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História O Drama de Luna (2 Temporada) - A Ameaça


Escrita por: dannypereira_

Capítulo 10 - A Ameaça


Bailee e Jess dormiram em minha casa naquela noite, estavam muito abaladas, ninguém conseguia dizer nada, estávamos todos tristes, as crianças mesmo sem entender direito o que estava acontecendo, não quiseram nem brincar, Nicolá que adorava implicar com a Jessie resolveu dar uma trégua. Já meus pais se puseram à disposição para o que elas precisassem, estávamos tentando ajudar como podíamos.

- Não gosto de ver vocês tristes. - Falou Naomy tristemente ao sentar no meu colo.

- Eu sei, pequena. - Falei. - Mas por que vocês não vão brincar? Não quero que vocês fiquem aqui com a gente, agora não é um bom momento.

Naomy fez uma carinha triste e me abraçou, em seguida, se dirigiu para Jessie e Bailee.

- Não chorem, não. - Ela falou. - Agora os paizinhos de vocês estão com o Papai do Céu e sei que Ele cuidará muito bem dos dois. 

Naomy, no entanto, abraçou as minhas amigas, que ficaram sensibilizadas com as palavras da minha irmã.

- May, leva as meninas lá pro quarto, por favor? - Pedi.

- Venham meninas. - Disse May ao sair com as minhas irmãs.

Bailee resolveu ir tomar um banho, já Jesus ficou na sala conosco. Eu queria tanto poder ajudar, mas eu não sabia o que fazer.

- Quer uma massagem? - Perguntou Nick para Jess.

- Não, valeu. - Ela respondeu.

- Ah, temos sorvete, você quer?

- Valeu, mas eu não tô a fim.

- Já sei. Eu faço tudo o que você quiser por uma semana.

- Não!

- Por um mês?

- Não!

- Por um ano? Pelo resto da sua vida?

- Garoto, qual o seu problema? - Perguntou Jessie. - Eu que perco os pais e você que fica esquisito? 

- Desculpa, estou tentando… - Falou Nicolá cabisbaixo.

- Eu sei, foi mal, mas eu só quero ficar sozinha.  - Falou. - Luna, posso ir pro quarto?

- Claro, vai lá. - Falei.

Era noite, eu estava deitada mexendo no celular. As minhas amigas estavam no quarto de hóspedes, que havia ficado pronto após uma longa reforma. De repente recebo uma notificação, era de um número desconhecido, ao abrir a mensagem me deparo com as fotos dos pais de Jess e Bailee mortos, eram horríveis as imagens, coisa de serial killer de filmes de terror. Fecho a mensagem rapidamente e fico muito assustada. Corro para o quarto de Bryan para contar pra ele.

- Meu Deus! - Falou ao ver as fotos. - E pensar que elas viram isso. Coitadas!

E então, meu celular tocou, era o mesmo número que me mandou a mensagem. Olho para Bryan, que me olha meio assustado.

- Atende! - Me diz.

Atendo a ligação e levo o celular até minha orelha com a mão muito trêmula. Olho para Bryan assustada.

- Oi Luna. - Diz a voz. - Gostou das imagens que te mandei?

- Vai se fuder, cassete do caralho. - Falo.

Noto o olhar de espanto de Bryan, que arregala os olhos, certamente devia estar pensando ´´quem é essa pessoa e o que fizeram com a minha doce Luna?´´

- Desculpa, amor. - Falo me pondo a dar um selinho nele.

- O que houve? - Me pergunta a voz. - Não gostou?

- Qual é a tua? Por que fez isso? Por que os matou? O que eles fizeram?

- Eles? Nada. - Me responde. - Mas você sim.

Olho assustada para Bryan, mal consigo segurar o telefone de tão nervosa que estou. 

- O que você quer de mim?

- Seu coração. - Diz a voz. 

Ok. Isso era uma ameaça de morte. Ele queria me matar e eu não tinha dúvida disso. Calma Luna, deve ser só da boca pra fora, se ele quisesse mesmo te fazer algo, já teria feito. AH CARALHO, ELE QUER ME MATAR! Ok, eu estou calma, mentira, não estou, não, mas vou ficar, eu espero.

- Então por que raios matou os pais das minhas amigas? - O questionei.

- Ora ora. Pra uma menina tão inteligente você está se saindo tão burrinha. Descubra!

Ele desligou a ligação, e aos prantos, eu abracei o Bryan. Bryan me retribuiu o abraço, me passando segurança. Não conseguia soltá-lo.

- Amor, calma, calma. - Me pediu. - Me conta, o que houve.

- Ele quer me matar, ele quer me matar. - Falei sem conseguir parar de chorar. - Ele disse com todas as letras que quer o meu coração.

- Escuta, presta atenção, nem ele e nem ninguém vai te fazer mal porque eu não vou deixar, pra te machucarem precisam me matar antes, tá entendendo?

- Não diz isso, não diz isso. - Pedi ao abraçá-lo novamente. 

Me deitei com Bryan e coloquei minha cabeça sob o peito dele. Bryan ficou me fazendo cafuné, e as vezes me dava alguns beijos na testa, ele estava quieto, pensativo, eu também. O abraço e durmo abraçada com ele.

Era por volta de 4h quando me acordei com um choro. Abro os olhos ainda sonolenta e avisto Louise chorando.

- O que houve? - Pergunto.

- Tem alguém no meu quarto. - Ela diz entre soluços.

- Alguém quem? - Pergunto meio assustada.

- Eu não sei. - Falou. - É uma mulher, ela estava parada no pé da minha cama, estava com a cabeça baixa, não consegui ver direito o rosto dela. Tô com medo. -Diz Louise visivelmente assustada.

- Calma, pequena. 

Acordei Bryan e fomos com a minha irmã ver do que ela estava falando. Acendi a luz do quarto dela e só vi Naomy dormindo, não tinha ninguém no quarto, além da gente, e a janela estava fechada, impossível ter entrado alguém.

- Não tem ninguém. - Falei. - Viu, não precisa ter medo.

- Eu juro que eu vi.

- Talvez tenha sido um pesadelo. - Falei.

- Mas eu estava com os olhos abertos, eu estava acordada, eu juro. Ela deve ter ido embora. Mas eu tô com medo. Fiquem aqui até eu dormir, por favor?

- Claro que a gente fica. - Disse Bryan.

Nós dois nos deitamos do lado de Louise, deixando -a no nosso meio e lhe abraçamos. Tadinha, ela estava tão assustada. Bryan e eu ficamos sem saber o que pensar, não tinha ninguém no quarto e todas as janelas da casa estavam fechadas, seria impossível alguém entrar na nossa casa, ou será que não? 

Assim que Louise dormiu, após uma hora de história, Bryan e eu resolvemos andar pela casa para ver se encontrávamos alguém, e adivinhem… Não tinha ninguém, nem um rastro, pegada, nada, definitivamente ninguém havia entrado na casa.

Eu não sabia o que era tudo isso, mas estava com muito medo, e embora tentasse não demonstrar, eu sabia que Bryan estava tão assustado quanto eu, mas mesmo assim, o tempo todo ele tentou me tranquilizar.

- Bom dia, menina Luna. - Diz Rose, nossa secretária do lar.

- Bom dia! - Falo ao cumprimentá-la com um beijo no rosto.

Para mim, Rose era mais que uma diarista, era uma amiga, as vezes quando eu ficava com cólica era ela que me fazia chá no meio da madrugada. Rose não morava conosco, porém nos dias em que trabalhava pra gente, ela costumava dormir em nossa casa. Era a melhor doméstica que já tivemos.

Aos poucos o pessoal foi acordando e se sentaram à mesa junto comigo.

- Conseguiram dormir? - Perguntei para Bailee e Jessie.

- Um pouco. - Falou Bailee.

Naquela manhã seria o velório e o enterro dos pais delas. Aos poucos a ficha estava caindo para todo mundo. Eu olhava para as duas e me sentia tão culpada, porque o mascarado queria a mim e não a eles, não conseguia entender o porquê de nada disso. Ah, tomara que ele não faça mais vítimas.

 



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