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História O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 6: Ligações - Capítulo 9


Escrita por: Enora

Notas do Autor


Perdoem o atraso!

Obrigada aos novos favoritos das leitoras ~MyyumiS2 ~BrunaAlves0304 ~GKFictions e ~Yesung_OneOkRoc Me deixaram disposta a continuar escrevendo.

Por favor comentem, têm bastante leitores pelo que vejo, mas só a ~ImmortalWolf, está sempre aqui comentando e dando forças.

É isso.

Boa Leitura!

Capítulo 16 - Livro 6: Ligações - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction O Espírito Azul e a Dama Pintada - Livro 6: Ligações - Capítulo 9

POV Aang

- O que foi Avatar, seu plano não está saindo como o planejado não é mesmo? – disse Yanluo com frieza tentando me acertar com seu braço metamorfoseado em uma lâmina de espada, enquanto eu usava meu bastão para afastar seus golpes duros. – Você pensou que eu sou como seus tolos amiguinhos dobradores que estão lá fora jorrando seu sangue em borbotões por uma missão que estava fadada a falhar antes mesmo de ser cogitada?! Você é jovem e tolo, tudo que você conhece e ainda mais aquilo que nunca imaginou conhecer, tudo ao alcance da humanidade eu presenciei, eu sou uma força antiga Avatar, mais antigo que o espírito que habita em seu corpo, mais antigo do que a terra que você pisa, mais antigo, mais forte e mais conhecedor, não será seu truque barato de elementos que me deterá. Se for com isso que está contando, desista agora e terá uma morte rápida. – disse ele com uma voz que parecia a ideia parecer até mesmo racional.

Eu nada disse, é verdade que até agora eu não consegui tocá-lo para fazer a análise de qual seu elemento matriz, mas isso não significa que vou desistir. Eu sei que meus amigos não estão mortos, eu posso senti-los vivos, suas energias pulsando em algum ponto além da névoa densa. A energia doce de Katara, a energia incandescente de Zuko, a determinação de Sokka, a proteção de Suki e a vivacidade de Toph, todos vivos, eles não pertencem a Yanluo, não ainda.

- Por quê? – Eu perguntei dando um salto para trás e usando o planador para lançar uma rajada de vento em Yanluo.

- Não é óbvio, tudo que é vivo retorna a mim, inclusive você Avatar, o querido de dois mundos, mas isso não é certo, eu sou o senhor de suas almas e deviam ter me venerado quando havia tempo, deviam ter tido respeito pela vida enquanto ela existia, agora é tarde, o juízo final chegou e todos retornarão a mim JUNTOS! Vocês me formarão e fortalecerão durante a escura eternidade que virá.

- Você se diz sábio Yanluo – eu disse enquanto lançava feixes de gelo em direção a ele e seu corpo era perfurado somente para se fechar em gosma preta novamente – Mas parece não perceber a consequências de seus atos, sua essência é administrar e reencaminhar todos após a morte, se extinguir a vida seu serviço termina e você desaparecerá com toda a vida do planeta.

Mais uma vez Yanluo riu ensandecido com minhas palavras. E em seguida cuspiu ao chão.

- Isso é o que eu acho da sua opinião, mas você tem certa razão - disse ele se aproximando muito rápido e me socando no peito, o que me fez voar longe. – eu Yanluo morrerei como o Senhor da Morte, para renascer como Aquele que Governa o Caos.

Senti minha energia querendo entrar em Estado Avatar e a reprimi, não agora, preciso guardá-la para a hora certa. Meus músculos tencionaram com a tentativa de reprimir o Estado Avatar e graças ao treinamento com Pathik consegui me conter. Balancei a cabeça para limpar meus pensamentos e encarei Yanluo:

- Não vai ser tão fácil me tirar do sério se é isso que pretende. – disse com um sorriso de canto que para meu agrado parece ter tirado um pouco da graça de Yanluo. – Eu não sou mais o mesmo menino do Iceberg e nem o garoto que temia o Senhor do Fogo Ozai. Você é antigo, mas eu tive muitas vidas e você sabe disso, tenho tanto conhecimento e força que você estava preocupado em me atrair pra cá, para me derrotar. Eu lhe pergunto Yanluo: quem deve temer quem aqui?

E então a verdadeira batalha começou:

Atirei blocos de rocha em direção a Yanluo e em seguida cobri-os com jatos em chama. Com agilidade Yanluo desviava deles e quando atingido ele virava uma densa poça negra no chão, para somente então retornar a forma anterior e continuar investindo. Com seus braços em forma de lâminas, Yanluo estocava com fúria em qualquer parte do meu corpo que parecesse estar ao seu alcance, várias vezes os cortes me pegaram de raspão, mas nenhuma região vital foi cortada e nenhum dano incorrigível foi feito.

Para afastá-lo moldei um escudo de ar a minha frente e o fiz avançar sobre Yanluo o arrastando alguns metros para trás. Mas isso não está indo bem, preciso me aproximar dele, mas como?

Parece que o destino ouviu minhas preces, porque repentinamente uma barreira de fogo transpassou o corpo de Yanluo pegando-o de surpresa e em seguida ele foi preso em uma pilastra de gelo branca como marfim. Olhei para a direção da qual veio o ataque e lá estavam vindo Katara e Zuko, com exceção do braço machucado dele, pareciam bem .

- Aang, pare de moscar e faça o que tem que fazer logo – uma voz disse vindo da direção oposta e eu sabia que Sokka e Suki deviam estar chegando.

Corri em direção a Yanluo e pousei as duas mãos sobre sua mente, inspirei fundo e vi a pálida luz azulada do espírito Avatar irradiar dos meus dedos. Vasculhei a fundo a energia de Yanluo.

- Não pode ser. – eu disse assustado me afastando. – Nenhuma energia, nenhuma ligação com os elementos... O que é você?

- Seu pior pesadelo.

POV Zuko

Aang caiu prostrado diante Yanluo e eu sabia que tudo dera errado, a técnica que Aang tinha em mente não funcionaria, estamos danados.

- Aang levanta! – eu gritei enquanto nos aproximávamos – Não se renda agora, estamos aqui com você.

Aang me encarando com seus olhos cinza em desespero, foi a última coisa que vi antes da onda de choque percorrer meu corpo.

Cai no chão com os pensamentos enevoando tentando mover os lábios e gritar por Katara, mas então tudo mudou.

Cai sobre um solo duro e preto de tão queimado, o céu rubro como no dia do Cometa Sozin, mas eu não sentia a energia que o mesmo havia me transmitido naquele dia. A minha frente uma multidão de pessoas encapuzadas com longos sobretudos negros escondendo seus corpos e suas faces.

- Como deixou que isso acontecesse Zuko? – diz a voz de Katara saindo de um dos membros do grupo. – Você disse que sempre me protegeria e olhe o que restou de mim agora, sou menos viva que essa terra queimada e destruída que é o legado da sua família e do seu povo para o mundo, vê o que eles fizeram? Vê o que você fez? – perguntou o vulto apontado com uma mão cadavérica com pedaços de carne queimada se agarrando aos ossos. – Você não nos protegeu Zuko, nem a Mai e nem a mim.

- Você e sua família nos condenaram Príncipe Zuko, pague por seus pecados em sua morte eterna. – disseram os vultos em uníssono.

- Parem! Não fui eu! Eu-eu-eu tentei consertar tudo, quero dizer o mundo está se recuperando...

- Está enganando a quem Zuko? Você jamais trará as mães assassinadas de volta, como a minha foi. – disse a figura encapuzada com a voz de Sokka.

- Ou os Nômades do Ar e toda nossa cultura. – disse o vulto de Aang.

- Isso não foi culpa minha! Eu não fiz isso! – gritei recuando enquanto os vultos avançavam em minha direção, suas mãos mortas estendidas para me agarrar.

- E minha aldeia Zuko? Você não queimou as casas e nem mandou seu exército contra nós? – falou Suki.

A resposta morreu em minha garganta. Eu queimei, queimei a vila de Suki no Reino da Terra em minha busca incessável pelo Avatar.

- Você me traiu em Ba Sing Se Zuko. – disse Katara novamente. – E agora me traiu de novo, estou morta e meu sangue está em suas mãos.

Assim que ela disse isso, minhas mãos ficaram úmidas e pegajosas e sangue começou a escorrer da barra da túnica de Katara empoçando no chão e correndo até meus pés. Não vou olhar para as minhas mãos, sei o que tem nelas. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e abaixei meu rosto não pude mais encarar meus acusadores.

Agora mãos me prendiam, cada vez mais numerosas, o vulto de Katara segurava meu rosto com suas mãos mortas, enquanto o escuro vazio do capaz me encarava se aproximava como se fosse me beijar.

- Venha Zuko, está na hora de pagar cada gota de sangue derramada, cada grito emitido, cada dor sentida.

Eu já não quero lutar, se eu fui o culpado pela morte dela, de todos eles, não sou digno de viver. Parei de me debater, entreabri levemente a boca, aguardando o último beijo de Katara...

POV Toph

Corri em direção ao centro do acampamento, escutando cada vez mais alto os gritos de agonia dos meus amigos.

Enquanto me aproximava o ar parecia se tornar mais denso e pesado. Sufocante é a palavra certa, parecia que era expelido pelos pulmões antes mesmo do corpo absorvê-lo.

Quando finalmente identifiquei o único corpo em pé, que não estava gemendo e que parecia um amontoado de lama do pântano, não tive dúvidas de que ele era Yanluo, meu alvo.

Estaquei, bati os pés ritmadamente no chão e então em sincronia pilastras acertaram Yanluo por baixo e para minha surpresa toda essa gosma se tornou disforme.

Corri até Aang que estava mais próximo. Os gritos já haviam cessado, mas eu não sei se eles recuperaram a consciência.

- Aang? – eu disse agachando ao seu lado. – Você está acordado ou terei que estapeá-lo?

- Toph é você? – disse ele com a voz rouca e sentando, enquanto isso ao fundo ouvi gemidos de dor dos outros quatro, ótimo, todos estão bem então. – Yanluo, eu... eu não posso derrotá-lo. Você deve pegar os outros e fugir enquanto eu o atraso...

- Você é retardado? Fugir pra onde? Não há fuga quando o assunto é morte em massa Aang, se Yanluo irá nos achar, prefiro cair lutando, aqui e agora com vocês.

- Você não entende Toph...

- Vocês estão bem? – perguntou Katara enquanto se aproximava de nós com Zuko apoiado a ela. – Cadê o Yanluo?

- Deve estar se recompondo em uma vala qualquer. – respondi. – Aang você pode derrotá-lo, se eu posso bater nele, você pode detoná-lo.

- Não posso Toph, eu queria purificar a energia dele, mas ele não tem energia – disse Aang em pé. – Eu não sei como lidar com algo vivo sem energia própria.

Então um flash passou pela minha mente, mais rápido que um estouro.

- Escuta aqui, eu não criei um terremoto, pra você bancar o covarde e dizer que não consegue. – eu disse apontando com o dedo no peito dele. – Se você não tem energia para manipular, exploda ele de energia está me entendendo? Se vira! Eu não vou morrer a toa hoje sinto muito!

Aang ficou em silêncio.

- Como assim terremoto? – perguntou Sokka curioso. – Daqueles que tremem e tudo mais?

- Não idiota, daqueles que detonam o exército lá fora, pro Senhor Avatar aqui dizer devemos fugir. Vamos ficar e se necessário morrer juntos pra salvar o mundo.

- Toph... Você tem razão. – disse Aang.

- Claro que tenho, só saio daqui morta. – respondi com um sorriso presunçoso.

- Não quanto a isso Toph, em relação à energia. Se eu colocar energia dentro dele, posso alimentá-la e purifica-la...

- Isso, isso, fazendo ele explodir em pó de fada. Ótimo plano o que faremos?

- Eu preciso reunir energia espiritual, podem detê-lo até que esteja pronto?

- Tá brincando? Nós cinco vamos chutar aquele traseiro e ele vai querer ir embora antes mesmo de você chegar.



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