falin disse após ele revelar seus planos de criar a criança sozinho, foi que eles deveriam contratar alguém para quebrar as pernas de Kabru, e Marcille não ajudou sugerindo  que isso não era o suficiente e que eles deveriam contratar alguém para quebrar as pernas e os braços de Kabru, e Laios não foi capaz de continuar a reunião com seus planos até conseguir promessas das duas que elas não pagariam ninguém para machucar Kabru, machucar Kabru elas mesmas ou sugerir a terceiros que seria algo bom se Kabru fosse empurrado escada abaixo ou qualquer coisa como isso. 

A meia noite chegou e Laios sentiu sua fome aumentar além dos níveis normais então decidiu ir comer alguma coisa ao invés de ficar na cama falhando em adormecer. 

No caminho ele passou pelo escritório de Kabru e viu que as luzes ainda estavam acessas. 

Eu deveria ignorar e apenas continuar andando, Laios disse para si mesmo.

Mas logo se encontrou batendo na porta do escritório. 

“Entre.” Kabru disse. 

Ele pareceu surpreso ao ver Laios. 

“Porque você ainda está aqui? Já passa da meia noite.”

“Eu estou fazendo a lista de convidados e outros preparativos para o baile como você me pediu para fazer. Eu sempre faço o que meu Rei me pede para fazer.“ 

Era verdade, Kabru sempre fazia o que o Rei dizia, e se ele o tivesse ordenado como Rei a assumir a criança e casar com ele, ele tinha certeza que Kabru teria dito sim. Mas isso não era o que ele queria. E não o que seria bom para o bebê. 

Eu lembro como era ter um pai que não queria ser um pai, eu não vou colocar minha criança nessa posição.

“Não tem tanta pressa.” 

“Quando vai ser a data do anúncio?” 

“Eu estava pensando talvez uma semana, eu não quero manter esse segredo por muito tempo.” 

“Então há pressa, essas coisas são muito difíceis de organizar.” 

“Mas não ao ponto de evitar sono, você parece cansado, você comeu alguma coisa hoje?” 

“Eu comi um tomate ontem. Na verdade o dia antes de ontem se realmente já passa da meia noite, mas eu me sinto bem. O trabalho me alimenta.” 

Ele realmente é péssimo em cuidar de si mesmo, ainda bem que sou eu carregando nosso bebê, se fosse ele havia uma boa chance da criança nascer desnutrida, Laios pensou e logo adicionou, Não é nosso bebê. Meu bebê. Meu bebê. 

“Eu vou comer alguma coisa na cozinha, você devia vir também.” Ele disse e deixou o escritório. 

E logo ouviu os passos de Kabru atrás dele, até que eles estavam andando lado a lado. 

Na cozinha, cada um fez um sanduíche e logo eles estavam sentados na mesa no canto comendo.

Laios achou que havia uma boa chance que eles ficariam aquela refeição inteira em silêncio, mas quando ele estava no meio do seu sanduíche Kabru perguntou: 

“Como sente ter um bebê dentro de você?” 

“Não tão diferente do que sentia alguns dias atrás antes de eu saber, eu acho que eu estou mais ciente da minha barriga em geral. Aparentemente nesse estágio as vezes já dá pra sentir o bebê chutando, mas eu ainda não senti nenhum.” 

“E emocionalmente? Como você se sentiu quando você descobriu?” 

“Bem, eu fiquei bem surpreso quando a Falin me falou, mas também meio aliviado. Quando eu fui procurá-la no meio da noite eu estava convencido que eu tinha alguma doença terrível e que eu talvez fosse morrer logo, foi bom saber que esse não era o caso. Ah e tem algo bem legal que eu percebi hoje, você se lembra alguns meses atrás quando eu continuava ficando enjoado de manhã toda vez que eu comia comida apimentada de noite e você disse que eu provavelmente estava me tornando alérgico a pimentas e que eu não devia comê-las mais? Eu acho que eu na verdade estava tendo enjôos matinais do tipo causado por gravidez, então eu provavelmente posso voltar a comer tantas pimentas quanto eu quiser.” 

Por algum motivo isso fez Kabru sorrir. 

Ele é tão bonito, eu queria que ele não fosse. Talvez isso seria fácil se ele não fosse.

Durante a reunião mais cedo Marcille disse que ele devia demitir ou banir Kabru do reino. O que ele apontou que não seria justo, tipo Eu te bano do reino pelo crime de ferir meus sentimentos. E isso era verdade, mas também porque por mais que doesse ver Kabru naquele momento ele tinha certeza que não poder vê-lo sentiria até pior. 

Ele tinha certeza que Marcille o julgaria por ainda querer Kabru por perto mesmo se ele quisesse ter nada haver com o bebê (provavelmente outros também, mas ele tinha certeza que ela seria bem vocal a respeito). 

Após terminarem seus sanduíches eles deixaram a cozinha e andaram lado a lado de volta para a ala residencial do castelo. Quando eles passaram pelo corredor que Kabru devia seguir para ir para o seu próprio quarto ele continuou andando com Laios. 

Ele pretende ir dormir no meu quarto? 

Como se lendo seus pensamentos Kabru disse: 

“Eu apenas vou te acompanhar até a sua porta, você não devia estar andando sozinho nessa hora da noite. Na verdade deveriam haver bem mais guardas nessa área, eu quase nunca os vejo mais, amanhã eu vou falar com a segurança sobre talvez contratar alguns guardas a mais.” 

Na verdade ele era o motivo pelo qual não tinham, alguns meses antes ele tinha notado que Kabru sempre parecia um pouco embaraçado quando um guarda no meio da patrulha o via entrando no quarto de Laios a noite ou saindo na manhã então ele arranjou para que seu corredor não fosse patrulhado naqueles horários. 

Eles chegaram na sua porta. 

“Certo, boa noite. Eu te vejo amanhã?” 

“Sim…mas se você quiser, você pode dormir aqui hoje a noite.” 

Kabru pareceu surpreso. 

Eu sou tão patético, o que ele deve pensar de mim sabendo que eu ainda o quero mesmo com o jeito que ele tem agido. 

“Sim, eu quero.” 

Não era incomum para Kabru se jogar nele e começar a tirar suas roupas assim que eles estavam sozinhos em seu quarto, mas dessa vez ele parecia hesitante, quase tímido. 

“Nós não precisamos fazer nada, eu sei que você deve estar cansado.” 

“Eu não estou tão cansado assim.” Kabru disse e o beijou. 

Laios sabia que um beijo não resolvia nada que havia errado, todos os problemas que haviam entre eles ainda estariam lá na manhã seguinte, mas ainda assim sentia tão bom ser beijado. 

“Você ainda acha que eu sou o homem mais atraente que você conhece?” Laios perguntou, se lembrando do que ele tinha dito antes deles descobrirem o que estava acontecendo com ele. 

“É claro.” 

Mas não era, Laios sabia da aversão que Kabru tinha pelo monstruoso, e talvez ele tendo um bebê poderia facilmente cair nessa categoria. 

“Então prove para mim de novo. Por favor.” 



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