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História O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 9: Separação - Capítulo 10


Escrita por: Enora

Notas do Autor


Boa noite pessoal!

Capítulo novo de presente de natal para vocês. Agradecendo aos favoritos:

~TenebrisBlood
~freespirit246
~Uchiha_sakyy
~Irysa

Alguém aí já acompanhou a saga completa de Vampire Knight e quer discuti-la? Fiquei decepcionada com o final :C E assisti Dragon Cry (o começo foi pesado no ecchi no começo, mas curti o filme no geral, principalmente as mudanças visuais dos personagens) que compensou a semana.

Boa Leitura!

Capítulo 48 - Livro 9: Separação - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 9: Separação - Capítulo 10

POV Zuko

"Os seus sentimentos poderão fazê-la queimar, até mesmo arder como uma fornalha ou o sopro de um dragão, então cuidado com o seu coração. Lembre-se: chamas de amor também queimam."

Acordei sobressaltado. De quem era aquela voz? E o brilho... o brilho intenso...

- Você está bem? - perguntou-me ela com a voz rouca e olhos preocupados.

Demorei meio segundo para lembrar que estava sentado ao lado da cama de Katara antes de adormecer.

- Acho que essa pergunta é minha, afinal você que foi atacada por uma psicopata ontem. - falei normalizando a respiração e jogando o sonho para o fundo da mente, qualquer coisa poderia esperar agora.

- Ainda é desagradável falar, mas bem menos que antes. - ela me respondeu passando os dedos pela garganta onde as marcas do aperto, ainda que leves, estavam visíveis. - Como as coisas ficaram depois da prisão da Lin? Encontraram o pai dela?

- Não, Lao fugiu e Lin está calada frente ao interrogatório das Kyoshi.

- Precisamos que ela fale, esse levante, esse grupo... - ela estava nervosa, até mesmo agarrava os lençois com as pontas dos dedos.

- Se esse grupo realmente existir vamos descobrir, ninguém mais tocará você dessa forma, eu prometo. - falei abaixando a cabeça envergonhado.

- Estou preocupada Zuko, mas não comigo, com você. E se eles tiverem aliados dentro da nobreza, se chegarem até você... - ela falava cada vez mais exaltada.

Segurei sua mão entre as minhas e dei-lhe um beijo fazendo-a calar-se.

- Eu sempre soube que seria difícil. Quando aceitei a coroa não havia...

- Não havia eu, havia uma nobre de alta classe ao seu lado, alguém que seu povo aceitaria. - ela respondeu puxando sua mão das minhas e virando o olhar úmido para a janela quebrada do quarto.

- Exatamente, não havia algo tão precioso pra mim quanto você e a nobreza não é o meu povo, é apenas uma parte dele, provavelmente a pior parte dele. - respondi aflito, não estava gostando das ideias que Katara estava formando sobre si. - Acreditarem que a pessoa que amo não é apta à estar ao meu lado apenas por ser uma estrangeira prova isso.

- A questão é que eles não vão mudar de opinião Zuko. - ela falou fitando-me séria.

- Eu também não e para o azar deles sou a pessoa mais insistente que já nasceu nessa Nação. - respondi me levantando e sentando na cama ao lado dela, abraçando-a. - Nem todas as nobrezas do mundo me fariam mudar de ideia sobre estar com você. Além do mais o único que poderia me matar por estar com você se mostrou um pai bem orgulhoso da filha e que não tinha problemas por estarmos juntos.

Ela sorriu. Estava acabado nosso debate.

- Venha, não pode ficar mais de repouso nesse quarto.

Ela olhou triste para as paredes e móveis do quarto.

- Claro. Irei dormir no antigo quarto da Toph. - ela disse levantando-se.

- Na verdade, bem, eu não havia pensado nessa possibilidade, mandei levarem seus objetos pessoais para o meu quarto. - respondi nervoso.

- Zuko, você escapar para o meu quarto a noite é uma coisa, mas deixar isso visível para todos, você sabe que não deve, ainda mais agora. - ela estava pronta vestida em sua camisola branca ainda.

É claro que eu não devia. Todo o esforço de anunciar nosso namoro na festa iria para o ralo quando começassem a chamá-la de minha concubina por isso.

- Eu sei, por isso irei ocupar o quarto do andar abaixo do seu de hoje em diante. O que importa é que aquela ala é mais segura para você do que essa agora. - respondi.

- Entendo. Vamos indo então? - respondeu-me ela chateada andando em direção a porta.

Parei-a no meio do caminho e peguei-a no colo.

- Zuko eu consigo andar, não precisa...

- Eu sei que você é durona e não precisa ser carregada, mas eu gostaria de poder levá-la assim.

Ela não fez mais nenhum protesto, apenas passou seu braço por trás da minha nuca e disse:

- Está bem.

Mais de vinte vezes tive que recusar guardas no meio do caminho que se ofereceram para levar Katata até o quarto. Mesmo cansada, abatida e envergonhada Katara continuava linda. Os corredores deviam ser mais longos nesse palácio.

Chegamos ao meu quarto e coloquei Katara no chão.

- Obrigado. - falei.

- Eu que devia agradecer. - respondeu ela olhando tudo.

Me ocorreu então que apenas duas vezes ela estivera dentro do meu quarto e as visitas foram rápidas.

Ao contrário do quarto dela, o meu seguia o estilo do palácio, decorado em vermelho e dourado, com chamas fluindo através de pinturas pelas paredes. Mas olhando para o quarto de roupas dava para ver o azul das roupas dela dividindo espaço com as minhas.

Em cima da mesa de cabeceira estava o colar da mãe dela, peguei-o e me aproximei e comecei a colocá-lo no pescoço dela.

- Acredito que ele já possa voltar ao devido lugar. - falei ao terminar.

Ela virou-se para mim e abraçou-me.

- Achei que tivessem ido atrás de você antes de mim. - ela falou com o rosto enterrado em meu peito. - E se tivessem pego você ao invés de mim?

- Teria sido muito melhor do quase perder você dessa forma. - respondi.

- Idiota. - ela falou olhando- me brava.

- Desculpe. Eu sabia que era a Lin, mas eu precisava provar. Achei que ela viria de noite, eu estava preparado para isso, não passou pela minha cabeça que ela iria se arriscar ao ponto de esperar no quarto a tarde.

Ela fez que não com a cabeça ainda encostada em mim.

- Você não tinha como saber e mesmo que não soubesse que era a Lin, não havia como prever que ela estivesse lá. O que vai fazer agora?

- Vou acuar a Lin com uma suposta execução por tentar te matar e uma equipe de inteligência vai encontrar os rastros desse grupo. Vou pegá-los um por um pelo que fizeram com você.

- Zuko, você precisa se cuidar. Acho que alguns dele sabem o Chi Bloqueio, a Lin tentou acertar meu braço em um ponto de imobilização e acho que não foi coincidência.

- Mas como?  Ty Lee que desenvolveu a técnica e...

- E muitas pessoas da Nação do Fogo já a viram usando-a. Para falar a verdade, eu tenho certeza que eles já conhecem o Chi Bloqueio.

Ela estava preocupada e apenas dizer que estava tudo bem não a acalmaria.

- Eu vou me cuidar, eu prometo.

- Quero que carregue uma arma com você sempre.

- Eu não posso levar as lâminas gêmeas nas reuniões Katara seria afrontoso. - expliquei.

- Não quero que leve espadas, pode ser uma faca nas vestes. - ela me respondeu firme.

- Está bem, se isso fará você ficar mais calma. - falei acariciando seu rosto. - Mas você precisa repousar agora.

- Você virá me ver de noite?

- Assim que eu terminar os afazeres estarei aqui.

Coloquei-a então na cama, beijei-a e saí do quarto.

POV Katara

Depois que Zuko se foi voltei a dormir.

Acordaram-me na hora do almoço e serviram-me uma sopa fria. Graças a sessão de terapia de ontem eu conseguia pelo menos engolir sopa.

Durante a tarde todos vieram me visitar para saber como eu estava, mas não puderam ficar muito tempo: Sokka tinha que finalizar os projetos, Suki iria treinar com Fei e Aang e Ty Lee continuariam com o treino para o problema do Chi Bloqueio.

Fiquei sozinha naquele quarto. Aquele lugar tinha o cheiro de Zuko nos lençois e travesseiros, a cama era imensa quase o dobro da minha e mesmo assim Zuko insistia em dormir no meu quarto.

Nas paredes haviam as armas que ele colecionava, entre elas a faca que eu havia lhe dado.

A tarde se arrastou já que depois que dois curandeiros vieram verificar meu estado, ninguém mais havia pisado no meu quarto.

Dediquei meu tempo para terminar a leitura de um livro sentada na varanda, onde dava para ver o jardim central ao longe.

Quando a tarde e o livro estavam por fim acabados fui para o banho.

Enchi a banheira e coloquei as ervas que haviam sido receitadas para as dores musculares. O vapor que subia da água era denso e logo quase não se via o resto do banheiro. Entrei na água e relaxei.

Apesar de querer estar na ativa eu não podia negar que esses cuidados estavam sendo ótimos para o meu corpo. A combinação de ervas e calor faziam minha pele formigar às vezes.

Saí do banho e voltei ao quarto para encontrar os lençois de cama trocados.

- Se queriam trocar os lençois era só avisar. - murmurei para mim mesma.

Quando trouxeram o jantar haviam dois pratos de sopa e dois copos de suco na bandeja.

- O Senhor do Fogo pediu para informá-la que virá jantar com a senhorita, mas que deve ir se alimentando até a chegada dele. - falou-me uma das serviçais.

Mas não precisei esperar, pois Zuko já estava entrando no quarto.

- Boa noite. - disse ele.

- Com licença. - falou a serva retirando-se. - Aguardarei no corredor.

Zuko beijou-me e então puxou uma das cadeiras para o lado da cama.

Estava nos trajes formais de Senhor do Fogo, devia ter vindo direto da sala do trono. Mas sentado ali ao meu lado relaxado e com uma tigela de sopa em mãos ainda parecia um rapaz normal apreciando o jantar depois de um trabalho qualquer.

- E como foi o seu dia? - ele me perguntou.

- Lento, muito lento, mas não há como negar os benefícios para o corpo, estou me sentindo praticamente nova já. - falei entre uma colherada e outra.

- Isso é ótimo, mas não pense que vai fugir dos próximos dois dias de descanso. - ele respondeu me olhando de canto.

Claro que ele estava certo, mas perder dois dias de treino me irritava.

Ainda meio emburrada perguntei:

- E como foi o seu dia? Como as coisas ficaram?

- Parece que ao menos por enquanto as notícias de ataques aqui no palácio não se espalharam. Quanto a Lin, ela ainda não disse nada sobre o grupo, mas já gritou várias vezes com os guardas hoje, deve estar inquieta.

- Eu quero ir visitá-la. - falei.

- Não.

- Zuko ela está presa, não pode fazer nada comigo mais. Além disso eu irei depois do repouso e com você comigo.

Fiquei olhando-o esperando que considerasse minha proposta.

- O que pretende fazer? - ele me perguntou recolhendo as tigelas e copos e colocando-os na bandeja.

A serva entrou então com dois potes de creme doce com frutas picadas e retirou a bandeja.

- Apertar a ferida, vou provocá-la, sou a pessoa que ela mais odeia, isso pode deixá-la descuidada com as palavras. Ter você ao meu lado, vai deixá-lo mais tranquilo e ela furiosa. - falei provando o doce e esperando sua resposta.

Ele apertou a base do nariz como sempre fazia quando estava preocupado ou irritado.

- Está bem, mas só depois da alta médica.

- Obrigada. - sorri para ele.

- Como pode sorrir por eu te levar para a prisão para visitar aquela maluca?

- Porque apesar de preocupado você não me trata como uma pessoa frágil.

Ele sorriu.

- Eu não seria idiota de fazer isso, com certeza apanharia por pensar dessa forma e não quero isso, meus hematomas estão sumindo agora.

Terminamos a sobremesa, os potes foram retirados e Zuko ficou conversando comigo um bom tempo enquanto massageava os dedos da minha mão.

Quando ficou tarde, ele saiu para tomar um banho e ir dormir.

Agora que eu já não estava exausta, dormir sozinha parecia um problema.

Revirei na cama três vezes até ter certeza que não dormiria tão cedo.

Abracei um dos travesseiros e fiquei olhando para uma das paredes. Seria uma longa noite, talvez eu deve-se pegar outro livro.

Foi então que eu o vi, saindo de trás de uma tapeçaria de dragão na parede.

- Zuko! - sentei-me na cama.

- Meu quarto tem essa passagem secreta há anos. Ela se liga com uma do quarto do andar de baixo. Agora que o Senhor do Fogo se recolheu aos seus aposentos no andar de baixo não há com o que se preocupar. - ele respondeu sorrindo maldosamente.

- Você é mesmo maluco. - falei feliz.

- Com licença, mas vou roubar seu quarto de roupas e seu banheiro.

Era inacreditável o quanto me senti relaxada depois que ele havia voltado.

Aguardei enquanto ele se banhava.

Ele deitou-se ao meu lado na cama e abraçou-me.

Zuko sempre dormia sem camisa e mesmo depois de todo esse tempo dele dormindo comigo eu ainda parecia que estava abusando dele com os olhos toda vez que o via, acho que é algo quase impossível de se acostumar.

- Você devia se envergonhar de usar essa estratégia comigo. - falei deitando a cabeça em seu peito e abraçando-o.

- Não sei do que se trata, mas se for algo bom você me avisa depois para que eu repita sempre. - ele respondeu se fazendo de desentendido.

- Acho que eu já me esqueci de como era viver sem você. Viajar em breve vai ser difícil.

A respiração dele mudou abaixo de mim e eu podia ouvir seu coração mudar de ritmo.

- Eu vou visitá-la sempre. - ele falou e depois beijou minha mão que estava brincando com seu cabelo.

- Eu sei que é o que gostaria, mas você sabe que dificilmente vai conseguir sair daqui. - falei.

- Katara eu...

- Shhh, não tem problema. Não estou te cobrando nada, só quero aproveitar ao máximo o tempo que ainda tenho com você. - falei voltando a mexer nas pontas de seu cabelo. - Obrigada por vir.

- Como se houvesse alguma possibilidade de ficar sem você enquanto ainda está aqui.


Notas Finais


Não deixem de comentar, respondo assim que possível. Beijos.


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